O CENÁRIO POLÍTICO-RELIGIOSO DO FIM

                                     
O Apocalipse oferece um cenário político religioso do fim:

“E lhe foi concedido poder para dar vida à imagem da besta, para que também a imagem da besta falasse e fizesse morrer todos os que não adorassem a imagem da besta.

A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz com que lhes seja dada certa marca na mão direita ou na testa,

para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome” Apocalipse 13:15-17

Esse capítulo é uma profecia sobre as duas bestas (animais) representando dois reinos que irão protagonizar o cenário do fim do mundo.

A besta do mar (13:1) representa o Papado, como um reino religioso; e a besta da terra (13:11) representa os EUA. Essa profecia descreve uma relação entre esses dois poderes e aponta para um momento na história final em que EUA e Vaticano se unirão para formar a “imagem da besta” ou a antiga forma de governo do papado medieval, que governou a Europa por 1260 anos através de um estado religioso.

O estado laico (política separada da religião) foi um ideal dos peregrinos norte-americanos que fugiam da Europa por perseguição religiosa. Eles fundaram uma nação, a América ou EUA, com esse fundamento em sua constituição – da liberdade religiosa e do estado laico.

Mas a profecia de Apocalipse 13 nos ajuda a entender que haverá um estado religioso no tempo do fim:

v15 – “imagem da besta” – a segunda besta (EUA) irá fazer retornar o reinado medieval do papado, através da restauração de um estado religioso. Esse é o viés da política de extrema direita que surgiu na era Trump e influencia países como o Brasil.

v15up – “fizesse morrer todos os que não adorassem a imagem da besta” – assim como na idade média o papado perseguiu e matou cristãos dissidentes, a profecia descreve que o estado religioso irá novamente estar no cenário mundial, através de um decreto de morte.

v17 – “para que ninguém possa comprar ou vender” – essa sanção econômica está descrita dentro de um contexto religioso. O Apocalipse apresenta uma razão para essa sanção – a adoração. O estado religioso que vigorará, imporá essa sanção econômica porque “pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos” (v16) se recusam receber uma marca espiritual, e se recusam oferecer adoração ao papado.

O contexto de uma história futura é regido por um estado religioso. A laicidade das nações não existirá mais e o direito de liberdade religiosa será negado.

A tendência política é de uma direita política, evoluindo para uma extrema direita que reaviva a cultura religiosa e por fim uma ultra-direita que elabora sanções econômicas e decretos de morte como houveram na idade média.

O Apocalipse encerra suas profecias declarando – "Estas palavras são fiéis e verdadeiras. O Senhor, o Deus dos espíritos dos profetas, enviou o seu anjo para mostrar aos seus servos as coisas que em breve devem acontecer. Eis que venho sem demora. Bem-aventurado aquele que guarda as palavras da profecia deste livro” 22:6,7.


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                        Filosofia da Política de Esquerda

ORIGEM DA FILOSOFIA POLÍTICA PARTIDÁRIA DA DIREITA

coroação de Carlos Magno pelo papa Leão III (800 dC)

Os termos ‘direita e esquerda’ surgiram no contexto histórico da Revolução Francesa, que foi um dos acontecimentos mais impactantes da história. Parte desse evento ganha destaque no Apocalipse (11:7-14) onde a França é retratada no símbolo da ‘besta do abismo’ (v7). E a profecia destaca como essa nação perseguiu a Palavra de Deus (duas testemunhas – AT e NT) causando a quase extinção delas nesse país.

Foi a partir da Revolução Francesa que novos modelos políticos, sociais e culturais surgiram na Europa, “enterrando” o Antigo Regime absolutista e espalhando-se para outros continentes.

A estrutura do Antigo Regime era composta por três Estados: a nobreza (primeiro), o clero (segundo) e a burguesia (terceiro), que se dividia entre alta e baixa burguesia e incluía também os trabalhadores urbanos e os camponeses. (Fonte: UOL)

A Revolução Francesa estourou, em 1789, por causa da busca de legitimidade e representatividade política por parte do Terceiro Estado. Os membros do Terceiro Estado reuniram-se em Assembleia Constituinte para redefinir os rumos da França, levando em conta o protagonismo da burguesia. No salão em que a Assembleia reuniu-se, dois grupos principais debatiam.

Os aristocratas (girondinos) eram conservadores, pois defendiam os privilégios da igreja, o sistema de classes que existia no antigo regime e os benefícios da aristocracia. Na opinião deles, grandes mudanças já haviam acontecido no país e não eram mais necessárias – essa era a posição política de direita da época.

Os burgueses (jacobinos), que na época pagavam a conta dos privilégios da aristocracia e da igreja, sentavam do lado esquerdo e defendiam o republicanismo, secularismo e o livre mercado. Para eles, grandes mudanças ainda estavam por vir e eles queriam fazê-las acontecer. (Fonte: Colab.re)

A UNIÃO DA RELIGIÃO E A POLÍTICA

O movimento de direita na frança era composto pelo segmento do clero, ou da religião instituída (catolicismo) e que havia instituído a monarquia.

O catolicismo na Europa desde o sexto século herdou o poder político do antigo império romano ocidental. Com a queda do império ocidental (508dC) os líderes religiosos das antigas cidades do império, subiram ao poder como a única autoridade moral e de liderança.

As decisões políticas passaram a ser demandadas pelos sacerdotes e principalmente pelo papa. Aqui ocorre a união entre a Igreja e o Estado, e o crescimento da autoridade política do bispo de Roma.

Essa união (igreja e estado) já havia se iniciado com a conversão do imperador romano Constantino, e foi o ponto crucial que permitiu que o Cristianismo se tornasse a religião oficial do Império Romano. O livro do filósofo cristão Agostinho, ‘A Cidade de Deus’, proveu o ideal filosófico que inspirou o papado a construir um poder temporal para conquistar o mundo. E por fim a conversão do rei Clóvis I (508 dC) abriu as portas para a unificação político-eclesiástica que era necessária para apoiar as pretensões católico-romanas durante a Idade Média. A guerra de Clóvis e a vitória final sobre os visigodos arianos, em 508, representa um passo extremamente importante em prover um exército efetivo para a Igreja Católica Romana punir os assim chamados “hereges”.

 Portanto, o que ocorreu em 508 pode ser considerado um dos passos mais significativos no processo de consolidação das pretensões temporais da Igreja Católica Romana, que atingiu sua culminância nas fortes perseguições da Idade Média. Mas foi somente em 538 que a cidade de Roma acabou sendo libertada do domínio de um “herético” reino ariano, e a Igreja Romana foi capaz de desenvolver mais efetivamente sua supremacia eclesiástica. (Fonte: Centro White)

As perseguições e morte dos ‘hereges’, são as marcas desse poder político-religioso.

A monarquia assim reinou na Europa por quase 13 séculos apoiada pelos papas e sacramentada pela religião cristã-romana.

É importante entender que a religião cristã-romana, não é a mesma religião de Cristo. A igreja romana é paganizada, e governava por interesses políticos e temporais apenas.

A DIREITA RELIGIOSA

Sendo assim, no século 18, quando a Revolução francesa acontece, esse evento é uma reação a essa religião politizada (pagã) dos antigos romanos.

E hoje a direita, a extrema direita e a ultra direita, tem esse viés religioso.

No próprio Brasil, em nossos dias, o protestantismo, os evangélicos e pentecostais, se utilizam do braço político para garantir seus direitos, devido a essa herança que o papado deixou.

A indevida relação de igreja e estado, vêm dessa herança católica, ou do papado medieval. Foi a liberdade religiosa dos cristãos protestantes que vieram a América no século 15, que conquistaram os valores democráticos e republicanos.

Mas essa mesma liberdade religiosa é ameaçada pela direita democrática hoje, que tenta impor a religião através da política.

Religião não se impõem. E todos tem o direito de exercer a religião que bem desejarem; mesmo não exercer religião alguma, ou até descrer em Deus. Esse é o fundamento da liberdade religiosa.

E os atuais cristãos, protestantes, evangélicos e pentecostais, não admitem que religiões africanas, animistas, orientais e místicas, venham a se estabelecer. Mas esse é um direito inalienável.

O CENÁRIO DO FIM

Apocalipse 13 oferece uma previsão profética do cenário do fim, onde o poder político (besta da terra) e o poder religioso (besta do mar) se unem para imposições e sanções.

As três imposições descritas ali (13:15-17) só são possíveis por ação política e de fundo religioso:

1.       Decreto de morte

2.       Marca

3.       Não comprar, não vender

O cenário final da história desse mundo é de uma política-religiosa de extrema-direita. Onde os governantes por motivação religiosa impõem decretos e sanções.

CONCLUSÃO

Embora a política de direita cometa o erro de unir a politica e a religião, ela ainda preserva os valores da moral, família e decência. Por outro lado, a política de esquerda quer eliminar a religião e os valores familiares, impondo uma cultura de imoralidade e indecência.

Isso nos evidencia apenas que não será a política que irá salvar nosso mundo. Os humanos já possuem um Salvador, e Ele já tem um plano para restaurar o planeta.


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Para entender melhor, leia: Filosofia da Política de Esquerda

FILOSOFIA POLÍTICA PARTIDÁRIA DA ESQUERDA

As Filosofias Partidárias surgiram no Tempo do Fim, (pós 1798) em um contexto profético. Essa filosofia dos partidos teve sua origem da eterna luta entre ricos e pobres. E resultou na política de esquerda e direita, a partir dos pensadores na era do modernismo, Revolução Francesa, Revolução Industrial e Capitalismo Moderno.

Hoje ser de ‘direita’ significa estar em uma filosofia capitalista; ser de ‘esquerda’ é a filosofia política do socialismo e comunismo.

A filosofias de esquerda aparecem no contexto dos eventos do fim e de 1844, para entendermos sua motivação espiritual. Surgiu nas obras de pensadores como: Saint-Simon, Fourier, Owen, Louis Blanc, Proudhon. A palavra "socialismo" teria sido imaginada por Pierre Leroux em 1832. 

Em 1839, a chamada "Liga dos Justos", sociedade alemã que adotava a divisa "todos os homens são irmãos", junto à entidade secreta "Estações", de Blanqui e Barbès, que também promoeveu a fracassada insurreição operária em Paris.

A Filosofia da Esquerda
A esquerda se caracteriza pela defesa de uma maior igualdade social. Normalmente, envolve uma preocupação com os cidadãos que são considerados em desvantagem em relação aos outros e uma suposição de que há desigualdades injustificadas que devem ser reduzidas ou abolidas.

Os termos "direita" e "esquerda" foram criados durante a Revolução Francesa (1789–1799), e referiam-se ao lugar onde políticos se sentavam no parlamento francês, os que estavam sentados à direita da cadeira do presidente parlamentar foram amplamente favoráveis ao Ancien Régime.

O uso do termo "esquerda" tornou-se mais proeminente após a restauração da monarquia francesa em 1815 e foi aplicado aos "Independentes". Mais tarde, o termo foi aplicado a uma série de movimentos sociais, especialmente o republicanismo, o socialismo, o comunismo e o anarquismo. Atualmente, o termo "esquerda" tem sido usado para descrever uma vasta gama de movimentos, incluindo o movimentos pelos direitos civis, movimentos antiguerra e movimentos ambientalistas. Fonte: Wikkipedia

Quem são os idealizadores
A Filosofia socialista e comunista de uma sociedade justa e harmônica foi idealizada por Karl Max. O sociólogo, historiador e economista alemão Karl Heinrich Marx (1818-1883)  foi o principal pensador do marxismo, movimento filosófico e político nomeado em sua homenagem. Junto com Friedrich Engels (1820-1895), Marx detalhou sua teoria política e previu o colapso do sistema capitalista (baseado na propriedade privada).

Nos livros que fundamentaram o socialismo e depois o comunismo, Karl Marx, ataca o que ele imaginava ser o problema no capitalismo - a família:
A propriedade privada somente poderá ser suprimida quando a divisão do trabalho puder ser suprimida. A divisão do trabalho, porém, na sua origem, não é nada mais do que a divisão do trabalho no ato sexual, que mais tarde se torna a divisão do trabalho que se desenvolve por si mesma. A divisão do trabalho, por conseguinte, repousa na divisão natural do trabalho na família e na divisão da sociedade em diversas famílias que se opõem entre si, e que envolve, ao mesmo tempo, a divisão desigual tanto do trabalho como de seus produtos, isto é, da propriedade privada, que já possui seu germe na sua forma original, que é a família, em que a mulher e os filhos são escravos do marido”. [Karl Marx e Friedrich Engels: A Ideologia Alemã]. (IZALCI, 2014, p. 4).

No livro assinado por Engels “A Origem da Família, da Propriedade Privada e do Estado”. Nesta obra Engels, seguindo Marx, sustentava que nos primórdios da história não teria existido a instituição que hoje denominamos de família. (IZALCI, 2014).

Desse desprezo filosófico pela família, vieram vertentes do viés de esquerda, que necessariamente não são posturas políticas mas, com tendências anarquistas:
-feminismo
-movimentos de liberação sexual
-movimentos de liberação das drogas
-sindicatos trabalhistas
-guerrilhas

Os Protagonistas
Friedch Angels Nasceu, 28 de novembro de 1820, Londres, e morreu em 5 de agosto de 1895. Foi um empresário industrial e teórico revolucionário alemão que junto com Karl Marx fundou o chamado socialismo científico ou marxismo. Ele foi coautor de diversas obras com Marx, sendo que a mais conhecida é o Manifesto Comunista. Também ajudou a publicar, após a morte de Marx, os dois últimos volumes de O Capital, principal obra de seu amigo e colaborador.

Grande companheiro de Karl Marx, escreveu livros de profunda análise social. Entre dezembro de 1847 a janeiro de 1848, junto com Marx, escreve o Manifesto do Partido Comunista.

O que conhecemos hoje como a política de esquerda, nada mais é de um desenvolvimento atualizado dos princípios de karl Marx e Friedch Angels.

Karl Marx escreveu - "A religião é o suspiro da criatura oprimida, a alma de um mundo sem coração, tal como é o espírito das condições sociais, de que o espírito está excluído. Ela é o opium do povo." [MARX, Karl. ENGELS, Friedrich. “Crítica da Filosofia do Direito de Hegel”. In: MARX, Karl. ENGELS, Friedrich. Sobre a Religião. Lisboa: Edições 70, 1975; p.47]

Conclusão
As Filosofias partidárias tem suas origens no grande Conflito entre o bem e o mal.
Tanto a esquerda como a direita tem suas filosofias para enganar e seduzir os cristãos.
Esteja atento para aquela filosofia política que tem a finalidade de tirar a Liberdade Religiosa ou seduzir para os hábitos de vida deste mundo.


                          O Tempo do Fim e os Enganos Satânicos

                           O Cenário Político-religioso do Fim