A RELAÇÃO DE TRUMP COM O PAPA FRANCISCO

A relação entre Donald Trump e o Papa Francisco durante o mandato de Trump foi marcada por momentos de aproximação e respeito mútuo, mas também por várias tensões devido a diferenças em questões sociais e políticas, especialmente em temas de imigração e meio ambiente. Ambos representam segmentos distintos de liderança – Trump como presidente dos Estados Unidos com uma base de apoio conservadora, e o Papa Francisco como líder espiritual da Igreja Católica com uma visão socialmente progressista em temas como pobreza, acolhimento de refugiados e cuidado ambiental.

1. Encontro Pessoal e Diplomacia (2017)

   - Trump e o Papa Francisco se encontraram pessoalmente em maio de 2017 no Vaticano. Esse encontro foi respeitoso e diplomático, e ambos trocaram presentes simbólicos. Trump deu ao Papa livros de Martin Luther King Jr., enquanto o Papa presenteou Trump com uma cópia de sua encíclica Laudato Si', que trata sobre o cuidado com o meio ambiente e as mudanças climáticas.

   - A reunião durou cerca de 30 minutos e abordou questões de interesse comum, como a liberdade religiosa e a proteção dos cristãos no Oriente Médio. Porém, o presente da encíclica foi visto por muitos como um gesto sutil do Papa para expressar sua preocupação com a posição de Trump sobre o meio ambiente.

2. Tensões sobre Imigração

   - Uma das principais áreas de divergência entre Trump e o Papa Francisco foi a questão da imigração. O Papa, defensor dos direitos dos migrantes e refugiados, criticou abertamente políticas restritivas de imigração, incluindo o projeto do muro na fronteira dos EUA com o México, uma proposta central da campanha de Trump.

   - Em 2016, antes mesmo de Trump assumir a presidência, o Papa Francisco comentou sobre a construção de muros para impedir a entrada de migrantes, dizendo que "uma pessoa que pensa apenas em construir muros, onde quer que estejam, e não em construir pontes, não é cristã". Trump respondeu que era "vergonhoso" um líder religioso questionar a fé de outra pessoa, aumentando a tensão entre os dois.

3. Mudanças Climáticas e Meio Ambiente

   - Outro ponto de tensão foi a posição de Trump em relação às mudanças climáticas. Em contraste com o Papa Francisco, que considera a crise ambiental uma questão moral e defende ações urgentes para cuidar da “casa comum”, Trump retirou os EUA do Acordo de Paris em 2017 e minimizou a importância das mudanças climáticas.

   - O Papa reiterou várias vezes a necessidade de todos os países agirem juntos para proteger o meio ambiente, e sua encíclica *Laudato Si'* sublinha essa questão. A atitude de Trump foi, portanto, um ponto de discordância claro com as posições defendidas pelo Vaticano.

4. Convergências: Defesa da Vida e Liberdade Religiosa

   - Apesar das diferenças, houve também áreas de convergência. A defesa da vida foi uma delas. Trump adotou uma postura fortemente antiaborto durante seu mandato, uma posição que ressoava com a posição pró-vida do Vaticano. As políticas de Trump que restringiam o financiamento de organizações que promoviam o aborto foram vistas com bons olhos por muitos católicos conservadores.

   - Outro ponto comum foi o apoio à liberdade religiosa, especialmente em relação à proteção de cristãos perseguidos no Oriente Médio. Trump promoveu políticas para apoiar minorias religiosas em zonas de conflito, alinhando-se com os esforços do Vaticano nessa área.

5. Relação Complexa e Distante

   - Em geral, a relação entre Trump e o Papa Francisco foi distante e caracterizada por respeito formal, mas com discordâncias marcantes em questões sociais e políticas. Trump tentou manter uma diplomacia cuidadosa com o Papa e o Vaticano, enquanto o Papa Francisco continuou a fazer declarações sobre temas globais que contrastavam com as políticas de Trump.

Em resumo, Trump e o Papa Francisco tiveram uma relação complexa: Trump via no Papa uma figura de respeito, mas eles discordavam em várias questões de políticas públicas e sociais. Essa relação reflete, em muitos aspectos, as divisões ideológicas e culturais mais amplas entre setores conservadores e progressistas no cenário global.

Leia também:

A relação da Casa Branca com o Vaticano

Trump e o Vaticano

Trump e a religião

TRUMP E O VATICANO

Durante seu primeiro mandato, Donald Trump teve uma relação de aproximação moderada com o Vaticano, apesar de algumas tensões, especialmente em temas de imigração e meio ambiente. Sua administração buscou, principalmente, pontos de cooperação em questões de liberdade religiosa, direitos dos cristãos em zonas de conflito e oposição ao aborto, temas nos quais o Vaticano e o governo Trump tinham alinhamento.

Aqui estão algumas das ações e eventos de Trump em relação ao Vaticano:

1. Encontro com o Papa Francisco (2017)

   - Trump encontrou-se com o Papa Francisco em maio de 2017, numa audiência no Vaticano durante sua primeira viagem internacional. Esse encontro buscou estabelecer um diálogo e encontrar pontos comuns entre a administração dos EUA e o Vaticano.

   - Apesar de suas diferenças em várias questões, como imigração e mudanças climáticas, Trump e o Papa Francisco discutiram a promoção da paz, liberdade religiosa e a proteção das comunidades cristãs perseguidas no Oriente Médio, áreas de interesse comum.

2. Diálogo sobre Liberdade Religiosa

   - A administração de Trump tinha como uma de suas prioridades globais a promoção da liberdade religiosa, e isso foi amplamente apoiado pelo Vaticano. Trump demonstrou ao Vaticano seu compromisso com a proteção dos cristãos perseguidos no Oriente Médio, especialmente em países onde esses grupos enfrentavam severa opressão e violência.

   - Em diversos eventos internacionais, o governo Trump destacou a liberdade religiosa como um direito humano fundamental, alinhando-se com o Vaticano nesse aspecto.

3. Acordo de Paz e Apoio a Minorias Religiosas

   - Durante o mandato de Trump, os EUA participaram de negociações de paz no Oriente Médio e promoveram os chamados Acordos de Abraão, que normalizaram as relações entre Israel e alguns países árabes. Embora o Vaticano não tenha comentado diretamente, ele vê com bons olhos acordos que busquem paz e estabilidade na região, especialmente aqueles que podem proteger minorias cristãs.

   - Trump também ampliou a ajuda financeira a organizações religiosas que trabalhavam em zonas de conflito para apoiar minorias perseguidas, algo que o Vaticano observou positivamente.

4. Alinhamento em Questões de Aborto

   - Trump adotou uma postura fortemente antiaborto, especialmente através de suas nomeações para a Suprema Corte e de políticas internas e externas que limitavam o financiamento para organizações que promoviam o aborto. Esse alinhamento em uma causa moral significativa foi visto positivamente pelo Vaticano.

   - O governo de Trump também apoiou a Declaração de Genebra, que reafirma o valor da vida desde a concepção e nega o aborto como direito humano fundamental. O Vaticano, que é firmemente contra o aborto, viu isso como um ponto de convergência com os EUA.

5. Relação com Embaixador dos EUA no Vaticano

   - Trump nomeou Callista Gingrich como embaixadora dos EUA no Vaticano em 2017. Gingrich é católica e, junto com seu marido, o ex-presidente da Câmara Newt Gingrich, compartilha valores conservadores. Sua nomeação foi bem recebida por muitos no Vaticano e representou um canal de diálogo entre os dois estados, enfatizando os pontos de convergência entre a administração de Trump e a Igreja.

6. Apoio a Valores Conservadores

   - Em várias ocasiões, Trump destacou a importância dos valores cristãos na sociedade americana, buscando reforçar a moralidade conservadora e o papel das igrejas. Esses valores, como a defesa da vida e da liberdade religiosa, têm relevância para o Vaticano e ajudaram a fortalecer os laços em meio às diferenças.

Tópicos de Divergência

   - Imigração: O Papa Francisco, ao longo de seu pontificado, fez várias críticas a políticas restritivas de imigração. A postura de Trump de restringir a imigração e de separar famílias na fronteira foi uma área de atrito.

   - Meio Ambiente: O Vaticano, especialmente o Papa Francisco, defende a urgência de agir contra as mudanças climáticas, enquanto Trump retirou os EUA do Acordo de Paris e minimizou a questão ambiental. Essa divergência foi significativa, uma vez que o Vaticano considera a crise ambiental uma questão moral.

Em resumo, a aproximação entre Trump e o Vaticano focou-se principalmente em temas de liberdade religiosa e proteção de valores cristãos. Enquanto existiam áreas de convergência, como a defesa da vida e a liberdade religiosa, havia também diferenças marcantes em imigração e meio ambiente.

TRUMP E A RELIGIÃO

Durante seu primeiro mandato (2017-2021), Donald Trump tomou diversas ações que agradaram a grupos religiosos, especialmente os evangélicos e católicos conservadores, que formam uma grande parte de sua base de apoio. Suas ações tinham como foco principal questões de liberdade religiosa, proteção de valores conservadores e apoio a Israel. Abaixo estão algumas das principais ações religiosas de Trump nesse período:

 1. Nomeações para a Suprema Corte

   - Trump indicou três juízes conservadores à Suprema Corte dos Estados Unidos: **Neil Gorsuch**, Brett Kavanaugh e Amy Coney Barrett. Essas nomeações visavam reforçar a presença de juízes favoráveis a causas conservadoras, como restrições ao aborto e defesa da liberdade religiosa.

   - Com essas nomeações, a Suprema Corte passou a ter uma maioria conservadora (6-3), influenciando decisões sobre liberdade religiosa e outros temas importantes para a comunidade religiosa conservadora.

2. Liberdade Religiosa

   - Trump assinou várias ordens executivas para promover a liberdade religiosa. Em 2017, ele assinou a Ordem Executiva de Liberdade Religiosa, que buscava garantir que o governo não interferisse nas práticas religiosas.

   - Ele também criou a Iniciativa de Fé e Oportunidade (Faith and Opportunity Initiative) para facilitar o trabalho de organizações religiosas junto ao governo.

   - Sob seu governo, o Departamento de Justiça emitiu diretrizes reforçando a proteção de práticas e crenças religiosas, e houve uma série de medidas para permitir que indivíduos e organizações religiosas não fossem obrigados a atuar em desacordo com suas crenças, especialmente em questões como aborto e casamento entre pessoas do mesmo sexo.

3. Apoio a Israel

   - Trump tomou ações que tiveram grande impacto para os cristãos sionistas e judeus conservadores, entre elas:

     - Reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel em 2017 e transferência da embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém em 2018.

     - Reconhecimento das Colinas de Golã como território israelense, algo visto por muitos evangélicos como um cumprimento profético.

   - Esses atos fortaleceram os laços entre os EUA e Israel e foram aplaudidos por muitos grupos religiosos, especialmente evangélicos, que veem a aliança com Israel como parte de sua fé.

4. Restrição ao Aborto

   - Trump tomou medidas para limitar o aborto em nível federal e estadual. Ele restabeleceu e expandiu a Política da Cidade do México (também chamada de "Global Gag Rule"), que proíbe o uso de fundos federais para organizações que promovem o aborto no exterior.

   - Seu governo apoiou o direito de estados a imporem restrições mais rígidas ao aborto e defendeu organizações religiosas que se opõem ao aborto. Ele também participou de eventos antiaborto, como a Marcha pela Vida em 2020, tornando-se o primeiro presidente dos EUA a fazer isso pessoalmente.

5. Direitos LGBTQ+ e Religião

   - Trump tomou medidas que, segundo ele, defendiam a liberdade religiosa, mas que também impactaram os direitos LGBTQ+. Sob sua administração, instituições religiosas receberam mais liberdade para recusar serviços ou benefícios a pessoas LGBTQ+ com base em crenças religiosas, o que gerou controvérsia e críticas de grupos de direitos civis.

   - Por exemplo, o governo emitiu uma regulamentação permitindo que agências de adoção e abrigos de emergência que recebiam fundos federais recusassem atendimento a casais do mesmo sexo, citando motivos religiosos.

6. Política de Refugiados e Imigração

   - A política de imigração de Trump, incluindo restrições a refugiados, dividiu opiniões na comunidade religiosa. Muitas organizações cristãs e católicas apoiavam a acolhida de refugiados, mas a administração Trump reduziu drasticamente o número de refugiados permitidos nos EUA, o que afetou também grupos religiosos perseguidos em outros países.

7. Atos Simbólicos

   - Trump fez gestos públicos que agradaram grupos religiosos, como a foto com uma Bíblia em frente à igreja de St. John em Washington, D.C., após protestos em 2020. Ele também promoveu eventos de oração na Casa Branca e tinha conselheiros religiosos influentes, especialmente do meio evangélico.

Essas ações de Trump em favor de causas religiosas e de liberdade religiosa solidificaram seu apoio entre eleitores religiosos conservadores. Suas decisões moldaram questões importantes para esses grupos e influenciaram políticas dos EUA no cenário interno e internacional.

ELEIÇÕES NORTE AMERICANAS

Os EUA tem um protagonismo nas profecias do Apocalipse, pois são representados pela ‘Besta da Terra’ (Ap 13:11). Na imagística bíblica uma ‘besta’ ou ‘animal’ significa ‘reino’ (Dn 7:17, 23) ou nação.

A interpretação protestante é na sua maioria indicativa de que os EUA é a terceira besta descrita na seção escatológica do Apocalipse e tem uma importância crucial pois se associa a segunda besta (Ap 13:1), representada pelo Vaticano, para determinar sanções econômicas (13:16,17) e decreto de morte (13:15up).

Como há uma associação dos EUA com o Vaticano, as eleições americanas são importantes pois o presidente deste país, tem de ter vínculos com a religião romana.

Os EUA são historicamente uma nação protestante, o que determina que assuma também no Apocalipse a figura do ‘Falso Profeta’ (Ap 16:13, 19:20, 20:10). E os vínculos do protestantismo norte americano com o Vaticano tem acontecido na maioria das administrações presidenciais daquele país.

Mas qual dos atuais candidatos – Harris ou Trump – tem os vínculos mais próximos que poderiam cumprir a profecia de Apocalipse 13:12 – “Ela exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença e faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta”. Note que é um vínculo religioso, pois envolve “adoração” ou promoção da religião romanista pagã, através dos papas e seus dogmas.

Kamala Harris e o catolicismo

Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, possui uma relação complexa com o catolicismo, marcada por sua base de apoio, experiência jurídica, e políticas públicas. Embora ela mesma se identifique como batista, Harris cresceu em uma casa com uma forte influência do hinduísmo por parte de sua mãe e valores cristãos de seu pai jamaicano.

Politicamente, Harris tem um histórico de respeito à liberdade religiosa, incluindo o catolicismo, mas também defende políticas progressistas, algumas das quais têm sido criticadas por líderes católicos. Por exemplo:

1. Questões de Aborto: Harris apoia o direito ao aborto, uma posição que diverge das doutrinas oficiais da Igreja Católica. Como senadora, ela trabalhou para expandir o acesso ao aborto e se posicionou contra projetos de lei que limitariam o procedimento, o que gerou críticas de alguns grupos católicos e conservadores.

2. Reforma do Sistema de Justiça Criminal: Durante seu mandato como procuradora da Califórnia, Harris trabalhou em áreas que incluíam a proteção das vítimas e a reforma do sistema de justiça criminal, algo alinhado com a tradição católica de dignidade e direitos humanos. Muitos católicos viram com bons olhos suas políticas de justiça, que enfatizam a reabilitação e a dignidade humana.

3. Direitos LGBTQ+ e Liberdade Religiosa: Harris apoia o casamento entre pessoas do mesmo sexo e os direitos LGBTQ+, o que é um ponto de atrito com a doutrina católica tradicional. Em casos específicos, como a exigência de que organizações de adoção religiosas trabalhem com famílias LGBTQ+, sua posição é a favor da inclusão, mesmo em situações onde haja conflito com valores católicos.

4. Questões de Imigração: Harris também defende uma política de imigração mais inclusiva, algo que a Igreja Católica, especialmente nos EUA, também apoia fortemente. Ela frequentemente cita o Papa Francisco como uma inspiração para uma abordagem mais compassiva em relação aos imigrantes e refugiados.

Assim, enquanto suas políticas refletem um respeito pela diversidade religiosa, sua postura em temas sociais e de direitos civis coloca-a em desacordo com algumas doutrinas católicas, mas também em harmonia com aspectos sociais da justiça defendidos por muitos líderes da Igreja.

Donald Trump e o catolicismo romano

Donald Trump tem uma relação politicamente pragmática com o catolicismo, buscando apoio católico em pontos que se alinham com a agenda conservadora de seu partido, mas sem seguir integralmente as doutrinas católicas. Abaixo estão algumas maneiras como Trump se posicionou em relação ao catolicismo:

1. Aborto: Trump tomou uma posição fortemente pró-vida, que se alinha com a doutrina católica sobre o aborto. Como presidente, ele indicou juízes conservadores para a Suprema Corte, o que culminou na decisão de derrubar o caso Roe v. Wade, que estabelecia o direito constitucional ao aborto nos EUA. Essa postura lhe rendeu apoio de muitos eleitores católicos conservadores e de líderes pró-vida dentro da Igreja Católica.

2. Liberdade Religiosa: Trump foi um defensor da liberdade religiosa em sua administração, adotando políticas para proteger instituições religiosas de terem que fornecer seguro saúde com cobertura para contraceptivos, algo que a Igreja Católica tradicionalmente rejeita. Ele também reforçou leis para permitir que organizações religiosas recebessem financiamento federal sem comprometer sua autonomia doutrinária.

3. Direitos LGBTQ+: Trump adotou posições mistas quanto aos direitos LGBTQ+. Embora seu governo tenha revogado algumas proteções para pessoas transgênero, como no uso de banheiros e no serviço militar, ele evitou confrontar diretamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo, tema sensível para a Igreja Católica. Essa postura ambivalente trouxe críticas, mas também um certo apoio por líderes católicos que defendem visões conservadoras.

4. Imigração: A política de imigração de Trump gerou uma reação dividida entre os católicos. A Igreja Católica nos EUA tem uma postura pró-imigrante, influenciada pela doutrina que defende a dignidade humana e os direitos dos refugiados e imigrantes. No entanto, as políticas rigorosas de Trump, incluindo a separação de famílias e restrições de entrada, foram criticadas por muitos bispos e líderes católicos, embora tenham encontrado apoio em católicos conservadores que desejam uma política de fronteiras mais rigorosa.

5. Apoio ao Catolicismo Conservador: Durante seu mandato, Trump procurou apoiar e angariar apoio dos católicos conservadores, nomeando juízes que compartilham pontos de vista alinhados com doutrinas tradicionais e defendendo temas pró-vida e pró-família. Ele recebeu apoio significativo de grupos católicos que valorizam sua postura em temas morais e culturais, mesmo quando suas ações ou retórica não refletiam os princípios sociais da Igreja.

Assim, embora Trump não seja católico (ele se identifica como presbiteriano), ele estabeleceu uma relação estratégica com a Igreja Católica nos EUA, procurando alinhar-se com a ala conservadora e enfatizando temas que fortalecem seu apoio político entre católicos conservadores, mesmo que suas políticas imigratórias e seu estilo pessoal sejam criticados por outros setores da Igreja.

Conclusão

Trump por ser presbiteriano e de política direita, com forte tendência religiosa talvez tenha um perfil mais propenso a cumprir essa relação estreitada com a igreja romana. Harris apesar de se declarar batista, e por ser de política de esquerda, tem a tendência de procurar uma gestão de um estado laico, sem interferência religiosa.

O Apocalipse projeta um cenário em que o perfil de uma gestão de direita ou extrema direita, com tendências religiosas, e um estado com ligações religiosas; sendo assim o quadro descrito na profecia.

Leia também: 

A Agenda do Falso Profeta

Sanções Econômicas Sinal do Fim

Trump preenche a profecia?

Trump é o Falso Profeta?

Extrema Direita Religiosa





IREMOS REVER AS PESSOAS QUE MORRERAM

   
A Bíblia diz que poderemos rever as pessoas que perdemos para a morte; e ainda mais, retomaremos a vida com elas. E essa vida que iremos viVer com as pessoas novamente, será uma vida eterna, e em um contexto de perfeição, sem as interferências do pecado – dor, doenças, velhice ou morte.

Certamente é uma boa notícia tudo isso, não é mesmo!

E essa certeza, é Jesus que nos dá em Seu evangelho. Sobre os mortos Ele disse – “Não fiquem maravilhados com isso, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a voz dele e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” João 5:28,29.

Note que Jesus coloca os mortos como estando na sepultura, ou no pó da terra. As pessoas que morreram, estão em um estado de inconsciência, pois não mais existem. O seu corpo se transformou em pó da terra, e como o “fôlego de vida” saiu delas, elas deixaram de existir. A Bíblia diz sobre esse estado de inconsciência e inexistência – “os vivos sabem que vão morrer, mas os mortos não sabem nada e não têm nenhuma recompensa a receber, porque a memória deles jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já não existem mais; eles estão afastados para sempre de tudo o que se faz debaixo do sol” Eclesiastes 9:5,6. Ou seja, “os mortos não sabem coisa nenhuma” porque deixaram de existir.

Jesus chama esse estado de “sono”; é como se estivessem dormindo mas Jesus tem o poder de acordar cada um deles. Quando um amigo de Jesus morreu, o Mestre disse – “Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo” João 11:11.  Jesus se referia à ressurreição, que é o processo de trazer a vida novamente as pessoas que morreram. A ressurreição é a recomposição das pessoas a partir do pó da terra.

Jesus disse sobre a ressurreição de Lázaro – “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. E todo o que vive e crê em mim não morrerá eternamente. Você crê nisto?” João 11:25,26. Precisamos crer assim, porque Jesus disse que assim seria.

Marta, a irmã de Lázaro sabia que haveria um dia para a ressurreição dos mortos; ela disse – “Eu sei que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia” v24. Esse último dia é quando Jesus irá voltar e colocar um fim a essa existência de pecado, e inaugurar uma nova realidade – a vida eterna. Nessa nova realidade é dito que Jesus “enxugará dos olhos toda lágrima. E já não existirá mais morte, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” Apocalipse 21:4.

Essa nova realidade, da vida eterna, começará quando Jesus voltar. A Bíblia diz que a volta de Jesus será assim – “o Senhor mesmo, descerá dos céus, e dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo e ressoada a trombeta de Deus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor” 1Tessalonicensses 4:16,17.

É assim que a Bíblia descreve – “os mortos em Cristo ressuscitarão” e “nós os vivos seremos

arrebatados juntamente com eles”. Ou seja, na segunda vinda, nos reuniremos com as pessoas que perdemos, e retomaremos as nossas vidas.

A morte não é o fim; é uma pausa.

Essa pausa não foi programada por Deus, mas Deus dará continuidade em nossas vidas. Deus irá restaurar todas as coisas, incluindo restaurar nossas vidas com as pessoas que perdemos. Creia nisso!

Quer saber mais sobre esse assunto? Leia aqui o capítulo 33, na página 226 do livo O Grande Conflito   é só clicar que você será direcionado para a leitura on-line ou você poderá baixar o livro em PDF.

ONDE JESUS ESTÁ HOJE?


 A Bíblia é explícita em declarar – “Ora, o essencial das coisas que estamos dizendo é que temos tal sumo sacerdote, que se assentou à direita do trono da Majestade nos céus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, e não o homem” Hebreus 8:1,2.

As Sagradas Escrituras declaram que Jesus está no Santuário Celestial, como Sumo Sacerdote. Essa verdade está relacionada com o sacerdócio e o tabernáculo do Antigo Testamento. Ali no tabernáculo terrestre os sacerdotes ministravam o sangue dos animais para cancelamento dos pecados dos crentes em Yahweh.

Paulo desenvolve essa teologia mas no sangue de Jesus, o Cordeiro de Deus – “Isso é uma parábola para a época presente, na qual se oferecem dons e sacrifícios ... Quando, porém, Cristo veio como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos humanas, quer dizer, não desta criação, e não pelo sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, ele entrou no Santuário, uma vez por todas, e obteve uma eterna redenção” Hebreus 9:9pp,11,12.

Ou seja, Jesus está no Santuário do céu, fazendo o trabalho de um sacerdote celestial com seu próprio sangue, para cancelar os pecados e purificar os crentes. Essa é a verdade bíblica que o apóstolo João também ensinava – “Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Mas, se alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados — e não somente pelos nossos próprios, mas também pelos do mundo inteiro” 1João 2:1,2.

Essa verdade é o ponto alto de todo o evangelho. O fato de Jesus estar em um Santuário Celestial agindo nos méritos do Seu sangue, para perdoar e purificar o Seu povo, é a grande esperança que antecede a Parousia (o reaparecimento de Jesus). É justamente essa obra celestial de Jesus que preparará os crentes para a Segunda Vinda.

A Bíblia ainda afirma – “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos humanas, figura do verdadeiro Santuário, porém no próprio céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus” Hebreus 9:24. Sim, Cristo entrou em um santuário no céu, para como sacerdote interceder por nós, perdoando, justificando, santificando os crentes.

E esse trabalho celestial de Jesus está relacionado com as fraquezas humanas, para que nós sejamos reerguidos – “Tendo Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que adentrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa se compadecer das nossas fraquezas; pelo contrário, ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça para ajuda em momento oportuno” Hebreus 4:14-16.

Não nos esqueçamos, Jesus pode se compadecer de nossas fraquezas. Ele mesmo passou por situações semelhantes e pode nos socorrer como sacerdote que é. Aquele que está no santuário celestial, ao lado do Pai, pode nos socorrer e nos salvar.

E ainda, Jesus advogando em nosso favor no céu é a garantia da vitória dos crentes aqui na terra. Ele, Jesus, defende nossa causa diante do acusador e nos dá a vitória – “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou melhor, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo ou a espada? ... Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” Romanos 8:33-39.

Essa é a grande verdade sobre o trabalho de Jesus no santuário do céu, como sacerdote diante do Pai. Não há assunto mais importante do que esse que os crentes possam deter sua fé hoje.             O apóstolo Paulo diz ser isso essencial à vida do crente (Hb 8:1). Creia nisso!

PARIS – AS OLIMPÍADAS CONTRA A RELIGIÃO


 As Olímpiadas da França, a 33ª edição dos Jogos Olímpicos, tem sido marcada pelas restrições religiosas. A polêmica se tornou pública na abertura do evento com um dos quadros na transmissão de TV.

O cerimonialista e diretor criativo Thomas Jolly negou que tenha feito uma paródia da Última Ceia na cerimônia de abertura dos Jogos de Paris, após grupos religiosos criticarem o evento por considerá-lo uma "zombaria ao Cristianismo". Na cena, dançarinos, drag queens e pessoas em fantasias coloridas ficaram em poses que lembravam representações da Última Ceia, a última refeição de Jesus com seus apóstolos - evento também chamado por alguns como Santa Ceia. Alguns grupos católicos e bispos franceses condenaram o que viram como "cenas de escárnio e zombarias ao Cristianismo".

Nas telas de milhões de pessoas ao redor do globo, a apresentação mostrou uma cena envolvendo o cantor e ator francês Philippe Katerine como o deus Dionísio, seminu e pintado de azul, em uma mesa de banquete. "A ideia era fazer uma grande festa pagã ligada aos deuses do Olimpo", disse Jolly em uma entrevista ao canal francês BFM no último domingo (28/7). 

As três cenas comparadas - a Festa dos deuses; a cena da olímpiada; e a o quadro da Santa Ceia

"Você nunca encontrará em meu trabalho qualquer desejo de zombar ou difamar. Eu queria uma cerimônia que unisse as pessoas, que as reconciliasse, mas também uma cerimônia que afirmasse nossos valores de liberdade, igualdade e fraternidade." Jolly também defende que achou que suas intenções estavam claras. "Dionísio aparece nessa mesa. Ele está presente porque é o deus da festa, do vinho, e pai de Sequana, deusa relacionada ao rio Sena." Suas declarações foram apoiadas por internautas que viram na sua encenação elementos do quadro a "Festa dos Deuses". Fonte:BBC

Mas essa não foi a única dificuldade que os atletas cristãos enfrentaram. Eles estão proibidos de fazer qualquer manifestação religiosa, sejam referências ou testemunhos públicos.

A França desde o século 18 é uma nação anti-cristã. A história da Revolução Francesa foi fundamentada em um movimento contra a dominação religiosa que havia na Europa e naquela nação.

Na profecia do Apocalipse essa cidade é chamada de “grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado” (11:8).

Segundo as palavras do profeta, um pouco antes do ano 1798, algum poder de origem e caráter satânico se levantaria para fazer guerra à Escritura Sagrada. E na terra em que o testemunho das duas testemunhas de Deus deveria assim ser silenciado, manifestar-se-ia o ateísmo de Faraó e a licenciosidade de Sodoma.

Esta profecia teve exatíssimo e preciso cumprimento na história da França. Durante a Revolução, em 1793, "o mundo pela primeira vez ouviu uma assembléia de homens, nascidos e educados na civilização, e assumindo o direito de governar uma das maiores nações européias, levantar a voz em coro para negar a mais solene verdade que a alma do homem recebe, e renunciar unanimemente à crença na Divindade e culto à mesma". - Vida de Napoleão Bonaparte, de Sir Walter Scott. "A França é a única nação do mundo relativamente à qual se conserva registro autêntico de que, como nação, se levantou em aberta rebelião contra o Autor do Universo. Profusão de blasfemos, profusão de incrédulos, tem havido e ainda continua a haver, na Inglaterra, Alemanha, Espanha e em outras terras; mas a França fica à parte, na história universal, como o único Estado que, por decreto da Assembléia Legislativa, declarou não haver Deus, e em cuja capital a população inteira, e vasta maioria em toda parte, mulheres assim como homens, dançaram e cantaram com alegria ao ouvirem a declaração." - Blackwood"s Magazine, de novembro de 1870.

O Apocalipse chama Paris de a "grande cidade" em cujas ruas as testemunhas foram mortas, e onde seus corpos mortos estiveram, é "espiritualmente" o Egito. De todas as nações apresentadas na história bíblica, o Egito, de maneira mais ousada, negou a existência do Deus vivo e resistiu aos Seus preceitos. Nenhum monarca já se aventurou a rebelião mais aberta e arrogante contra a autoridade do Céu do que o fez o rei do Egito. Quando, em nome do Senhor, a mensagem lhe fora levada por Moisés, Faraó orgulhosamente, respondeu: "Quem é o Senhor cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, nem tão pouco deixarei ir Israel." Êxo. 5:2. Isto é ateísmo; e a nação representada pelo Egito daria expressão a uma negação idêntica às reivindicações do Deus vivo, e manifestaria idêntico espírito de incredulidade e desafio. A "grande cidade" é também comparada "espiritualmente" com Sodoma. A corrupção de Sodoma na violação da lei de Deus, manifestou-se especialmente na licenciosidade. E este pecado também deveria ser característico preeminente da nação que cumpriria as especificações deste texto.

A França também apresentou as características que mais distinguiram Sodoma. Durante o período revolucionário mostrou-se um estado de rebaixamento moral e corrupção semelhante ao que trouxera destruição às cidades da planície. E o historiador apresenta juntamente o ateísmo e a licenciosidade da França, conforme os dá a profecia: "Ligada intimamente a estas leis que afetam a religião, estava a que reduzia a união pelo casamento - o mais sagrado ajuste que seres humanos podem formar, cuja indissolubilidade contribui da maneira mais eficaz para a consolidação da sociedade - à condição de mero contrato civil de caráter transitório, em que quaisquer duas pessoas poderiam empenhar-se e que, à vontade, poderiam desfazer. ...

Se os demônios se houvessem disposto a trabalhar para descobrir o modo mais eficaz de destruir o que quer que seja venerável, belo ou perdurável na vida doméstica, e de obter ao mesmo tempo certeza de que o mal que era seu objetivo criar se perpetuaria de uma geração a outra, não poderiam ter inventado plano mais eficiente do que a degradação do casamento. ... Sofia Arnoult, atriz famosa pelos ditos espirituosos que proferia, descreveu o casamento republicano como sendo "o sacramento do adultério"." - Scott.

O Apocalipse diz – "Onde o seu Senhor também foi crucificado." Esta especificação da profecia também foi cumprida pela França. Em nenhum país fora o espírito de inimizade contra Cristo ostentado mais surpreendentemente. Em nenhum país encontrara a verdade mais atroz e cruel oposição. Na perseguição que a França infligiu aos que professavam o evangelho, crucificou a Cristo na pessoa de Seus discípulos.

Século após século o sangue dos santos fora derramado. Enquanto os valdenses, "pela palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo", depunham a vida nas montanhas do Piemonte, idêntico testemunho da verdade era dado por seus irmãos, os albigenses da França. Nos dias da Reforma seus discípulos foram mortos com horríveis torturas. Rei e nobres, senhoras de alto nascimento e delicadas moças, o orgulho e a nobreza da nação, haviam recreado os olhos com as agonias dos mártires de Jesus. Os bravos huguenotes, batendo-se pelos direitos que o coração humano preza como os mais sagrados, tinham derramado seu sangue em muitos campos de rudes combates. Os protestantes eram tidos na conta de proscritos, punha-se a preço a sua cabeça e eram perseguidos como animais selvagens.

Centenas de homens idosos, indefesas mulheres e inocentes crianças eram deixados mortos sobre a terra em seu lugar de reunião. Atravessando-se a encosta das montanhas ou a floresta, onde estavam acostumados a reunir-se, não era raro encontrarem-se "a cada passo corpos mortos, pontilhando a relva, e cadáveres a balançar suspensos das árvores". Seu território, devastado pela espada, pelo machado, pela fogueira, "converteu-se em vasto e triste deserto". "Estas atrocidades não eram ordenadas ... em qualquer época obscura, mas na era brilhante de Luís XIV. Cultivavam-se então as ciências, as letras floresciam, os teólogos da corte e da capital eram homens doutos e eloqüentes, aparentando perfeitamente as graças da humildade e caridade." - Wylie.

O episódio mais escuro da história da França, e do catálogo de crimes, a mais horrível entre as ações diabólicas de todos os hediondos séculos, foi o massacre de São Bartolomeu. O mundo ainda recorda com estremecimento de horror as cenas daquele assalto covardíssimo e cruel. O rei da França, com quem sacerdotes e prelados romanos insistiram, sancionou a hedionda obra. Um sino badalando à noite dobres fúnebres, foi o sinal para o morticínio. Milhares de protestantes que dormiam tranqüilamente em suas casas, confiando na honra empenhada de seu rei, eram arrastados para fora sem aviso prévio e assassinados a sangue frio.

Como Cristo fora o chefe invisível de Seu povo ao ser tirado do cativeiro egípcio, assim foi Satanás o chefe invisível de seus súditos na horrível obra de multiplicar os mártires. Durante sete dias perdurou o massacre em Paris, sendo os primeiros três com inconcebível fúria. E não se limitou unicamente à cidade, mas por ordem especial do rei estendeu-se a todas as províncias e cidades onde se encontravam protestantes. Não se respeitava nem idade nem sexo. Não se poupava nem a inocente criancinha, nem o homem de cabelos brancos. Nobres e camponeses, velhos e jovens, mães e filhos, eram juntamente abatidos. Por toda a França a carnificina durou dois meses. Pereceram setenta mil da legítima flor da nação.

"Quando as notícias do massacre chegaram a Roma, a exultação entre o clero não teve limites. O cardeal de Lorena recompensou o mensageiro com mil coroas; o canhão de Santo Ângelo reboou em alegre salva; os sinos tangeram em todos os campanários; fogueiras festivas tornaram a noite em dia; e Gregório XIII, acompanhado dos cardeais e outros dignitários eclesiásticos, foi, em longa procissão, à igreja de São Luís, onde o cardeal de Lorena cantou o Te Deum. ... Uma medalha foi cunhada para comemorar o massacre, e no Vaticano ainda se podem ver três quadros de Vasari descrevendo o ataque ao almirante, o rei em conselho urdindo a matança, e o próprio morticínio. Gregório enviou a Carlos a Rosa de Ouro; e quatro meses depois da carnificina, ... ouviu complacentemente ao sermão de um padre francês, ... que falou daquele "dia tão cheio de felicidade e regozijo, em que o santíssimo padre recebeu a notícia, e foi em aparato solene dar graças a Deus e a São Luís"." - O Massacre de São Bartolomeu, de Henry White.

O mesmo espírito sobrenatural que instigou o massacre de São Bartolomeu, dirigiu também as cenas da Revolução Francesa. Foi declarado ser Jesus Cristo um impostor e o grito de zombaria dos incrédulos franceses era: "Esmagai o Miserável!" querendo dizer Cristo. Blasfêmia que desafiava o Céu e abominável impiedade iam de mãos dadas, e os mais vis dentre os homens, os mais execráveis monstros de crueldade e vício, eram elevados aos mais altos postos. Em tudo isto, prestava-se suprema homenagem a Satanás, enquanto Cristo, em Seus característicos de verdade, pureza e amor abnegado, era crucificado.

O Apocalipse chama essa nação de "A besta que sobe do abismo" (11:7). O poder ateísta que governou na França durante a Revolução e reinado do terror, desencadeou contra Deus e Sua santa Palavra uma guerra como jamais o testemunhara o mundo. O culto à Divindade fora abolido pela Assembléia Nacional. Bíblias eram recolhidas e publicamente queimadas com toda a manifestação de escárnio possível. A lei de Deus era calcada a pés. As instituições das Escrituras Sagradas, abolidas. O dia de repouso semanal foi posto de lado, e em seu lugar cada décimo dia era dedicado à orgia e blasfêmia. O batismo e a comunhão foram proibidos. E anúncios afixados visivelmente nos cemitérios, declaravam ser a morte um sono eterno.

"Uma das cerimônias deste tempo de loucuras permanece sem rival pelo absurdo combinado com a impiedade. As portas da convenção foram abertas de par em par a uma banda de música, seguida dos membros da corporação municipal, que entraram em solene procissão, cantando um hino de louvor à liberdade e escoltando, como o objeto de seu futuro culto, uma mulher coberta com um véu, a quem denominavam a deusa da Razão. Levada à tribuna, tirou-se-lhe o véu com grande pompa, e foi colocada à direita do presidente, sendo por todos reconhecida como dançarina de ópera. ... A essa pessoa, como mais apropriada representante da razão a que adoravam, a Convenção Nacional da França prestou homenagem pública. "Essa momice, ímpia e ridícula, entrou em voga; e o instituir a deusa da Razão foi repetido e imitado, por todo o país, nos lugares em que os habitantes desejavam mostrar-se à altura da Revolução." - Scott.

 Disse o orador que apresentou o culto da Razão: "Legisladores! O fanatismo foi substituído pela razão. Seus turvos olhos não poderiam suportar o brilho da luz. Neste dia, imenso público se congregou sob aquelas abóbadas góticas que, pela primeira vez, fizeram ecoar a verdade. Ali, os franceses celebraram o único culto verdadeiro - o da Liberdade, o da Razão. Ali formulamos votos de prosperidade às armas da República. Ali abandonamos ídolos inanimados para seguir a Razão, esta imagem animada, a obra-prima da Natureza." - História da Revolução Francesa, de Thiers, vol. 2, págs. 370 e 371.

Ao ser a deusa apresentada à Convenção, o orador tomou-a pela mão e, voltando-se à assembléia, disse: "Mortais, cessai de tremer perante os trovões impotentes de um Deus que vossos temores criaram. Não reconheçais, doravante, outra divindade senão a Razão. Ofereço-vos sua mais nobre e pura imagem; se haveis de ter ídolos, sacrificai apenas aos que sejam como este. ... Caí perante o augusto Senado da Liberdade, ó Véu da Razão! ..."A deusa, depois de ser abraçada pelo presidente, foi elevada a um carro suntuoso e conduzida, por entre vasta multidão, à catedral de Notre Dame para tomar o lugar da Divindade. Ali foi ela erguida ao altar-mor e recebeu a adoração de todos os presentes." - Alison.

Não muito depois, seguiu-se a queima pública da Escritura Sagrada. Em uma ocasião, "a Sociedade Popular do Museu" entrou no salão da municipalidade, exclamando: "Vive La Raison!" e carregando na extremidade de um mastro os restos meio queimados de vários livros, entre os quais breviários, missais, e o Antigo e Novo Testamentos, livros que "expiavam em grande fogo", disse o presidente, "todas as loucuras que tinham feito a raça humana cometer". - Journal de Paris, 14 de novembro de 1793 (nº 318).

O espírito de liberdade acompanhava a Bíblia. Onde quer que o evangelho era recebido, despertava-se o povo. Começavam os homens a romper as algemas que os haviam conservado escravos da ignorância, vício e superstição. Começavam a pensar e agir como homens. Os monarcas, ao verem isto, temeram pelo seu despotismo.

Roma não foi tardia em inflamar seus ciosos temores. Disse o papa ao regente da França em 1525: "Esta mania [o protestantismo], não somente confundirá e destruirá a religião, mas todos os principados, nobreza, leis, ordens e classes juntamente." - História dos Protestantes da França, G. de Félice. Poucos anos mais tarde um núncio papal advertiu ao rei: "Majestade, não vos enganeis. Os protestantes subverterão toda a ordem civil e religiosa. ... O trono está em tão grande perigo como o altar. ... A introdução de uma nova religião deve necessariamente introduzir novo governo." - História da Reforma no Tempo de Calvino, D"Aubigné. E os teólogos apelavam para os preconceitos do povo, declarando que a doutrina protestante "instiga os homens à novidade e loucura; despoja o rei da dedicada afeição de seus súditos e devasta tanto a Igreja como o Estado". Assim Roma conseguiu predispor a França contra a Reforma. "Foi para manter o trono, preservar os nobres e conservar as leis, que pela primeira vez se desembainhou na França a espada da perseguição." - Wylie.

Mal imaginavam os governantes do país os resultados daquela política fatal. O ensino da Escritura Sagrada teria implantado no espírito e no coração do povo os princípios de justiça, temperança, verdade, eqüidade e benevolência, que são a própria pedra basilar da prosperidade da nação. "A justiça exalta as nações." Donde, "com justiça se estabelece o trono". Prov. 14:34; 16:12. "O efeito da justiça será paz, e a operação da justiça repouso e segurança, para sempre." Isa. 32:17. O que obedece à lei divina é o que melhor respeitará e obedecerá às leis de seu país. O que teme a Deus honrará ao rei no exercício de toda a autoridade justa e legítima. Mas a desditosa França proibiu a Bíblia e condenou seus discípulos. Século após século, homens de princípios e integridade, homens de agudeza intelectual e força moral, que tinham coragem de confessar suas convicções e fé para sofrer pela verdade, sim, durante séculos esses homens labutaram como escravos nas galeras, pereceram na fogueira, ou apodreceram nas celas das masmorras. Milhares e milhares encontraram segurança na fuga; e isto continuou por duzentos e cinqüenta anos depois do início da Reforma.

"Quase não houve geração de franceses, durante esse longo período, que não testemunhasse os discípulos do evangelho fugindo diante da fúria insana do perseguidor, levando consigo a inteligência, as artes, a indústria, a ordem, nas quais, em regra, grandemente se distinguiam, para o enriquecimento das terras em que encontravam asilo. E à medida que enchiam outros países com esses valiosos dons, privavam deles o seu próprio país. Se tudo que então foi repelido se houvesse conservado na França; se, durante esses trezentos anos, a habilidade industrial dos exilados tivesse estado a cultivar seu solo; se durante esses trezentos anos, seu pendor artístico tivesse estado a aperfeiçoar suas indústrias; se durante esses três séculos, seu gênio inventivo e poder analítico tivessem estado a enriquecer sua literatura e a cultivar sua ciência; se a sabedoria deles estivesse a guiar seus conselhos, a bravura a pelejar em suas batalhas e a eqüidade a formular suas leis, e estivesse a religião da Bíblia a fortalecer o intelecto e a governar a consciência de seu povo, que glória não circundaria hoje a França! Que país grandioso, próspero e feliz - modelo das nações não teria ela sido!

"Mas o fanatismo cego baniu de seu solo todo ensinador da virtude, todo campeão da ordem, todo defensor honesto do trono, dizendo aos homens que teriam dado ao país "renome e glória" na Terra: Escolhei o que quereis: a fogueira ou o exílio. "Finalmente a ruína do Estado foi completa; não mais restavam consciências para serem proscritas; não mais religião para arrastar-se à fogueira; não mais patriotismo para ser desterrado." - Wylie. E a Revolução, com todos os seus horrores, foi o tremendo resultado.

"Com a fuga dos huguenotes, um declínio geral baixou sobre a França. Florescentes cidades manufatureiras caíram em decadência; férteis distritos voltaram a sua natural rusticidade; embotamento intelectual e decadência moral sucederam-se a um período de desusado progresso. Paris tornou-se um vasto asilo de mendicidade, e calcula-se que, ao romper a Revolução, duzentos mil pobres reclamavam caridade das mãos do rei. Somente os jesuítas floresciam na nação decadente, e governavam com terrível tirania sobre escolas e igrejas, prisões e galés."

O evangelho teria proporcionado à França a solução dos problemas políticos e sociais que frustravam a habilidade de seu clero, seu rei e seus legisladores, e que finalmente mergulharam a nação na anarquia e ruína. Sob o domínio de Roma, porém, o povo tinha perdido as benditas lições do Salvador acerca do sacrifício e amor abnegado. Tinham sido afastados da prática da abnegação em favor dos outros. Os ricos não haviam recebido repreensão alguma por sua opressão aos pobres; estes, nenhum auxílio pela sua servidão e degradação. O egoísmo dos abastados e poderosos se tornou mais é mais visível e opressivo. A cobiça e a dissolução dos nobres, durante séculos, tiveram como resultado a esmagadora extorsão para com os camponeses. Os ricos lesavam os pobres, e estes odiavam aqueles.

Em muitas províncias as propriedades eram conservadas pelos nobres, sendo as classes trabalhadoras apenas arrendatárias; achavam-se à mercê dos proprietários e obrigados a sujeitar-se às suas exigências escorchantes. O encargo de sustentar tanto a Igreja como o Estado recaía sobre as classes média e baixa, pesadamente oneradas pelas autoridades civis e pelo clero. "O capricho dos nobres arvorava-se em lei suprema; os lavradores e camponeses podiam perecer de fome sem que isso comovesse os opressores. ... O povo era obrigado a consultar sempre o interesse exclusivo do proprietário. A vida dos trabalhadores agrícolas era de labuta incessante e miséria sem alívio; suas queixas, se é que ousavam queixar-se, eram tratadas com insolente desprezo. Os tribunais de justiça ouviam sempre ao nobre de preferência ao camponês; os juízes aceitavam abertamente o suborno, e o mais simples capricho da aristocracia tinha força de lei, em virtude deste sistema de corrupção universal. Dos impostos extorquidos do povo comum, pelos magnatas seculares de um lado e pelo clero do outro, nem a metade sequer tinha acesso ao tesouro real ou episcopal; o resto era desbaratado em condescendências imorais. E os mesmos homens que assim empobreciam seus compatriotas, estavam isentos de impostos, e, pela lei e costumes, com direitos a todos os cargos do Estado. Os membros das classes privilegiadas orçavam por uns cento e cinqüenta mil, e para a satisfação delas, milhões estavam condenados a levar uma vida de degradação irremediável."

A corte achava-se entregue ao luxo e à libertinagem. Pouca confiança existia entre o povo e os governantes. Prendia-se a todos os atos do governo a suspeita de serem mal-interpretados e egoístas. Durante mais de meio século antes do tempo da Revolução, o trono foi ocupado por Luís XV que, mesmo naqueles maus tempos, se distinguiu como monarca indolente, frívolo e sensual. Com uma aristocracia depravada e cruel, uma classe inferior empobrecida e ignorante, achando-se o Estado em embaraços financeiros, e o povo exasperado, não se necessitava do olhar de profeta para prever uma iminente e terrível erupção. Às advertências de seus conselheiros estava o rei acostumado a responder: "Procurai fazer com que as coisas continuem tanto tempo quanto eu provavelmente possa viver; depois de minha morte, seja como for." Era em vão que se insistia sobre a necessidade de reforma. Ele via os males, mas não tinha nem a coragem nem a força para enfrentá-los. Sua resposta indolente e egoísta sintetizava, com verdade, a sorte que aguardava a França: "Depois de mim, o dilúvio!"

Valendo-se dos ciúmes dos reis e das classes governantes, Roma os influenciara a conservar o povo na escravidão, bem sabendo que o Estado assim se enfraqueceria, tendo por este meio o propósito de firmar em seu cativeiro tanto príncipes como o povo. Com política muito previdente, percebeu que, para escravizar os homens de modo eficaz, deveria algemar-lhes a alma; que a maneira mais certa de impedi-los de escapar de seu cativeiro era torná-los incapazes de libertar-se. Mil vezes mais terrível do que o sofrimento físico que resultava de sua política, era a degradação moral. Despojado da Escritura Sagrada, e abandonado ao ensino do fanatismo e egoísmo, o povo estava envolto em ignorância e superstição, submerso no vício, achando-se, assim, completamente inapto para o governo de si próprio.

Mas a conseqüência de tudo isto foi grandemente diversa do que Roma tivera em mira. Em vez de manter as massas populares em submissão cega aos seus dogmas, sua obra teve como resultado torná-las incrédulas e revolucionárias. Desprezavam o romanismo como uma artimanha do clero. Consideravam-no como um partido que as oprimia. O único deus que conheciam era o deus de Roma; seu ensino era a única réligião que professavam. Consideravam sua avidez e crueldade como os legítimos frutos da Bíblia, da qual nada queriam saber.

Roma tinha representado falsamente o caráter de Deus e pervertido Seus mandamentos, e agora os homens rejeitavam tanto a Escritura Sagrada como seu Autor. Exigira fé cega nos seus dogmas, sob o pretenso apoio das Escrituras. Na reação, Voltaire e seus companheiros puseram inteiramente de lado a Palavra de Deus, disseminando por toda parte o veneno da incredulidade. Roma calcara o povo sob seu tacão de ferro; agora as massas, degradadas e embrutecidas, ao revoltarem-se contra a tirania, arrojaram de si toda a restrição. Enraivecidos com o disfarçado embuste a que durante tanto tempo haviam prestado homenagem, rejeitaram a um tempo a verdade e a falsidade; e erroneamente tomando a libertinagem pela liberdade, os escravos do vício exultaram em sua liberdade imaginária.

No início da Revolução foi, por concessão do rei, outorgada ao povo uma representação mais numerosa do que a dos nobres e do clero reunidos. Assim a balança do poder estava em suas mãos; mas não se achavam preparados para fazer uso deste poder com sabedoria e moderação. Ávidos de reparar os males que tinham sofrido, decidiram-se a empreender a reconstrução da sociedade. Uma turba ultrajada, cujo espírito estava de há muito repleto de dolorosas lembranças, resolveu sublevar-se contra aquele estado de miséria que se tornara insuportável, vingando-se dos que considerava como responsáveis por seus sofrimentos. Os oprimidos puseram em prática a lição que tinham aprendido sob a tirania, e tornaram-se os opressores dos que os haviam oprimido.

 A cruel França ceifou em sangue a colheita do que semeara. Terríveis foram os resultados de sua submissão ao poder subjugador de Roma. Onde a França, sob a influência do romanismo, acendera a primeira fogueira ao começar a Reforma, erigiu a Revolução a sua primeira guilhotina. No local em que os primeiros mártires da fé protestante foram queimados no século XVI, as primeiras vítimas foram guilhotinadas no século XVIII. Rejeitando o evangelho que lhe teria trazido cura, a França abrira a porta à incredulidade e ruína. Quando as restrições da lei de Deus foram postas de lado, verificou-se que as leis dos homens eram impotentes para sustar a avassalante onda da paixão humana; e a nação descambou para a revolta e anarquia. A guerra contra a Bíblia inaugurou uma era que se conserva na História Universal como "o reinado do terror". A paz e a felicidade foram banidas dos lares e do coração dos homens. Ninguém se achava seguro. O que hoje triunfava era alvo de suspeitas e condenado amanhã. A violência e a cobiça exerciam incontestável domínio.

Rei, clero e nobreza foram obrigados a submeter-se às atrocidades do povo excitado e enlouquecido, cuja sede de vingança subiu de ponto com a execução do rei; e os que haviam decretado sua morte logo o seguiram no cadafalso. Foi ordenado um morticínio geral de todos os que eram suspeitos de hostilizar a Revolução. As prisões estavam repletas, contendo em certa ocasião mais de duzentos mil prisioneiros. Multiplicavam-se nas cidades do reino as cenas de horror. Um partido dos revolucionários era contra outro, e a França tornou-se um vasto campo de massas contendoras, dominadas pela fúria das paixões. "Em Paris, tumulto sucedia a tumulto, e os cidadãos estavam divididos numa mistura de facções, que não pareciam visar coisa alguma a não ser a exterminação mútua." E para aumentar a miséria geral, a nação envolveu-se em prolongada e devastadora guerra com as grandes potências da Europa. "O país estava quase falido, o exército a clamar pelos pagamentos em atraso, os parisienses passando fome, as províncias assoladas pelos ladrões, e a civilização quase extinta em anarquia e licenciosidade."

Muito bem havia o povo aprendido as lições de crueldade e tortura que Roma tão diligentemente ensinara. Chegara finalmente o dia da retribuição. Não eram mais os discípulos de Jesus que se arrojavam nas masmorras e arrastavam à tortura. Havia muito tempo que esses tinham perecido, ou sido expulsos para o exílio. Roma, sentia agora o poder mortífero daqueles a quem havia ensinado a deleitar-se nas práticas sanguinárias. "O exemplo de perseguição que o clero da França por tantos séculos dera abertamente, achava-se agora revertido contra ele mesmo com assinalado vigor. Os cadafalsos estavam tintos do sangue dos sacerdotes. As galés e prisões, que em outro tempo se povoaram de huguenotes, estavam agora repletas de seus perseguidores. Acorrentados ao banco ou labutando com os remos, o clero católico romano experimentou todas as desgraças que sua igreja tão livremente infligira aos benignos hereges."

"Vieram então os dias em que o mais bárbaro dos códigos foi posto em vigor pelo mais bárbaro dos tribunais; em que ninguém poderia saudar os vizinhos ou fazer orações ... sem perigo de cometer um crime capital; em que espias se emboscavam de todos os lados; em que todas as manhãs a guilhotina funcionava em trabalho rápido e prolongado; em que as cadeias estavam tão cheias como um porão de navio de escravos; em que, nas sarjetas, o sangue corria espumante para o Sena. ... Enquanto diariamente carradas de vítimas eram levadas ao seu destino através das ruas de Paris, os procônsules, a quem a comissão soberana enviara aos departamentos, recreavam-se extravagantemente com crueldade desconhecida mesmo na capital. O cutelo da máquina mortífera levantava-se demasiado vagarosamente para a obra de morticínio. Longas fileiras de prisioneiros eram ceifadas a metralha. Faziam-se rombos no fundo dos barcos repletos. Lyon se tornou um deserto. Em Arras, mesmo a cruel misericórdia de uma morte rápida era negada aos prisioneiros. Por toda a extensão do Loire de Saumur até à desembocadura no oceano, grandes bandos de corvos e milhanos banqueteavam-se nos cadáveres nus, juntamente irmanados em hediondos abraços. Não se mostrava misericórdia a sexo ou idade. O número de moços e moças de dezessete anos que foram assassinados por aquele governo execrável, deve ser computado às centenas. Criancinhas arrancadas dos seios eram arrojadas, de chuço em chuço, ao longo das fileiras jacobinas."

 No curto espaço de dez anos, pereceram multidões de criaturas humanas. Tudo isto foi como Satanás queria. Durante séculos se empenhara por consegui-lo. Sua política é o engano desde o princípio até ao fim, e seu propósito fixo é acarretar a desgraça e a miséria aos homens, desfigurar e aviltar a obra de Deus, desvirtuar os propósitos divinos de benevolência e amor, ocasionando assim o pesar no Céu. Então, por suas artes ilusórias, cega o espírito dos homens, induzindo-os a responsabilizar a Deus pelos males de sua obra, como se toda essa miséria fosse resultado do plano do Criador. De igual modo, quando os que foram degradados e embrutecidos pelo seu poder cruel alcançam a liberdade, ele os compele a excessos e atrocidades. Então este quadro de desenfreada licenciosidade é apontado pelos tiranos e opressores como ilustração dos resultados da liberdade.

 Quando é descoberto o erro sob um aspecto, Satanás apenas o mascara sob disfarce diverso, e as multidões o recebem tão avidamente como a princípio. Quando o povo descobriu ser o romanismo um engano, e Satanás não pôde por este agente levá-lo à transgressão da lei de Deus, compeliu-o a considerar todas as religiões como fraude e a Escritura Sagrada como fábula; e, pondo de lado os estatutos divinos, entregaram-se a desenfreada iniqüidade.

O erro fatal que trouxe semelhante desgraça aos habitantes da França, foi a ignorância desta única e grande verdade: que a genuína liberdade reside dentro das prescrições da lei de Deus. "Ah! se tivesses dado ouvidos aos Meus mandamentos! Então seria a tua paz como o rio, e a tua justiça como as ondas do mar." "Os ímpios não têm paz, disse o Senhor." "Mas o que Me der ouvidos habitará seguramente, e estará descansado do temor do mal." Isa. 48:18 e 22; Prov. 1:33.

Ateus, incrédulos e apóstatas opunham-se à lei de Deus e acusavam-na; mas os resultados de sua influência provam que o bem-estar do homem se prende à obediência aos estatutos divinos. Os que não leram esta lição no Livro de Deus, são convidados a lê-la na história das nações. Fonte: Livro O Grande Conflito, pags. 270-285.

Essa é a França que estamos vendo nas mídias sociais e na TV. Uma nação ateísta, que despreza o cristianismo e quer ajustar os cristãos aos seus moldes culturais e políticos.

O que estamos vendo de ações anti-religiosas são apenas a ponta do iceberg. Há muitas outras ações, políticas e doutrinações sociais que pretendem acabar com os fundamentos dos países cristãos e da própria religião cristã.

AMEAÇA À CONCIÊNCIA E A LIBERDADE

A liberdade religiosa e o estado laico hoje, garantem a toda pessoa a livre expressão de sua fé e o exercício do culto. Mas nem sempre foi assim; a Bíblia fala da grande tribulação que ocorreu no passado durante 1260 anos (Ap 12:6 e 14) em que a igreja romana dominou politicamente a antiga Europa, na baixa e alta idade média, e trouxe a opressão, perseguição e até a condenação à morte de pessoas que resistiam a seguir a fé cristã romana. O sistema dos papas na igreja romana no passado foi responsável por milhões de mortes, por perseguição religiosa. Não havia respeito pela consciência religiosa ou fé das pessoas.

E a ameaça a consciência e a perda da liberdade religiosa irão entrar novamente no cenário mundial, e as mesmas cenas de perseguição e decretos de morte, ressurgirão em pleno século 21 (Ap 13:15up). Onde as pessoas serão forçadas a adoração da igreja romana, e os que discordarem disso serão mortos. Isso é uma projeção profética de uma quebra da liberdade religiosa e um decreto de morte.

O capítulo 13 do Apocalipse nos vs11-17 descrevem a união de dois poderes, os EUA e o Vaticano em um esforço conjunto para trazer paz e moralidade ao mundo, que por final irá resultar na perda da liberdade religiosa. Essa é a ameaça da consciência prevista na profecia.

O livro Grande Conflito afirma que – “A Constituição dos Estados Unidos garante liberdade de consciência. Nada se valoriza mais ou é de maior importância [para a América]. O Papa Pio IX, na encíclica de 15 de agosto de 1854, disse: ‘As doutrinas ou extravagâncias absurdas e errôneas em defesa da liberdade de consciência, são erro dos mais perniciosos — uma peste que, dentre todas as outras, que mais deve ser temida no Estado.’ O mesmo papa, na encíclica de 8 de dezembro de 1864, excomungou ‘os que defendem a liberdade de consciência e  de culto’ e também ‘todos os que afirmam que a igreja não pode empregar a força.’ GC 564.4,5.

Como se dará isso então? Como os EUA abrirão mão da liberdade religiosa e dará poder ao Vaticano para recomeçar com a velha política-religiosa da idade média, onde os que não obedecem aos dogmas da igreja, sofrerão sanções econômicas (Ap 13:15) e depois um decreto de morte (Ap 13:17). Isso irá acontecer porque a política de direita dos republicanos é religiosa, e os evangélicos se unirão à igreja romana para obter força política sobre o mundo cristão.

O livro Grande Conflito alerta – “Logo veremos e sentiremos qual é o propósito do romanismo. Quem quer que creia na Palavra de Deus e a ela obedeça, incorrerá, por esse motivo em censura e perseguição”. GC 581.2.

Há um grande movimento político de direita por todo o mundo – Italia, Alemanha, Holanda, Polônia, Reino Unido e Turquia. O governo de Donald Trump cumpre esse perfil religioso, moralizante da extrema direita. Não somente nos EUA mas no Brasil, a extrema direita são a tendência política no cenário governamental. 

Além disso as cortes de justiça em vários países estão impondo leis e ações que inibem a liberdade do indivíduo e reprimindo insituições e manifetações. Todo esse quadro colabora para uma futura perda da liberdade religiosa e amenaça à consciência do cidadão.

Seja pelo ateísmo e liberalidade da extrema esquerda, ou a intolerância e conservadorismo da extrema direita, o mundo está em uma rota de decadência. Aqueles que acreditam na leitura apocalíptica de – intolerância religiosa, perseguição e pena de morte – entendem que a extrema direita é o cumprimento da profecia nos EUA.

O livro Grande Conflito afirma – “Os protestantes dos Estados Unidos serão os primeiros a estender as mãos através do abismo para apanhar a mão do espiritismo; estender-se-ão por sobre o abismo para dar mãos ao poder romano; e, sob a influência desta tríplice união, este país seguirá as pegadas de Roma, desprezando os direitos da consciência.” GC 588.1

O protestantismo norte-americano se caracteriza hoje, como a extrema-direita. Será essa a última vertente política deste mundo, revelada pela profecia como a Terceira Besta. Os EUA será um estado político-religioso [como Roma no passado] que fará imposições sobre o mundo. A liberdade religiosa será retirada, para a imposição da união com a religião de Roma. O protestantismo se unirá ao catolicismo em doutrinas bases e assim estará feito a "imagem da besta" que recuperará seu prestígio político como no passado. O resultado será - perseguição e pena de morte.

O livro Grande Conflito prevê isso dizendo – “Os dignitários da Igreja e do Estado unir-se-ão para subornar, persuadir ou forçar todas as classes... A falta de autoridade divina será suprida por legislação opressiva. A corrupção política está destruindo o amor à justiça e a consideração para com a verdade; e mesmo na livre América do Norte, governantes e legisladores, a fim de conseguir o favor do público, cederão ao pedido popular de uma lei... A liberdade de consciência, obtida a tão elevado preço de sacrifício, não mais será respeitada. No conflito prestes a se desencadear, veremos exemplificadas as palavras do profeta: “O dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo.” Apocalipse 12:17. GC 592.3.

O que nos resta hoje é nos apegarmos a Palavra de Deus e buscarmos um relacionamento com Ele, a fim de nossa vida estar sendo santificada. Enquanto o mundo se afunda na apostasia, quebra da liberdade religiosa e ameaça à consciência, o remanescente final deve estar crescendo e amadurecendo em santidade.

Leia também Trump o presbiteriano

Leia também  Trump preenche requisitos da profecia?

Leia também Trump é o Falso Profeta?

Leia também Extrema Direita Religiosa

Leia também Cenário Polito-Religioso do Fim

Leia também Filosofia Política de Direita

Leia também Filosofia Política de Esquerda

GUERRA DO HAMAS E ISRAEL

Israel e os judeus não estão entre os protagonistas das profecias apocalípticas para o Tempo do Fim. Os protagonistas são as 4 bestas (Ap 11:7; 13:1; 13:11; 17:3) e Babilônia (Ap 17:3 e 18:1).

O cenário atual (Outubro / 2023) do ataque do Hamas ao território de Israel e o início de uma guerra no Oriente Médio, não estão nas principais cenas da seção escatológica (capítulos 11 a 22) do Apocalipse.

Cenário Profético

Mas os muçulmanos e povos islâmicos são personagens secundários que participam do cenário das Trombetas (Apocalipse 8:6-9:21 e 11:15-19) uma série de 7 profecias na seção histórica da Revelação. As Trombetas no Apocalipse são profecias que indicam o juízo de Deus sobre os inimigos históricos do povo de Deus.

As Trombetas eram objetos que pertenciam ao tabernáculo, templo ou santuário. Foram usadas para as guerras de conquista da Terra Prometida e principalmente na Festa das Trombetas, a festividade que antecipava o Dia da Expiação ou Dia do Juízo. Então as Trombetas estão relacionadas no Apocalipse à guerras e juízos de Deus sobre Seus inimigos.

A guerra atual entre o Hamas e Israel, é uma guerra religiosa. Se trata do Islamismo contra a antiga religião dos hebreus (Israel); e a disputa é por Jerusalém e o “complexo da Mesquita de Aqsa, reverenciado pelos muçulmanos como o Nobre Santuário e pelos judeus como o Monte do Templo, está entre os locais mais contestados na Terra Santa” (NYT) . Esse não é o motivo único da guerra. “O conflito implacável e mortal entre Israel e os palestinos já dura dois séculos” (NYT).

A 5ª e a 6ª Trombetas no Apocalipse

As 'trombetas' descritas nos capítulos 08 e 09 do Apocalipse, relatam algumas das principais intervenções de Deus para castigar os inimigos do povo de Deus na era cristã:

1ª Trombeta – Juízo sobre os judeus; os romanos destroem Jerusalém e o templo (70dC)

2ª Trombeta – Juízo sobre o Império Romano Ocidental – Visigodos invadem Roma

3ª Trombeta – Juízo sobre o Império Romano Ocidental – Vândalos invadem Roma

4ª Trombeta – Juízo sobre o Império Romano Ocidental – Bárbaros (Odoacro derruba o império ocidental no 5º século)

5ª Trombeta – Juízo sobre o Império Romano Oriental – muçulmanos invadem a Europa

6ª Trombeta – Juízo sobre as 4 Bestas (França, Vaticano, EUA e EU)

7a Trombeta - Segunda Vinda (Jesus vêm como um Grande Guerreiro Ap 19:11-15, destruir os reis da terra, as bestas e as potestades do mal).

O período das trombetas ainda vigora. Estamos na 6ª trombeta sobre a ação dos muçulmanos e radicais islâmicos, que ainda castigam os poderes (bestas) e inimigos atuais de Deus e do Seu povo.

Guerras e Trombetas

As intervenções de Deus e castigos foram protagonizadas por ícones da história antiga - Alarico, Genserico, Átila, Odoacro, Maomé e Otman - que serviram como 'açoite de Deus' para castigar o império romano e depois a Roma Papal por sua opressiva política de governo.

Sendo que a 5a e a 6a trombeta apresentam os árabes e depois os muçulmanos como agentes em destruir a influência do poder opressor do império romano  e de roma papal, a continuidade da ação dos radicais islâmicos seguem esse mesmo padrão revelado na profecia.

Desde a ação de Otman que estabeleceu na Europa o Islamismo, no norte da África e na conquista de Jerusalém no 6º século, até o século 12, os muçulmanos se estabeleceram no território da palestina. O símbolo dessa conquista é a Mesquista de Aqsa que está até hoje em Jerusalém, e ocupa o lugar no antigo templo dos judeus, no Domo da Rocha.

Deus levantou os muçulmanos para combater o poder papal e tirar a possibilidade da reconstrução de um templo em Jerusalém, se rivalizando com o Santuário Celestial onde Jesus Cristo é Ministro no ‘verdadeiro tabernáculo’ (Hb 8:1,2).

Os Vilões das Bestas do Apocalipse

Assim os muçulmanos e radicais islâmicos se tornam os grandes vilões dos poderes das bestas apocalípticas (França, Vaticano, EUA e UE). A ação dos muçulmanos e povos islâmicos nos ataques terroristas na França, EUA (11 de Setembro) e na Europa, seguem o padrão estabelecido na profecia – enfraquecer os inimigos de Deus e do Seu povo.

 O que temos presenciado no século 20 e 21 é uma crescente ação dos muçulmanos em oposição ao cristianismo ocidental apostatado, representados pelo Vaticano e EUA; e agora a ação dos muçulmanos sobre Israel, judeus e cristãos que estão no ‘território santo dos mulçumanos’.

Como já dito, o que vimos em 11 de Setembro, do ataque dos islâmicos radicais aos EUA, foi uma das ações da 6ª trombeta em nosso século. E o que vemos atualmente (Outubro 2023) na guerra do Hamas contra Israel, são ainda os eventos da 6ª Trombeta.

O que levará essas ações do muçulmanos sobre a Jerusalém atual não temos como prever. Talvez essas ações de guerra e terrorismo possam desencadear o cenário de Apocalipse 13:14-18 onde os EUA e o Vaticano se unem para impor sanções mundiais para uma paz mundial. Isso talvez justifique um decreto de morte (Ap 13:15up) e um decreto financeiro (Ap 13:17).

A escalada de guerras, terrorismo, tumultos, crises de imigrantes, talvez possa requerer um governo mundial unificado. E a provável liderança moral do mundo talvez seja a do Papa. Isso justificaria o decreto dominical, e a pena de morte que se estabelecerá aos que não santificarem o domingo (Ap 13:16,17).

O que podemos ouvir, é a orientação de Jesus em seu sermão profético – “vocês ouvirão falar de guerras e rumores de guerras. Fiquem atentos e não se assustem, porque é necessário que isso aconteça, mas ainda não é o fim” Mt 24:6. Embora ainda não seja o fim, esses eventos fazem parte dos Eventos Finais ante da Segunda Vinda de Jesus.

Jesus nos tranquiliza dizendo – “quando estas coisas começarem a acontecer, levantem-se e fiquem de cabeça erguida, porque a redenção de vocês se aproxima” Lc 21:28.

E nós devemos orar e dizer – “Amém! Ora, vem, Senhor Jesus!” Ap 22:20up.

Leia: Os Mulçumanos e a 6a Trombeta

Leia também (Cenas da 6a Trombeta)

Leia também (Terrorismo e a 6a Trombeta)

Leia também (Protagonistas das 7 Trombetas - Parte 1)

Leia tambem (Protagonistas das 7 Trombetas - Parte 2 )


A Relação da 3ª Mensagem Angélica com a Justificação Pela Fé

 

Por que a terceira mensagem angélica está relacionada com a justificação pela fé?

A terceira mensagem  diz– “Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca” Ap 14:9. Receber a marca da besta é não receber o selamento de Deus, ou não receber o Espírito Santo e a Sua Justiça imputada. 

O livro TPI diz “A mensagem da justiça de Cristo soará desde uma até a outra extremidade da Terra. [...] Essa é a glória de Deus com que será encerrada a mensagem do terceiro anjo” TPI 6, 20). Isso porque a besta, ou o papado, tem uma mensagem de justiça pelas obras. A religião romana é baseada no que o ser humano faz - penitências, promessas e pagamentos por perdão e pecados.

Essa é a relação da terceira mensagem angélica com a mensagem da justificação pela fé - uma vida espiritual baseada na justiça concedida por Deus ou realizada por si mesmo na forma de 'boas obras'. 

Receber a marca da besta, é receber o caráter satânico, que justifica-se pelas próprias obras. Mas receber o selamento de Deus, é receber o Seu caráter, de Deus, ou Sua imagem e semelhança. E isso ocorre pela justificação pela fé; é obra de Deus. 

Os cristãos católicos foram enganados que para serem salvos, devem fazer pagamentos de promessa, penitências, indulgências e 'boas obras'. Uma religião baseada em tais coisas é receber a marca da besta; ou ter o caráter de Satanás desenvolvido Neles. 

Para ter o caráter de Cristo, é preciso crer no que Ele, Jesus, fez. Para receber a justiça de Jesus, é preciso crer que fomos declarados justos, que o Esp. Santo nos deu as virtudes de justiça e fomos transformados em justos. O livro TMOE define “O que é justificação pela fé? É a obra de Deus lançar a glória humana no pó e fazer pelos humanos aquilo que eles não podem fazer por si mesmos” TMOE, 456.

As boas obras serão produzidas pelo Espírito Santo, como boas obras da fé. Quando o texto do livro TMOE diz  “lançar a glória humana no pó e fazer pelos humanos aquilo que eles não podem fazer por si mesmos” – essa é a obra sobrenatural de justificar os humanos. E o ser humano só tem uma parte nesse processo – crer, ou ter fé – o restante é com Deus. Deus declara a pessoa justa; Deus insere justiça ou virtudes na pessoa; Deus transforma a pessoa em um ser justo. Não há nada que o ser humano possa fazer nesse processo a não ser crer, ou pela fé aceitar isso. A nossa parte é crer e escolher permanecer ao lado de Deus, obedecendo os seus mandamentos. E mesmo assim, a virtude da obediência é fruto do Deus Espírito; será o Espírito Santo que imputará a virtude da obediência em nós.  

A promessa evangélica do AT diz – “Na mente lhes imprimirei as minhas leis, também no seu coração as inscreverei; eu serei o Deus deles, e eles serão o meu povo” Jr 31:33. Deus ainda promete – “Eu lhes darei um coração novo e porei dentro de vocês um espírito novo. Tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. Porei dentro de vocês o meu Espírito e farei com que andem nos meus estatutos, guardem e observem os meus juízos” Ez 36:26,27. Não há nada que possamos fazer para ser salvos, a não ser crer, ter fé, de que Deus realiza todas essas coisas em nós.  

Todo esse processo se concluiu com o selamento. Nos descrentes e apostatados, se conclui com a marca da besta. Por isso o Apocalipse tem um personagem Central – Jesus Cristo. A revelação ali mostra Jesus como um Cordeiro que foi morto (Ap 5:6,8). O nome Cordeiro aparece 31 vezes em todo o livro. O Cordeiro, ou Jesus, é visto recebendo adoração dos seres celestiais; é louvado pelos anjos como digno; o Cordeiro é visto no trono; também é visto em pé no monte Sião; e um hino é feito para anunciar Seus feitos – o hino do Cordeiro.

666 – O NÚMERO DA BESTA

O Apocalipse indica haverá um número a ser recebido pelos adoradores da Besta – “o número da besta, pois é número de ser humano. E esse número é seiscentos e sessenta e seis”; capítulo 13, verso 18.

Para entendermos esse número apocalíptico precisamos entender a numerologia que existe no livro da Revalção.

O número 7 é usado extensivamente no Apocalipse, indicando ser o número que identifica a Deus e seus seguidores. O número 7 aparece 55 vezes no Apocalipse. As profecias estão agrupadas em séries de sete – sete estrelas, sete anjos, sete cartas, sete igrejas, sete selos, sete trombetas, sete taças, sete pragas etc.

O uso do número 7 está relacionado com a semana da criação e com o Criador. O Apocalipse aponta para o Criador com o uso da imagística do número 7.

Já o número 6 aponta para o ser humano. A própria Revelação indica – “é número de ser humano” Ap 13:18. Mas o número da besta vem com o número 6 triplicado – 666. E é dito que isso consiste em “a marca, o nome da besta ou o número do seu nome”; Ap 13:17. Essas três coisas parecem ser sinônimas, ou a mesma coisa – marca, nome da besta ou o número do seu nome” que é o dígito 666.

MARCA

Assim como Deus tem o seu sinal, a besta tem a sua marca. Deus diz através do profeta Ezequiel – “dei os meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica”; Ez 20:12. “Santifiquem os meus sábados, pois servirão de sinal entre mim e vocês, para que saibam que eu sou o Senhor , seu Deus’; Ez 20:20. E assim o sábado se torna um sinal de Deus para Seu povo e a santificação desse povo.

Já a besta tem sua marca. A Revelação diz – “A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, (a besta) faz com que lhes seja dada certa marca na mão direita ou na testa”; Ap 13:16. A marcação ‘na mão’ e ‘na testa’ está relacionado com Dt 6:8, que descreve o hábito cultural-religioso que Deus havia indicado ao povo para carregar a Lei de Deus consigo; eles deveria amarrar tiras de couto na mão e na testa, e ali deveriam estar escritas as palavras da lei. Era um sinal de obediência do povo, a Aliança de Deus, prescrita em Sua Lei.

A marca da besta se constituiu o oposto disso – a desobediência à lei de Deus.

NOME DA BESTA

A Revelação indica que o “número do seu nome” esta no número 666. Isso pode se relacionar ao idioma do latim, onde os números representam letras. O latim era o idioma do império romano e também da igreja romana. No latim, um dos títulos do Papa é ‘Vicarius Filli Dei’, onde as letras desse título, se forem vertido para os números correlatos, somam 666.

NÚMERO DO SEU NOME

O 666 assim é um número que indica o nome ou identidade da besta – o papado – que pretende ser o substituto de Deus na terra. Nos documentos oficiais da ICAR se tem registrado – “O papa é tão honrado e tão exaltado que não é um mero homem, mas é como se fosse Deus na Terra” (Lucius Ferraris, “Papa”, artigo 2 em Prompta Bibliotheca [1763], v. 6, p. 25-29).

 

O Papa Leão XIII declarou: “Nós [os papas] assumimos na Terra o lugar do Deus Todo-Poderoso” (The Great Encyclical Letters of Pope Leo XIII [Nova York: Benziger, 1903], p. 193).

A marca da besta, é o domingo; e o sinal de Deus é o sábado. A experiência de adoração no sábado leva a santificação do povo de Deus (que é a benção do sábado- Gn 2:2). A santificação é o processo de levar os humanos à imagem e semelhança de Deus novamente. E a experiência de adorar no domingo, é uma adoração  ao Dragão, a besta, e ao sol. E levam as nações a se assemelhar a Satanás em impiedade.

O sinal de Deus (experiência de adoração no sábado e ser santificado) levará ao selamento do povo de Deus. A marca da besta (experiência de guardar o domingo) levará a também a um ‘selamento’, ou o recebimento da ‘marca’.

O selamento dos adoradores da besta, ou dos que guardam o domingo, se dará quando receberem “o número do seu nome”, o 666.

Esse digito tríplice tem haver com a falsa trindade - o dragão, a besta e o falso profeta (Ap 16:13). Está relacionado também com os “três espíritos imundos” (Ap 16:13up).

O 666 assim representa a falsa trindade - Satanás, o papa e o falso profeta.

Quem admitir adoração a esses sistemas religiosos falsos, será selado por eles (recebera a imagem de satanás) ou recebera o número 666.

Então receber o número 666 é uma experiência espiritual de adoração a Satanás, ao papa ou falso profeta. E não adorar a Deus. O Apocalipse afirma – “adoraram o Dragão porque deu a sua autoridade à besta” Ap 13:4.

Essa adoração ao Dragão ou a besta acontece através da santificação do domingo. O primeiro dia da semana foi separado por Constantino, o imperador romano do 4º século; e foi perpetuado pelos bispos e papas da igreja romana.

Respondendo de uma forma resumida e rápida – o que é o número 666?

É a experiência religiosa de adoração a Satanás, a besta e o Falso Profeta, através do domingo, o falso dia de adoração.

Leia também - Quem é a Besta?

Leia também - A segunda Besta

Leia também - O Falso Profeta