O Apocalipse menciona 8x a ‘imagem da besta’ - 13:14 ; 13:15; 14:9 ; 14:11 ; 15:2 ; 16:2 ; 19:20 ; 20:4 .
São 2 usos da expressão “imagem da besta” e 6 usos da expressão “sua imagem”.
Em Ap 13:14 é dito que a primeira besta [EUA] é que leva os que
“habitam na sobre a terra” a fazer “uma imagem
à besta”.
1.“Seduz os que habitam sobre a terra por causa dos sinais que
lhe foi dado executar diante da besta, dizendo aos que habitam sobre a terra
que façam uma imagem à besta, àquela que, ferida à espada, sobreviveu” Ap
13:14.
No verso 15 do mesmo capítulo é dito que os EUA comunica “fôlego
a imagem da besta”; isso se remete a Gênesis 2:7, na criação de Adão, quando
Deus sopra o ‘fôlego’ dando vida ao ser humano. O texto da a entender que os
habitantes da terra fazem a ‘imagem da besta’ e os EUA dão ‘fôlego’ ou vida a
essa ‘imagem’.
2. “e lhe foi dado comunicar fôlego à imagem da besta,
para que não só a imagem falasse, como ainda fizesse morrer quantos não adorassem
a imagem da besta” Ap 13:15.
No capítulo 14, fora da descrição da besta que sai da terra,
e agora descrevendo as 3 Mensagens Angélicas, na terceira mensagem é descrito
que as pessoas adoram a ‘besta’ [papado] e a ‘imagem da besta’. Aqui o texto
revela que são duas entidades diferentes; a besta que recebe adoração aqui é o
papado, na pessoa do papa; e a imagem da besta também recebe adoração, sendo
uma provável instituição ou entidade como o papado.
Paulo em 2Tessalonicenses menciona o “homem da iniquidade”
2:3, ou “iníquo” 2:8; e ainda o “filho da perdição”. As 3 expressões se referem ao papa, que
promove a ‘grande apostasia’ 2:3 predita por Paulo. O papado não pode ser a ‘imagem
da besta’; ele faz parte deste reino representado pela ‘besta do mar’.
A ‘imagem da besta’ parece ser uma entidade como a própria ‘besta
do mar’ ou o papado.
O capítulo 14 ainda afirma que a “besta e a sua imagem”
recebe adoração, sendo portanto uma entidade religiosa. E essa entidade faz os ‘habitantes
da terra’ receberem a ‘marca da besta’ sobre a ‘fronte e a mão’.
3. “Seguiu-se a estes outro anjo, o terceiro, dizendo, em
grande voz: Se alguém adora a besta e a sua imagem e recebe a sua marca
na fronte ou sobre a mão” Ap 14:9.
A ‘marca da besta’ é uma oposição ao ‘selo de Deus’ e ao
selamento descrito no capítulo 7:3. O selo de Deus é identificado como a
experiência de santificação do sábado [Ez 20:12 e 20]. Correlatamente a experiência
da adoração no domingo é a ‘marca da besta’.
Ou seja, a entidade religiosa ‘imagem da besta’ promove ao
lado da besta a falsa adoração do domingo. E isso é claramente relacionado em
nossos dias que são as igrejas protestantes ou evangélicas que compartilham
essa interpretação de que o domingo é o dia de guarda, em oposição à verdade
bíblica da santificação do sábado.
Identificado a entidade religiosa que é a ‘imagem da besta’ –
o protestantismo apostatado – entendemos que aquilo que o papado promoveu no
passado, o protestantismo também irá promover em união ao papa. E o castigo
descrito à ‘besta’, é participado pela ‘imagem da besta’.
4. “A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos, e
não têm descanso algum, nem de dia nem de noite, os adoradores da besta e da sua
imagem e quem quer que receba a marca do seu nome" Apo 14:11.
Os adoradores da besta e os adoradores da ‘imagem da besta’
são descritos como recebendo o mesmo castigo das pragas apocalípticas.
5. “Saiu, pois, o primeiro anjo e derramou a sua taça pela
terra, e, aos homens portadores da marca da besta e adoradores da sua imagem,
sobrevieram úlceras malignas e perniciosas” Apo 16:2.
Em contraste, os remidos são descritos como aqueles que
estão fora destas duas entidades [Ap 18:4], porque Deus os chama a sair dali.
6. “Vi como que um mar de vidro, mesclado de fogo, e os
vencedores da besta, da sua imagem e do número do seu nome, que se
achavam em pé no mar de vidro, tendo harpas de Deus” Apo 15:2.
No verso seguinte encontramos três entidades mencionadas – a
‘besta do mar’ [o papado]; o ‘falso profeta’ e a ‘imagem da besta’. Mas o verso
afirma que “os dois são lançados... no lago de fogo”. Ou seja, o ‘falso profeta’
é também a ‘imagem da besta’. O ‘falso profeta’ é o protestantismo apostatado.
São duas fases da mesma entidade religiosa; pois inicialmente, quando ainda não
está ligado ao papado, é descrito como falso profeta que ‘faz descer fogo do
céu’ 13:13. Essa é uma referência a experiência de Elias no Monte Carmelo; só
que no evento do Tempo do Fim, o fogo descerá no altar do ‘falso profeta’. Essa
é uma referência também à descida do Espírito Santo sobre os discípulos no
Pentecostes, e se cumpre no movimento protestante dos pentecostais. O ‘falso
profeta’ ou movimento pentecostal é genuinamente americano e na profecia é
descrito com ligação à besta que sobe da terra - 13:11.
7. “Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso profeta que,
com os sinais feitos diante dela, seduziu aqueles que receberam a marca da
besta e eram os adoradores da sua imagem. Os dois foram lançados vivos
dentro do lago de fogo que arde com enxofre” 19:20.
A última referência a ‘imagem da besta’ é usada para
descrever a experiência dos que estão durante o milênio no céu. Ou seja, foram
arrebatados na Segunda Vinda [1Tes 4:16 e 17]; e não receberam o selamento da
besta [na mão e na testa] e reinam com Cristo no céu durante mil anos.
8. “tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a sua
imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram
com Cristo durante mil anos” 20:4 up.
Conclusão:
A ‘imagem da besta’ é uma criação dos que “habitam sobre a
terra” e não um movimento religioso que parte de Deus. É identificada como um
entidade religiosa que se liga ao papado em conexão com a experiência de se
guardar o domingo, o dia falso de adoração.
É também identificada como tendo
uma ‘dupla personalidade’, sendo também o ‘falso profeta’ ou tendo o movimento
pentecostal em sua composição. Como a ‘imagem da besta’ é descrita na seção da ‘besta
da terra’, essa entidade seria formada em seu tempo e domínio, sendo
identificada como o protestantismo apostatado.
A apostasia dessa entidade é denunciada pelo Apocalipse como
ocorrendo pela experiência da falsa adoração, que a o papado havia criado e
promovido. Daí a expressão ‘imagem da besta’, ou como tendo a mesma experiência
do papado, ou da religião romana.
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