PREVOST E TRUMP

 Quando a fumaça branca subiu na Capela Sistina, o mundo conheceu o novo papa: Robert Francis Prevost, americano, ex-prefeito do Dicastério para os Bispos, conhecido por sua sensibilidade pastoral, abertura ao diálogo e firmeza em temas sociais. Para muitos, a escolha foi mais que um simples movimento eclesiástico: foi um recado geopolítico.

 Hoje, Donald Trump, no comando dos EUA, representa uma das faces mais fortes do conservadorismo global. Ele não apenas brincou dizendo que gostaria de ser papa — inclusive postando uma montagem vestindo trajes papais — como também vem tentando, nos bastidores, exercer influência no Vaticano.

 Em um movimento calculado, Trump nomeou Brian Burch, chefe e cofundador da CatholicVote, grupo ultraconservador católico, como embaixador dos EUA no Vaticano, reforçando seu desejo de emplacar aliados e agendas alinhadas com a direita religiosa americana.

 Olhando para trás, a Igreja Católica sempre escolheu seus papas considerando os grandes desafios do momento. Nos anos 1980, o comunismo ateísta soviético era a ameaça, e veio João Paulo II, da Polônia comunista, símbolo de resistência espiritual. Nos anos 2010, o desafio eram as igrejas evangélicas crescendo na América Latina, e veio Francisco, da Argentina, para reconquistar o rebanho do sul global. No cenário atual, a pressão vem do norte, especialmente dos EUA e de uma nova onda ultraconservadora simbolizada por Trump.

 Diante disso, o Vaticano poderia ter seguido dois caminhos: escolher um papa ultraconservador para responder com dureza ou apostar em um nome que reafirmasse os valores progressistas de Francisco. A escolha por Prevost foi clara: uma resposta pastoral, não política. Ele foi eleito não apenas para manter um rumo, mas para construir pontes entre o conservadorismo e o progressismo, em um momento de intensas polarizações dentro e fora da Igreja.

 A escolha do nome Leão XIV remete ao Papa Leão XIII, conhecido por sua ênfase na justiça social e nos direitos dos trabalhadores, sinalizando uma possível continuidade nesse enfoque. Além disso, sua eleição pode ser interpretada como uma resposta estratégica do Vaticano às pressões geopolíticas, especialmente diante da influência conservadora crescente nos Estados Unidos.

 Com Prevost, a Igreja parece dizer ao mundo — e especialmente a Trump: não vamos ceder à pressão geopolítica nem deixar que agendas nacionais ditem o rumo da fé universal. A escolha de um americano progressista mostra que Roma não quer ser instrumentalizada como extensão da Casa Branca nem da nova direita católica.

 O novo Papa é visto como alguém que continuará a promover reformas na Igreja, ampliando a participação das mulheres, reforçando o combate à pobreza e defendendo migrantes — temas que frequentemente colidem com a agenda trumpista. Como primeiro papa americano, Leão XIV representa um ponto delicado de equilíbrio entre progressismo e conservadorismo: ele rejeita a “simpatia por crenças em desacordo com o evangelho”, mostrando firmeza moral, especialmente sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas também resiste à clericalização feminina, preferindo aprofundar o papel das mulheres sem mudar a natureza sacramental da Igreja. Sua linha pastoral deve seguir o caminho de Francisco, combatendo o clericalismo e aproximando decisões das bases locais.

 Mais do que nunca, o Vaticano sinaliza que compreende o momento atual: não basta apenas reagir ao cenário mundial, é preciso antecipar-se. A eleição de Prevost mostra que Roma quer construir pontes entre progressistas e conservadores, reafirmando que a fé católica não será instrumentalizada por pressões políticas ou geopolíticas, mas manterá sua voz independente no palco global.

 Fonte: SPDiário.com.br – reportagem na íntegra.

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A Igreja Católica e a Política dos EUA

A IGREJA CATÓLICA E A POLITICA DOS EUA

No livro “Catholicism in the United States” (2021), Massimo Faggioli, professor de teologia histórica, da Universidade Villanova, na Pensilvânia (Robert Prevost, foi aluno de Fagglioli) analisa a influência da política norte americana na igreja romana.

Ele analisa as complexas relações entre a Igreja Católica e a política nos Estados Unidos, destacando a posição singular de Joe Biden como o segundo presidente católico do país.

 1. O Triângulo Igreja–Casa Branca–Vaticano

Faggioli propõe que as relações entre a Casa Branca, o Vaticano e a Igreja Católica nos EUA formam um "triângulo" essencial para compreender as tensões políticas e religiosas contemporâneas. Ele observa que, enquanto o Papa Francisco promoveu uma visão pastoral e inclusiva, setores conservadores da Igreja americana frequentemente adotam posições mais rígidas, especialmente em questões como aborto e direitos LGBTQ+.

 2. Biden e a Identidade Católica Pública

Diferentemente de presidentes católicos anteriores, como John F. Kennedy, que procuraram minimizar sua fé na esfera pública, Biden integra abertamente sua identidade católica em sua vida política. Faggioli destaca que essa abordagem representa uma mudança significativa na maneira como a fé católica é percebida e vivida na política americana. [The New Yorker]

 3. Tensões com a Hierarquia Católica Americana

Faggioli relata as tensões entre Biden e a hierarquia católica dos EUA, especialmente em relação à sua posição sobre o aborto. Ele observa que, embora Biden mantivesse práticas religiosas pessoais, como frequentar missas regularmente, suas políticas pró-escolha geram críticas de bispos conservadores que questionam sua comunhão com os ensinamentos da Igreja. [Time]

 4. Polarização e o Papel da Igreja

Faggioli analisa como a polarização política nos EUA influencia a Igreja Católica, com grupos conservadores alinhando-se frequentemente com ideologias políticas de direita. Ele argumenta que essa politização pode comprometer a missão universal da Igreja e sua capacidade de ser um espaço de unidade e diálogo.

 5. O Desafio da Unidade na Diversidade

Faggioli mostra o desafio de manter a unidade da Igreja em meio à diversidade de opiniões políticas e sociais. Ele sugere que a liderança de Biden, foi influenciada por sua fé católica, pode oferecer uma oportunidade para promover uma visão mais inclusiva e compassiva, alinhada com os princípios do Concílio Vaticano II.

Massimo Faggioli, em seu livro analisa a profunda polarização que permeia a Igreja Católica nos Estados Unidos, especialmente no contexto do pontificado do Papa Francisco e da presidência de Joe Biden. Ele identifica três crises interligadas que afetam a Igreja:

1. Crise de ordem eclesial: Há uma perda de autoridade e legitimidade nas instituições da Igreja, tanto nas estruturas formais (como os bispos e o clero) quanto nas informais (como o sacerdócio e a teologia).

2. Crise de ordem política: A Igreja enfrenta desafios em sua relação com a democracia e os valores constitucionais dos EUA, evidenciados por eventos como o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

3. Crise de ordem geopolítica: A posição do catolicismo americano no cenário global está em transformação, com um distanciamento do Vaticano e relações enfraquecidas com outras regiões do mundo.

Faggioli observa que a eleição de Biden, um católico praticante, não unificou a Igreja americana. Pelo contrário, evidenciou divisões internas, especialmente entre os bispos dos EUA e o Papa Francisco. Enquanto o Vaticano adotou uma postura de diálogo com a nova administração, a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB) demonstrou resistência, chegando a considerar a negação da comunhão a Biden devido às suas posições políticas sobre temas como aborto e direitos LGBTQ+. [Loyola Marymount University Newsroom]

O autor também destaca que a polarização na Igreja reflete a polarização política mais ampla nos EUA. Setores conservadores da Igreja alinham-se frequentemente com ideologias políticas de direita, enquanto outros grupos buscavam uma abordagem mais inclusiva e pastoral, em sintonia com o Papa Francisco.

Em resumo, Faggioli argumenta que a Igreja Católica nos EUA está em um momento crítico, enfrentando desafios internos e externos que exigem uma reflexão profunda sobre sua identidade, missão e relação com a sociedade. Ele sugere que a superação dessas crises requer um compromisso renovado com os princípios do Concílio Vaticano II e uma abertura ao diálogo e à diversidade dentro da própria Igreja.

Conclusão

O Estado do Vaticano possui uma política e se relaciona com os EUA e as demais nações com uma política internacional. Essa relação política com os "reis da terra" (Ap 18:3) e com os EUA (Ap 13:12-15) é chamada de "prostituição" (Ap 18:9).

O livro do teólogo Faggioli é uma evidência dessas relações políticas especialmente com os EUA.  Mais uma vez, a profecia apocalíptica está certa nas suas descrições sobre os governos atuais.

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Prevost e Trump

Trump e o Vaticano

EUA E VATICANO MAIS PRÓXIMOS DO QUE NUNCA

 A profecia de Apocalipse 13 vs12-15 descreve uma proximidade entre duas bestas (EUA e Vaticano) que agora com a nomeação de Robert Prevost, como primeiro Papa norte-americano, pode ser a peça que faltava para essa união que o Apocalipse prevê.

 “Apesar de ser americano, o novo papa é considerado um reformista e não um nome alinhado às prioridades de Trump ou dos conservadores da Igreja nos Estados Unidos”. [BBC]

 "Esta eleição papal é também uma resposta a Trump, mas uma resposta oblíqua e não frontal contra ele", disse o professor de teologia histórica Massimo Faggioli, da Universidade Villanova, na Pensilvânia, em uma postagem no X (antigo Twitter). "O caos global que foi criado, em grande parte pelos Estados Unidos, nestes últimos anos, tornou possível um papa americano", diz Faggioli. "E ele é um papa das Américas, não somente dos Estados Unidos. É uma resposta muito criativa (por parte do Vaticano)", avalia Faggioli. "A partir de hoje, não será Trump nem Vance quem falará com os católicos americanos". [BBC]

 O sociólogo Francisco Borba Ribeiro Neto, em mensagem à BBC News Brasil logo após a eleição do novo papa, disse: "Uma escolha com uma força política chocante, ainda que eu acredite que o problema não é política, esse é o gesto político mais chocante da Igreja em toda a minha vida: afirma que quer estar em continuidade com Francisco, próxima aos Estados Unidos, mas sem abrir mão do seu perfil." [BBC]

 Todas essas declarações nos ajudam a entender o quadro profético de aproximação do Vaticano, da mais poderosa nação do planeta, os EUA. O quadro da profecia é um grande quebra-cabeça, onde os eventos vão acontecendo, e cabe a nós, após presenciar esses eventos colocar cada peça em seu lugar. Mas o quadro já foi revelado.

 Um papa norte-americano talvez seja essa peça para vermos essa relação próxima entre a Besta do Mar (Vaticano) e a Besta da Terra (EUA) e as ações delas de forma mundial – sanções econômicas (Ap 13:17), união das religiões (Ap 13:15), imposição da guarda do domingo (marca da besta – Ap 13:16) e decretos de morte (Ap 13:15up).

 O papel principal dos EUA, de acordo com a profecia, é promover a religião católica romana – “Ela (a Besta da Terra – EUA) exerce toda a autoridade da primeira besta (Vaticano) na sua presença e faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal havia sido curada” Ap 13:12. Embora Trump seja um protestante presbiteriano, seu vice-presidente, J.D. Vance é católico.

 Talvez, o que vejamos é uma aproximação, para depois haver uma aliança entre esses dois poderes apocalípticos.

 O livro O Grande Conflito afirma – “Os protestantes dos Estados Unidos serão os primeiros a estender as mãos através do abismo para apanhar a mão do espiritismo; estender-se-ão por sobre o abismo para dar mãos ao poder romano; e, sob a influência desta tríplice união, este país seguirá as pegadas de Roma, desprezando os direitos da consciência”. GC 588.1

 Os eventos políticos e religiosos assim, seguem o ‘script’ da profecia. Nós, que sabemos o fim desde o início, temos que com esperança aguardar o desdobramento de tudo. Porque o nosso foco não devem ser esses sinais, mas a Segunda Vinda de Jesus. É isso que esperamos!

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OS REIS DA TERRA E BABILÔNIA


 “A missa pelo falecido líder da Igreja Católica contou com a presença de dezenas de milhares de pessoas e mais de 100 delegações oficiais, incluindo chefes de Estado como o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy” [EuroNews].

Foram 165 representantes de países, 12 Monarcas e mais de mil membros das delegações e dignatários. “Com a presença de tantos líderes mundiais, o funeral do Papa Francisco tornou-se um dos mais importantes encontros internacionais do ano”. [EuroNews]

O Livro de Revelação mostra essa relação internacional dos papas como sendo algo negativo. Os “reis da terra” são mencionados 31x nas profecias do Apocalipse. E eles tem uma relação íntima com Babilônia, a Grande Prostituta – essa é a figura que o Apocalipse dá a ICAR, a igreja romana pagã – devido a sua relação política-religiosa com esses reis.

Essa relação do Vaticano com a política mumdial é chamada na profecia de ‘prostituição’. Apesar de ser um termo pejorativo, é uma expressão simbólica para as relações políticas-religiosas que essa instituição religiosa tem como marca em sua natureza. A união da igreja-estado é algo mau nas Escrituras.

O uso dessa imagística deveria ser um alerta em si mesmo para que fosse evitado e combatido.

 No clássico capítulo 18 do Apocalipse, onde ocorre “A Queda de Babilônia”, “os reis da terra” são protagonistas na cena que é retratada ali. “Os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em luxúria, vão chorar e se lamentar por causa dela, quando virem a fumaça do seu incêndio. E, conservando-se de longe, com medo do seu tormento, dizem: "Ai! Ai de você, grande cidade, Babilônia, cidade poderosa! Pois em uma só hora chegou o seu juízo." Apocalipse 18:9,10

 A profética “Queda de Babilônia” é um evento da profecia para a ‘queda’ da influência da igreja romana no mundo, e mais ainda, vai sofrer uma perda dos fiéis, uma saída massiva deles. A profecia parece indicar que a ICAR vai perder seu poder político-religioso e seu prestígio no cenário político mundial. O cenário final é catastrófico, de um “incêndio”, uma destruição de sua sede no Vaticano.

 As cenas são descritas assim:

- a queda de sua influencia mundial – “Caiu! Caiu a grande Babilônia! Ela se tornou morada de demônios, refúgio de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo tipo de ave imunda e detestável” Ap 18:2. Note a acusação de demonismo, imundícies e reprovações detestáveis.

 - a saída massiva dos fiéis – “Saiam dela, povo meu, para que vocês não sejam cúmplices em seus pecados e para que os seus flagelos não caiam sobre vocês. Porque os pecados dela se acumularam até o céu, e Deus se lembrou das injustiças que ela praticou.” Ap 18:4,5. A ordem da saída da Babilônia, a igreja prostituída, vem do próprio Deus. E a razão disso é porque há pecados e injustiças em sua história.

 - perda da influência  política – “Os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em luxúria ... E, conservando-se de longe, com medo do seu tormento, dizem: "Ai! Ai de você, grande cidade, Babilônia, cidade poderosa! Pois em uma só hora chegou o seu juízo." Ap 18:9,10. A igreja romana pagã, irá ser castigada por Deus por seus excessos. O castigo parece ocorrer no contexto das 7 pragas do Apocalipse, na 5ª e na 6ª pragas (Ap 16:10-12).

 - a destruição e incêndio – “Os reis da terra... vão chorar e se lamentar por causa dela, quando virem a fumaça do seu incêndio”. Ap 18:9. “Então, vendo a fumaça do seu incêndio, gritavam: Que cidade se compara à grande cidade? Lançaram pó sobre a cabeça e, chorando e pranteando, gritavam: "Ai! Ai da grande cidade” Ap 18:18,19. A destruição do Vaticano pode ser um ataque terrorista, muito comum na Europa. E isso pode ocorrer através do Islamismo, que tem sido protagonista de atos terroristas naquele continente. O Islã é protagonista das profecias das 7 Trombetas (Apocalipse 9:1-21).

 Conclusão

A igreja romana pagã, a ICAR, ocupa o cenário nas profecias de Daniel e Apocalipse; é uma protagonista do mal nas imagísticas das Sagradas Escrituras. E o cenário atual dos “reis da terra” se relacionando com o Vaticano, prestando homenagens à essa igreja pagã, é um indicativo de que a profecia está se realizando diante dos nossos olhos.

 A recomendação de Jesus no Seu Sermão profético é – “¹Aquele, porém, que ficar firme até o fim, esse será salvo” Mateus 24:13. A firmeza e perseverança está em seu manter ao lado da Verdade das Escrituras. Se Babilônia prostituiu a Verdade, misturando com mentiras e tradição, a nossa atitude deve ser manter as Verdades fundamentais do Evangelho em nossas vidas.

Leia também:

Os Personagens da Profecia

Quem é a Grande Prostituta

O Islã e a 6a Trombeta

O Terrorismo e o Islã

O Incêndio de Notre Dame

A ENCÍCLICA DIES DOMINI

A carta apostólica Dies Domini, promulgada por João Paulo II em 1998, visava reafirmar a centralidade do domingo na vida cristã-romana. Esse documento papal pode ser considerado um protótipo do Decreto Dominical; as bases teológicas para um decreto futuro contra a liberdade de culto.

 O documento é estruturado em cinco capítulos, cada um explorando diferentes dimensões do "Dia do Senhor".

No primeiro capítulo, "Dies Domini", o domingo é apresentado como a celebração da obra do Criador. O Papa destaca que, desde os tempos apostólicos, o domingo substituiu o sábado judaico como o dia dedicado a Deus, marcando a nova criação iniciada com a ressurreição de Cristo.

Vojtyla destaca que, embora o domingo seja, para os cristãos, principalmente uma celebração pascal, essa característica está intimamente ligada à mensagem das Escrituras sobre o desígnio de Deus na criação do mundo. Ele enfatiza que o Verbo, que se fez carne na plenitude dos tempos, é também o princípio e o fim do universo, conforme afirmado em João 1:3 e Colossenses 1:16. Essa presença ativa do Filho na obra criadora de Deus se manifesta plenamente no mistério pascal, onde Cristo, ao ressuscitar como "primícias dos que morreram" (1 Coríntios 15:20), inaugura a nova criação.

João Paulo II também menciona que o "shabbat", o repouso jubiloso do Criador, é uma bênção e consagração do sétimo dia, conforme Gênesis 2:3. Ele argumenta que o domingo, ao celebrar a nova criação iniciada com a ressurreição de Cristo, assume o papel de recordar e santificar, cumprindo o mandamento de "recordar" para "santificar" o dia do Senhor.

Assim, o Papa propõe que o domingo seja compreendido não apenas como um dia de descanso, mas como uma celebração da criação original e da nova criação em Cristo, unindo a obra do Criador com a obra redentora do Salvador.

O segundo capítulo, "Dies Christi", enfatiza o domingo como o dia do Senhor ressuscitado e do dom do Espírito. Aqui, o domingo é visto como a "Páscoa semanal", celebrando a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte.

Em "Dies Ecclesiae", o terceiro capítulo, o foco recai sobre a assembleia eucarística como alma do domingo. A participação na Eucaristia dominical é apresentada como essencial para a vida cristã, fortalecendo a comunhão e a identidade da Igreja.

O quarto capítulo, "Dies Hominis", trata do domingo como o dia do homem. João Paulo II argumenta que o descanso dominical é um direito humano fundamental, permitindo que as pessoas se dediquem à família, à cultura e à espiritualidade.

Finalmente, "Dies Dierum" aborda o domingo como a festa primordial, reveladora do sentido do tempo. O Papa propõe que o domingo seja o centro do calendário litúrgico, orientando a vida dos fiéis para a eternidade.

Ao longo da carta, João Paulo II expressa preocupação com a crescente secularização do domingo, transformado em mero "fim de semana". Ele conclama os cristãos a redescobrirem o verdadeiro significado do domingo, integrando fé, descanso e solidariedade.

Dies Domini é, portanto, um apelo à renovação da vivência dominical, destacando sua importância teológica, eclesial e humana.

Conclusão

O documento é um ensaio do Vaticano para um futuro decreto. As bases teológicas estão estabelecidas, embora quando sejam lidas com uma crítica textual e exegética rigorosa, não vemos de onde veio a mudança do sábado para o domingo. O argumento é mais alegórico do que textual. A tradição é usada mais do que a autoridade das Sagradas Escrituras.

Assim, Carol Vojtyla já em 1998 já estabelecia as intenções da Igreja Romana sobre o dia sagrado dessa Igreja Romana. Esse tema irá retornar ao cenário mundial. Na ótica da Encíclica Laudato Sí, como justificativa social e ambiental.

Mas Apocalipse 13 nos ajuda a entender que o argumento será moral e financeiro, dentro da associação das duas nações – EUA e Vaticano, as bestas do mar e da terra (Ap 13:11-18).

 Os documentos bases para essa ação, o decreto dominical, já estão a décadas formalizados, mas falta a ação política para isso. E essa força política virá da Casa Branca.

 Quem tiver olhos que leia, entenda e veja.


OS SETE ÚLTIMOS PAPAS


A leitura dos sete últimos reis (Ap 17:9) no Apocalipse leva alguns leitores a interpretar como se fossem papas. Mas na realidade se referem as "sete cabeças" da Besta Escarlate (Ap 17:3) que são os sete últimos impérios da história humana.

Como foi a atuação dos Sete ùltimos Papas dentro do cenário político-teológico? 

Esse resumo nos ajuda a entender a evolução do Vaticano como poder dentro da Europa e do Mundo Ocidental:

1. Papa Francisco (2013–2025) 

-Nome de batismo: Jorge Mario Bergoglio (Argentina)

-Primeiro papa das Américas e jesuíta 

-A sua Enciclica Laudato Si foi um documento que dava razão social e científica para a guarda do domingo.

-Ênfase: justiça social, meio ambiente (Laudato Si’), Igreja mais inclusiva 

-A inclusão de membros divorciados, e de pessoas de outros gêneros sexuais aproxima a igreja romana do quadro da "Babilônia" e "Sodoma" espiritual.

 

2. Papa Bento XVI (2005–2013) 

-Nome de batismo: Joseph Ratzinger (Alemanha) 

- Teólogo conservador, renunciou ao papado

- Representa o reforço doutrinário da besta (Ap 13:5–6), falando “com soberba e blasfêmias”.

- Ênfase: liturgia, doutrina, diálogo com a razão

 

 3. Papa João Paulo II (1978–2005) 

-Nome de batismo: Karol Wojtyła (Polônia) 

- Primeiro papa não italiano em 455 anos

- Retomou o poder político internacional, mudando o curso da Europa, com a queda do comunismo. Pode ser considerado o papa que consolidou a cura da “ferida mortal”.

-Mentor da Encíclica Dies Domini, que pode ser considerada um protótipo do Decreto Domical. 

- Ênfase: combate ao comunismo, juventude, defesa da vida

 

 4. Papa João Paulo I (1978) 

- Nome de batismo: Albino Luciani (Itália) 

-  Pontificado mais curto do século: 33 dias. Morreu de um infarto fulminante.

- Essa foi uma transição, sem impacto direto profético, mas inserido em um momento de crescimento do prestígio papal.

 

5. Papa Paulo VI (1963–1978) 

- Nome de batismo: Giovanni Battista Montini (Itália) 

-  Concluiu o Concílio Vaticano II e reforçou o papel do papado na sociedade moderna.

- Ênfase: modernização e diálogo com o mundo

-  Fortaleceu a base do ecumenismo e da influência moral global, preparando o caminho para a besta “cuja ferida foi curada”.

- É com ele que a imagem do papado moderno começa a se consolidar com força nos assuntos globais.

 

6. Papa João XXIII (1958–1963) 

- Nome de batismo: Angelo Giuseppe Roncalli (Itália) 

- Convocou o Concílio Vaticano II (1962): abertura ao mundo moderno, ao ecumenismo e ao diálogo inter-religioso.

- Ênfase: abertura da Igreja ao mundo moderno

- Leitura profética: início da grande aproximação com outras igrejas (Babilônia e suas filhas – Ap 17:5).

- Reconstrução da imagem da besta: união entre igrejas com pretensões universais.

 

 7. Papa Pio XII (1939–1958) 

- Nome de batismo: Eugenio Pacelli (Itália) 

- Papa durante a Segunda Guerra Mundial 

- Controverso por sua postura durante o Holocausto

-  Leitura profética: Começo da “cura da ferida mortal” (Ap 13:3). Após a crise mundial, o papado começa a retomar relevância global.

- Relações políticas com regimes e nações marcam seu papel diplomático, típico da besta apocalíptica que “domina reis” (Ap 17:18).

 Leia também:

A Enciclica Papal sobre o Domingo

A Encíclica Laudato Si

OS TRÊS ÚLTIMOS PAPAS

Desde a “ferida mortal” (Apocalipse 13:3) que o papado sofreu em 1798 com a prisão do papa Pio VI, e o fim de um reinado de 1260 anos de poder político-religioso,  o papado e o Vaticano vem depois disto em uma crescente retomada de poder.

Os três últimos papas foram o ápice dessa retomada do cenário político internacional.

O Papa João Paulo II, ou Carol Vojtyla, que reinou no Vaticano de 1978–2005, foi um expoente nesse retorno ao cenário internacional com o poder que os papas medievais possuíam.

Suas principais ações políticas foram:

- Combate ao comunismo – Desempenhou papel crucial na queda do comunismo na Europa, especialmente na Polônia, apoiando o movimento Solidariedade. Carol Vojtyla era polonês e lutou pela liberdade do seu povo.

- Diálogo inter-religioso – Vojtyla promoveu o entendimento entre diferentes religiões, incluindo encontros históricos com líderes judaicos e muçulmanos. Proximidade com líderes mundiais: estabeleceu relações diplomáticas com mais de 170 países. Foi o primeiro papa a entrar numa sinagoga e numa mesquita.

- Defesa dos direitos humanos – Condenou o apartheid na África do Sul e criticou regimes opressores.

Suas principais ações teológicas foram:

- Encíclicas importantes: Publicou documentos como Redemptor Hominis, Evangelium Vitae, e Dies Domini, abordando temas como a dignidade humana, a defesa da vida e a guarda do domingo.

- A Encíclica Dies Domini foi um documento de 1998, sobre o domingo, destacando como dia sagrado, sua origem na criação e ressurreição de Jesus e um chamado à guarda desse dia. Foi um protótipo do Decreto Dominical.

- Valorização da família: Enfatizou a importância da família e do matrimônio na sociedade contemporânea.

- Jornada Mundial da Juventude: Instituiu este evento para aproximar os jovens da fé católica.

O penúltimo, Papa Bento XVI, ou Joseph Ratzinger, reinou de 2005–2013 no Vaticano:

Ações Políticas:

- Diálogo inter-religiosos: Apesar de controvérsias, buscou manter o diálogo com outras religiões, incluindo o Islã e o Judaísmo.

- Conservadorismo moral: Reforçou posições tradicionais da Igreja em temas como aborto e eutanásia.

Suas principais ações teológicas:

- Encíclicas teológicas: Escreveu Dies Caritas Est, Spe Salvi e Caritas in Veritate, abordando o amor, a esperança e a caridade na verdade.

- Ênfase na liturgia: Destacou a importância da liturgia e da Eucaristia na vida da Igreja.

- Renúncia história: Primeiro papa a renunciar em séculos, abrindo precedente para futuras lideranças.

O Papa Francisco, ou Mario Jorge Bergóglio, reinou de 2013–2025, como 1º papa sul americano da história da igreja Católica:

Suas principais ações políticas foram:

- Justiça social: Defensor dos pobres e marginalizados, criticou o consumismo e a desigualdade social.

- Meio ambiente: Publicou a encíclica Laudato Si, chamando atenção para a crise ecológica e dando ênfase no descanso dominical.

- Reformas na Igreja: Implementou mudanças na Cúria Romana e enfrentou casos de abusos sexuais com novas diretrizes.

Suas ações teológicas foram:

- Inclusividade: Promoveu uma Igreja mais acolhedora, especialmente para divorciados e a comunidade LGBTQ+.

- Encíclicas sociais: Além de Laudato Si, escreveu Fratelli Tutti, enfatizando a fraternidade e amizade social.

- Estilo pastoral: Adotou uma abordagem mais simples e próxima dos fiéis, enfatizando a misericórdia  o amor.

ANÁLISE

Vamos analisar essas ações politicas e teológicas, desses três últimos papas, contrastando com a profecia bíblica.

Carol Vojtyla (Papa João Paulo II) em suas ações políticas pode ser considerado um dos papas que curou a “ferida mortal” profética (Ap 13:3), restaurando o prestígio global do papado. Foi o papa que mais se aproximou do modelo do papado medieval em interferências políticas.

Os papas medievais que destituam reis e promoviam outros. Vojtyla destituiu o comunismo na Europa, e desencadeou um movimento para o enfraquecimento do mesmo comunismo na poderosa URSS.

Sua popularidade e influência em todas as religiões seriam vistos como preparação para uma falsa unidade espiritual mundial. Influenciou de forma especial o Islamismo, aproximando esses religiosos para o mundo ocidental. Hoje os islâmicos estão instalados nas principais capitais européias, mas se tornaram uma ameaça a fé católica romana e ao mundo livre. A aproximação com o Islã foi amistosa, da parte de Carol Vojtyla, mas os líderes Islâmicos viram uma brecha para minar o mundo ocidental. E hoje o Islã poderia causar conquistar facilmente cidades como Paris e Londres, usando a Jihad, ou guerra santa.

Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI)  foi visto como quem reafirma a autoridade do papado como a única via de salvação – sinal claro de um sistema que “se exalta acima de Deus” (2Ts 2:4). Suas afirmações exclusivistas sobre salvação na Igreja Romana são consideradas blasfêmias proféticas (Ap 13:5–6) uma marca distintiva da profecia de Daniel 7:25.

Foi um conservador em temas morais e doutrinários, e fortaleceu o papel do papado como “guia moral global”. Reafirmou que a Igreja Católica é a única verdadeira, causando reações entre outras confissões cristãs. Trabalhou para restaurar a tradição litúrgica, conectando o presente ao poder histórico da Igreja.

Jorge Mario Bergoglio (Papa Francisco) foi o que mais se aproximou do quadro profético-teológico que os papas poderiam o fazer. Forte em atuação em temas ambientais, sociais e econômicos escreveu a Encíclica Laudato Si’ que dava uma razão social e ambiental para a guarda do domingo.

Promoveu diálogo inter-religioso com judeus, muçulmanos, hindus, e até ateus. Reconhecido por líderes globais como figura moral central. Abriu assim espaço para debates sobre união entre igrejas (ecumenismo). Enfatizou a misericórdia acima da doutrina. Alguns veem isso como relativização de temas morais tradicionais (como homossexualidade e divórcio).

Considerado como o papa que mais aproxima Igreja e Estado, preparando terreno para a “imagem da besta” (Ap 13:14). Sua atuação em questões globais é vista como o renascimento final do poder papal, que levaria à imposição de leis religiosas globais (como o domingo obrigatório). Sua popularidade com não católicos reforça a ideia profética de que “toda a Terra se maravilhou após a besta”.

CONCLUSÃO

O cenário é de um poder crescente no Vaticano. Cada vez mais os líderes que são colocados ali, se aproximam na conclusão do quadro profético, onde o Apocalipse mostra que será concluído. 

No entanto, a profecia mostra que o Vaticano estará apoiado primeiro pelo EUA (Besta da Terra - Ap 13:11-18) e depois apoiado pela União Européia (Besta Escarlate - Ap 17:3).

O quadro do cquebra cabeça profético está se formando, e a última peça logo será colocada. E a ´ltima peça se chama "contrafação", a imitação da Segunda Vinda de Jesus por Satanás. 

Esteja pronto para as cenas finais. 

Leia também:

Enciclica Dies Domini

A Encíclica Laudato Si




O TRONO VAZIO

"Morreu nesta segunda-feira (21/04), aos 88 anos, o papa Francisco, primeiro papa sul-americano e jesuíta da história da Igreja Católica. O pontífice faleceu em sua residência no Vaticano, Casa Santa Marta. (...) "Às 7:35 desta manhã (hora local. 2:35h de Brasília), o Bispo de Roma, Francisco”.

"Aos 76 anos de idade, o cardeal Bergoglio da Argentina se tornou o primeiro pontífice das Américas e do hemisfério sul em 2013. Converteu-se também no primeiro papa jesuíta — ordem que, historicamente, era vista com desconfiança por Roma. Desde a morte de Gregório 3º, nascido na Síria em 741, todos os papas haviam sido europeus." (BBC Brasil)

A escatologia protestante dedica muita atenção e preocupação ao trono do Vaticano.

Porque a teologia protestante tem o seu foco no trono do Vaticano e naqueles que sobem ali para o assumir? A resposta é que a profecia apocalíptica oferece esse olhar sobre esse personagem da história religiosa.

A profecia de Daniel começa sua revelação apocalíptica no capitulo 02 desse livro deixando o fim das nações na Europa, como o berço das nações ocidentais. Naquela profecia, de uma estátua que representa a história politica das nações, a Europa é representada como os pés de barro e ferro (Daniel 2:41-44) que seria o berço do Vaticano e do surgimento do Papado.

Na visão seguinte, o profeta Daniel, já enxerga o Papado na cabeça de um “Animal Terrível e Espantoso” (Daniel 7:7) que simboliza uma nação, Roma, ou o império Romano. E na cabeça dessa nação, é representado como sendo um “chifre” (rei na própria interpretação das Escrituras – Daniel 7:24).

Desse “chifre” ou “rei” é dito – “esse chifre fazia guerra contra os santos e estava vencendo” Daniel 7:21. Essa descrição profética é muito importante, pois foi o papado que na idade média perseguiu, prendeu, torturou e matou os cristãos dissidentes que se opunham aos seus ensinos contrário às Escrituras.

O v24 é outra indicação histórica – “rei, que será diferente dos primeiros, e derrotará três reis” Daniel 7:24. Foi o papado, que surgiu dos “dez reinos” – as nações que originaram a Europa; e o mesmo papado que destruiu os três povos: os Hérulos – derrotados em 493 d.C.; os Vândalos – derrotados em 534 d.C.; e os Ostrogodos – derrotados em 538 d.C. Esses povos eram: uma tribo bárbara germânica, cristãos arianos (não criam na divindade completa de Cristo); e faziam oposição direta ao avanço da autoridade papal em Roma.

Por que isso é historicamente importante para a identificação do papado na profecia? Em 538 d.C., após a derrota dos ostrogodos, o bispo de Roma pôde exercer autoridade sem resistência sobre o Ocidente. Isso marca o início profético dos 1260 anos de domínio papal (538–1798), segundo a interpretação adventista de Daniel (12:7up) e Apocalipse.

Mas a mais clara e evidente identificação ocorre em Daniel 7:25 com a seguinte descrição profética – “Ele falará contra o Altíssimo, oprimirá os santos do Altíssimo e tentará mudar os tempos e a lei; e os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e metade de um tempo” Daniel 7:25.

1) “falará contra o Altíssimo” – essa é parte da descrição do poder do "chifre pequeno", que representa o papado medieval. Isso se refere a blasfêmias ou pretensões religiosas feitas pelo papado ao longo da história. Se refere a reivindicação de títulos divinos que o papa arroga para si mesmo: Vigário de Cristo (Vicarius Filii Dei)  ou substituto de Cristo. Isso é uma blasfêmia porque o substituto de Jesus na Terra foi o Espírito Santo (o Consolador – Ev. De João 14:16). Outro título que usa é “Pai dos reis, governador do mundo, substituto de Deus na Terra” (Enciclopedia Britânica).

É também uma referência a reivindicação do poder de perdoar pecados – Só Deus pode perdoar, mas a Igreja Católica ensinava que o sacerdote podia fazê-lo diretamente — em nome de Cristo, sim, mas a prática e o controle centralizados reforçavam o poder clerical.

Outra referência são as declarações de infalibilidade papal (séculos depois) – No Concílio Vaticano I (1870), o dogma da infalibilidade papal foi oficialmente estabelecido: Quando o papa fala "ex cathedra", suas palavras são consideradas sem erro em questões de fé e moral.

2. “Magoará os santos do Altíssimo” – se refere à perseguição aos crentes dissidentes da fé católica, que era punida com perseguição, prisão, tortura e morte. Especialmente no período dos 1260 anos proféticos (de 538 a 1798 d.C.)

Eventos históricos marcaram essa ação do papado – Inquisição, perseguições contra cristãos fiéis à Bíblia; mortes de grupos como valdenses, albigenses, e reformadores; e a imposição de doutrinas pela força. Os “Santos” em Daniel 7:25 são os crentes fiéis a Deus que resistiam ao domínio religioso-político do papado.

3. Cuidará em mudar os tempos e a lei – essa expressão em Daniel 7:25 indica a tentativa de alterar mandamentos divinos e o calendário sagrado. Se refere principalmente à mudança do sábado para o domingo. A Igreja Católica afirma ter transferido a santidade do sábado (7º dia) para o domingo (1º dia da semana). Isso foi uma mudança na lei moral de Deus (Êxodo 20:8–11) especialmente no 4º mandamento que é o dia que o próprio Deus estabeleceu para receber adoração.

A frase se refere também Mudanças litúrgicas e festas religiosas: Introdução de dias santos e festividades não bíblicas, substituindo os tempos estabelecidos por Deus. A expressão “cuidará” indica tentativa, não sucesso pleno — ou seja, Deus mantém sua autoridade apesar das alterações humanas.

 4. “Um tempo, tempos e metade de um tempo” – é interpretada como:  Tempo = o período de 1 ano; Tempos, o período de 2 anos; e Metade de um tempo = o período de meio ano. No total = 3 anos e meio proféticos = 1260 dias proféticos = 1260 anos literais. Se referindo historicamente ao período literal de 538–1798 d.C. (início da supremacia papal até sua queda temporária com o cativeiro de Pio VI por Napoleão).

Conclusão:

Assim, a preocupação protestante se mantém viva quanto à subida de outro papa no trono do Vaticano, devido ao foco que a profecia coloca nesse poder político-religioso. Os últimos papas – Carol Voytila (João Paulo II, Joseph Ratzinger (Bento 16) e Mario Jorge Bergólio (Francisco) fizeram importantes inserções na história para o avanço do poder do catolicismo, e cumprimento das profecias apocalípticas.

Daí a preocupação protestante reformista, que desse próximo papa, possa surgir o quadro escatológico previsto em Apocalipse 13, com a união das bestas do Mar e da Terra.

Aguardemos com uma “expectativa escatológica”.

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A POSSE ESCATOLÓGICA DE TRUMP

 

A posse de Donald Trump foi marcada por situações que cumprem as profecias. 

Trump, Melania, o vice-presidente J.D. Vance e sua esposa Usha participaram de uma cerimônia religiosa na Igreja Episcopal de St. John, antes da cerimônia oficial dentro do Capitólio. Depois disso seguiram para o local da cerimônia de posse.

A cerimônia de posse teve uma forte inclinação espiritual. Foram 9 participações de líderes religiosos, com orações, bençãos e pronunciamentos. Havia um bispo católico, um rabino e diversos pastores. Donald Trump convocou uma escalação maior e mais diversa de clérigos do que o normal para orar por sua posse. Isso indica o tom ecumenista dessa cerimônia.

O grupo de líderes religiosos — maior do que qualquer presidente desde Ronald Reagan — reflete sua política, pragmatismo e personalidade. Inclui os líderes evangélicos Franklin Graham e Samuel Rodriguez, bem como a conselheira espiritual Paula White, a televangelista da Flórida creditada por sua suposta conversão cristã recente, e um pregador da prosperidade de Detroit, Wayne T. Jackson. "Juntos, [Graham e White] incorporaram a adoção de Trump das ideologias gêmeas do nacionalismo cristão e do cristianismo capitalista", disse Kevin Kruse, professor de história na Universidade de Princeton. (Christianity Today)

O arcebispo católico de Nova York, dom Timothy cardeal Dolan, fez a oração de abertura, repetindo sua participação da posse de 2017.  Embora seja protestante, vemos aqui a aproximação e privilégio que a igreja católica tem com Trump.

O evangelista Franklin Graham, batista, filho do grande evangelista Billy Graham, também esteve presente, destacando a importância da fé e afirmando que "a América não pode jamais ser grandiosa novamente se virar suas costas ao Senhor". O reverendo Lorenzo Sewell, um líder não denominacional de Michigan, conduziu a bênção inaugural, fazendo referência ao discurso "Eu Tenho um Sonho" de Martin Luther King Jr. e enfatizando liberdade e unidade em sua oração. Esses líderes religiosos desempenharam papéis significativos na cerimônia, refletindo a diversidade de tradições religiosas presentes nos Estados Unidos. (BBC)

Foi uma cerimônia marcada por menções a Deus. No seu discurso Trump disse – “A Bíblia nos diz "quão bom e agradável é quando o povo de Deus vive junto em unidade". (...) Quando a América está unida, a América é totalmente invencível. Não deve haver medo - estamos protegidos e sempre estaremos protegidos. Seremos protegidos pelos grandes homens e mulheres de nossas forças armadas e da aplicação da lei. E mais importante, sempre seremos protegidos por Deus”.

Trump em seu juramento usou a mesma Bíblia que Abraham Lincoln utilizou na posse de 1861, além de uma Bíblia pessoal. Todas esses elementos religiosos e espirituais, apontam para uma administração religiosa, não laica. Esse é o quadro que Apocalipse revela ser a administração no tempo em que o capítulo 13 se cumpre, onde a política e a religião estão unidas novamente.

União das Igrejas

Trump unificou as denominações e religiões em sua posse. Seguiu a projeção profética de que as religiões e denominações cristãs seguem para uma unificação, ou união de todas as religiões. Especialmente as denominações cristãs, se unificarão. Uma citação de Ellen White sobre a união das igrejas pode ser encontrada no livro O Grande Conflito – "Quando as principais igrejas dos Estados Unidos, unindo-se sobre pontos de doutrina que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha os seus decretos e os sustente por meio de instituições, protestantes e católicos darão um passo rumo à formação de uma imagem da besta." (O Grande Conflito, capítulo 35, "Ameaças à Liberdade", edição padrão).

Vaticano e Donald Trump

Embora Trump privilegiasse a igreja católica em sua posse, Bergólio (Papa Francisco) afirmou que os planos de Donald Trump para deportar migrantes ilegais dos EUA seriam uma "vergonha" se se concretizassem. Em entrevista a um programa de TV italiano, transmitido de sua residência no Vaticano, Bergólio disse que, caso os planos avançassem, Trump faria "miseráveis que não têm nada pagarem a conta". "Isso não está certo. Não é assim que se resolvem os problemas", afirmou.

Em uma mensagem a Trump, compartilhada na segunda-feira, Bergólio ofereceu-lhe "saudações cordiais" e o incentivou a liderar uma sociedade com "não há espaço para ódio, discriminação ou exclusão", promovendo "paz e reconciliação entre os povos". Bergólio é conhecido por considerar a questão dos migrantes de grande importância. Durante uma audiência pública em agosto, ele disse que "trabalhar sistematicamente por todos os meios para afastar migrantes" é "um grave pecado". (BBC)

Trump e Bergólio não parecem estar em sintonia em muitas pautas. Mas a relação de Casa Branca e Vaticano é histórica, e não necessariamente depende apenas de Trump. A Casa Branca, ou o governo americano representado pelo senado e os reprentantes dos estados, é que determinam essa ligação histórica-profética.

Trump e as Profecias

Os EUA e não Donald Trump são protagonistas das profecias de Apocalipse 13. A hermenêutica apocalíptica atribui aos Estados Unidos a identidade da terceira besta, ou a Besta da Terra (Ap 13:11-18).

O v11 de Apocalipse 13 descreve assim o poder político representado por essa “besta” ou nação – “Vi ainda outra besta emergir da terra. Tinha dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão”. Os "dois chifres como cordeiro" se aplicam historicamente aos valores de liberdade religiosa e civil que os EUA representam, e a "voz de dragão" ao potencial de opressão futura, e a apostasia dessa nação aos valores mundanos, do reino das trevas.

Outro aspecto importante dessa descrição dos vs11-18 é a sociedade que é descrita com a segunda besta (Besta do Mar) identificada como o Vaticano, o estado religioso governado pelos Papas. Essa parceria entre as ‘duas bestas’ ou duas nações é amplamante descrita em Apocalipse 13:

-v12 “exerce toda a autoridade da primeira besta” (autoridade religiosa)

-v12 “faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta” (adoração direcionada – quebra do princípio de liberdade religiosa)

-v14 sinais que lhe foi permitido realizar diante da besta (sinais pentecostais)

-v14 façam uma imagem à besta (réplica do governo tirano do papado na idade média)

-v15 foi concedido poder para dar vida à imagem da besta (o papado medieval revivido)

- v15 a imagem da besta falasse (poder político devolvido ao Vaticano)

-v15 fizesse morrer todos os que não adorassem a imagem da besta (decreto de morte)

-16 com que lhes seja dada certa marca na mão direita ou na testa (marca da besta)

-v17 ninguém possa comprar ou vender (sanções econômicas)

- v17 a marca, o nome da besta ou o número do seu nome (adoração no domingo)

A relação entre Casa Branca e Vaticano não é muito evidente e direta no governo Trump, como as profecias indicam. Mas a forte ênfase na união das denominações cristãs e das religiões é uma marca do governo Trump, e da filosofia política de direita.

Presidentes norte-americanos católicos talvez preenchessem melhor esse vínculo entre Casa Branca e Vaticano. Mas só o decorrer da história pode nos trazer a intepretação das profecias para o Apocalipse. A hermenêutica bíblico-histórica é fundamental para a compreensão das profecias de Daniel e Apocalipse.

Trump e seu governo Imperialista

Os vs11-18 de Apocalipse descrevem uma “Besta da Terra” ou nação imperialista. Essa nação escatológica impõem decretos, sanções e “faz morrer todos (decreto de morte) os que não adorassem a imagem da besta (adoração imposta a força). A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos (imperailismo) faz com que lhes seja dada certa marca na mão direita ou na testa (decreto religioso) para que ninguém possa comprar ou vender (sanções econômicas), senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome” vs15up-17.

O governo Trump segue a tendência da Rússia e China em dominar as outras nações. A profecia diz que os EUA serão bem sucedidos nesse imperialismo mundial, mas com a ajuda do Vaticano. As ‘propostas’ ou imposições de Trump já esboçam esse quadro:

- tomada da Groelândia

-tomada do Canal do Panamá

-intervenção na fronteira com o México

-renomeação do Golfo do México, para Golfo das Américas

-Colonização de Marte (uma nova ‘corrida espacial’)

O Trump ‘messiânico’


No seu discurso, Trump elaborou a expressão 'Dia da libertação'. Ele lembrou a tentativa de assassinato que sofreu na campanha, quando foi atingido de raspão na orelha.

"Acredito que minha vida foi salva por um motivo. Fui salvo por Deus para tornar a América grande novamente", disse.

O presidente continuou: "Vamos agir com propósito e rapidez para trazer de volta a esperança, a prosperidade, a segurança e a paz para cidadãos de todas as raças, religiões, cores e credos. Para os cidadãos americanos, 20 de janeiro de 2025 é o dia da libertação".

Essa expressão é usada normalmente para se referir a países que estavam sob ocupação de forças estrangeiras. Mas também reflete a filosofia de um governo messiânico, espiritualizado encarnando a figura apocalíptica, “parecendo cordeiro, mas falando como dragão” Ap 13:1up.

O Cordeiro no Apocalipse, se refere a Jesus “o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29); que essa nação, os EUA, pretendem representar como professos cristãos, mas que na prática “falam como o Dragão” e tratam dos assuntos do “grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo” Ap 12:9.

Leia também: 

As Relações da Casa Branca e o Vaticano

Os EUA Como Cordeiro

A Extrema Direita no Tempo do Fim

Hollywood e o Falso Profeta


A RELAÇÃO DE TRUMP COM O PAPA FRANCISCO

A relação entre Donald Trump e o Papa Francisco durante o mandato de Trump foi marcada por momentos de aproximação e respeito mútuo, mas também por várias tensões devido a diferenças em questões sociais e políticas, especialmente em temas de imigração e meio ambiente. Ambos representam segmentos distintos de liderança – Trump como presidente dos Estados Unidos com uma base de apoio conservadora, e o Papa Francisco como líder espiritual da Igreja Católica com uma visão socialmente progressista em temas como pobreza, acolhimento de refugiados e cuidado ambiental.

1. Encontro Pessoal e Diplomacia (2017)

   - Trump e o Papa Francisco se encontraram pessoalmente em maio de 2017 no Vaticano. Esse encontro foi respeitoso e diplomático, e ambos trocaram presentes simbólicos. Trump deu ao Papa livros de Martin Luther King Jr., enquanto o Papa presenteou Trump com uma cópia de sua encíclica Laudato Si', que trata sobre o cuidado com o meio ambiente e as mudanças climáticas.

   - A reunião durou cerca de 30 minutos e abordou questões de interesse comum, como a liberdade religiosa e a proteção dos cristãos no Oriente Médio. Porém, o presente da encíclica foi visto por muitos como um gesto sutil do Papa para expressar sua preocupação com a posição de Trump sobre o meio ambiente.

2. Tensões sobre Imigração

   - Uma das principais áreas de divergência entre Trump e o Papa Francisco foi a questão da imigração. O Papa, defensor dos direitos dos migrantes e refugiados, criticou abertamente políticas restritivas de imigração, incluindo o projeto do muro na fronteira dos EUA com o México, uma proposta central da campanha de Trump.

   - Em 2016, antes mesmo de Trump assumir a presidência, o Papa Francisco comentou sobre a construção de muros para impedir a entrada de migrantes, dizendo que "uma pessoa que pensa apenas em construir muros, onde quer que estejam, e não em construir pontes, não é cristã". Trump respondeu que era "vergonhoso" um líder religioso questionar a fé de outra pessoa, aumentando a tensão entre os dois.

3. Mudanças Climáticas e Meio Ambiente

   - Outro ponto de tensão foi a posição de Trump em relação às mudanças climáticas. Em contraste com o Papa Francisco, que considera a crise ambiental uma questão moral e defende ações urgentes para cuidar da “casa comum”, Trump retirou os EUA do Acordo de Paris em 2017 e minimizou a importância das mudanças climáticas.

   - O Papa reiterou várias vezes a necessidade de todos os países agirem juntos para proteger o meio ambiente, e sua encíclica *Laudato Si'* sublinha essa questão. A atitude de Trump foi, portanto, um ponto de discordância claro com as posições defendidas pelo Vaticano.

4. Convergências: Defesa da Vida e Liberdade Religiosa

   - Apesar das diferenças, houve também áreas de convergência. A defesa da vida foi uma delas. Trump adotou uma postura fortemente antiaborto durante seu mandato, uma posição que ressoava com a posição pró-vida do Vaticano. As políticas de Trump que restringiam o financiamento de organizações que promoviam o aborto foram vistas com bons olhos por muitos católicos conservadores.

   - Outro ponto comum foi o apoio à liberdade religiosa, especialmente em relação à proteção de cristãos perseguidos no Oriente Médio. Trump promoveu políticas para apoiar minorias religiosas em zonas de conflito, alinhando-se com os esforços do Vaticano nessa área.

5. Relação Complexa e Distante

   - Em geral, a relação entre Trump e o Papa Francisco foi distante e caracterizada por respeito formal, mas com discordâncias marcantes em questões sociais e políticas. Trump tentou manter uma diplomacia cuidadosa com o Papa e o Vaticano, enquanto o Papa Francisco continuou a fazer declarações sobre temas globais que contrastavam com as políticas de Trump.

Em resumo, Trump e o Papa Francisco tiveram uma relação complexa: Trump via no Papa uma figura de respeito, mas eles discordavam em várias questões de políticas públicas e sociais. Essa relação reflete, em muitos aspectos, as divisões ideológicas e culturais mais amplas entre setores conservadores e progressistas no cenário global.

Leia também:

A relação da Casa Branca com o Vaticano

Trump e o Vaticano

Trump e a religião

TRUMP E O VATICANO

Durante seu primeiro mandato, Donald Trump teve uma relação de aproximação moderada com o Vaticano, apesar de algumas tensões, especialmente em temas de imigração e meio ambiente. Sua administração buscou, principalmente, pontos de cooperação em questões de liberdade religiosa, direitos dos cristãos em zonas de conflito e oposição ao aborto, temas nos quais o Vaticano e o governo Trump tinham alinhamento.

Aqui estão algumas das ações e eventos de Trump em relação ao Vaticano:

1. Encontro com o Papa Francisco (2017)

   - Trump encontrou-se com o Papa Francisco em maio de 2017, numa audiência no Vaticano durante sua primeira viagem internacional. Esse encontro buscou estabelecer um diálogo e encontrar pontos comuns entre a administração dos EUA e o Vaticano.

   - Apesar de suas diferenças em várias questões, como imigração e mudanças climáticas, Trump e o Papa Francisco discutiram a promoção da paz, liberdade religiosa e a proteção das comunidades cristãs perseguidas no Oriente Médio, áreas de interesse comum.

2. Diálogo sobre Liberdade Religiosa

   - A administração de Trump tinha como uma de suas prioridades globais a promoção da liberdade religiosa, e isso foi amplamente apoiado pelo Vaticano. Trump demonstrou ao Vaticano seu compromisso com a proteção dos cristãos perseguidos no Oriente Médio, especialmente em países onde esses grupos enfrentavam severa opressão e violência.

   - Em diversos eventos internacionais, o governo Trump destacou a liberdade religiosa como um direito humano fundamental, alinhando-se com o Vaticano nesse aspecto.

3. Acordo de Paz e Apoio a Minorias Religiosas

   - Durante o mandato de Trump, os EUA participaram de negociações de paz no Oriente Médio e promoveram os chamados Acordos de Abraão, que normalizaram as relações entre Israel e alguns países árabes. Embora o Vaticano não tenha comentado diretamente, ele vê com bons olhos acordos que busquem paz e estabilidade na região, especialmente aqueles que podem proteger minorias cristãs.

   - Trump também ampliou a ajuda financeira a organizações religiosas que trabalhavam em zonas de conflito para apoiar minorias perseguidas, algo que o Vaticano observou positivamente.

4. Alinhamento em Questões de Aborto

   - Trump adotou uma postura fortemente antiaborto, especialmente através de suas nomeações para a Suprema Corte e de políticas internas e externas que limitavam o financiamento para organizações que promoviam o aborto. Esse alinhamento em uma causa moral significativa foi visto positivamente pelo Vaticano.

   - O governo de Trump também apoiou a Declaração de Genebra, que reafirma o valor da vida desde a concepção e nega o aborto como direito humano fundamental. O Vaticano, que é firmemente contra o aborto, viu isso como um ponto de convergência com os EUA.

5. Relação com Embaixador dos EUA no Vaticano

   - Trump nomeou Callista Gingrich como embaixadora dos EUA no Vaticano em 2017. Gingrich é católica e, junto com seu marido, o ex-presidente da Câmara Newt Gingrich, compartilha valores conservadores. Sua nomeação foi bem recebida por muitos no Vaticano e representou um canal de diálogo entre os dois estados, enfatizando os pontos de convergência entre a administração de Trump e a Igreja.

6. Apoio a Valores Conservadores

   - Em várias ocasiões, Trump destacou a importância dos valores cristãos na sociedade americana, buscando reforçar a moralidade conservadora e o papel das igrejas. Esses valores, como a defesa da vida e da liberdade religiosa, têm relevância para o Vaticano e ajudaram a fortalecer os laços em meio às diferenças.

Tópicos de Divergência

   - Imigração: O Papa Francisco, ao longo de seu pontificado, fez várias críticas a políticas restritivas de imigração. A postura de Trump de restringir a imigração e de separar famílias na fronteira foi uma área de atrito.

   - Meio Ambiente: O Vaticano, especialmente o Papa Francisco, defende a urgência de agir contra as mudanças climáticas, enquanto Trump retirou os EUA do Acordo de Paris e minimizou a questão ambiental. Essa divergência foi significativa, uma vez que o Vaticano considera a crise ambiental uma questão moral.

Em resumo, a aproximação entre Trump e o Vaticano focou-se principalmente em temas de liberdade religiosa e proteção de valores cristãos. Enquanto existiam áreas de convergência, como a defesa da vida e a liberdade religiosa, havia também diferenças marcantes em imigração e meio ambiente.

Conclusão

Não sabemos se a união de EUA e o Vaticano, prevista em Ap 13 vs12-15, se dará através dos Republicanos, partido de Trump, ou através dos Democratas, partido de Biden.

Os Republicanos, com uma política de direita, conservadorismo e religião protestante, parecem mais adequados ao quadro futuro de decretos dominicais e de morte, aos que não adorarem ao sistema religioso romano.

Por outro lado, os Democratas são liberais, apoiam pautas LGBTQ+, aborto etc que divergem da doutrina do Vaticano. E impor decretos sobre domingo e de morte, não fecham com o perfil Democrata dos Norte-Americanos.

Só o tempo poderá nos dizer como esse quadro profético se concluirá na política Americana.

Uma coisa é certa - a agenda de Deus, a profecia, irá se cumprir exatamente como está no Apocalipse.

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TRUMP E A RELIGIÃO

Durante seu primeiro mandato (2017-2021), Donald Trump tomou diversas ações que agradaram a grupos religiosos, especialmente os evangélicos e católicos conservadores, que formam uma grande parte de sua base de apoio. Suas ações tinham como foco principal questões de liberdade religiosa, proteção de valores conservadores e apoio a Israel. Abaixo estão algumas das principais ações religiosas de Trump nesse período:

 1. Nomeações para a Suprema Corte

   - Trump indicou três juízes conservadores à Suprema Corte dos Estados Unidos: **Neil Gorsuch**, Brett Kavanaugh e Amy Coney Barrett. Essas nomeações visavam reforçar a presença de juízes favoráveis a causas conservadoras, como restrições ao aborto e defesa da liberdade religiosa.

   - Com essas nomeações, a Suprema Corte passou a ter uma maioria conservadora (6-3), influenciando decisões sobre liberdade religiosa e outros temas importantes para a comunidade religiosa conservadora.

2. Liberdade Religiosa

   - Trump assinou várias ordens executivas para promover a liberdade religiosa. Em 2017, ele assinou a Ordem Executiva de Liberdade Religiosa, que buscava garantir que o governo não interferisse nas práticas religiosas.

   - Ele também criou a Iniciativa de Fé e Oportunidade (Faith and Opportunity Initiative) para facilitar o trabalho de organizações religiosas junto ao governo.

   - Sob seu governo, o Departamento de Justiça emitiu diretrizes reforçando a proteção de práticas e crenças religiosas, e houve uma série de medidas para permitir que indivíduos e organizações religiosas não fossem obrigados a atuar em desacordo com suas crenças, especialmente em questões como aborto e casamento entre pessoas do mesmo sexo.

3. Apoio a Israel

   - Trump tomou ações que tiveram grande impacto para os cristãos sionistas e judeus conservadores, entre elas:

     - Reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel em 2017 e transferência da embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém em 2018.

     - Reconhecimento das Colinas de Golã como território israelense, algo visto por muitos evangélicos como um cumprimento profético.

   - Esses atos fortaleceram os laços entre os EUA e Israel e foram aplaudidos por muitos grupos religiosos, especialmente evangélicos, que veem a aliança com Israel como parte de sua fé.

4. Restrição ao Aborto

   - Trump tomou medidas para limitar o aborto em nível federal e estadual. Ele restabeleceu e expandiu a Política da Cidade do México (também chamada de "Global Gag Rule"), que proíbe o uso de fundos federais para organizações que promovem o aborto no exterior.

   - Seu governo apoiou o direito de estados a imporem restrições mais rígidas ao aborto e defendeu organizações religiosas que se opõem ao aborto. Ele também participou de eventos antiaborto, como a Marcha pela Vida em 2020, tornando-se o primeiro presidente dos EUA a fazer isso pessoalmente.

5. Direitos LGBTQ+ e Religião

   - Trump tomou medidas que, segundo ele, defendiam a liberdade religiosa, mas que também impactaram os direitos LGBTQ+. Sob sua administração, instituições religiosas receberam mais liberdade para recusar serviços ou benefícios a pessoas LGBTQ+ com base em crenças religiosas, o que gerou controvérsia e críticas de grupos de direitos civis.

   - Por exemplo, o governo emitiu uma regulamentação permitindo que agências de adoção e abrigos de emergência que recebiam fundos federais recusassem atendimento a casais do mesmo sexo, citando motivos religiosos.

6. Política de Refugiados e Imigração

   - A política de imigração de Trump, incluindo restrições a refugiados, dividiu opiniões na comunidade religiosa. Muitas organizações cristãs e católicas apoiavam a acolhida de refugiados, mas a administração Trump reduziu drasticamente o número de refugiados permitidos nos EUA, o que afetou também grupos religiosos perseguidos em outros países.

7. Atos Simbólicos

   - Trump fez gestos públicos que agradaram grupos religiosos, como a foto com uma Bíblia em frente à igreja de St. John em Washington, D.C., após protestos em 2020. Ele também promoveu eventos de oração na Casa Branca e tinha conselheiros religiosos influentes, especialmente do meio evangélico.

Essas ações de Trump em favor de causas religiosas e de liberdade religiosa solidificaram seu apoio entre eleitores religiosos conservadores. Suas decisões moldaram questões importantes para esses grupos e influenciaram políticas dos EUA no cenário interno e internacional.

ELEIÇÕES NORTE AMERICANAS

Os EUA tem um protagonismo nas profecias do Apocalipse, pois são representados pela ‘Besta da Terra’ (Ap 13:11). Na imagística bíblica uma ‘besta’ ou ‘animal’ significa ‘reino’ (Dn 7:17, 23) ou nação.

A interpretação protestante é na sua maioria indicativa de que os EUA é a terceira besta descrita na seção escatológica do Apocalipse e tem uma importância crucial pois se associa a segunda besta (Ap 13:1), representada pelo Vaticano, para determinar sanções econômicas (13:16,17) e decreto de morte (13:15up).

Como há uma associação dos EUA com o Vaticano, as eleições americanas são importantes pois o presidente deste país, tem de ter vínculos com a religião romana.

Os EUA são historicamente uma nação protestante, o que determina que assuma também no Apocalipse a figura do ‘Falso Profeta’ (Ap 16:13, 19:20, 20:10). E os vínculos do protestantismo norte americano com o Vaticano tem acontecido na maioria das administrações presidenciais daquele país.

Mas qual dos atuais candidatos – Harris ou Trump – tem os vínculos mais próximos que poderiam cumprir a profecia de Apocalipse 13:12 – “Ela exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença e faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta”. Note que é um vínculo religioso, pois envolve “adoração” ou promoção da religião romanista pagã, através dos papas e seus dogmas.

Kamala Harris e o catolicismo

Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, possui uma relação complexa com o catolicismo, marcada por sua base de apoio, experiência jurídica, e políticas públicas. Embora ela mesma se identifique como batista, Harris cresceu em uma casa com uma forte influência do hinduísmo por parte de sua mãe e valores cristãos de seu pai jamaicano.

Politicamente, Harris tem um histórico de respeito à liberdade religiosa, incluindo o catolicismo, mas também defende políticas progressistas, algumas das quais têm sido criticadas por líderes católicos. Por exemplo:

1. Questões de Aborto: Harris apoia o direito ao aborto, uma posição que diverge das doutrinas oficiais da Igreja Católica. Como senadora, ela trabalhou para expandir o acesso ao aborto e se posicionou contra projetos de lei que limitariam o procedimento, o que gerou críticas de alguns grupos católicos e conservadores.

2. Reforma do Sistema de Justiça Criminal: Durante seu mandato como procuradora da Califórnia, Harris trabalhou em áreas que incluíam a proteção das vítimas e a reforma do sistema de justiça criminal, algo alinhado com a tradição católica de dignidade e direitos humanos. Muitos católicos viram com bons olhos suas políticas de justiça, que enfatizam a reabilitação e a dignidade humana.

3. Direitos LGBTQ+ e Liberdade Religiosa: Harris apoia o casamento entre pessoas do mesmo sexo e os direitos LGBTQ+, o que é um ponto de atrito com a doutrina católica tradicional. Em casos específicos, como a exigência de que organizações de adoção religiosas trabalhem com famílias LGBTQ+, sua posição é a favor da inclusão, mesmo em situações onde haja conflito com valores católicos.

4. Questões de Imigração: Harris também defende uma política de imigração mais inclusiva, algo que a Igreja Católica, especialmente nos EUA, também apoia fortemente. Ela frequentemente cita o Papa Francisco como uma inspiração para uma abordagem mais compassiva em relação aos imigrantes e refugiados.

Assim, enquanto suas políticas refletem um respeito pela diversidade religiosa, sua postura em temas sociais e de direitos civis coloca-a em desacordo com algumas doutrinas católicas, mas também em harmonia com aspectos sociais da justiça defendidos por muitos líderes da Igreja.

Donald Trump e o catolicismo romano

Donald Trump tem uma relação politicamente pragmática com o catolicismo, buscando apoio católico em pontos que se alinham com a agenda conservadora de seu partido, mas sem seguir integralmente as doutrinas católicas. Abaixo estão algumas maneiras como Trump se posicionou em relação ao catolicismo:

1. Aborto: Trump tomou uma posição fortemente pró-vida, que se alinha com a doutrina católica sobre o aborto. Como presidente, ele indicou juízes conservadores para a Suprema Corte, o que culminou na decisão de derrubar o caso Roe v. Wade, que estabelecia o direito constitucional ao aborto nos EUA. Essa postura lhe rendeu apoio de muitos eleitores católicos conservadores e de líderes pró-vida dentro da Igreja Católica.

2. Liberdade Religiosa: Trump foi um defensor da liberdade religiosa em sua administração, adotando políticas para proteger instituições religiosas de terem que fornecer seguro saúde com cobertura para contraceptivos, algo que a Igreja Católica tradicionalmente rejeita. Ele também reforçou leis para permitir que organizações religiosas recebessem financiamento federal sem comprometer sua autonomia doutrinária.

3. Direitos LGBTQ+: Trump adotou posições mistas quanto aos direitos LGBTQ+. Embora seu governo tenha revogado algumas proteções para pessoas transgênero, como no uso de banheiros e no serviço militar, ele evitou confrontar diretamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo, tema sensível para a Igreja Católica. Essa postura ambivalente trouxe críticas, mas também um certo apoio por líderes católicos que defendem visões conservadoras.

4. Imigração: A política de imigração de Trump gerou uma reação dividida entre os católicos. A Igreja Católica nos EUA tem uma postura pró-imigrante, influenciada pela doutrina que defende a dignidade humana e os direitos dos refugiados e imigrantes. No entanto, as políticas rigorosas de Trump, incluindo a separação de famílias e restrições de entrada, foram criticadas por muitos bispos e líderes católicos, embora tenham encontrado apoio em católicos conservadores que desejam uma política de fronteiras mais rigorosa.

5. Apoio ao Catolicismo Conservador: Durante seu mandato, Trump procurou apoiar e angariar apoio dos católicos conservadores, nomeando juízes que compartilham pontos de vista alinhados com doutrinas tradicionais e defendendo temas pró-vida e pró-família. Ele recebeu apoio significativo de grupos católicos que valorizam sua postura em temas morais e culturais, mesmo quando suas ações ou retórica não refletiam os princípios sociais da Igreja.

Assim, embora Trump não seja católico (ele se identifica como presbiteriano), ele estabeleceu uma relação estratégica com a Igreja Católica nos EUA, procurando alinhar-se com a ala conservadora e enfatizando temas que fortalecem seu apoio político entre católicos conservadores, mesmo que suas políticas imigratórias e seu estilo pessoal sejam criticados por outros setores da Igreja.

Conclusão

Trump por ser presbiteriano e de política direita, com forte tendência religiosa talvez tenha um perfil mais propenso a cumprir essa relação estreitada com a igreja romana. Harris apesar de se declarar batista, e por ser de política de esquerda, tem a tendência de procurar uma gestão de um estado laico, sem interferência religiosa.

O Apocalipse projeta um cenário em que o perfil de uma gestão de direita ou extrema direita, com tendências religiosas, e um estado com ligações religiosas; sendo assim o quadro descrito na profecia.

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