O processo de reformas religiosas teve início no século XVI. Podemos destacar como causas dessas reformas : abusos cometidos pela Igreja Católica e uma mudança na visão de mundo, fruto do pensamento renascentista.
“Grande impulso foi dado à Reforma com o aparecimento da peste, ou "grande morte", que varreu a Suíça no ano 1519. Sendo os homens assim postos em face do destruidor, muitos foram levados a sentir quão vãos e inúteis eram os perdões que tinham tão recentemente comprado; e anelavam um fundamento mais seguro para a sua fé” O Grande Conflito, 179.
A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua identidade. Gastos com luxo e preocupações materiais estavam tirando o objetivo católico dos trilhos. Muitos elementos do clero estavam desrespeitando as regras religiosas, principalmente o que diz respeito ao celibato. Padres que mal sabiam rezar uma missa e comandar os rituais, deixavam a população insatisfeita.
A burguesia comercial, em plena expansão no século XVI, estava cada vez mais inconformada, pois os clérigos católicos estavam condenando seu trabalho. O lucro e os juros, típicos de um capitalismo emergente, eram vistos como práticas condenáveis pelos religiosos. Por outro lado, o papa arrecadava dinheiro para a construção da basílica de São Pedro em Roma, com a venda das indulgências (venda do perdão).
No campo político, os reis estavam descontentes com o papa, pois este interferia muito nos comandos que eram próprios da realeza.
O novo pensamento renascentista também fazia oposição aos preceitos da Igreja. O homem renascentista, começava a ler mais e formar uma opinião cada vez mais crítica. Trabalhadores urbanos, com mais acesso a livros, começaram a discutir e a pensar sobre as coisas do mundo. Um pensamento baseado na ciência e na busca da verdade através de experiências e da razão.
Foram vários os fatores que determinaram uma libertação da tirania católica romana e o livre pensamento dos protestantes.
O destaque, porém é para o fator sobrenatural – a peste que assolou a Europa.
A Peste negra é a designação por que ficou conhecida, durante a Baixa Idade Média, a pandemia de bubônica que assolou a Europa durante o século 16 e dizimou entre 25 e 75 milhões de pessoas, sendo que alguns pesquisadores acreditam que o número mais próximo da realidade é de 75 milhões, um terço da população da época.
A doença é causada pela bactéria Yersinia pestis transmitida ao ser humano através das pulgas (Xenopsylla cheopis) dos ratos-pretos (Rattus rattus) ou outros roedores. Os surtos de peste bubônica teve origem em determinados focos geográficos onde a bactéria permaneceu de forma endêmica.
Foi o morticínio causada por esta pandemia que alertou os europeus da idade média de que algo estava errado, e muito errado. Os europeus eram pessoas religiosas (e supersticiosas) e embora explorados pelos clérigos católicos romanos, ainda temiam a Deus. “ Sendo os homens assim postos em face do destruidor, muitos foram levados a sentir quão vãos e inúteis eram os perdões que tinham tão recentemente comprado; e anelavam um fundamento mais seguro para a sua fé” O Grande Conflito, 179.
A boa religião sempre vem acompanhada de saúde, economia e progresso. E hoje diante da pandemia que o século 21 enfrenta, cabe uma séria reflexão sobre o que temos deixado de fazer para receber as consequências de uma doença que já tem matado a dezenas de milhares de pessoas.
Essa pandemia é consequência da quebra da Lei de Deus em Levítico 11; e a nós cabe 'reformar' nossas vidas para estamos cumprindo essa lei e fiéis à Aliança de Deus. Na obediência há saúde e vida - Deut.7:15.