A HISTORICIDADE DA SEGUNDA TROMBETA

Soldados visigodos destruindo a estátua do imperador romano em Roma

Contexto Histórico: Os Povos Germânicos e o Império Romano

Durante os séculos II e III, o Império Romano estava no seu apogeu territorial (século II, chamado de "Bom Século") mas entrou em uma crise profunda no século III (a "Crise do Terceiro Século", 235-284 d.C.). Nesse período, as fronteiras do Império, especialmente o Rio Danúbio (limes danubiano) e o Rio Reno, estavam sob pressão constante de diversas confederações tribais germânicas.

Os Godos eram uma dessas confederações, originária do sul da Escandinávia (atual Suécia), que migrou para a região do Mar Báltico e depois para a área a norte do Mar Negro (atual Ucrânia e sul da Rússia). Por volta do século III, eles já estavam divididos em dois grupos principais:

1.  Visigodos (Godos do Oeste): Estabeleceram-se a oeste do rio Dniester.

2.  Ostrogodos (Godos do Leste): Estabeleceram-se a leste do rio Dniester, nas estepes ucranianas.


 1. Os Ostrogodos nos Séculos II e III

Os relatos específicos sobre os Ostrogodos neste período são mais escassos e frequentemente se confundem com a história geral dos Godos. A principal fonte para este período é o historiador romano Ammianus Marcellinus, que escreveu no século IV, mas baseou-se em relatos e tradições mais antigas.

   Migração para o Mar Negro: Entre os séculos II e III, os Godos (incluindo os antepassados dos Ostrogodos) migraram do vale do Vístula (atual Polônia) em direção ao sudeste, estabelecendo-se na região ao norte do Mar Negro. Este movimento fez parte de um deslocamento maior de povos germânicos.

   O Reino Gótico de Oium: A tradição gótica, preservada pelo historiador Jordanes em sua obra Getica (século VI), fala de um reino chamado Oium nas estepes. Embora seja uma fonte tardia e por vezes lendária, ela reflete a memória de um período de expansão e consolidação de poder na região.

   Contato com Outras Culturas: Nesta localização, os Ostrogodos entraram em contato e subjugaram vários povos eslavos e iranianos (como os Sármatas) e estabeleceram relações complexas com o Império Romano, alternando entre o comércio e o saque.

No século III, eles estavam consolidando seu poder na Ucrânia, mas ainda não eram uma ameaça direta e massiva às províncias romanas centrais. Sua grande entrada na história romana ocorreria mais tarde, sob o rei Ermanarico, e principalmente após serem subjugados pelos Hunos por volta de 370 d.C.

 2. Os Visigodos (e os Godos em Geral) nos Séculos II e III

São os Visigodos (e os Godos antes da divisão clara) que protagonizam os principais eventos deste período contra o Império Romano. Os relatos são mais abundantes.

 A Invasão da Dácia (c. 248-271 d.C.)

A pressão gótica sobre a província romana da Dácia (atual Romênia) foi intensa durante o século III.

Ataques Marítimos: Os Godos, utilizando-se de uma frota de navios, começaram a saquear as ricas e vulneráveis cidades da costa do Mar Negro (províncias da Mésia Inferior e Trácia).

   Batalha de Abrito (251 d.C.): Este é um dos eventos mais significativos e um relato histórico concreto. Uma coalizão de Godos, liderada pelo rei Cniva, invadiu a Mésia. O imperador romano Décio (r. 249-251) e seu filho Herênio Etrusco marcharam para enfrentá-los. Na Batalha de Abrito, o exército romano foi aniquilado e ambos os imperadores foram mortos. Foi a primeira vez que um imperador romano morria em combate contra um exército "bárbaro", um evento chocante para o mundo romano.

   Saques na Grécia (c. 267-268 d.C.): Outro relato marcante são os saques góticos profundos nos Bálcãs. Uma enorme frota gótica saqueou cidades como Atenas, Corinto, Esparta e Argos. O famoso Templo de Ártemis em Éfeso (uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo) também foi saqueado e destruído por Godos por volta de 268 d.C.

   Imperador Galiano (r. 253-268): Galiano obteve uma importante vitória sobre os Godos em Naissus (atual Niš, Sérvia) em 268 d.C., contendo temporariamente a ameaça.

   Imperador Aureliano (r. 270-275): Reconhecendo a dificuldade de defender a província da Dácia contra a pressão constante dos Godos e de outros povos, o imperador Aureliano tomou a decisão monumental de evacuar a Dácia por volta de 271 d.C.. As legiões e a administração romana retiraram-se para o sul do Danúbio, abandonando o território aos Godos. Este é um testemunho histórico claro do poder e sucesso da pressão gótica no século III.

 Fontes Históricas Principais para o Período

1.  Ammianus Marcellinus (Res Gestae): A principal fonte para a história do século IV, mas ele fornece informações cruciais sobre as origens e as primeiras incursões dos Godos no século III. Sua obra é considerada altamente confiável.

2.  Cassius Dio (História Romana): Sua obra cobre a história romana até 229 d.C., fornecendo o pano de fundo dos primeiros contatos.

3.  Historiadores do Baixo Império (como Zósimo): Escritores do século V e VI que compilaram relatos de fontes anteriores, descrevendo as grandes invasões do século III.

4.  Jordanes (Getica): Um historiador gótico do século VI. Sua obra é fundamental para a perspectiva germânica, mas deve ser lida com cuidado, pois está repleta de lendas e foi escrita para glorificar os Godos.

 Resumo Cronológico dos Principais Eventos (Séculos II-III)

| c. 238 d.C. | Primeiros grandes saques góticos na província da Mésia. | Godos/Visigodos | Estabelecem a ameaça gótica como uma força séria. |

| 251 d.C. | Batalha de Abrito. Morte do Imperador Décio. | Godos/Visigodos | Trauma para Roma; demonstra a vulnerabilidade militar. |

| c. 257-268 | Grandes incursões navais e saques no Mar Egeu e Grécia. | Godos/Visigodos | Destruição de cidades históricas como Atenas. |

| 268 d.C. | Batalha de Naissus. Vitória do Imperador Galiano. | Romanos vs. Godos | Contém temporariamente a invasão gótica. |

| c. 271 d.C. | Imperador Aureliano abandona a província da Dácia. | Godos/Visigodos | Os Godos estabelecem-se permanentemente em território que foi romano. |

Em conclusão, enquanto os Ostrogodos estavam se consolidando no Leste Europeu durante os séculos II e III, foram os Visigodos (e a confederação gótica como um todo) que protagonizaram os relatos históricos de invasões mais dramáticos contra o Império Romano.

Essas incursões não foram migrações massivas para ocupar terras dentro do Império (isso viria depois), mas sim ataques de saque em larga escala que exploraram a instabilidade da "Crise do Terceiro Século" e resultaram na primeira perda territorial permanente de Roma para um povo "bárbaro" – a província da Dácia.

Imagística usada na profecia do texto do Apocalipse

v8 “um grande monte em chamas foi lançado ao mar”

O “mar” no Apocalipse representa as nações (Ap 19:15) do império romano; e as “chamas” podem estar relacionadas aos ataques incendiários dos bárbaros, sobre Roma e as cidades da antiga Europa.


“Um terço do mar transformou-se em sangue”

O mundo antigo do primeiro século estava divido em três continentes habitados – Europa, África e Ásia. O terço atingido era a Europa. A imagística do “sangue” indica o grande morticínio provocado na Europa por essas invasões.


v9 “morreu um terço das criaturas do mar”

A expressão “um terço” é uma expressão de juízo no Apocalipse; essa expressão aparece no texto 12 vezes indicando sempre os juízos de Deus.


“foi destruído um terço das embarcações”

Os Godos, utilizando-se de uma frota de navios, começaram a saquear as ricas e vulneráveis cidades da costa do Mar Negro (províncias da Mésia Inferior e Trácia). As embarcações são uma referência a frota marítima dos romanos que eram pegas de assalto.

A HISTORICIDADE DA PRIMEIRA TROMBETA

Destruição de Jerusalém no ano 70 dC

Significado bíblico:

A série profética das Sete Trombetas em Apocalipse 8 e 9 estão relacionadas aos Juízos de Deus. 

As Trombetas eram objetos do Santuário, e tocadas pelos sacerdotes durante a Festa das Trombetas, dez dias antes da penultima festa - O Dia da Expiação - que prefigurava o Juízo dos crentes.

Assim, quando o Apocalipse se utiliza das Trombetas para essa Série de visões, elas indicam os juízos de Deus através da história da igreja.

A igreja cristã através dos séculos sofreu perseguições, os crentes foram torturados e martirizados, e Deus trouxe os juízos sobre os inimigos da igreja.

Primeiro Século

Os inimigos da igreja cristã no primeiro século foram os judeus, que martirizaram o próprio Cristo, o Deus Encarnado, e mataram os apóstolos em sua maioria.

A invasão e destruição de Jerusalém no ano 70 d.C. foi um evento catastrófico, um dos mais significativos da história judaica, e foi meticulosamente documentado por historiadores da época. O relato mais detalhado e famoso vem de Flávio Josefo, um judeu romanizado que testemunhou os eventos.

 Contexto Histórico (Antes de 70 d.C.)

   A Grande Revolta Judaica (66 d.C.): A revolta começou devido a tensões de longa data sobre impostos romanos opressivos, profanações religiosas por governadores romanos e um crescente sentimento nacionalista e messiânico entre os judeus.

   Guerra Civil: A revolta não era apenas contra Roma; dentro de Jerusalém, facções judaicas rivais (como os Zelotes, Sicários e outros) lutavam pelo controle, cometendo atrocidades uns contra os outros.

   Resposta Romana: O imperador Nero enviou o general Vespasiano para esmagar a revolta. Vespasiano, com seu filho Tito como segundo em comando, metodicamente reconquistou a Judeia, cidade por cidade.

 O Cerco de Jerusalém (70 d.C.)

Com a morte de Nero e o caos em Roma, Vespasiano partiu para se tornar imperador, deixando Tito no comando do cerco final a Jerusalém.

1. A Situação em Jerusalém:

   A cidade estava dividida entre várias facções judaicas que se combatiam, desperdiçando recursos preciosos e queimando os estoques de grãos uns dos outros, o que levou posteriormente a uma fome catastrófica.

   Apesar da desunião, os defensores eram numerosos e lutavam com ferocidade desesperada, acreditando que Deus interviria a seu favor.

2. As Fortificações Romanas:

   Tito cercou a cidade com três muralhas de terra e fortificações, tornando impossível a fuga ou a entrada de suprimentos. Qualquer um capturado tentando sair era crucificado em massa nas colinas em volta, como um aviso psicológico.

   Josefo relata que a fome dentro da cidade tornou-se tão extrema que pessoas chegavam ao canibalismo, com mães comendo seus próprios filhos.

3. Os Três Muros de Jerusalém:

   Os romanos atacaram sistematicamente as três muralhas de Jerusalém. Eles usaram aríetes, torres de cerco móveis e minas para derrubar as fortificações.

   Após semanas de combates sangrentos, os romanos romperam a terceira e última muralha, penetrando na cidade baixa e depois no Monte do Templo.

 A Destruição do Templo

Data: 9/10 do mês hebraico de Av (cerca de agosto de 70 d.C.)

   O ponto de virada e o evento mais simbólico da guerra foi a destruição do Segundo Templo.

   De acordo com Josefo, Tito inicialmente queria poupar o Templo, que era uma maravilha arquitetônica, e usá-lo para o culto romano. No entanto, durante os ferozes combates no pátio do Templo, um soldado romano, supostamente sem ordens, atirou uma tocha em fogo em uma das dependências.

   O fogo se alastrou rapidamente e o Templo, cheio de madeira e ornamentos de ouro, foi consumido pelas chamas. Josefo descreve uma cena de horror absoluto: o massacre de milhares de civis que se refugiaram no local sagrado, o som dos gritos, o crepitar do fogo e o desespero dos judeus ao ver o centro de sua fé e nação ser destruído.

 A Queda da Cidade e suas Consequências

   Após a destruição do Templo, a resistência judaica continuou na Cidade Alta por mais um mês, mas sua queda era inevitável.

   Pilhagem e Destruição: Os romanos saquearam a cidade metodicamente. O magnífico Candelabro de Ouro (Menorá), a Mesa dos Pães da Proposição e outros tesouros do Templo foram levados para Roma, como mostrado no Arco de Tito, em Roma.

   Baixas e Cativos: Josefo estima que 1.1 milhão de judeus morreram durante o cerco (a maioria por fome e doença) e 97.000 foram capturados e escravizados. Os números modernos são frequentemente revisados para baixo, mas ainda assim são catastróficos.

   Fim da Autonomia Judaica: Jerusalém foi arrasada, com exceção de três torres (como a Torre de Davi) que foram deixadas como quartel para a legião romana estacionada lá. A Judeia deixou de ser um reino cliente e tornou-se uma província romana diretamente administrada.

 Fontes Históricas Principais

1.  Flávio Josefo - "A Guerra dos Judeus" (Bellum Judaicum):

       A fonte primária e mais importante. Josefo era um comandante judeu que se rendeu aos romanos e depois atuou como intérprete e historiador de Tito. Seu relato é extremamente detalhado, mas é crucial lembrar que ele escreveu para um público romano e para justificar sua própria traição, o que pode ter enviesado sua narrativa contra as facções mais radicais dos zelotes.

2.  Tácito - "Histórias":

       O grande historiador romano também descreve o cerco, mas os livros que cobrem o evento em detalhe se perderam. Sobrevive um trecho onde ele descreve a fortaleza de Jerusalém e a expectativa romana de que o Templo seria destruído.

3.  Arqueologia:

       Evidências da Destruição: Em escavações em Jerusalém, especialmente no bairro judeu, foram encontradas camadas de cinza e destroços queimados datados precisamente de 70 d.C.

       Projéteis de Pedra: Bolas de pedra lançadas por catapultas romanas foram encontradas por toda a cidade.

       Inscrições e Moedas: Moedas cunhadas pelos rebeldes judeus durante a revolta, com inscrições como "Para a Liberdade de Sião", foram encontradas em meio aos destroços, assim como moedas romanas comemorando a vitória: "IVDAEA CAPTA" (A Judeia Foi Capturada).

 Significado Histórico

A destruição de Jerusalém em 70 d.C. foi um divisor de águas:

   Para o Judaísmo: Marcou o fim do judaísmo baseado no Templo. O centro religioso transferiu-se para os rabinos e as sinagogas, dando origem ao judaísmo rabínico que conhecemos hoje.

   Para o Cristianismo: A comunidade cristã judaica de Jerusalém fugiu para Pella antes do cerco (de acordo com a tradição). O evento foi interpretado pelos primeiros cristãos como um cumprimento da profecia de Jesus sobre a destruição do Templo (Mateus 24) e acelerou a separação entre o Cristianismo e o Judaísmo. Jesus antecipou a profecia da Primeira Trombeta.

   Para Roma: Foi uma vitória crucial para a nova dinastia flaviana (Vespasiano e Tito), consolidando seu poder e financiando grandes projetos, como o Coliseu de Roma, com o a riqueza de Jerusalém.

Em resumo, o cerco e a destruição de Jerusalém em 70 d.C. foram um evento de profunda brutalidade e significado religioso, político e cultural, cujos ecos são sentidos até hoje. E sua aplicação histórica encontra eco na primeira trombeta  descrita em Apocalipse 8:7.


A PAZ NO ORIENTE MÉDIO

 

Há uma profecia muito significativa, no contexto do “fim do mundo” que diz – “Quando afirmarem a vocês: Paz e segurança, eis que repentina destruição se precipitará sobre eles, assim como as “dores de parto” tomam a mulher grávida, e de forma alguma encontrarão escape” – 1Ts 5:3.

Essa profecia está relacionada “aos tempos e épocas” (v1) e ao “Dia do Senhor” (v2) ou a Segunda Vinda de Jesus. A expressão “paz e segurança” se refere aos esforços dos “reis da terra” (Ap 6:15) para alcançar uma paz que somente Cristo pode dar e estabelecer através do Reino de Deus.

Donald Trump na Cúpula de Paz de Gaza – Sharm el-Sheikh, no Egito em 13 de outubro de 2025 fez um discurso após a conclusão do seu plano de paz, e uma aparente resolução para o conflito entre Israel e Palestina.

“Trump inicia com agradecimentos às autoridades egípcias (presidente Abdel Fattah el-Sisi) e reconhece a dimensão histórica do encontro, apresentando-o como fruto de “milagres políticos”. (Fonte: (The Guardian, CBS News, Politifact e Le Monde).

Trump diz – “Este não é apenas o fim de uma guerra. É o fim de uma era — uma era de terror e de morte — e o começo de uma era de fé, de esperança e de Deus.” Ele posiciona o evento como “mudança de era”, usando linguagem espiritual para marcar a transição entre conflito e reconstrução.

“Digo ao povo palestino: chegou a hora de deixar o caminho do ódio e do terror. Expulsem de entre vocês os que pregam destruição. Reconstruam suas casas, suas cidades e sua fé. Deus está oferecendo uma nova oportunidade, e o mundo está olhando.” – Trump fala em tom de exortação religiosa e moral, incentivando reconstrução e “redenção nacional” para Gaza.

A fala de Trump segue o roteiro profético de Apocalipse 13 – de aparência “como cordeiro, mas que fala como dragão” (v11).

O presidente norte-americano enfatiza – ““Levou 3.000 anos para chegarmos a este ponto. Acreditam nisso? E este acordo vai resistir, sim — vai durar.” A Frase dita se refere ao documento chamado “Trump Declaration for Enduring Peace and Prosperity”. Ele a apresenta como marco histórico e irrevogável. “Não haverá mais desculpas, não haverá mais terrorismo.” Com um tom mais firme, lembrando o estilo característico de Trump. Ele mistura apelo à paz com ameaça de força. Um claro lampejo profético da figura cordeiro/dragão.

Trump assume nesse discurso a figura do “Falso Profeta” (Ap 16:13) que o próprio Apocalipse apresenta como personagem no cenário das profecias do “Fim do Mundo”.  A fala profética de Trump anuncia – “É hora de reconstruir — com fé, com trabalho, com amor. Gaza pode ser novamente um lugar de vida, e não de morte. Israel pode ser uma nação em paz. Deus está pronto para abençoar — e nós também devemos estar. (...) Estamos aqui porque acreditamos em milagres. E hoje, vimos um deles acontecer. Que Deus abençoe Israel, que Deus abençoe a Palestina e que Deus abençoe os Estados Unidos da América.”

Os jornais americanos indicaram – “Encerramento com forte retórica religiosa, conectando o tema espiritual com responsabilidade política”. Essa tendência de uma política mundial com tom religioso é o quadro profético de Apocalipse 13 se cumprindo.

A profecia apresenta uma relação entre as duas bestas (do mar e da terra – Ap 13:12-15) que representam os Vaticano e os EUA. Essa é uma relação que irá se desdobrar nos próximos anos e trará o cenário de imposições, sanções e decretos (vs15-17).

“A próxima fase do plano de 20 pontos de Trump exige um acordo que complete a estrutura prevista, na qual a Faixa de Gaza seria desmilitarizada, protegida e governada por um comitê que inclua palestinos. O projeto prestará contas a um Conselho de Paz presidido por Trump. É necessário um trabalho detalhado e intenso para que essa etapa seja implementada. O acordo sobre Gaza não é um roteiro para a paz no Oriente Médio — o destino final que parece, pelo menos até agora, inalcançável” (Fonte: BBC).

A relação entre 1 Tessalonicenses 5:3 e Apocalipse 13:12-14, revela uma notável continuidade temática sobre a natureza do engano escatológico. Em 1 Tessalonicenses 5:3, a expressão "paz e segurança" (εἰρήνη καὶ ἀσφάλεια) descreve uma falsa sensação de estabilidade propagada por sistemas humanos alheios aos propósitos divinos, que será abruptamente interrompida pela repentina destruição. Este anúncio de paz enganosa encontra sua contraparte escatológica em Apocalipse 13:12-14, onde a segunda besta, frequentemente como os EUA, como o poder religioso apóstata dos últimos dias, realiza grandes sinais e maravilhas para seduzir os habitantes da terra, promovendo adoração à primeira besta e criando uma ilusória unidade religioso-política.

A conexão entre estes textos reside no padrão de operação enganosa: assim como em Tessalonicenses se anuncia um falso clamor de paz que precede a ruína, em Apocalipse desenvolve-se este tema através de sinais miraculosos e propaganda enganosa que conduzem a humanidade a uma falsa adoração. A animação da imagem da besta constitue a culminação deste engano, criando uma aparência divina para um sistema de opressão. Esta falsa segurança coletiva será quebrada pela intervenção direta de Cristo, assim como "as dores de parto" sobrevêm inesperadamente à mulher grávida em 1 Tessalonicenses 5:3.

Estes eventos representam o clímax do conflito cósmico, onde o engano satânico atinge sua expressão máxima através da tríade apocalíptica (dragão, besta do mar e besta da terra), simulando uma “falsa trindade” que oferece segurança sem Deus. A repentina destruição em Tessalonicenses corresponde assim à colheita final de Apocalipse 14:14-20, onde a colheita da terra, representa a Segunda Vinda de Jesus, e contrasta com a falsa segurança promovida pelo sistema da besta.

A profecia segue pincelando cenas nas cores proféticas e criando um cenário que já foi previsto nas profecias do Apocalipse.

O conselho de Jesus em seu sermão profético é – “aquele que perseverar até o fim será salvo” Mt 24:13. A perseverança aqui se manifesta em voltar nossa atenção para as profecias das Sagradas Escrituras, e nossa atenção estar concentrada nelas, e não na agenda política desse mundo. A perseverança ainda é manter a confiança no relacionamento com Deus, para que ao Jesus voltar, nós sejamos reconhecidos por Ele, como filhos amados e servos fiés.

Persevere nessa experiência.


OS EVENTOS FINAIS

Quando se encerrar a mensagem do terceiro anjo, a misericórdia não mais pleiteará em favor dos culpados habitantes da Terra. O povo de Deus terá cumprido a sua obra. Recebeu a “chuva serôdia”, o “refrigério pela presença do Senhor”, e acha-se preparado para a hora probante que diante dele está. No Céu, anjos apressam-se de um lado para o outro. 

Um anjo que volta da Terra anuncia que a sua obra está feita; o mundo foi submetido à prova final, e todos os que se mostraram fiéis aos preceitos divinos receberam “o selo do Deus vivo.” Cessa então Jesus de interceder no santuário celestial.. GC 613.2

Deixando Ele o santuário, as trevas cobrem os habitantes da Terra. Naquele tempo terrível os justos devem viver à vista de um Deus santo, sem intercessor. GC 614.1

Quando Cristo cessar de interceder no santuário, será derramada a ira que, sem mistura, se ameaçara fazer cair sobre os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal. GC 627.3

Satanás mergulhará então os habitantes da Terra em uma grande angústia final. Ao cessarem os anjos de Deus de conter os ventos impetuosos das paixões humanas, ficarão às soltas todos os elementos de contenda. O mundo inteiro se envolverá em ruína mais terrível do que a que sobreveio a Jerusalém na antiguidade.. GC 614.1

Estas pragas não são universais, ao contrário os habitantes da Terra seriam inteiramente exterminados. GC 628.2

As pragas que sobrevieram ao Egito quando Deus estava prestes a libertar Israel, eram de caráter  semelhante aos juízos mais terríveis e extensos que devem cair sobre o mundo precisamente antes do libertamento final do povo de Deus. GC 627.3

Os que honram a lei de Deus têm sido acusados de acarretar juízos sobre o mundo, e serão considerados como a causa das terríveis convulsões da Natureza, da contenda e carnificina entre os homens, coisas que estão enchendo a Terra de pavor. GC 614.3

Como o sábado se tornou o ponto especial de controvérsia por toda a cristandade, e as autoridades religiosas e seculares se combinaram para impor a observância do domingo, a recusa persistente de uma pequena minoria em ceder à exigência popular, fará com que esta minoria seja objeto de ódio universal. GC 615.2

Insistir-se-á em que os poucos que permanecem em oposição a uma instituição da igreja e lei do Estado, não devem ser tolerados; que é melhor que eles sofram do que nações inteiras sejam lançadas em confusão e ilegalidade. GC 615.2

O romanismo no Velho Mundo, e  o protestantismo apóstata no Novo, adotarão uma conduta idêntica para com aqueles que honram todos os preceitos divinos.. GC 615.2

O povo de Deus não estará livre de sofrimento; mas conquanto perseguidos e angustiados, conquanto suportem privações, e sofram pela falta de alimento, não serão abandonados a perecer. O Deus que cuidou de Elias, não desamparará nenhum de Seus abnegados filhos. GC 629.2

O povo de Deus será então imerso naquelas cenas de aflição e angústia descritas pelo profeta como o tempo de angústia de Jacó. GC 616.1

Assim como Satanás influenciou Esaú a marchar contra Jacó, instigará os ímpios a destruírem o povo de Deus no tempo de angústia. GC 618.2

Como ato culminante no grande drama do engano, o próprio Satanás personificará Cristo. GC 624.2

Cura as moléstias do povo, e então, em seu pretenso caráter de Cristo, alega ter mudado o sábado para o domingo, ordenando a todos que santifiquem o dia que ele abençoou. Declara que aqueles que persistem em santificar o sétimo dia estão blasfemando de Seu nome, pela recusa de ouvirem Seus anjos à eles enviados com a luz e a verdade. É este o poderoso engano, quase invencível. GC 624.2

Quando o decreto promulgado pelos vários governantes da cristandade contra os observadores dos mandamentos lhes retirar a proteção do governo, abandonando-os aos que lhes desejam a destruição, o povo de Deus fugirá das cidades e vilas e reunir-se-á em grupos, habitando nos lugares mais desertos e solitários. GC 626.1

Muitos, porém, de todas as nações, e de todas as classes, elevadas e humildes, ricos e pobres, negros e brancos, serão arrojados na escravidão mais injusta e cruel. Os amados de Deus passarão dias penosos, presos em correntes, retidos pelas barras da prisão, sentenciados à morte, deixados alguns aparentemente para morrer à fome nos escuros e nauseabundos calabouços. GC 626.1

Os juízos de Deus cairão sobre os que procuram oprimir e destruir Seu povo. GC 627.2

Aos olhos humanos parecerá, todavia, que o povo de Deus logo deverá selar seu testemunho com seu sangue, assim como fizeram os mártires antes deles. GC 630.1

Pudessem os homens ver com visão celestial e contemplariam grupos de anjos magníficos em poder, estacionados em redor daqueles que guardaram a palavra da paciência de Cristo. GC 630.2

O povo de Deus deve beber o cálice e  ser batizado com o batismo. A própria demora, para eles tão penosa, é a melhor resposta às suas petições. Esforçando-se por esperar confiantemente que o Senhor opere, são levados a exercitar a fé, esperança e paciência, que muito pouco foram exercitadas durante sua experiência religiosa. Contudo, por amor dos escolhidos, o tempo de angústia será abreviado.. GC 630.2

Devido a um decreto geral haja fixado um tempo em que os observadores dos mandamentos poderão ser mortos, seus inimigos nalguns casos se antecipam ao decreto e, antes do tempo especificado, se esforçam por tirar-lhes a vida. Mas ninguém pode passar através dos poderosos guardas estacionados em redor de toda alma fiel. GC 631.1

Alguns são assaltados ao fugirem das cidades e vilas; mas as espadas contra eles levantadas se quebram e caem tão impotentes como a palha. Outros são defendidos por anjos sob a forma de guerreiros. GC 631.1

Com ardente anseio, o povo de Deus aguarda os sinais de seu Rei vindouro. GC 632.2

Ao insistir o povo militante de Deus com suas súplicas perante o Senhor, o véu que os separa do invisível parece quase a retirar-se. Os. GC 632.3

O precioso Salvador enviará auxílio exatamente quando dele necessitarmos. GC 633.1

Quando a proteção das leis humanas for retirada dos que honram a lei de Deus, haverá, nos diferentes países, um movimento simultâneo com o fim de destruí-los. Aproximando-se o tempo indicado no decreto, o povo conspirará para desarraigar a odiada seita.. GC 635.1

O povo de Deus — alguns nas celas das prisões, outros escondidos nos retiros solitários das florestas e montanhas pleiteia ainda a proteção divina, enquanto por toda parte grupos de homens armados, instigados pelas hostes de anjos maus, se estão preparando para a obra de morte. GC 635.1-GC 635.2

Com brados de triunfo, zombaria e imprecação, multidões de homens maus estão prestes a cair sobre a presa, quando,  eis, um denso negror, mais intenso do que as trevas da noite, cai sobre a Terra. Então o arco-íris, resplandecendo com a glória do trono de Deus, atravessa os céus, e parece cercar cada um dos grupos em oração. GC 635.3

É ouvida pelo povo de Deus uma voz clara e melodiosa, dizendo: “Olhai para cima”; e, levantando os olhos para o céu, contemplam o arco da promessa. As nuvens negras, ameaçadoras, que cobriam o firmamento se fendem e, como Estêvão, olham fixamente para o céu, e vêem a glória de Deus, e o Filho do homem sentado sobre o Seu trono. GC 636.1

É à meia-noite que Deus manifesta o Seu poder para o livramento de Seu povo. O Sol aparece resplandecendo em sua força. Sinais e maravilhas se seguem em rápida sucessão. Os ímpios contemplam a cena com terror e espanto, enquanto os justos vêem com solene alegria os sinais de seu livramento. Tudo na Natureza parece desviado de seu curso. As correntes de água deixam de fluir. Nuvens negras e pesadas sobem e chocam-se umas nas outras. Em meio dos céus agitados, acha-se um espaço claro de glória indescritível, donde vem a voz de Deus como o som de muitas águas, dizendo: “Está feito.” Apocalipse 16:17. GC 636.2

As montanhas agitam-se como a cana ao vento, e anfractuosas rochas são espalhadas por todos os lados. Há um estrondo como de uma tempestade a sobrevir. O mar é açoitado com fúria. Ouve-se o sibilar do furacão, semelhante à voz de demônios na missão de destruir. A Terra inteira se levanta, dilatando-se como as ondas do mar. Sua superfície está a quebrar-se. Seu próprio fundamento parece ceder. Cadeias de montanhas estão a revolver-se. Desaparecem ilhas habitadas. Os portos marítimos que, pela iniqüidade, se tornaram como Sodoma, são tragados pelas águas enfurecidas. GC 636.3


A Ressurreição Especial - Todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo saem do túmulo glorificados para ouvirem o concerto de paz, estabelecido por Deus com os que guardaram a Sua lei. “Os mesmos que O traspassaram” (Apocalipse 1:7), os que zombaram e escarneceram da agonia de Cristo, e os mais acérrimos inimigos de Sua verdade e povo, ressuscitam para contemplá-Lo em Sua glória, e ver a honra conferida aos fiéis e obedientes. GC 637.1

Densas nuvens ainda cobrem o céu; contudo o Sol de quando em quando irrompe, aparecendo como o olhar vingador de  Jeová. Relâmpagos terríveis estalam dos céus, envolvendo a Terra num lençol de chamas. Por sobre o estrondo medonho do trovão, vozes misteriosas e terríveis declaram a sorte dos ímpios. As palavras proferidas não são compreendidas por todos; entendem-nas, porém, distintamente os falsos ensinadores. GC 637.2

Por uma fenda nas nuvens, fulgura uma estrela cujo brilho aumenta quadruplicadamente em contraste com as trevas. GC 638.2

Aparece então de encontro ao céu uma mão segurando duas tábuas de pedra dobradas uma sobre a outra. GC 639.1

A mão abre as tábuas, e vêem-se os preceitos do decálogo, como que traçados com pena de fogo. As palavras são tão claras que todos as podem ler. Desperta-se a memória, varrem-se de todas as mentes as trevas da superstição e heresia, e os dez preceitos divinos, breves, compreensivos e autorizados, apresentam-se à vista de todos os habitantes da Terra. GC 639.1

A voz de Deus é ouvida no Céu, declarando o dia e a hora da vinda de Jesus e estabelecendo concerto eterno com Seu povo. Semelhantes a estrondos do mais forte trovão, Suas palavras ecoam pela Terra inteira. O Israel de Deus fica a ouvir, com o olhar fixo no alto. Têm o semblante iluminado com a Sua glória, brilhante como o rosto de Moisés quando desceu do Sinai. Os ímpios não podem olhar para eles. E, quando se pronuncia a bênção sobre os que honraram a Deus, santificando o Seu sábado, há uma grande aclamação de vitória.. GC 640.1-2

Surge logo no Oriente uma pequena nuvem negra, aproximadamente da metade do tamanho da mão de um homem. É a nuvem que rodeia o Salvador, e que, a distância, parece estar envolta em trevas. O povo de Deus sabe ser esse o sinal do Filho do homem. Em solene silêncio fitam-na enquanto se aproxima  da Terra, mais e mais brilhante e gloriosa, até se tornar grande nuvem branca, mostrando na base uma glória semelhante ao fogo consumidor e encimada pelo arco-íris do concerto. Jesus, na nuvem, avança como poderoso vencedor. GC 640.3

Aproximando-se ainda mais a nuvem viva, todos os olhos contemplam o Príncipe da vida. Nenhuma coroa de espinhos agora desfigura a sagrada cabeça, mas um diadema de glória repousa sobre a santa fronte. O semblante divino irradia o fulgor deslumbrante do Sol meridiano. “E no vestido e na Sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores.” Apocalipse 19:16. . GC 640.3

O Rei dos reis desce sobre a nuvem, envolto em fogo chamejante. Os céus enrolam-se como um pergaminho, e a Terra treme diante dEle, e todas as montanhas e ilhas se movem de  seu lugar. GC 641.2

Por entre as vacilações da Terra, o clarão do relâmpago e o ribombo do trovão, a voz do Filho de Deus chama os santos que dormem. Ele olha para a sepultura dos justos e, levantando as mãos para o céu, brada: “Despertai, despertai, despertai, vós que dormis no pó, e surgi!” Por todo o comprimento e largura da Terra, os mortos ouvirão aquela voz, e os que ouvirem viverão. GC 644.2


A Primeira Ressurreição - Todos saem do túmulo com a mesma estatura que tinham quando ali entraram. Adão, que está em pé entre a multidão dos ressuscitados, é de grande altura e formas majestosas, de estatura pouco menor que o Filho de Deus. (…) Todos, porém, surgem com a louçania e vigor de eterna mocidade. No. GC 644.3

Os justos vivos são transformados “num momento, num abrir e fechar de olhos.” À voz de Deus foram eles glorificados; agora tornam-se imortais, e com os santos ressuscitados, são arrebatados para encontrar seu Senhor nos ares. GC 645.1

Os anjos “ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.” Criancinhas são levadas pelos santos anjos aos braços de suas mães. Amigos há muito separados pela morte, reúnem-se, para nunca mais se separarem, e com cânticos de alegria ascendem juntamente para a cidade de Deus. GC 645.1

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O SECAMENTO DO RIO EUFRATES

Na Bíblia, rios frequentemente simbolizam nações, impérios ou povos, servindo como metáforas geopolíticas e proféticas. Essa linguagem aparece especialmente em textos poéticos e apocalípticos, onde águas, rios e mares, representam poder, influência e nações (Ap 17 v15). 

 O Significado do "Grande Rio Eufrates" 

O simbolismo histórico e profético. No Antigo Testamento, o Eufrates era a fronteira oriental de Israel e uma barreira natural (Gn 15:18; Dn 10:4). Babilônia, inimiga de Israel, estava situada junto ao Eufrates (Jr 51:13; Ap 17:1, 15).

No Apocalipse, o Eufrates representa o apoio político e religioso que esse sistema religioso opressor recebe “dos reis da terra” (17:12). 

 Rio e Nações

Os Principais Textos Bíblicos que associam rios à nações são variados. O Egito é associado ao Rio Nilo em Isaías 19:5–10. EM Ezequiel 29 o profeta diz – “Eis que eu estou contra ti, Faraó, rei do Egito, grande dragão... que diz: O Nilo é meu, e eu o fiz" (v3). O Egito é personificado como um monstro no Nilo, destacando sua arrogância. 

Já a Assíria é chamada pelo nome do Rio Tigre (Hiddequel). Em Gênesis 2:14, O Tigre é um dos rios do Éden, associado à fonte da civilização mesopotâmica.  Em Daniel 10:4  o profeta diz que "estava junto ao grande rio Tigre" – Local de revelações sobre impérios mundiais. 

Israel é representado pelo Rio Jordão. Em Josué 3:14–17, A travessia do Jordão simboliza entrada na Terra Prometida. Em 2 Reis 5:10–14, Naamã um sírio, se recusa a entrar no Jordão, dizendo que os rios da Síria, Abanae Farfar, eram melhores que o barrento Jordão. Há um nacionalismo nessa história, a partir dos rios.

A Pérsia era nomeada pelo Rio Ulai (em Ezequiel 8:2, Daniel 8:2, 16). Daniel tem uma visão  - "junto ao rio Ulai" – Visão do carneiro (Pérsia) e bode (Grécia).

Babilônia era nomeada pelo Rio Eufrates. O profeta Jeremias profetiza - "Ó tu que habitas sobre muitas águas, abundante em tesouros!" cap.51 v13. Babilônia é descrita como uma cidade "sobre águas" (Eufrates), simbolizando seu poder e riqueza.

 Babilônia e seu aporte

Em Apocalipse 17:1, 15, a Babilônia apocalíptica, a Igreja Romana e as igrejas apostadas, são descritas - "A grande prostituta que está assentada sobre muitas águas... As águas que viste são povos, multidões, nações e línguas." Aqui, o Eufrates (e outras "águas") representam os povos que sustentam Babilônia apocalíptica, a igreja romana. 

O Eufrates assim é um símbolo dos poderes seculares que sustentam Babilônia espiritual (Ap 17:15–18). Se refere ao poder militar e econômico que mantém o sistema opressor descrito em Apocalipse 13:15-18 – a besta da terra e a besta do mar, representados por EUA e Vaticano.

O Significado Teológico

Águas abundantes significam Domínio e recursos (Ez 29:3; Ap 17:15).  E a Secagem dos rios, indicam Queda de impérios (Is 19:5; Ap 16:12). 

 O Rio no Juízo Escatológico em Apocalipse 16 v12 (onde o Eufrates se seca) indica o Fim do apoio das nações a Babilônia. Jeremias 50 v38 profetiza sobre a (Secagem de Babilônia) como Juízo divino – “A espada virá sobre as suas águas, e estas secarão; porque é uma terra de imagens de escultura". Note que o secamento está relacionado com a idolatria das imagens, algo muito comum da igreja romana. 

Em Apocalipse 17:15 – As "águas" são nações sob influência de Babilônia. E o secamento das águas que a prostituta está assentada, seriam também o secamento do Rio Eufrates. 

A Bíblia usa rios como símbolos de nações, especialmente em contextos de: Poder e prosperidade; Juízo divino (secagem como queda da nação) e Fronteiras proféticas (terra prometida, e os impérios).  Essa linguagem atinge seu clímax em Apocalipse, onde o Eufrates seco anuncia o fim de Babilônia apocalíptica, o sistema religioso corrupto composto pela igreja romana e as igrejas protestantes apostatadas, e por fim a vitória de Deus. 

 O secamento

O significado Imediato do rio lembra os juízos sobre o Egito, onde Deus secou o Mar Vermelho, (Êxodo 14) para a destruição do exército de Faraó. A queda de Babilônia histórica no AT (Jr 50:38; 51:36) explica a queda da Babilônia apocalíptica; e o ‘secamento do rio’ remove a proteção de Babilônia apocalíptica, permitindo sua queda. 

Como entender o secamento do Rio Eufrates dentro do contexto político-religioso atual? O secamento do Eufrates representa o fim do apoio político e econômico ao sistema religioso corrupto (Ap 17:16).  A retirada da proteção dos “reis da terra”, levando Babilônia ao colapso. É um juízo divino sobre as nações que sustentam a apostasia. 

 Aplicação escatológica

Especialmente a igreja romana, possui muito apoio das nações européias e de todo o mundo. Embora seja a Besta da Terra, o EUA, que promove a formação da “Imagem da besta” que devolve o poder político-militar ao Vaticano, são os reis da terra que “recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora. Estes têm um mesmo propósito e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem” Ap 17 vs12,13.

Essa uma hora profética, corresponde a duas semanas, 14 dias, que pode ser o período das sanções econômicas e decretos que a besta e os reis da terra, impõem sobre “os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz com que lhes seja dada certa marca na mão direita ou na testa, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome. ... e fizesse morrer todos os que não adorassem a imagem da besta” Ap 13:15-17

Será o “secamento” desse poder, vindo dos reis da terra, e dos EUA, que irão provocar a queda de Babilônia descrita em Apocalipse 18. Babilônia, a igreja romana e as igrejas apostatadas, irão perder sua influencia e poder, e cairão somo sistema religioso opressor. E é aqui que os reis vindo do Oriente entram em cena – “as águas do rio secaram, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do Oriente” Ap 16:12up. Os reis do oriente aqui, representam o cortejo de Cristo em Seu aparecimento (Parousia) nas nuvens do céu.

 Contexto do secamento 

A perda do poder e influencia da Babilônia (Igreja romana e as igrejas apostatadas) é na sexta praga apocalíptica; (Ap 16:12–16) descreve: "O sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do Oriente." A linguagem é simbólica, e o Eufrates e o secamento de suas águas está dentro do quadro do juízo escatológico que castiga os “adoradores da besta” (16:2). 

 Conclusão

O Rio Eufrates na Bíblia representa Babilônia; na profecia está relacionada à Babilônia apocalíptica, que representa as igrejas apostadas – a igreja romana e as igrejas protestantes, que compartilham os mesmos pecados e falsas doutrinas. O ‘secamento do rio’ se refere a retirada de poder e influência que a ‘besta’, a igreja romana, irá receber dos reis da terra. Essa perda de poder e influência vai desencadear sua queda e destruição, narrada em Apocalipse 18. Esse será o juízo sobre a igreja romana e as igrejas apostadas, dentro das Sete Pragas apocalípticas.

EUA E A GUERRA CONTRA O IRÃ

Os eventos de guerra que estamos vivenciando (Junho/2025) dos EUA atacando o Irã, estão previstos na profecia?

As guerras especificamente são raramente descritas na profecia; nem a 1ª e 2ª guerras mundiais, que tiveram tão grande importância na história do século 20, não ganharam espaço nos livros proféticos.

Jesus disse sobre as guerras – “vocês ouvirão falar de guerras e rumores de guerras. Fiquem atentos e não se assustem, porque é necessário que isso aconteça, mas ainda não é o fim” Mateus 24:6. Ou seja, o mundo não vai acabar através de uma guerra. Elas não irão determinar o fim da humanidade.

Nem a guerra de Israel e Palestina, que poderíamos imaginar ter importância na agenda do Apocalipse, nem essas duas nações bíblicas, ganharam espaço ou valor.

TROMBETAS

A ligação dessas guerras com as profecias estão na profecia da 6ª Trombeta. A série de sete cenas proféticas das Trombetas (Apocalipse 8:6-9:21), mostra como Deus usa forças estrangeiras, ou nações para castigar, ou trazer juízos sobre os opressores da igreja de Cristo.

E na 6ª Trombeta (Apocalipse 9:13-21) surpreendentemente, os muçulmanos são o povo que Deus usa para seus propósitos em castigar, de forma especial, as quatro Bestas do Apocalipse (Vaticano, França, EUA, Europa).

Sendo assim, todos eventos de terrorismo que vimos no final do século 20 e nesse século 21, são ações da 6ª Trombeta protagonizadas pelas nações muçulmanas/islâmicas.

PROTAGONISTAS DA 6ª TROMBETA

É Deus que instiga as nações muçulmanas/islâmicas para atacar as “bestas” ou nações que agem para limitar o povo de Deus e o evangelho.

A estratégia de ataques terroristas por grupos extremistas islâmicos contra os EUA e a Europa tem suas raízes em conflitos geopolíticos, intervenções ocidentais no Oriente Médio e no surgimento de ideologias jihadistas modernas.

As origens são no Século 20 especialmente na década de 1980, com a Guerra AfegãSoviética e o Surgimento da AlQaeda. Durante a Guerra Fria, os EUA e o Paquistão apoiaram os mujahidins afegãos (incluindo Osama bin Laden) contra a invasão soviética (19791989).

Grupos jihadistas ganharam experiência militar e começaram a ver os EUA como um novo inimigo após a retirada soviética (especialmente com a presença militar americana na Arábia Saudita em 1990).

AÇÕES DA 6ª TROMBETA

O século XXI testemunhou vários atos terroristas significativos nos EUA e na Europa, muitos deles ligados a grupos extremistas como a AlQaeda e o Estado Islâmico (EI). Abaixo estão alguns dos principais ataques:

Estados Unidos (EUA) 

1. Atentados de 11 de Setembro de 2001

    Responsável: AlQaeda 

    Local: Nova York (Torres Gêmeas), Washington, D.C. (Pentágono) e Pensilvânia (Voo 93). 

    Mortes: Cerca de 3.000 pessoas. 

    Impacto: Levou à "Guerra ao Terror", incluindo as invasões do Afeganistão (2001) e do Iraque (2003). 

2. Ataque à Maratona de Boston (2013) 

    Responsáveis: Irmãos Tsarnaev (inspirados pelo extremismo islâmico). 

    Local: Boston, Massachusetts. 

    Mortes: 3 mortos e mais de 260 feridos. 

3. Atentado em Orlando (2016) 

    Responsável: Omar Mateen (afiliado ao EI). 

    Local: Boate Pulse, Flórida. 

    Mortes: 49 mortos e 53 feridos (maior massacre em solo americano até então). 

4. Ataque em Nova York (2017 – Atropelamento em ciclovia) 

    Responsável: Sayfullo Saipov (inspirado pelo EI). 

    Local: Manhattan, Nova York. 

    Mortes: 8 mortos e 11 feridos. 

 Europa 

1. Atentados de Madrid (2004) 

    Responsável: Célula da AlQaeda. 

    Local: Trens em Madrid, Espanha. 

    Mortes: 191 mortos e mais de 2.000 feridos. 

    Impacto: Influenciou as eleições espanholas e a retirada das tropas do Iraque. 

2. Atentados de Londres (2005) 

    Responsáveis: Célula local ligada à AlQaeda. 

    Local: Metrô e ônibus em Londres, Reino Unido. 

    Mortes: 52 mortos e mais de 700 feridos. 

3. Ataque em Paris (2015 – Bataclan e outros) 

    Responsável: Estado Islâmico (EI). 

    Locais: Bataclan, estádio nacional, cafés e restaurantes. 

    Mortes: 130 mortos e mais de 400 feridos (pior ataque na França desde a Segunda Guerra). 

4. Atentados de Bruxelas (2016) 

    Responsável: Estado Islâmico. 

    Locais: Aeroporto e metrô de Bruxelas, Bélgica. 

    Mortes: 32 mortos e mais de 300 feridos. 

5. Atentado em Nice (2016) 

    Responsável: Mohamed LahouaiejBouhlel (inspirado pelo EI). 

    Local: Atropelamento em massa no Dia da Bastilha, França. 

    Mortes: 86 mortos e mais de 400 feridos. 

6. Ataque em Manchester (2017) 

    Responsável: Salman Abedi (ligado ao EI). 

    Local: Arena de Manchester, Reino Unido (show de Ariana Grande). 

    Mortes: 22 mortos e mais de 100 feridos. 

7. Atentado em Barcelona (2017) 

    Responsável: Célula jihadista. 

    Local: Las Ramblas, Espanha. 

    Mortes: 13 mortos e mais de 130 feridos. 

8. Ataque em Viena (2020) 

    Responsável: Extremista islâmico. 

    Local: Viena, Áustria. 

    Mortes: 4 mortos e 23 feridos. 

 

 Tendências Observadas 

 Década de 2000: Predomínio da AlQaeda (11/9, Madrid, Londres). 

 Década de 2010: Ascensão do Estado Islâmico (Paris, Bruxelas, Nice, Manchester). 

 Métodos: Bombas, tiroteios, atropelamentos e ataques "lone wolf" (atores solitários). 

 Esses ataques tiveram um impacto profundo nas políticas de segurança, imigração e liberdades civis nos EUA e na Europa. E todos eles são eventos da 6ª Trombeta.

IRÃ E HEZBOLLAH

Embora os EUA esteja aparentemente obtendo vantagem sobre essas ações terroristas do Irã e do Hezbollah, isso deve ser lido como o avanço para o cumprimento de Apocalipse 13:11-18, onde as duas Bestas (EUA e Vaticano) agem de forma conjunta.

É natural que os EUA reajam a essas ações da 6ª Trombeta, mas elas vêm para enfraquecer a Besta da Terra (EUA) e limitar a Besta do Mar (Vaticano). Especialmente na união que essas duas bestas farão e agirão.

Imagine, os EUA e Vaticano impondo sanções econômicas e decreto de morte sobre os que não adotarem a “marca da besta” (adoração a Deus no primeiro dia da semana – domingo).                 O mundo muçulmano/islâmico tem o seu dia sagrado na sexta-feira. Como o mundo muçulmano vai reagir a essas imposições?

A QUEDA DE BABILÔNIA

Talvez a queda de Babilônia e as cenas de destruição de Apocalipse 18 sejam ações terroristas em retaliação ao excesso de poder que a união das duas bestas (EUA e Vaticano) irão exercer além dos limites.

Dentro desse quadro profético, ainda haverá a “contrafação” (Mateus 24:23,26) onde Satanás irá simular a volta de Jesus à Terra, e unir as religiões de todo o mundo. Talvez isso garanta a adesão do mundo muçulmano ao grande esquema de EUA e Vaticano. Mas a destruição de Babilônia indica que essa União não será bem sucedida.

CONCLUSÃO

As guerras protagonizadas pelos EUA contra as nações muçulmanas/islâmicas tem o objetivo de erguer o Vaticano sobre outras religiões. Embora Israel esteja no cenário do momento, é a igreja romana que alcançará o estabelecimento mundial. Israel apenas cederá a Terra Santa para o protagonismo do cristianismo romano, e o surgimento do Falso Cristo.

O cenário profético está se concluindo, e logo veremos o Verdeiro Cristo, mas vindo em glória!

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A Grande Farsa Satânica

PREVOST E TRUMP

 Quando a fumaça branca subiu na Capela Sistina, o mundo conheceu o novo papa: Robert Francis Prevost, americano, ex-prefeito do Dicastério para os Bispos, conhecido por sua sensibilidade pastoral, abertura ao diálogo e firmeza em temas sociais. Para muitos, a escolha foi mais que um simples movimento eclesiástico: foi um recado geopolítico.

 Hoje, Donald Trump, no comando dos EUA, representa uma das faces mais fortes do conservadorismo global. Ele não apenas brincou dizendo que gostaria de ser papa — inclusive postando uma montagem vestindo trajes papais — como também vem tentando, nos bastidores, exercer influência no Vaticano.

 Em um movimento calculado, Trump nomeou Brian Burch, chefe e cofundador da CatholicVote, grupo ultraconservador católico, como embaixador dos EUA no Vaticano, reforçando seu desejo de emplacar aliados e agendas alinhadas com a direita religiosa americana.

 Olhando para trás, a Igreja Católica sempre escolheu seus papas considerando os grandes desafios do momento. Nos anos 1980, o comunismo ateísta soviético era a ameaça, e veio João Paulo II, da Polônia comunista, símbolo de resistência espiritual. Nos anos 2010, o desafio eram as igrejas evangélicas crescendo na América Latina, e veio Francisco, da Argentina, para reconquistar o rebanho do sul global. No cenário atual, a pressão vem do norte, especialmente dos EUA e de uma nova onda ultraconservadora simbolizada por Trump.

 Diante disso, o Vaticano poderia ter seguido dois caminhos: escolher um papa ultraconservador para responder com dureza ou apostar em um nome que reafirmasse os valores progressistas de Francisco. A escolha por Prevost foi clara: uma resposta pastoral, não política. Ele foi eleito não apenas para manter um rumo, mas para construir pontes entre o conservadorismo e o progressismo, em um momento de intensas polarizações dentro e fora da Igreja.

 A escolha do nome Leão XIV remete ao Papa Leão XIII, conhecido por sua ênfase na justiça social e nos direitos dos trabalhadores, sinalizando uma possível continuidade nesse enfoque. Além disso, sua eleição pode ser interpretada como uma resposta estratégica do Vaticano às pressões geopolíticas, especialmente diante da influência conservadora crescente nos Estados Unidos.

 Com Prevost, a Igreja parece dizer ao mundo — e especialmente a Trump: não vamos ceder à pressão geopolítica nem deixar que agendas nacionais ditem o rumo da fé universal. A escolha de um americano progressista mostra que Roma não quer ser instrumentalizada como extensão da Casa Branca nem da nova direita católica.

 O novo Papa é visto como alguém que continuará a promover reformas na Igreja, ampliando a participação das mulheres, reforçando o combate à pobreza e defendendo migrantes — temas que frequentemente colidem com a agenda trumpista. Como primeiro papa americano, Leão XIV representa um ponto delicado de equilíbrio entre progressismo e conservadorismo: ele rejeita a “simpatia por crenças em desacordo com o evangelho”, mostrando firmeza moral, especialmente sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas também resiste à clericalização feminina, preferindo aprofundar o papel das mulheres sem mudar a natureza sacramental da Igreja. Sua linha pastoral deve seguir o caminho de Francisco, combatendo o clericalismo e aproximando decisões das bases locais.

 Mais do que nunca, o Vaticano sinaliza que compreende o momento atual: não basta apenas reagir ao cenário mundial, é preciso antecipar-se. A eleição de Prevost mostra que Roma quer construir pontes entre progressistas e conservadores, reafirmando que a fé católica não será instrumentalizada por pressões políticas ou geopolíticas, mas manterá sua voz independente no palco global.

 Fonte: SPDiário.com.br – reportagem na íntegra.

Leia também: 

A Igreja Católica e a Política dos EUA

A IGREJA CATÓLICA E A POLITICA DOS EUA

No livro “Catholicism in the United States” (2021), Massimo Faggioli, professor de teologia histórica, da Universidade Villanova, na Pensilvânia (Robert Prevost, foi aluno de Fagglioli) analisa a influência da política norte americana na igreja romana.

Ele analisa as complexas relações entre a Igreja Católica e a política nos Estados Unidos, destacando a posição singular de Joe Biden como o segundo presidente católico do país.

 1. O Triângulo Igreja–Casa Branca–Vaticano

Faggioli propõe que as relações entre a Casa Branca, o Vaticano e a Igreja Católica nos EUA formam um "triângulo" essencial para compreender as tensões políticas e religiosas contemporâneas. Ele observa que, enquanto o Papa Francisco promoveu uma visão pastoral e inclusiva, setores conservadores da Igreja americana frequentemente adotam posições mais rígidas, especialmente em questões como aborto e direitos LGBTQ+.

 2. Biden e a Identidade Católica Pública

Diferentemente de presidentes católicos anteriores, como John F. Kennedy, que procuraram minimizar sua fé na esfera pública, Biden integra abertamente sua identidade católica em sua vida política. Faggioli destaca que essa abordagem representa uma mudança significativa na maneira como a fé católica é percebida e vivida na política americana. [The New Yorker]

 3. Tensões com a Hierarquia Católica Americana

Faggioli relata as tensões entre Biden e a hierarquia católica dos EUA, especialmente em relação à sua posição sobre o aborto. Ele observa que, embora Biden mantivesse práticas religiosas pessoais, como frequentar missas regularmente, suas políticas pró-escolha geram críticas de bispos conservadores que questionam sua comunhão com os ensinamentos da Igreja. [Time]

 4. Polarização e o Papel da Igreja

Faggioli analisa como a polarização política nos EUA influencia a Igreja Católica, com grupos conservadores alinhando-se frequentemente com ideologias políticas de direita. Ele argumenta que essa politização pode comprometer a missão universal da Igreja e sua capacidade de ser um espaço de unidade e diálogo.

 5. O Desafio da Unidade na Diversidade

Faggioli mostra o desafio de manter a unidade da Igreja em meio à diversidade de opiniões políticas e sociais. Ele sugere que a liderança de Biden, foi influenciada por sua fé católica, pode oferecer uma oportunidade para promover uma visão mais inclusiva e compassiva, alinhada com os princípios do Concílio Vaticano II.

Massimo Faggioli, em seu livro analisa a profunda polarização que permeia a Igreja Católica nos Estados Unidos, especialmente no contexto do pontificado do Papa Francisco e da presidência de Joe Biden. Ele identifica três crises interligadas que afetam a Igreja:

1. Crise de ordem eclesial: Há uma perda de autoridade e legitimidade nas instituições da Igreja, tanto nas estruturas formais (como os bispos e o clero) quanto nas informais (como o sacerdócio e a teologia).

2. Crise de ordem política: A Igreja enfrenta desafios em sua relação com a democracia e os valores constitucionais dos EUA, evidenciados por eventos como o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

3. Crise de ordem geopolítica: A posição do catolicismo americano no cenário global está em transformação, com um distanciamento do Vaticano e relações enfraquecidas com outras regiões do mundo.

Faggioli observa que a eleição de Biden, um católico praticante, não unificou a Igreja americana. Pelo contrário, evidenciou divisões internas, especialmente entre os bispos dos EUA e o Papa Francisco. Enquanto o Vaticano adotou uma postura de diálogo com a nova administração, a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB) demonstrou resistência, chegando a considerar a negação da comunhão a Biden devido às suas posições políticas sobre temas como aborto e direitos LGBTQ+. [Loyola Marymount University Newsroom]

O autor também destaca que a polarização na Igreja reflete a polarização política mais ampla nos EUA. Setores conservadores da Igreja alinham-se frequentemente com ideologias políticas de direita, enquanto outros grupos buscavam uma abordagem mais inclusiva e pastoral, em sintonia com o Papa Francisco.

Em resumo, Faggioli argumenta que a Igreja Católica nos EUA está em um momento crítico, enfrentando desafios internos e externos que exigem uma reflexão profunda sobre sua identidade, missão e relação com a sociedade. Ele sugere que a superação dessas crises requer um compromisso renovado com os princípios do Concílio Vaticano II e uma abertura ao diálogo e à diversidade dentro da própria Igreja.

Conclusão

O Estado do Vaticano possui uma política e se relaciona com os EUA e as demais nações com uma política internacional. Essa relação política com os "reis da terra" (Ap 18:3) e com os EUA (Ap 13:12-15) é chamada de "prostituição" (Ap 18:9).

O livro do teólogo Faggioli é uma evidência dessas relações políticas especialmente com os EUA.  Mais uma vez, a profecia apocalíptica está certa nas suas descrições sobre os governos atuais.

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Trump e o Vaticano

EUA E VATICANO MAIS PRÓXIMOS DO QUE NUNCA

 A profecia de Apocalipse 13 vs12-15 descreve uma proximidade entre duas bestas (EUA e Vaticano) que agora com a nomeação de Robert Prevost, como primeiro Papa norte-americano, pode ser a peça que faltava para essa união que o Apocalipse prevê.

 “Apesar de ser americano, o novo papa é considerado um reformista e não um nome alinhado às prioridades de Trump ou dos conservadores da Igreja nos Estados Unidos”. [BBC]

 "Esta eleição papal é também uma resposta a Trump, mas uma resposta oblíqua e não frontal contra ele", disse o professor de teologia histórica Massimo Faggioli, da Universidade Villanova, na Pensilvânia, em uma postagem no X (antigo Twitter). "O caos global que foi criado, em grande parte pelos Estados Unidos, nestes últimos anos, tornou possível um papa americano", diz Faggioli. "E ele é um papa das Américas, não somente dos Estados Unidos. É uma resposta muito criativa (por parte do Vaticano)", avalia Faggioli. "A partir de hoje, não será Trump nem Vance quem falará com os católicos americanos". [BBC]

 O sociólogo Francisco Borba Ribeiro Neto, em mensagem à BBC News Brasil logo após a eleição do novo papa, disse: "Uma escolha com uma força política chocante, ainda que eu acredite que o problema não é política, esse é o gesto político mais chocante da Igreja em toda a minha vida: afirma que quer estar em continuidade com Francisco, próxima aos Estados Unidos, mas sem abrir mão do seu perfil." [BBC]

 Todas essas declarações nos ajudam a entender o quadro profético de aproximação do Vaticano, da mais poderosa nação do planeta, os EUA. O quadro da profecia é um grande quebra-cabeça, onde os eventos vão acontecendo, e cabe a nós, após presenciar esses eventos colocar cada peça em seu lugar. Mas o quadro já foi revelado.

 Um papa norte-americano talvez seja essa peça para vermos essa relação próxima entre a Besta do Mar (Vaticano) e a Besta da Terra (EUA) e as ações delas de forma mundial – sanções econômicas (Ap 13:17), união das religiões (Ap 13:15), imposição da guarda do domingo (marca da besta – Ap 13:16) e decretos de morte (Ap 13:15up).

 O papel principal dos EUA, de acordo com a profecia, é promover a religião católica romana – “Ela (a Besta da Terra – EUA) exerce toda a autoridade da primeira besta (Vaticano) na sua presença e faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal havia sido curada” Ap 13:12. Embora Trump seja um protestante presbiteriano, seu vice-presidente, J.D. Vance é católico.

 Talvez, o que vejamos é uma aproximação, para depois haver uma aliança entre esses dois poderes apocalípticos.

 O livro O Grande Conflito afirma – “Os protestantes dos Estados Unidos serão os primeiros a estender as mãos através do abismo para apanhar a mão do espiritismo; estender-se-ão por sobre o abismo para dar mãos ao poder romano; e, sob a influência desta tríplice união, este país seguirá as pegadas de Roma, desprezando os direitos da consciência”. GC 588.1

 Os eventos políticos e religiosos assim, seguem o ‘script’ da profecia. Nós, que sabemos o fim desde o início, temos que com esperança aguardar o desdobramento de tudo. Porque o nosso foco não devem ser esses sinais, mas a Segunda Vinda de Jesus. É isso que esperamos!

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OS REIS DA TERRA E BABILÔNIA


 “A missa pelo falecido líder da Igreja Católica contou com a presença de dezenas de milhares de pessoas e mais de 100 delegações oficiais, incluindo chefes de Estado como o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy” [EuroNews].

Foram 165 representantes de países, 12 Monarcas e mais de mil membros das delegações e dignatários. “Com a presença de tantos líderes mundiais, o funeral do Papa Francisco tornou-se um dos mais importantes encontros internacionais do ano”. [EuroNews]

O Livro de Revelação mostra essa relação internacional dos papas como sendo algo negativo. Os “reis da terra” são mencionados 31x nas profecias do Apocalipse. E eles tem uma relação íntima com Babilônia, a Grande Prostituta – essa é a figura que o Apocalipse dá a ICAR, a igreja romana pagã – devido a sua relação política-religiosa com esses reis.

Essa relação do Vaticano com a política mumdial é chamada na profecia de ‘prostituição’. Apesar de ser um termo pejorativo, é uma expressão simbólica para as relações políticas-religiosas que essa instituição religiosa tem como marca em sua natureza. A união da igreja-estado é algo mau nas Escrituras.

O uso dessa imagística deveria ser um alerta em si mesmo para que fosse evitado e combatido.

 No clássico capítulo 18 do Apocalipse, onde ocorre “A Queda de Babilônia”, “os reis da terra” são protagonistas na cena que é retratada ali. “Os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em luxúria, vão chorar e se lamentar por causa dela, quando virem a fumaça do seu incêndio. E, conservando-se de longe, com medo do seu tormento, dizem: "Ai! Ai de você, grande cidade, Babilônia, cidade poderosa! Pois em uma só hora chegou o seu juízo." Apocalipse 18:9,10

 A profética “Queda de Babilônia” é um evento da profecia para a ‘queda’ da influência da igreja romana no mundo, e mais ainda, vai sofrer uma perda dos fiéis, uma saída massiva deles. A profecia parece indicar que a ICAR vai perder seu poder político-religioso e seu prestígio no cenário político mundial. O cenário final é catastrófico, de um “incêndio”, uma destruição de sua sede no Vaticano.

 As cenas são descritas assim:

- a queda de sua influencia mundial – “Caiu! Caiu a grande Babilônia! Ela se tornou morada de demônios, refúgio de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo tipo de ave imunda e detestável” Ap 18:2. Note a acusação de demonismo, imundícies e reprovações detestáveis.

 - a saída massiva dos fiéis – “Saiam dela, povo meu, para que vocês não sejam cúmplices em seus pecados e para que os seus flagelos não caiam sobre vocês. Porque os pecados dela se acumularam até o céu, e Deus se lembrou das injustiças que ela praticou.” Ap 18:4,5. A ordem da saída da Babilônia, a igreja prostituída, vem do próprio Deus. E a razão disso é porque há pecados e injustiças em sua história.

 - perda da influência  política – “Os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em luxúria ... E, conservando-se de longe, com medo do seu tormento, dizem: "Ai! Ai de você, grande cidade, Babilônia, cidade poderosa! Pois em uma só hora chegou o seu juízo." Ap 18:9,10. A igreja romana pagã, irá ser castigada por Deus por seus excessos. O castigo parece ocorrer no contexto das 7 pragas do Apocalipse, na 5ª e na 6ª pragas (Ap 16:10-12).

 - a destruição e incêndio – “Os reis da terra... vão chorar e se lamentar por causa dela, quando virem a fumaça do seu incêndio”. Ap 18:9. “Então, vendo a fumaça do seu incêndio, gritavam: Que cidade se compara à grande cidade? Lançaram pó sobre a cabeça e, chorando e pranteando, gritavam: "Ai! Ai da grande cidade” Ap 18:18,19. A destruição do Vaticano pode ser um ataque terrorista, muito comum na Europa. E isso pode ocorrer através do Islamismo, que tem sido protagonista de atos terroristas naquele continente. O Islã é protagonista das profecias das 7 Trombetas (Apocalipse 9:1-21).

 Conclusão

A igreja romana pagã, a ICAR, ocupa o cenário nas profecias de Daniel e Apocalipse; é uma protagonista do mal nas imagísticas das Sagradas Escrituras. E o cenário atual dos “reis da terra” se relacionando com o Vaticano, prestando homenagens à essa igreja pagã, é um indicativo de que a profecia está se realizando diante dos nossos olhos.

 A recomendação de Jesus no Seu Sermão profético é – “¹Aquele, porém, que ficar firme até o fim, esse será salvo” Mateus 24:13. A firmeza e perseverança está em seu manter ao lado da Verdade das Escrituras. Se Babilônia prostituiu a Verdade, misturando com mentiras e tradição, a nossa atitude deve ser manter as Verdades fundamentais do Evangelho em nossas vidas.

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