GUERRA DO HAMAS E ISRAEL

Israel e os judeus não estão entre os protagonistas das profecias apocalípticas para o Tempo do Fim. Os protagonistas são as 4 bestas (Ap 11:7; 13:1; 13:11; 17:3) e Babilônia (Ap 17:3 e 18:1).

O cenário atual (Outubro / 2023) do ataque do Hamas ao território de Israel e o início de uma guerra no Oriente Médio, não estão nas principais cenas da seção escatológica (capítulos 11 a 22) do Apocalipse.

Cenário Profético

Mas os muçulmanos e povos islâmicos são personagens secundários que participam do cenário das Trombetas (Apocalipse 8:6-9:21 e 11:15-19) uma série de 7 profecias na seção histórica da Revelação. As Trombetas no Apocalipse são profecias que indicam o juízo de Deus sobre os inimigos históricos do povo de Deus.

As Trombetas eram objetos que pertenciam ao tabernáculo, templo ou santuário. Foram usadas para as guerras de conquista da Terra Prometida e principalmente na Festa das Trombetas, a festividade que antecipava o Dia da Expiação ou Dia do Juízo. Então as Trombetas estão relacionadas no Apocalipse à guerras e juízos de Deus sobre Seus inimigos.

A guerra atual entre o Hamas e Israel, é uma guerra religiosa. Se trata do Islamismo contra a antiga religião dos hebreus (Israel); e a disputa é por Jerusalém e o “complexo da Mesquita de Aqsa, reverenciado pelos muçulmanos como o Nobre Santuário e pelos judeus como o Monte do Templo, está entre os locais mais contestados na Terra Santa” (NYT) . Esse não é o motivo único da guerra. “O conflito implacável e mortal entre Israel e os palestinos já dura dois séculos” (NYT).

A 5ª e a 6ª Trombetas no Apocalipse

As 'trombetas' descritas nos capítulos 08 e 09 do Apocalipse, relatam algumas das principais intervenções de Deus para castigar os inimigos do povo de Deus na era cristã:

1ª Trombeta – Juízo sobre os judeus; os romanos destroem Jerusalém e o templo (70dC)

2ª Trombeta – Juízo sobre o Império Romano Ocidental – Visigodos invadem Roma

3ª Trombeta – Juízo sobre o Império Romano Ocidental – Vândalos invadem Roma

4ª Trombeta – Juízo sobre o Império Romano Ocidental – Bárbaros (Odoacro derruba o império ocidental no 5º século)

5ª Trombeta – Juízo sobre o Império Romano Oriental – muçulmanos invadem a Europa

6ª Trombeta – Juízo sobre as 4 Bestas (França, Vaticano, EUA e EU)

7a Trombeta - Segunda Vinda (Jesus vêm como um Grande Guerreiro Ap 19:11-15, destruir os reis da terra, as bestas e as potestades do mal).

O período das trombetas ainda vigora. Estamos na 6ª trombeta sobre a ação dos muçulmanos e radicais islâmicos, que ainda castigam os poderes (bestas) e inimigos atuais de Deus e do Seu povo.

Guerras e Trombetas

As intervenções de Deus e castigos foram protagonizadas por ícones da história antiga - Alarico, Genserico, Átila, Odoacro, Maomé e Otman - que serviram como 'açoite de Deus' para castigar o império romano e depois a Roma Papal por sua opressiva política de governo.

Sendo que a 5a e a 6a trombeta apresentam os árabes e depois os muçulmanos como agentes em destruir a influência do poder opressor do império romano  e de roma papal, a continuidade da ação dos radicais islâmicos seguem esse mesmo padrão revelado na profecia.

Desde a ação de Otman que estabeleceu na Europa o Islamismo, no norte da África e na conquista de Jerusalém no 6º século, até o século 12, os muçulmanos se estabeleceram no território da palestina. O símbolo dessa conquista é a Mesquista de Aqsa que está até hoje em Jerusalém, e ocupa o lugar no antigo templo dos judeus, no Domo da Rocha.

Deus levantou os muçulmanos para combater o poder papal e tirar a possibilidade da reconstrução de um templo em Jerusalém, se rivalizando com o Santuário Celestial onde Jesus Cristo é Ministro no ‘verdadeiro tabernáculo’ (Hb 8:1,2).

Os Vilões das Bestas do Apocalipse

Assim os muçulmanos e radicais islâmicos se tornam os grandes vilões dos poderes das bestas apocalípticas (França, Vaticano, EUA e UE). A ação dos muçulmanos e povos islâmicos nos ataques terroristas na França, EUA (11 de Setembro) e na Europa, seguem o padrão estabelecido na profecia – enfraquecer os inimigos de Deus e do Seu povo.

 O que temos presenciado no século 20 e 21 é uma crescente ação dos muçulmanos em oposição ao cristianismo ocidental apostatado, representados pelo Vaticano e EUA; e agora a ação dos muçulmanos sobre Israel, judeus e cristãos que estão no ‘território santo dos mulçumanos’.

Como já dito, o que vimos em 11 de Setembro, do ataque dos islâmicos radicais aos EUA, foi uma das ações da 6ª trombeta em nosso século. E o que vemos atualmente (Outubro 2023) na guerra do Hamas contra Israel, são ainda os eventos da 6ª Trombeta.

O que levará essas ações do muçulmanos sobre a Jerusalém atual não temos como prever. Talvez essas ações de guerra e terrorismo possam desencadear o cenário de Apocalipse 13:14-18 onde os EUA e o Vaticano se unem para impor sanções mundiais para uma paz mundial. Isso talvez justifique um decreto de morte (Ap 13:15up) e um decreto financeiro (Ap 13:17).

A escalada de guerras, terrorismo, tumultos, crises de imigrantes, talvez possa requerer um governo mundial unificado. E a provável liderança moral do mundo talvez seja a do Papa. Isso justificaria o decreto dominical, e a pena de morte que se estabelecerá aos que não santificarem o domingo (Ap 13:16,17).

O que podemos ouvir, é a orientação de Jesus em seu sermão profético – “vocês ouvirão falar de guerras e rumores de guerras. Fiquem atentos e não se assustem, porque é necessário que isso aconteça, mas ainda não é o fim” Mt 24:6. Embora ainda não seja o fim, esses eventos fazem parte dos Eventos Finais ante da Segunda Vinda de Jesus.

Jesus nos tranquiliza dizendo – “quando estas coisas começarem a acontecer, levantem-se e fiquem de cabeça erguida, porque a redenção de vocês se aproxima” Lc 21:28.

E nós devemos orar e dizer – “Amém! Ora, vem, Senhor Jesus!” Ap 22:20up.

Leia: Os Mulçumanos e a 6a Trombeta

Leia também (Cenas da 6a Trombeta)

Leia também (Terrorismo e a 6a Trombeta)

Leia também (Protagonistas das 7 Trombetas - Parte 1)

Leia tambem (Protagonistas das 7 Trombetas - Parte 2 )


A Relação da 3ª Mensagem Angélica com a Justificação Pela Fé

 

Por que a terceira mensagem angélica está relacionada com a justificação pela fé?

A terceira mensagem  diz– “Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca” Ap 14:9. Receber a marca da besta é não receber o selamento de Deus, ou não receber o Espírito Santo e a Sua Justiça imputada. 

O livro TPI diz “A mensagem da justiça de Cristo soará desde uma até a outra extremidade da Terra. [...] Essa é a glória de Deus com que será encerrada a mensagem do terceiro anjo” TPI 6, 20). Isso porque a besta, ou o papado, tem uma mensagem de justiça pelas obras. A religião romana é baseada no que o ser humano faz - penitências, promessas e pagamentos por perdão e pecados.

Essa é a relação da terceira mensagem angélica com a mensagem da justificação pela fé - uma vida espiritual baseada na justiça concedida por Deus ou realizada por si mesmo na forma de 'boas obras'. 

Receber a marca da besta, é receber o caráter satânico, que justifica-se pelas próprias obras. Mas receber o selamento de Deus, é receber o Seu caráter, de Deus, ou Sua imagem e semelhança. E isso ocorre pela justificação pela fé; é obra de Deus. 

Os cristãos católicos foram enganados que para serem salvos, devem fazer pagamentos de promessa, penitências, indulgências e 'boas obras'. Uma religião baseada em tais coisas é receber a marca da besta; ou ter o caráter de Satanás desenvolvido Neles. 

Para ter o caráter de Cristo, é preciso crer no que Ele, Jesus, fez. Para receber a justiça de Jesus, é preciso crer que fomos declarados justos, que o Esp. Santo nos deu as virtudes de justiça e fomos transformados em justos. O livro TMOE define “O que é justificação pela fé? É a obra de Deus lançar a glória humana no pó e fazer pelos humanos aquilo que eles não podem fazer por si mesmos” TMOE, 456.

As boas obras serão produzidas pelo Espírito Santo, como boas obras da fé. Quando o texto do livro TMOE diz  “lançar a glória humana no pó e fazer pelos humanos aquilo que eles não podem fazer por si mesmos” – essa é a obra sobrenatural de justificar os humanos. E o ser humano só tem uma parte nesse processo – crer, ou ter fé – o restante é com Deus. Deus declara a pessoa justa; Deus insere justiça ou virtudes na pessoa; Deus transforma a pessoa em um ser justo. Não há nada que o ser humano possa fazer nesse processo a não ser crer, ou pela fé aceitar isso. A nossa parte é crer e escolher permanecer ao lado de Deus, obedecendo os seus mandamentos. E mesmo assim, a virtude da obediência é fruto do Deus Espírito; será o Espírito Santo que imputará a virtude da obediência em nós.  

A promessa evangélica do AT diz – “Na mente lhes imprimirei as minhas leis, também no seu coração as inscreverei; eu serei o Deus deles, e eles serão o meu povo” Jr 31:33. Deus ainda promete – “Eu lhes darei um coração novo e porei dentro de vocês um espírito novo. Tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. Porei dentro de vocês o meu Espírito e farei com que andem nos meus estatutos, guardem e observem os meus juízos” Ez 36:26,27. Não há nada que possamos fazer para ser salvos, a não ser crer, ter fé, de que Deus realiza todas essas coisas em nós.  

Todo esse processo se concluiu com o selamento. Nos descrentes e apostatados, se conclui com a marca da besta. Por isso o Apocalipse tem um personagem Central – Jesus Cristo. A revelação ali mostra Jesus como um Cordeiro que foi morto (Ap 5:6,8). O nome Cordeiro aparece 31 vezes em todo o livro. O Cordeiro, ou Jesus, é visto recebendo adoração dos seres celestiais; é louvado pelos anjos como digno; o Cordeiro é visto no trono; também é visto em pé no monte Sião; e um hino é feito para anunciar Seus feitos – o hino do Cordeiro.

666 – O NÚMERO DA BESTA

O Apocalipse indica haverá um número a ser recebido pelos adoradores da Besta – “o número da besta, pois é número de ser humano. E esse número é seiscentos e sessenta e seis”; capítulo 13, verso 18.

Para entendermos esse número apocalíptico precisamos entender a numerologia que existe no livro da Revalção.

O número 7 é usado extensivamente no Apocalipse, indicando ser o número que identifica a Deus e seus seguidores. O número 7 aparece 55 vezes no Apocalipse. As profecias estão agrupadas em séries de sete – sete estrelas, sete anjos, sete cartas, sete igrejas, sete selos, sete trombetas, sete taças, sete pragas etc.

O uso do número 7 está relacionado com a semana da criação e com o Criador. O Apocalipse aponta para o Criador com o uso da imagística do número 7.

Já o número 6 aponta para o ser humano. A própria Revelação indica – “é número de ser humano” Ap 13:18. Mas o número da besta vem com o número 6 triplicado – 666. E é dito que isso consiste em “a marca, o nome da besta ou o número do seu nome”; Ap 13:17. Essas três coisas parecem ser sinônimas, ou a mesma coisa – marca, nome da besta ou o número do seu nome” que é o dígito 666.

MARCA

Assim como Deus tem o seu sinal, a besta tem a sua marca. Deus diz através do profeta Ezequiel – “dei os meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica”; Ez 20:12. “Santifiquem os meus sábados, pois servirão de sinal entre mim e vocês, para que saibam que eu sou o Senhor , seu Deus’; Ez 20:20. E assim o sábado se torna um sinal de Deus para Seu povo e a santificação desse povo.

Já a besta tem sua marca. A Revelação diz – “A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, (a besta) faz com que lhes seja dada certa marca na mão direita ou na testa”; Ap 13:16. A marcação ‘na mão’ e ‘na testa’ está relacionado com Dt 6:8, que descreve o hábito cultural-religioso que Deus havia indicado ao povo para carregar a Lei de Deus consigo; eles deveria amarrar tiras de couto na mão e na testa, e ali deveriam estar escritas as palavras da lei. Era um sinal de obediência do povo, a Aliança de Deus, prescrita em Sua Lei.

A marca da besta se constituiu o oposto disso – a desobediência à lei de Deus.

NOME DA BESTA

A Revelação indica que o “número do seu nome” esta no número 666. Isso pode se relacionar ao idioma do latim, onde os números representam letras. O latim era o idioma do império romano e também da igreja romana. No latim, um dos títulos do Papa é ‘Vicarius Filli Dei’, onde as letras desse título, se forem vertido para os números correlatos, somam 666.

NÚMERO DO SEU NOME

O 666 assim é um número que indica o nome ou identidade da besta – o papado – que pretende ser o substituto de Deus na terra. Nos documentos oficiais da ICAR se tem registrado – “O papa é tão honrado e tão exaltado que não é um mero homem, mas é como se fosse Deus na Terra” (Lucius Ferraris, “Papa”, artigo 2 em Prompta Bibliotheca [1763], v. 6, p. 25-29).

 

O Papa Leão XIII declarou: “Nós [os papas] assumimos na Terra o lugar do Deus Todo-Poderoso” (The Great Encyclical Letters of Pope Leo XIII [Nova York: Benziger, 1903], p. 193).

A marca da besta, é o domingo; e o sinal de Deus é o sábado. A experiência de adoração no sábado leva a santificação do povo de Deus (que é a benção do sábado- Gn 2:2). A santificação é o processo de levar os humanos à imagem e semelhança de Deus novamente. E a experiência de adorar no domingo, é uma adoração  ao Dragão, a besta, e ao sol. E levam as nações a se assemelhar a Satanás em impiedade.

O sinal de Deus (experiência de adoração no sábado e ser santificado) levará ao selamento do povo de Deus. A marca da besta (experiência de guardar o domingo) levará a também a um ‘selamento’, ou o recebimento da ‘marca’.

O selamento dos adoradores da besta, ou dos que guardam o domingo, se dará quando receberem “o número do seu nome”, o 666.

Esse digito tríplice tem haver com a falsa trindade - o dragão, a besta e o falso profeta (Ap 16:13). Está relacionado também com os “três espíritos imundos” (Ap 16:13up).

O 666 assim representa a falsa trindade - Satanás, o papa e o falso profeta.

Quem admitir adoração a esses sistemas religiosos falsos, será selado por eles (recebera a imagem de satanás) ou recebera o número 666.

Então receber o número 666 é uma experiência espiritual de adoração a Satanás, ao papa ou falso profeta. E não adorar a Deus. O Apocalipse afirma – “adoraram o Dragão porque deu a sua autoridade à besta” Ap 13:4.

Essa adoração ao Dragão ou a besta acontece através da santificação do domingo. O primeiro dia da semana foi separado por Constantino, o imperador romano do 4º século; e foi perpetuado pelos bispos e papas da igreja romana.

Respondendo de uma forma resumida e rápida – o que é o número 666?

É a experiência religiosa de adoração a Satanás, a besta e o Falso Profeta, através do domingo, o falso dia de adoração.

Leia também - Quem é a Besta?

Leia também - A segunda Besta

Leia também - O Falso Profeta