O SECAMENTO DO RIO EUFRATES

Na Bíblia, rios frequentemente simbolizam nações, impérios ou povos, servindo como metáforas geopolíticas e proféticas. Essa linguagem aparece especialmente em textos poéticos e apocalípticos, onde águas, rios e mares, representam poder, influência e nações (Ap 17 v15). 

 O Significado do "Grande Rio Eufrates" 

O simbolismo histórico e profético. No Antigo Testamento, o Eufrates era a fronteira oriental de Israel e uma barreira natural (Gn 15:18; Dn 10:4). Babilônia, inimiga de Israel, estava situada junto ao Eufrates (Jr 51:13; Ap 17:1, 15).

No Apocalipse, o Eufrates representa o apoio político e religioso que esse sistema religioso opressor recebe “dos reis da terra” (17:12). 

 Rio e Nações

Os Principais Textos Bíblicos que associam rios à nações são variados. O Egito é associado ao Rio Nilo em Isaías 19:5–10. EM Ezequiel 29 o profeta diz – “Eis que eu estou contra ti, Faraó, rei do Egito, grande dragão... que diz: O Nilo é meu, e eu o fiz" (v3). O Egito é personificado como um monstro no Nilo, destacando sua arrogância. 

Já a Assíria é chamada pelo nome do Rio Tigre (Hiddequel). Em Gênesis 2:14, O Tigre é um dos rios do Éden, associado à fonte da civilização mesopotâmica.  Em Daniel 10:4  o profeta diz que "estava junto ao grande rio Tigre" – Local de revelações sobre impérios mundiais. 

Israel é representado pelo Rio Jordão. Em Josué 3:14–17, A travessia do Jordão simboliza entrada na Terra Prometida. Em 2 Reis 5:10–14, Naamã um sírio, se recusa a entrar no Jordão, dizendo que os rios da Síria, Abanae Farfar, eram melhores que o barrento Jordão. Há um nacionalismo nessa história, a partir dos rios.

A Pérsia era nomeada pelo Rio Ulai (em Ezequiel 8:2, Daniel 8:2, 16). Daniel tem uma visão  - "junto ao rio Ulai" – Visão do carneiro (Pérsia) e bode (Grécia).

Babilônia era nomeada pelo Rio Eufrates. O profeta Jeremias profetiza - "Ó tu que habitas sobre muitas águas, abundante em tesouros!" cap.51 v13. Babilônia é descrita como uma cidade "sobre águas" (Eufrates), simbolizando seu poder e riqueza.

 Babilônia e seu aporte

Em Apocalipse 17:1, 15, a Babilônia apocalíptica, a Igreja Romana e as igrejas apostadas, são descritas - "A grande prostituta que está assentada sobre muitas águas... As águas que viste são povos, multidões, nações e línguas." Aqui, o Eufrates (e outras "águas") representam os povos que sustentam Babilônia apocalíptica, a igreja romana. 

O Eufrates assim é um símbolo dos poderes seculares que sustentam Babilônia espiritual (Ap 17:15–18). Se refere ao poder militar e econômico que mantém o sistema opressor descrito em Apocalipse 13:15-18 – a besta da terra e a besta do mar, representados por EUA e Vaticano.

O Significado Teológico

Águas abundantes significam Domínio e recursos (Ez 29:3; Ap 17:15).  E a Secagem dos rios, indicam Queda de impérios (Is 19:5; Ap 16:12). 

 O Rio no Juízo Escatológico em Apocalipse 16 v12 (onde o Eufrates se seca) indica o Fim do apoio das nações a Babilônia. Jeremias 50 v38 profetiza sobre a (Secagem de Babilônia) como Juízo divino – “A espada virá sobre as suas águas, e estas secarão; porque é uma terra de imagens de escultura". Note que o secamento está relacionado com a idolatria das imagens, algo muito comum da igreja romana. 

Em Apocalipse 17:15 – As "águas" são nações sob influência de Babilônia. E o secamento das águas que a prostituta está assentada, seriam também o secamento do Rio Eufrates. 

A Bíblia usa rios como símbolos de nações, especialmente em contextos de: Poder e prosperidade; Juízo divino (secagem como queda da nação) e Fronteiras proféticas (terra prometida, e os impérios).  Essa linguagem atinge seu clímax em Apocalipse, onde o Eufrates seco anuncia o fim de Babilônia apocalíptica, o sistema religioso corrupto composto pela igreja romana e as igrejas protestantes apostatadas, e por fim a vitória de Deus. 

 O secamento

O significado Imediato do rio lembra os juízos sobre o Egito, onde Deus secou o Mar Vermelho, (Êxodo 14) para a destruição do exército de Faraó. A queda de Babilônia histórica no AT (Jr 50:38; 51:36) explica a queda da Babilônia apocalíptica; e o ‘secamento do rio’ remove a proteção de Babilônia apocalíptica, permitindo sua queda. 

Como entender o secamento do Rio Eufrates dentro do contexto político-religioso atual? O secamento do Eufrates representa o fim do apoio político e econômico ao sistema religioso corrupto (Ap 17:16).  A retirada da proteção dos “reis da terra”, levando Babilônia ao colapso. É um juízo divino sobre as nações que sustentam a apostasia. 

 Aplicação escatológica

Especialmente a igreja romana, possui muito apoio das nações européias e de todo o mundo. Embora seja a Besta da Terra, o EUA, que promove a formação da “Imagem da besta” que devolve o poder político-militar ao Vaticano, são os reis da terra que “recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora. Estes têm um mesmo propósito e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem” Ap 17 vs12,13.

Essa uma hora profética, corresponde a duas semanas, 14 dias, que pode ser o período das sanções econômicas e decretos que a besta e os reis da terra, impõem sobre “os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz com que lhes seja dada certa marca na mão direita ou na testa, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome. ... e fizesse morrer todos os que não adorassem a imagem da besta” Ap 13:15-17

Será o “secamento” desse poder, vindo dos reis da terra, e dos EUA, que irão provocar a queda de Babilônia descrita em Apocalipse 18. Babilônia, a igreja romana e as igrejas apostatadas, irão perder sua influencia e poder, e cairão somo sistema religioso opressor. E é aqui que os reis vindo do Oriente entram em cena – “as águas do rio secaram, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do Oriente” Ap 16:12up. Os reis do oriente aqui, representam o cortejo de Cristo em Seu aparecimento (Parousia) nas nuvens do céu.

 Contexto do secamento 

A perda do poder e influencia da Babilônia (Igreja romana e as igrejas apostatadas) é na sexta praga apocalíptica; (Ap 16:12–16) descreve: "O sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do Oriente." A linguagem é simbólica, e o Eufrates e o secamento de suas águas está dentro do quadro do juízo escatológico que castiga os “adoradores da besta” (16:2). 

 Conclusão

O Rio Eufrates na Bíblia representa Babilônia; na profecia está relacionada à Babilônia apocalíptica, que representa as igrejas apostadas – a igreja romana e as igrejas protestantes, que compartilham os mesmos pecados e falsas doutrinas. O ‘secamento do rio’ se refere a retirada de poder e influência que a ‘besta’, a igreja romana, irá receber dos reis da terra. Essa perda de poder e influência vai desencadear sua queda e destruição, narrada em Apocalipse 18. Esse será o juízo sobre a igreja romana e as igrejas apostadas, dentro das Sete Pragas apocalípticas.

EUA E A GUERRA CONTRA O IRÃ

Os eventos de guerra que estamos vivenciando (Junho/2025) dos EUA atacando o Irã, estão previstos na profecia?

As guerras especificamente são raramente descritas na profecia; nem a 1ª e 2ª guerras mundiais, que tiveram tão grande importância na história do século 20, não ganharam espaço nos livros proféticos.

Jesus disse sobre as guerras – “vocês ouvirão falar de guerras e rumores de guerras. Fiquem atentos e não se assustem, porque é necessário que isso aconteça, mas ainda não é o fim” Mateus 24:6. Ou seja, o mundo não vai acabar através de uma guerra. Elas não irão determinar o fim da humanidade.

Nem a guerra de Israel e Palestina, que poderíamos imaginar ter importância na agenda do Apocalipse, nem essas duas nações bíblicas, ganharam espaço ou valor.

TROMBETAS

A ligação dessas guerras com as profecias estão na profecia da 6ª Trombeta. A série de sete cenas proféticas das Trombetas (Apocalipse 8:6-9:21), mostra como Deus usa forças estrangeiras, ou nações para castigar, ou trazer juízos sobre os opressores da igreja de Cristo.

E na 6ª Trombeta (Apocalipse 9:13-21) surpreendentemente, os muçulmanos são o povo que Deus usa para seus propósitos em castigar, de forma especial, as quatro Bestas do Apocalipse (Vaticano, França, EUA, Europa).

Sendo assim, todos eventos de terrorismo que vimos no final do século 20 e nesse século 21, são ações da 6ª Trombeta protagonizadas pelas nações muçulmanas/islâmicas.

PROTAGONISTAS DA 6ª TROMBETA

É Deus que instiga as nações muçulmanas/islâmicas para atacar as “bestas” ou nações que agem para limitar o povo de Deus e o evangelho.

A estratégia de ataques terroristas por grupos extremistas islâmicos contra os EUA e a Europa tem suas raízes em conflitos geopolíticos, intervenções ocidentais no Oriente Médio e no surgimento de ideologias jihadistas modernas.

As origens são no Século 20 especialmente na década de 1980, com a Guerra AfegãSoviética e o Surgimento da AlQaeda. Durante a Guerra Fria, os EUA e o Paquistão apoiaram os mujahidins afegãos (incluindo Osama bin Laden) contra a invasão soviética (19791989).

Grupos jihadistas ganharam experiência militar e começaram a ver os EUA como um novo inimigo após a retirada soviética (especialmente com a presença militar americana na Arábia Saudita em 1990).

AÇÕES DA 6ª TROMBETA

O século XXI testemunhou vários atos terroristas significativos nos EUA e na Europa, muitos deles ligados a grupos extremistas como a AlQaeda e o Estado Islâmico (EI). Abaixo estão alguns dos principais ataques:

Estados Unidos (EUA) 

1. Atentados de 11 de Setembro de 2001

    Responsável: AlQaeda 

    Local: Nova York (Torres Gêmeas), Washington, D.C. (Pentágono) e Pensilvânia (Voo 93). 

    Mortes: Cerca de 3.000 pessoas. 

    Impacto: Levou à "Guerra ao Terror", incluindo as invasões do Afeganistão (2001) e do Iraque (2003). 

2. Ataque à Maratona de Boston (2013) 

    Responsáveis: Irmãos Tsarnaev (inspirados pelo extremismo islâmico). 

    Local: Boston, Massachusetts. 

    Mortes: 3 mortos e mais de 260 feridos. 

3. Atentado em Orlando (2016) 

    Responsável: Omar Mateen (afiliado ao EI). 

    Local: Boate Pulse, Flórida. 

    Mortes: 49 mortos e 53 feridos (maior massacre em solo americano até então). 

4. Ataque em Nova York (2017 – Atropelamento em ciclovia) 

    Responsável: Sayfullo Saipov (inspirado pelo EI). 

    Local: Manhattan, Nova York. 

    Mortes: 8 mortos e 11 feridos. 

 Europa 

1. Atentados de Madrid (2004) 

    Responsável: Célula da AlQaeda. 

    Local: Trens em Madrid, Espanha. 

    Mortes: 191 mortos e mais de 2.000 feridos. 

    Impacto: Influenciou as eleições espanholas e a retirada das tropas do Iraque. 

2. Atentados de Londres (2005) 

    Responsáveis: Célula local ligada à AlQaeda. 

    Local: Metrô e ônibus em Londres, Reino Unido. 

    Mortes: 52 mortos e mais de 700 feridos. 

3. Ataque em Paris (2015 – Bataclan e outros) 

    Responsável: Estado Islâmico (EI). 

    Locais: Bataclan, estádio nacional, cafés e restaurantes. 

    Mortes: 130 mortos e mais de 400 feridos (pior ataque na França desde a Segunda Guerra). 

4. Atentados de Bruxelas (2016) 

    Responsável: Estado Islâmico. 

    Locais: Aeroporto e metrô de Bruxelas, Bélgica. 

    Mortes: 32 mortos e mais de 300 feridos. 

5. Atentado em Nice (2016) 

    Responsável: Mohamed LahouaiejBouhlel (inspirado pelo EI). 

    Local: Atropelamento em massa no Dia da Bastilha, França. 

    Mortes: 86 mortos e mais de 400 feridos. 

6. Ataque em Manchester (2017) 

    Responsável: Salman Abedi (ligado ao EI). 

    Local: Arena de Manchester, Reino Unido (show de Ariana Grande). 

    Mortes: 22 mortos e mais de 100 feridos. 

7. Atentado em Barcelona (2017) 

    Responsável: Célula jihadista. 

    Local: Las Ramblas, Espanha. 

    Mortes: 13 mortos e mais de 130 feridos. 

8. Ataque em Viena (2020) 

    Responsável: Extremista islâmico. 

    Local: Viena, Áustria. 

    Mortes: 4 mortos e 23 feridos. 

 

 Tendências Observadas 

 Década de 2000: Predomínio da AlQaeda (11/9, Madrid, Londres). 

 Década de 2010: Ascensão do Estado Islâmico (Paris, Bruxelas, Nice, Manchester). 

 Métodos: Bombas, tiroteios, atropelamentos e ataques "lone wolf" (atores solitários). 

 Esses ataques tiveram um impacto profundo nas políticas de segurança, imigração e liberdades civis nos EUA e na Europa. E todos eles são eventos da 6ª Trombeta.

IRÃ E HEZBOLLAH

Embora os EUA esteja aparentemente obtendo vantagem sobre essas ações terroristas do Irã e do Hezbollah, isso deve ser lido como o avanço para o cumprimento de Apocalipse 13:11-18, onde as duas Bestas (EUA e Vaticano) agem de forma conjunta.

É natural que os EUA reajam a essas ações da 6ª Trombeta, mas elas vêm para enfraquecer a Besta da Terra (EUA) e limitar a Besta do Mar (Vaticano). Especialmente na união que essas duas bestas farão e agirão.

Imagine, os EUA e Vaticano impondo sanções econômicas e decreto de morte sobre os que não adotarem a “marca da besta” (adoração a Deus no primeiro dia da semana – domingo).                 O mundo muçulmano/islâmico tem o seu dia sagrado na sexta-feira. Como o mundo muçulmano vai reagir a essas imposições?

A QUEDA DE BABILÔNIA

Talvez a queda de Babilônia e as cenas de destruição de Apocalipse 18 sejam ações terroristas em retaliação ao excesso de poder que a união das duas bestas (EUA e Vaticano) irão exercer além dos limites.

Dentro desse quadro profético, ainda haverá a “contrafação” (Mateus 24:23,26) onde Satanás irá simular a volta de Jesus à Terra, e unir as religiões de todo o mundo. Talvez isso garanta a adesão do mundo muçulmano ao grande esquema de EUA e Vaticano. Mas a destruição de Babilônia indica que essa União não será bem sucedida.

CONCLUSÃO

As guerras protagonizadas pelos EUA contra as nações muçulmanas/islâmicas tem o objetivo de erguer o Vaticano sobre outras religiões. Embora Israel esteja no cenário do momento, é a igreja romana que alcançará o estabelecimento mundial. Israel apenas cederá a Terra Santa para o protagonismo do cristianismo romano, e o surgimento do Falso Cristo.

O cenário profético está se concluindo, e logo veremos o Verdeiro Cristo, mas vindo em glória!

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