A RENÚNCIA DE BENTO 16

Bento XVI anunciou hoje aos cardeais presentes no Vaticano sua renúncia entre 11h30 e 11h40 locais (8h30-8h40 de Brasília).  O papa fez o pronunciamento em latim durante um consistório para a canonização de dois mártires no Vaticano.

A chocante decisão de renunciar ao pontificado coloca mais um capítulo muito improvável na biografia de Joseph Ratzinger, o papa Bento XVI, de 85 anos.

Sua trajetória pessoal antes de chegar ao trono de São Pedro é cheia de lances surpreendentes, desde sua participação na II Guerra Mundial, a suposta participação no partido nazista, a nomeação improvável após o pontificado popular de João Paulo II, os escândalos sexuais que teve de enfrentar e tentar ocultar, a traição do mordomo e agora uma renúncia.

Ratzinger acompanhou ao vivo, e sempre muito de perto, cada momento dos últimos momentos de João Paulo II. Ele já não conseguia andar, falar nem mastigar, com a maior parte de seus músculos internos enrijecida pelo Parkinson. Ainda assim, seguia tentando cumprir seus compromissos públicos - e protagonizando cenas comoventes de devoção e fé.  Karol Vojtyla, o papa anterior, ocupou por quase uma década a cadeira administrativa daquela igreja, de forma inoperante, sendo que as decisões eram de seu secretário imediato - o próprio Ratzinger.

O terceiro pontificado mais longo [de Carol Voitjila] foi marcado no seu final pela paralisia e silencio causado pela doença. João Paulo II impressionou Joseph Ratzinger, que agora aos 85 anos, parece não querer repetir um pontificado marcado pela doença e incapacidade.

Mas essa parece ser a explicação e não a razão do seu afastamento.

"Os cardeais estão descontentes com a administração da igreja. O Vaticano está em meio a muitos escândalos, como Vatileaks (documentos confidenciais do Vaticano vazados à imprensa) e a recente renúncia do cadeal escocês (Keith O'Brien, que admitiu ter assediado sexualmente jovens padres)", disse o vaticanista americano Robert Mickens, em entrevista à BBC Brasil, uma semana após a renúncia de Ratzinger.

O novo papa vai tomar conhecimento das acusações de pedofilia e de assédio sexual envolvendo integrantes da Igreja Católica e deverá buscar punições aos considerados culpados. O caso e, principalmente, a omissão de Bento 16,  teriam sido os principais motivos apontados por especialistas para a renúncia do hoje papa emérito. 

Foi ele que  criou no ano passado uma comissão formada por três cardeais de mais de 80 anos para averiguar o vazamento  de documentos reservados do Vaticano. Eles interrogaram 30 pessoas e, no dia 17 de dezembro, entregaram ao ex-pontífice um relatório de mais de 300 páginas, que ficou fechado em um cofre até agora.

O Apocalipse apresenta a igreja romana sob uma figura muito peculiar e significativa no capítulo 17 - A Grande Prostituta. A conduta sexual dos ministros desta igreja tem sido exposto na mídia e a figura evocada nas visões do Apocalipse parece ser acertada.

O Apocalipse quando  relata as pragas sobre 'Babilônia', descreve a 5a praga desta forma - "O quinto anjo derramou a sua taça sobre o trono da besta, e o seu reino se fez tenebroso". E tudo indica que as trevas morais já começaram a baixar no Vaticano.

Escândalos sexuais, pedofilia, corrupção, má administração financeira e certamente muito mais que jamais saberemos e ocorre em segredo, conduz à condenação que essa igreja merece.

Deus adverte os crentes desta igreja: "Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos sete pecados, e para que não incorras nas suas pragas. Porque os seus pecados se acumularam até o céu, e Deus se lembrou das iniqüidades dela " Apocalipse 18.4 e 5.