Maomet nasceu no ano 570 e seu nome significa "exalçado". Filho de Abdallah e de Amina, pertencentes à tribo dos Coraichitas que tinha a seu cargo a custódia do templo de Kaaba, ficou órfão de pai aos dois meses de idade e de mãe aos seis anos.
A meninice e juventude de Maomet: são descritas permeadas de lendas muçulmanas que, embora inverdades, é claro, inspiraram um fanatismo cego a seus seguidores, a ponto de estarem sempre prontos a matar e a morrer em defesa do profeta e de seus ensinos.
Aos cuidados dos parentes Maornet fêz-se homem, afinal, casando-se aos 25 anos com uma viúva rica, Cadicha, já quarentona, a serviço de quem estivera por algum tempo.
Não se contentou Maornet sômente com um casamento e realizou "ainda quatorze uniões conjugais". Entre as suas esposas e concubinas figuravam uma cristã (copta do Egito), uma judia e uma criança de sete anos, Aixa ( mais tarde favorita e que era filha de Abu Becre - o sucessor do profeta") Teve também onze concubinas".
0 matrimônio contraído com Cadicha fêz de Maornet um dos mais ricos habitantes de Meca. Renunciando, porém, algum tempo depois suas operações comerciais, fixou tôda a sua atenção no espetáculo moral que ofereciam seus compatriotas e ' no remédio que êle cria mais eficaz para erguê-lo a um plano mais elevado.
Êste remédio era o plano de uma nova religião, que consumiu quinze anos até que amadurecesse a seu contento. Mas, para cimentar o novo credo que pretendia fôsse aceito por seus compatriotas e pelo mundo todo, procurou dar cunho de revelação aos dogmas da nova seita de sua invenção.
Aos 40 anos, depois de já ter meditado 15 em seu projeto, em 610, pretendeu ter chegado o momento de pôr em prática o que pretendia. Começou por participar o aparecimento do anjo Gabriel a êle, na solidão do monte Hira, o qual viera comunicar-lhe a elevada missão para a qual fôra escolhido como profeta. Verdadeiras lendas absurdas envolvem a pretensão de Maornet como profeta escolhido e inspirado de Deus, que são demasiado ridículas para serem inseridas nesta obra.
Depois de participar a nova a Cadicha, poucas pessoas, inclusive Abu Becre, ficaram a par da sua pretensa investidura. Durante três anos comunicou-a secretamente; afinal declarou que Deus lhe ordenara que a proclamasse ao gênero humano. Todavia as lendas maometanas que cercam Maornet dão uma idéia do triste fundarnento do maometanismo. Em tôdas as suas fantásticas visões lendárias, crêem orgulhosamente os fanáticos muçulmanos.
As classes de Meca não receberam com bom grado, a princípio, as doutrinas de Maomet. Quando em 622 se encontravam em Meca muitos peregrinos fiéis ao profeta, desencadeou-se então a perseguição. Por ordem de Maornet e em segrêdo, seus seguidores abandonaram a cidade com destino a Medina e outras partes.
Maomet ficou em Meca até que todos os seus partidários dela se retirassem. Uma assembléia, entretanto, resolveu dar cabo dêle antes que também deixasse a cidade. Mas êle, acompanhado de Abu Becre, fugiu para Medina, onde foi recebido de braços abertos, e cuja cidade foi chamada "cidade do profeta.
A fuga de Maomet, de Meca, em 16 de julho do ano 622, a Hegira, determina o início da era maometana, observada por todos os seguidores do profeta. Esta fuga, porém, a contra gôsto do fugitivo, despertou-lhe ódio de vingança contra Meca e seus perseguidores,
Estabelecido e apoiado firmemente em Medina, começou Mãomet a sua guerra contra Meca, a cidade sagrada do país. Disse que . a chave do paraíso é a espada, que uma gota de sangue derramada pela causa de Deus, uma noite passada sob as armas a céu aberto, têm mais merecimento do que dois meses de jejum e de oração.
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