A REVOLUÇÃO MUÇULMANA E A INTERNET

Desde o último dia 25 de janeiro - data que ganhou um caráter histórico, principalmente na internet, pelo uso da hashtag #Jan25 no Twitter -, os egípcios protestaram pela saída do presidente Hosni Mubarak, que estava há 30 anos no poder.

No dia 28 as manifestações ganharam uma nova dimensão, fazendo o governo cortar o acesso à rede e declarar toque de recolher.

A revolução do país muçulmano, através da internet, ganhou um livro que reúne posts feitos no microblog Twitter entre janeiro e fevereiro de 2011 para contar a história da revolução no Egito que levou à queda do ditador Mubarak.

O lançamento da editora OR Books deve começar a ser vendido nos Estados Unidos em 21 de abril, mas já pode ser comprado em 160 páginas, “Tweets from Tahrir”, ou “Tuítes de Tahrir”, reúne os comentários-chave feitos no microblog que mostram a revolução em tempo real. 

Os editores aproveitaram o fato de milhares de jovens documentarem cada etapa dos acontecimentos, tirando fotos, escrevendo e postando em até 140 caracteres, para construir uma narrativa contada pelas pessoas no centro da revolução – os ativistas da praça Tahrir.

Depois disto as manifestações no Egito colocaram o Google em uma situação complicada, tentando manter diplomática distância de um de seus funcionários que se tornou herói para os protestantes no Cairo.

O Google já teve problemas políticos, principalmente no ano passado, quando se opôs às regras de censura na China. A filosofia da empresa de “deixar o poder nas mãos das pessoas” é reforçada pelo co-fundador Sergey Brin, que desenvolveu animosidade à opressão devido ao sofrimento da sua família judia sob o Comunismo da União Soviética.

A máxima do Google “não seja o demônio” há muito tempo serve como diretriz aos seus funcionários, inclusive na defesa da internet aberta.

A relação do Google com o Egito tem sido relativamente amigável. Com base na análise da própria companhia da freqüência de pedidos de autoridades para remoção de conteúdo, o presidente Hosni Mubarak raramente fez objeções à ferramenta de busca online.

A soltura esta semana de Wael Ghonim, o gerente de marketing de 30 anos de idade do Google, que assumiu os créditos pela página do Facebook que ajudou a dar início à manifestação, revela o apuro de empresas de grande porte com funcionários cujo ativismo político se torna uma importante desvantagem.

Ghonim é um egípcio que coordena as operações de marketing do Google no Oriente Médio e na África, a partir de Dubai, nos Emirados Árabes. Ele desapareceu no dia 27 de janeiro, dois dias após o início dos protestos pedindo a saída de Mubarak.

Uma das principais ferramentas usadas para organizar a rebelião foi uma página do Facebook em honra a Khaled Said, um executivo de 28 anos de idade morto em junho pelas mãos da polícia secreta, uma instituição odiada por muitos egípcios

Assumindo a ideologia da revolução, os hackers ativistas do grupo Anonymous iniciaram uma série de ataques de negação de serviço (DDoS) contra sites do governo egípcio. Os ataques DDoS acontecem pouco tempo depois da internet ser restabelecida no Egito.

O grupo organiza fóruns e solicita aos voluntários que direcionem seus ataques a sites como Ministério das Informações do Egito e do Partido Nacional Democrata, do atual presidente Hosni Mubarak.

Os ataques têm como motivação os recentes bloqueios de internet e telefonia no país, que vive uma revolução que pedia a saída de seu ditador Hosni Mubarak.

O grupo Anonymous ficou conhecido por travar uma série de ataques DDoS contra corporações que se posicionaram contrárias ao WikiLeaks como Visa, MasterCard e PayPal.

[A mídia é uma força que não pode ser mensurada. Deus certamente está se utilizando dela, para abrir os países muçulmanos. A maior e melhor informação via internet, será do Evangelho Eterno chegando a esses países. Ore por isto.]

Fonte: AFP, Info-Exame.

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