Há uma profecia muito significativa, no contexto do “fim do mundo” que diz – “Quando afirmarem a vocês: Paz e segurança, eis que repentina destruição se precipitará sobre eles, assim como as “dores de parto” tomam a mulher grávida, e de forma alguma encontrarão escape” – 1Ts 5:3.
Essa profecia está relacionada “aos tempos e épocas” (v1) e
ao “Dia do Senhor” (v2) ou a Segunda Vinda de Jesus. A expressão “paz e
segurança” se refere aos esforços dos “reis da terra” (Ap 6:15) para alcançar
uma paz que somente Cristo pode dar e estabelecer através do Reino de Deus.
Donald Trump na Cúpula de Paz de Gaza – Sharm el-Sheikh, no Egito
em 13 de outubro de 2025 fez um discurso após a conclusão do seu plano de paz,
e uma aparente resolução para o conflito entre Israel e Palestina.
“Trump inicia com agradecimentos às autoridades egípcias
(presidente Abdel Fattah el-Sisi) e reconhece a dimensão histórica do encontro,
apresentando-o como fruto de “milagres políticos”. (Fonte: (The Guardian, CBS
News, Politifact e Le Monde).
Trump diz – “Este não é apenas o fim de uma guerra. É o fim
de uma era — uma era de terror e de morte — e o começo de uma era de fé, de
esperança e de Deus.” Ele posiciona o evento como “mudança de era”, usando
linguagem espiritual para marcar a transição entre conflito e reconstrução.
“Digo ao povo palestino: chegou a hora de deixar o caminho
do ódio e do terror. Expulsem de entre vocês os que pregam destruição. Reconstruam
suas casas, suas cidades e sua fé. Deus está oferecendo uma nova oportunidade,
e o mundo está olhando.” – Trump fala em tom de exortação religiosa e moral,
incentivando reconstrução e “redenção nacional” para Gaza.
A fala de Trump segue o roteiro profético de Apocalipse 13 –
de aparência “como cordeiro, mas que fala como dragão” (v11).
O presidente norte-americano enfatiza – ““Levou 3.000 anos para chegarmos a este ponto. Acreditam nisso? E este acordo vai resistir, sim — vai durar.” A Frase dita se refere ao documento chamado “Trump Declaration for Enduring Peace and Prosperity”. Ele a apresenta como marco histórico e irrevogável. “Não haverá mais desculpas, não haverá mais terrorismo.” Com um tom mais firme, lembrando o estilo característico de Trump. Ele mistura apelo à paz com ameaça de força. Um claro lampejo profético da figura cordeiro/dragão.
Trump assume nesse discurso a figura do “Falso Profeta” (Ap 16:13) que o próprio Apocalipse apresenta como personagem no cenário das profecias do “Fim do Mundo”. A fala profética de Trump anuncia – “É hora de reconstruir — com fé, com trabalho, com amor. Gaza pode ser novamente um lugar de vida, e não de morte. Israel pode ser uma nação em paz. Deus está pronto para abençoar — e nós também devemos estar. (...) Estamos aqui porque acreditamos em milagres. E hoje, vimos um deles acontecer. Que Deus abençoe Israel, que Deus abençoe a Palestina e que Deus abençoe os Estados Unidos da América.”
Os jornais americanos indicaram – “Encerramento com forte retórica religiosa, conectando o tema espiritual com responsabilidade política”. Essa tendência de uma política mundial com tom religioso é o quadro profético de Apocalipse 13 se cumprindo.
A profecia apresenta uma relação entre as duas bestas (do
mar e da terra – Ap 13:12-15) que representam os Vaticano e os EUA. Essa é uma
relação que irá se desdobrar nos próximos anos e trará o cenário de imposições,
sanções e decretos (vs15-17).
“A próxima fase do plano de 20 pontos de Trump exige um
acordo que complete a estrutura prevista, na qual a Faixa de Gaza seria
desmilitarizada, protegida e governada por um comitê que inclua palestinos. O
projeto prestará contas a um Conselho de Paz presidido por Trump. É necessário
um trabalho detalhado e intenso para que essa etapa seja implementada. O acordo
sobre Gaza não é um roteiro para a paz no Oriente Médio — o destino final que
parece, pelo menos até agora, inalcançável” (Fonte: BBC).
A relação entre 1 Tessalonicenses 5:3 e Apocalipse 13:12-14,
revela uma notável continuidade temática sobre a natureza do engano
escatológico. Em 1 Tessalonicenses 5:3, a expressão "paz e segurança"
(εἰρήνη καὶ ἀσφάλεια) descreve uma falsa sensação de estabilidade propagada por
sistemas humanos alheios aos propósitos divinos, que será abruptamente
interrompida pela repentina destruição. Este anúncio de paz enganosa encontra
sua contraparte escatológica em Apocalipse 13:12-14, onde a segunda besta,
frequentemente como os EUA, como o poder religioso apóstata dos últimos dias,
realiza grandes sinais e maravilhas para seduzir os habitantes da terra,
promovendo adoração à primeira besta e criando uma ilusória unidade
religioso-política.
A conexão entre estes textos reside no padrão de operação
enganosa: assim como em Tessalonicenses se anuncia um falso clamor de paz que
precede a ruína, em Apocalipse desenvolve-se este tema através de sinais
miraculosos e propaganda enganosa que conduzem a humanidade a uma falsa
adoração. A animação da imagem da besta constitue a culminação deste engano,
criando uma aparência divina para um sistema de opressão. Esta falsa segurança
coletiva será quebrada pela intervenção direta de Cristo, assim como "as
dores de parto" sobrevêm inesperadamente à mulher grávida em 1 Tessalonicenses
5:3.
Estes eventos representam o clímax do conflito cósmico, onde
o engano satânico atinge sua expressão máxima através da tríade apocalíptica
(dragão, besta do mar e besta da terra), simulando uma “falsa trindade” que
oferece segurança sem Deus. A repentina destruição em Tessalonicenses
corresponde assim à colheita final de Apocalipse 14:14-20, onde a colheita da
terra, representa a Segunda Vinda de Jesus, e contrasta com a falsa segurança
promovida pelo sistema da besta.
A profecia segue pincelando cenas nas cores proféticas e
criando um cenário que já foi previsto nas profecias do Apocalipse.
O conselho de Jesus em seu sermão profético é – “aquele que
perseverar até o fim será salvo” Mt 24:13. A perseverança aqui se manifesta em
voltar nossa atenção para as profecias das Sagradas Escrituras, e nossa atenção
estar concentrada nelas, e não na agenda política desse mundo. A perseverança
ainda é manter a confiança no relacionamento com Deus, para que ao Jesus
voltar, nós sejamos reconhecidos por Ele, como filhos amados e servos fiés.
Persevere nessa experiência.