A HISTORICIDADE DA SEGUNDA TROMBETA

Soldados visigodos destruindo a estátua do imperador romano em Roma

Contexto Histórico: Os Povos Germânicos e o Império Romano

Durante os séculos II e III, o Império Romano estava no seu apogeu territorial (século II, chamado de "Bom Século") mas entrou em uma crise profunda no século III (a "Crise do Terceiro Século", 235-284 d.C.). Nesse período, as fronteiras do Império, especialmente o Rio Danúbio (limes danubiano) e o Rio Reno, estavam sob pressão constante de diversas confederações tribais germânicas.

Os Godos eram uma dessas confederações, originária do sul da Escandinávia (atual Suécia), que migrou para a região do Mar Báltico e depois para a área a norte do Mar Negro (atual Ucrânia e sul da Rússia). Por volta do século III, eles já estavam divididos em dois grupos principais:

1.  Visigodos (Godos do Oeste): Estabeleceram-se a oeste do rio Dniester.

2.  Ostrogodos (Godos do Leste): Estabeleceram-se a leste do rio Dniester, nas estepes ucranianas.


 1. Os Ostrogodos nos Séculos II e III

Os relatos específicos sobre os Ostrogodos neste período são mais escassos e frequentemente se confundem com a história geral dos Godos. A principal fonte para este período é o historiador romano Ammianus Marcellinus, que escreveu no século IV, mas baseou-se em relatos e tradições mais antigas.

   Migração para o Mar Negro: Entre os séculos II e III, os Godos (incluindo os antepassados dos Ostrogodos) migraram do vale do Vístula (atual Polônia) em direção ao sudeste, estabelecendo-se na região ao norte do Mar Negro. Este movimento fez parte de um deslocamento maior de povos germânicos.

   O Reino Gótico de Oium: A tradição gótica, preservada pelo historiador Jordanes em sua obra Getica (século VI), fala de um reino chamado Oium nas estepes. Embora seja uma fonte tardia e por vezes lendária, ela reflete a memória de um período de expansão e consolidação de poder na região.

   Contato com Outras Culturas: Nesta localização, os Ostrogodos entraram em contato e subjugaram vários povos eslavos e iranianos (como os Sármatas) e estabeleceram relações complexas com o Império Romano, alternando entre o comércio e o saque.

No século III, eles estavam consolidando seu poder na Ucrânia, mas ainda não eram uma ameaça direta e massiva às províncias romanas centrais. Sua grande entrada na história romana ocorreria mais tarde, sob o rei Ermanarico, e principalmente após serem subjugados pelos Hunos por volta de 370 d.C.

 2. Os Visigodos (e os Godos em Geral) nos Séculos II e III

São os Visigodos (e os Godos antes da divisão clara) que protagonizam os principais eventos deste período contra o Império Romano. Os relatos são mais abundantes.

 A Invasão da Dácia (c. 248-271 d.C.)

A pressão gótica sobre a província romana da Dácia (atual Romênia) foi intensa durante o século III.

Ataques Marítimos: Os Godos, utilizando-se de uma frota de navios, começaram a saquear as ricas e vulneráveis cidades da costa do Mar Negro (províncias da Mésia Inferior e Trácia).

   Batalha de Abrito (251 d.C.): Este é um dos eventos mais significativos e um relato histórico concreto. Uma coalizão de Godos, liderada pelo rei Cniva, invadiu a Mésia. O imperador romano Décio (r. 249-251) e seu filho Herênio Etrusco marcharam para enfrentá-los. Na Batalha de Abrito, o exército romano foi aniquilado e ambos os imperadores foram mortos. Foi a primeira vez que um imperador romano morria em combate contra um exército "bárbaro", um evento chocante para o mundo romano.

   Saques na Grécia (c. 267-268 d.C.): Outro relato marcante são os saques góticos profundos nos Bálcãs. Uma enorme frota gótica saqueou cidades como Atenas, Corinto, Esparta e Argos. O famoso Templo de Ártemis em Éfeso (uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo) também foi saqueado e destruído por Godos por volta de 268 d.C.

   Imperador Galiano (r. 253-268): Galiano obteve uma importante vitória sobre os Godos em Naissus (atual Niš, Sérvia) em 268 d.C., contendo temporariamente a ameaça.

   Imperador Aureliano (r. 270-275): Reconhecendo a dificuldade de defender a província da Dácia contra a pressão constante dos Godos e de outros povos, o imperador Aureliano tomou a decisão monumental de evacuar a Dácia por volta de 271 d.C.. As legiões e a administração romana retiraram-se para o sul do Danúbio, abandonando o território aos Godos. Este é um testemunho histórico claro do poder e sucesso da pressão gótica no século III.

 Fontes Históricas Principais para o Período

1.  Ammianus Marcellinus (Res Gestae): A principal fonte para a história do século IV, mas ele fornece informações cruciais sobre as origens e as primeiras incursões dos Godos no século III. Sua obra é considerada altamente confiável.

2.  Cassius Dio (História Romana): Sua obra cobre a história romana até 229 d.C., fornecendo o pano de fundo dos primeiros contatos.

3.  Historiadores do Baixo Império (como Zósimo): Escritores do século V e VI que compilaram relatos de fontes anteriores, descrevendo as grandes invasões do século III.

4.  Jordanes (Getica): Um historiador gótico do século VI. Sua obra é fundamental para a perspectiva germânica, mas deve ser lida com cuidado, pois está repleta de lendas e foi escrita para glorificar os Godos.

 Resumo Cronológico dos Principais Eventos (Séculos II-III)

| c. 238 d.C. | Primeiros grandes saques góticos na província da Mésia. | Godos/Visigodos | Estabelecem a ameaça gótica como uma força séria. |

| 251 d.C. | Batalha de Abrito. Morte do Imperador Décio. | Godos/Visigodos | Trauma para Roma; demonstra a vulnerabilidade militar. |

| c. 257-268 | Grandes incursões navais e saques no Mar Egeu e Grécia. | Godos/Visigodos | Destruição de cidades históricas como Atenas. |

| 268 d.C. | Batalha de Naissus. Vitória do Imperador Galiano. | Romanos vs. Godos | Contém temporariamente a invasão gótica. |

| c. 271 d.C. | Imperador Aureliano abandona a província da Dácia. | Godos/Visigodos | Os Godos estabelecem-se permanentemente em território que foi romano. |

Em conclusão, enquanto os Ostrogodos estavam se consolidando no Leste Europeu durante os séculos II e III, foram os Visigodos (e a confederação gótica como um todo) que protagonizaram os relatos históricos de invasões mais dramáticos contra o Império Romano.

Essas incursões não foram migrações massivas para ocupar terras dentro do Império (isso viria depois), mas sim ataques de saque em larga escala que exploraram a instabilidade da "Crise do Terceiro Século" e resultaram na primeira perda territorial permanente de Roma para um povo "bárbaro" – a província da Dácia.

Imagística usada na profecia do texto do Apocalipse

v8 “um grande monte em chamas foi lançado ao mar”

O “mar” no Apocalipse representa as nações (Ap 19:15) do império romano; e as “chamas” podem estar relacionadas aos ataques incendiários dos bárbaros, sobre Roma e as cidades da antiga Europa.


“Um terço do mar transformou-se em sangue”

O mundo antigo do primeiro século estava divido em três continentes habitados – Europa, África e Ásia. O terço atingido era a Europa. A imagística do “sangue” indica o grande morticínio provocado na Europa por essas invasões.


v9 “morreu um terço das criaturas do mar”

A expressão “um terço” é uma expressão de juízo no Apocalipse; essa expressão aparece no texto 12 vezes indicando sempre os juízos de Deus.


“foi destruído um terço das embarcações”

Os Godos, utilizando-se de uma frota de navios, começaram a saquear as ricas e vulneráveis cidades da costa do Mar Negro (províncias da Mésia Inferior e Trácia). As embarcações são uma referência a frota marítima dos romanos que eram pegas de assalto.

A HISTORICIDADE DA PRIMEIRA TROMBETA

Destruição de Jerusalém no ano 70 dC

Significado bíblico:

A série profética das Sete Trombetas em Apocalipse 8 e 9 estão relacionadas aos Juízos de Deus. 

As Trombetas eram objetos do Santuário, e tocadas pelos sacerdotes durante a Festa das Trombetas, dez dias antes da penultima festa - O Dia da Expiação - que prefigurava o Juízo dos crentes.

Assim, quando o Apocalipse se utiliza das Trombetas para essa Série de visões, elas indicam os juízos de Deus através da história da igreja.

A igreja cristã através dos séculos sofreu perseguições, os crentes foram torturados e martirizados, e Deus trouxe os juízos sobre os inimigos da igreja.

Primeiro Século

Os inimigos da igreja cristã no primeiro século foram os judeus, que martirizaram o próprio Cristo, o Deus Encarnado, e mataram os apóstolos em sua maioria.

A invasão e destruição de Jerusalém no ano 70 d.C. foi um evento catastrófico, um dos mais significativos da história judaica, e foi meticulosamente documentado por historiadores da época. O relato mais detalhado e famoso vem de Flávio Josefo, um judeu romanizado que testemunhou os eventos.

 Contexto Histórico (Antes de 70 d.C.)

   A Grande Revolta Judaica (66 d.C.): A revolta começou devido a tensões de longa data sobre impostos romanos opressivos, profanações religiosas por governadores romanos e um crescente sentimento nacionalista e messiânico entre os judeus.

   Guerra Civil: A revolta não era apenas contra Roma; dentro de Jerusalém, facções judaicas rivais (como os Zelotes, Sicários e outros) lutavam pelo controle, cometendo atrocidades uns contra os outros.

   Resposta Romana: O imperador Nero enviou o general Vespasiano para esmagar a revolta. Vespasiano, com seu filho Tito como segundo em comando, metodicamente reconquistou a Judeia, cidade por cidade.

 O Cerco de Jerusalém (70 d.C.)

Com a morte de Nero e o caos em Roma, Vespasiano partiu para se tornar imperador, deixando Tito no comando do cerco final a Jerusalém.

1. A Situação em Jerusalém:

   A cidade estava dividida entre várias facções judaicas que se combatiam, desperdiçando recursos preciosos e queimando os estoques de grãos uns dos outros, o que levou posteriormente a uma fome catastrófica.

   Apesar da desunião, os defensores eram numerosos e lutavam com ferocidade desesperada, acreditando que Deus interviria a seu favor.

2. As Fortificações Romanas:

   Tito cercou a cidade com três muralhas de terra e fortificações, tornando impossível a fuga ou a entrada de suprimentos. Qualquer um capturado tentando sair era crucificado em massa nas colinas em volta, como um aviso psicológico.

   Josefo relata que a fome dentro da cidade tornou-se tão extrema que pessoas chegavam ao canibalismo, com mães comendo seus próprios filhos.

3. Os Três Muros de Jerusalém:

   Os romanos atacaram sistematicamente as três muralhas de Jerusalém. Eles usaram aríetes, torres de cerco móveis e minas para derrubar as fortificações.

   Após semanas de combates sangrentos, os romanos romperam a terceira e última muralha, penetrando na cidade baixa e depois no Monte do Templo.

 A Destruição do Templo

Data: 9/10 do mês hebraico de Av (cerca de agosto de 70 d.C.)

   O ponto de virada e o evento mais simbólico da guerra foi a destruição do Segundo Templo.

   De acordo com Josefo, Tito inicialmente queria poupar o Templo, que era uma maravilha arquitetônica, e usá-lo para o culto romano. No entanto, durante os ferozes combates no pátio do Templo, um soldado romano, supostamente sem ordens, atirou uma tocha em fogo em uma das dependências.

   O fogo se alastrou rapidamente e o Templo, cheio de madeira e ornamentos de ouro, foi consumido pelas chamas. Josefo descreve uma cena de horror absoluto: o massacre de milhares de civis que se refugiaram no local sagrado, o som dos gritos, o crepitar do fogo e o desespero dos judeus ao ver o centro de sua fé e nação ser destruído.

 A Queda da Cidade e suas Consequências

   Após a destruição do Templo, a resistência judaica continuou na Cidade Alta por mais um mês, mas sua queda era inevitável.

   Pilhagem e Destruição: Os romanos saquearam a cidade metodicamente. O magnífico Candelabro de Ouro (Menorá), a Mesa dos Pães da Proposição e outros tesouros do Templo foram levados para Roma, como mostrado no Arco de Tito, em Roma.

   Baixas e Cativos: Josefo estima que 1.1 milhão de judeus morreram durante o cerco (a maioria por fome e doença) e 97.000 foram capturados e escravizados. Os números modernos são frequentemente revisados para baixo, mas ainda assim são catastróficos.

   Fim da Autonomia Judaica: Jerusalém foi arrasada, com exceção de três torres (como a Torre de Davi) que foram deixadas como quartel para a legião romana estacionada lá. A Judeia deixou de ser um reino cliente e tornou-se uma província romana diretamente administrada.

 Fontes Históricas Principais

1.  Flávio Josefo - "A Guerra dos Judeus" (Bellum Judaicum):

       A fonte primária e mais importante. Josefo era um comandante judeu que se rendeu aos romanos e depois atuou como intérprete e historiador de Tito. Seu relato é extremamente detalhado, mas é crucial lembrar que ele escreveu para um público romano e para justificar sua própria traição, o que pode ter enviesado sua narrativa contra as facções mais radicais dos zelotes.

2.  Tácito - "Histórias":

       O grande historiador romano também descreve o cerco, mas os livros que cobrem o evento em detalhe se perderam. Sobrevive um trecho onde ele descreve a fortaleza de Jerusalém e a expectativa romana de que o Templo seria destruído.

3.  Arqueologia:

       Evidências da Destruição: Em escavações em Jerusalém, especialmente no bairro judeu, foram encontradas camadas de cinza e destroços queimados datados precisamente de 70 d.C.

       Projéteis de Pedra: Bolas de pedra lançadas por catapultas romanas foram encontradas por toda a cidade.

       Inscrições e Moedas: Moedas cunhadas pelos rebeldes judeus durante a revolta, com inscrições como "Para a Liberdade de Sião", foram encontradas em meio aos destroços, assim como moedas romanas comemorando a vitória: "IVDAEA CAPTA" (A Judeia Foi Capturada).

 Significado Histórico

A destruição de Jerusalém em 70 d.C. foi um divisor de águas:

   Para o Judaísmo: Marcou o fim do judaísmo baseado no Templo. O centro religioso transferiu-se para os rabinos e as sinagogas, dando origem ao judaísmo rabínico que conhecemos hoje.

   Para o Cristianismo: A comunidade cristã judaica de Jerusalém fugiu para Pella antes do cerco (de acordo com a tradição). O evento foi interpretado pelos primeiros cristãos como um cumprimento da profecia de Jesus sobre a destruição do Templo (Mateus 24) e acelerou a separação entre o Cristianismo e o Judaísmo. Jesus antecipou a profecia da Primeira Trombeta.

   Para Roma: Foi uma vitória crucial para a nova dinastia flaviana (Vespasiano e Tito), consolidando seu poder e financiando grandes projetos, como o Coliseu de Roma, com o a riqueza de Jerusalém.

Em resumo, o cerco e a destruição de Jerusalém em 70 d.C. foram um evento de profunda brutalidade e significado religioso, político e cultural, cujos ecos são sentidos até hoje. E sua aplicação histórica encontra eco na primeira trombeta  descrita em Apocalipse 8:7.


A PAZ NO ORIENTE MÉDIO

 

Há uma profecia muito significativa, no contexto do “fim do mundo” que diz – “Quando afirmarem a vocês: Paz e segurança, eis que repentina destruição se precipitará sobre eles, assim como as “dores de parto” tomam a mulher grávida, e de forma alguma encontrarão escape” – 1Ts 5:3.

Essa profecia está relacionada “aos tempos e épocas” (v1) e ao “Dia do Senhor” (v2) ou a Segunda Vinda de Jesus. A expressão “paz e segurança” se refere aos esforços dos “reis da terra” (Ap 6:15) para alcançar uma paz que somente Cristo pode dar e estabelecer através do Reino de Deus.

Donald Trump na Cúpula de Paz de Gaza – Sharm el-Sheikh, no Egito em 13 de outubro de 2025 fez um discurso após a conclusão do seu plano de paz, e uma aparente resolução para o conflito entre Israel e Palestina.

“Trump inicia com agradecimentos às autoridades egípcias (presidente Abdel Fattah el-Sisi) e reconhece a dimensão histórica do encontro, apresentando-o como fruto de “milagres políticos”. (Fonte: (The Guardian, CBS News, Politifact e Le Monde).

Trump diz – “Este não é apenas o fim de uma guerra. É o fim de uma era — uma era de terror e de morte — e o começo de uma era de fé, de esperança e de Deus.” Ele posiciona o evento como “mudança de era”, usando linguagem espiritual para marcar a transição entre conflito e reconstrução.

“Digo ao povo palestino: chegou a hora de deixar o caminho do ódio e do terror. Expulsem de entre vocês os que pregam destruição. Reconstruam suas casas, suas cidades e sua fé. Deus está oferecendo uma nova oportunidade, e o mundo está olhando.” – Trump fala em tom de exortação religiosa e moral, incentivando reconstrução e “redenção nacional” para Gaza.

A fala de Trump segue o roteiro profético de Apocalipse 13 – de aparência “como cordeiro, mas que fala como dragão” (v11).

O presidente norte-americano enfatiza – ““Levou 3.000 anos para chegarmos a este ponto. Acreditam nisso? E este acordo vai resistir, sim — vai durar.” A Frase dita se refere ao documento chamado “Trump Declaration for Enduring Peace and Prosperity”. Ele a apresenta como marco histórico e irrevogável. “Não haverá mais desculpas, não haverá mais terrorismo.” Com um tom mais firme, lembrando o estilo característico de Trump. Ele mistura apelo à paz com ameaça de força. Um claro lampejo profético da figura cordeiro/dragão.

Trump assume nesse discurso a figura do “Falso Profeta” (Ap 16:13) que o próprio Apocalipse apresenta como personagem no cenário das profecias do “Fim do Mundo”.  A fala profética de Trump anuncia – “É hora de reconstruir — com fé, com trabalho, com amor. Gaza pode ser novamente um lugar de vida, e não de morte. Israel pode ser uma nação em paz. Deus está pronto para abençoar — e nós também devemos estar. (...) Estamos aqui porque acreditamos em milagres. E hoje, vimos um deles acontecer. Que Deus abençoe Israel, que Deus abençoe a Palestina e que Deus abençoe os Estados Unidos da América.”

Os jornais americanos indicaram – “Encerramento com forte retórica religiosa, conectando o tema espiritual com responsabilidade política”. Essa tendência de uma política mundial com tom religioso é o quadro profético de Apocalipse 13 se cumprindo.

A profecia apresenta uma relação entre as duas bestas (do mar e da terra – Ap 13:12-15) que representam os Vaticano e os EUA. Essa é uma relação que irá se desdobrar nos próximos anos e trará o cenário de imposições, sanções e decretos (vs15-17).

“A próxima fase do plano de 20 pontos de Trump exige um acordo que complete a estrutura prevista, na qual a Faixa de Gaza seria desmilitarizada, protegida e governada por um comitê que inclua palestinos. O projeto prestará contas a um Conselho de Paz presidido por Trump. É necessário um trabalho detalhado e intenso para que essa etapa seja implementada. O acordo sobre Gaza não é um roteiro para a paz no Oriente Médio — o destino final que parece, pelo menos até agora, inalcançável” (Fonte: BBC).

A relação entre 1 Tessalonicenses 5:3 e Apocalipse 13:12-14, revela uma notável continuidade temática sobre a natureza do engano escatológico. Em 1 Tessalonicenses 5:3, a expressão "paz e segurança" (εἰρήνη καὶ ἀσφάλεια) descreve uma falsa sensação de estabilidade propagada por sistemas humanos alheios aos propósitos divinos, que será abruptamente interrompida pela repentina destruição. Este anúncio de paz enganosa encontra sua contraparte escatológica em Apocalipse 13:12-14, onde a segunda besta, frequentemente como os EUA, como o poder religioso apóstata dos últimos dias, realiza grandes sinais e maravilhas para seduzir os habitantes da terra, promovendo adoração à primeira besta e criando uma ilusória unidade religioso-política.

A conexão entre estes textos reside no padrão de operação enganosa: assim como em Tessalonicenses se anuncia um falso clamor de paz que precede a ruína, em Apocalipse desenvolve-se este tema através de sinais miraculosos e propaganda enganosa que conduzem a humanidade a uma falsa adoração. A animação da imagem da besta constitue a culminação deste engano, criando uma aparência divina para um sistema de opressão. Esta falsa segurança coletiva será quebrada pela intervenção direta de Cristo, assim como "as dores de parto" sobrevêm inesperadamente à mulher grávida em 1 Tessalonicenses 5:3.

Estes eventos representam o clímax do conflito cósmico, onde o engano satânico atinge sua expressão máxima através da tríade apocalíptica (dragão, besta do mar e besta da terra), simulando uma “falsa trindade” que oferece segurança sem Deus. A repentina destruição em Tessalonicenses corresponde assim à colheita final de Apocalipse 14:14-20, onde a colheita da terra, representa a Segunda Vinda de Jesus, e contrasta com a falsa segurança promovida pelo sistema da besta.

A profecia segue pincelando cenas nas cores proféticas e criando um cenário que já foi previsto nas profecias do Apocalipse.

O conselho de Jesus em seu sermão profético é – “aquele que perseverar até o fim será salvo” Mt 24:13. A perseverança aqui se manifesta em voltar nossa atenção para as profecias das Sagradas Escrituras, e nossa atenção estar concentrada nelas, e não na agenda política desse mundo. A perseverança ainda é manter a confiança no relacionamento com Deus, para que ao Jesus voltar, nós sejamos reconhecidos por Ele, como filhos amados e servos fiés.

Persevere nessa experiência.