OS REIS DA TERRA E BABILÔNIA


 “A missa pelo falecido líder da Igreja Católica contou com a presença de dezenas de milhares de pessoas e mais de 100 delegações oficiais, incluindo chefes de Estado como o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy” [EuroNews].

Foram 165 representantes de países, 12 Monarcas e mais de mil membros das delegações e dignatários. “Com a presença de tantos líderes mundiais, o funeral do Papa Francisco tornou-se um dos mais importantes encontros internacionais do ano”. [EuroNews]

O Livro de Revelação mostra essa relação internacional dos papas como sendo algo negativo. Os “reis da terra” são mencionados 31x nas profecias do Apocalipse. E eles tem uma relação íntima com Babilônia, a Grande Prostituta – essa é a figura que o Apocalipse dá a ICAR, a igreja romana pagã – devido a sua relação política-religiosa com esses reis.

Essa relação do Vaticano com a política mumdial é chamada na profecia de ‘prostituição’. Apesar de ser um termo pejorativo, é uma expressão simbólica para as relações políticas-religiosas que essa instituição religiosa tem como marca em sua natureza. A união da igreja-estado é algo mau nas Escrituras.

O uso dessa imagística deveria ser um alerta em si mesmo para que fosse evitado e combatido.

 No clássico capítulo 18 do Apocalipse, onde ocorre “A Queda de Babilônia”, “os reis da terra” são protagonistas na cena que é retratada ali. “Os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em luxúria, vão chorar e se lamentar por causa dela, quando virem a fumaça do seu incêndio. E, conservando-se de longe, com medo do seu tormento, dizem: "Ai! Ai de você, grande cidade, Babilônia, cidade poderosa! Pois em uma só hora chegou o seu juízo." Apocalipse 18:9,10

 A profética “Queda de Babilônia” é um evento da profecia para a ‘queda’ da influência da igreja romana no mundo, e mais ainda, vai sofrer uma perda dos fiéis, uma saída massiva deles. A profecia parece indicar que a ICAR vai perder seu poder político-religioso e seu prestígio no cenário político mundial. O cenário final é catastrófico, de um “incêndio”, uma destruição de sua sede no Vaticano.

 As cenas são descritas assim:

- a queda de sua influencia mundial – “Caiu! Caiu a grande Babilônia! Ela se tornou morada de demônios, refúgio de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo tipo de ave imunda e detestável” Ap 18:2. Note a acusação de demonismo, imundícies e reprovações detestáveis.

 - a saída massiva dos fiéis – “Saiam dela, povo meu, para que vocês não sejam cúmplices em seus pecados e para que os seus flagelos não caiam sobre vocês. Porque os pecados dela se acumularam até o céu, e Deus se lembrou das injustiças que ela praticou.” Ap 18:4,5. A ordem da saída da Babilônia, a igreja prostituída, vem do próprio Deus. E a razão disso é porque há pecados e injustiças em sua história.

 - perda da influência  política – “Os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em luxúria ... E, conservando-se de longe, com medo do seu tormento, dizem: "Ai! Ai de você, grande cidade, Babilônia, cidade poderosa! Pois em uma só hora chegou o seu juízo." Ap 18:9,10. A igreja romana pagã, irá ser castigada por Deus por seus excessos. O castigo parece ocorrer no contexto das 7 pragas do Apocalipse, na 5ª e na 6ª pragas (Ap 16:10-12).

 - a destruição e incêndio – “Os reis da terra... vão chorar e se lamentar por causa dela, quando virem a fumaça do seu incêndio”. Ap 18:9. “Então, vendo a fumaça do seu incêndio, gritavam: Que cidade se compara à grande cidade? Lançaram pó sobre a cabeça e, chorando e pranteando, gritavam: "Ai! Ai da grande cidade” Ap 18:18,19. A destruição do Vaticano pode ser um ataque terrorista, muito comum na Europa. E isso pode ocorrer através do Islamismo, que tem sido protagonista de atos terroristas naquele continente. O Islã é protagonista das profecias das 7 Trombetas (Apocalipse 9:1-21).

 Conclusão

A igreja romana pagã, a ICAR, ocupa o cenário nas profecias de Daniel e Apocalipse; é uma protagonista do mal nas imagísticas das Sagradas Escrituras. E o cenário atual dos “reis da terra” se relacionando com o Vaticano, prestando homenagens à essa igreja pagã, é um indicativo de que a profecia está se realizando diante dos nossos olhos.

 A recomendação de Jesus no Seu Sermão profético é – “¹Aquele, porém, que ficar firme até o fim, esse será salvo” Mateus 24:13. A firmeza e perseverança está em seu manter ao lado da Verdade das Escrituras. Se Babilônia prostituiu a Verdade, misturando com mentiras e tradição, a nossa atitude deve ser manter as Verdades fundamentais do Evangelho em nossas vidas.

Leia também:

Os Personagens da Profecia

Quem é a Grande Prostituta

O Islã e a 6a Trombeta

O Terrorismo e o Islã

O Incêndio de Notre Dame

A ENCÍCLICA DIES DOMINI

A carta apostólica Dies Domini, promulgada por João Paulo II em 1998, visava reafirmar a centralidade do domingo na vida cristã-romana. Esse documento papal pode ser considerado um protótipo do Decreto Dominical; as bases teológicas para um decreto futuro contra a liberdade de culto.

 O documento é estruturado em cinco capítulos, cada um explorando diferentes dimensões do "Dia do Senhor".

No primeiro capítulo, "Dies Domini", o domingo é apresentado como a celebração da obra do Criador. O Papa destaca que, desde os tempos apostólicos, o domingo substituiu o sábado judaico como o dia dedicado a Deus, marcando a nova criação iniciada com a ressurreição de Cristo.

Vojtyla destaca que, embora o domingo seja, para os cristãos, principalmente uma celebração pascal, essa característica está intimamente ligada à mensagem das Escrituras sobre o desígnio de Deus na criação do mundo. Ele enfatiza que o Verbo, que se fez carne na plenitude dos tempos, é também o princípio e o fim do universo, conforme afirmado em João 1:3 e Colossenses 1:16. Essa presença ativa do Filho na obra criadora de Deus se manifesta plenamente no mistério pascal, onde Cristo, ao ressuscitar como "primícias dos que morreram" (1 Coríntios 15:20), inaugura a nova criação.

João Paulo II também menciona que o "shabbat", o repouso jubiloso do Criador, é uma bênção e consagração do sétimo dia, conforme Gênesis 2:3. Ele argumenta que o domingo, ao celebrar a nova criação iniciada com a ressurreição de Cristo, assume o papel de recordar e santificar, cumprindo o mandamento de "recordar" para "santificar" o dia do Senhor.

Assim, o Papa propõe que o domingo seja compreendido não apenas como um dia de descanso, mas como uma celebração da criação original e da nova criação em Cristo, unindo a obra do Criador com a obra redentora do Salvador.

O segundo capítulo, "Dies Christi", enfatiza o domingo como o dia do Senhor ressuscitado e do dom do Espírito. Aqui, o domingo é visto como a "Páscoa semanal", celebrando a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte.

Em "Dies Ecclesiae", o terceiro capítulo, o foco recai sobre a assembleia eucarística como alma do domingo. A participação na Eucaristia dominical é apresentada como essencial para a vida cristã, fortalecendo a comunhão e a identidade da Igreja.

O quarto capítulo, "Dies Hominis", trata do domingo como o dia do homem. João Paulo II argumenta que o descanso dominical é um direito humano fundamental, permitindo que as pessoas se dediquem à família, à cultura e à espiritualidade.

Finalmente, "Dies Dierum" aborda o domingo como a festa primordial, reveladora do sentido do tempo. O Papa propõe que o domingo seja o centro do calendário litúrgico, orientando a vida dos fiéis para a eternidade.

Ao longo da carta, João Paulo II expressa preocupação com a crescente secularização do domingo, transformado em mero "fim de semana". Ele conclama os cristãos a redescobrirem o verdadeiro significado do domingo, integrando fé, descanso e solidariedade.

Dies Domini é, portanto, um apelo à renovação da vivência dominical, destacando sua importância teológica, eclesial e humana.

Conclusão

O documento é um ensaio do Vaticano para um futuro decreto. As bases teológicas estão estabelecidas, embora quando sejam lidas com uma crítica textual e exegética rigorosa, não vemos de onde veio a mudança do sábado para o domingo. O argumento é mais alegórico do que textual. A tradição é usada mais do que a autoridade das Sagradas Escrituras.

Assim, Carol Vojtyla já em 1998 já estabelecia as intenções da Igreja Romana sobre o dia sagrado dessa Igreja Romana. Esse tema irá retornar ao cenário mundial. Na ótica da Encíclica Laudato Sí, como justificativa social e ambiental.

Mas Apocalipse 13 nos ajuda a entender que o argumento será moral e financeiro, dentro da associação das duas nações – EUA e Vaticano, as bestas do mar e da terra (Ap 13:11-18).

 Os documentos bases para essa ação, o decreto dominical, já estão a décadas formalizados, mas falta a ação política para isso. E essa força política virá da Casa Branca.

 Quem tiver olhos que leia, entenda e veja.


OS SETE ÚLTIMOS PAPAS


A leitura dos sete últimos reis (Ap 17:9) no Apocalipse leva alguns leitores a interpretar como se fossem papas. Mas na realidade se referem as "sete cabeças" da Besta Escarlate (Ap 17:3) que são os sete últimos impérios da história humana.

Como foi a atuação dos Sete ùltimos Papas dentro do cenário político-teológico? 

Esse resumo nos ajuda a entender a evolução do Vaticano como poder dentro da Europa e do Mundo Ocidental:

1. Papa Francisco (2013–2025) 

-Nome de batismo: Jorge Mario Bergoglio (Argentina)

-Primeiro papa das Américas e jesuíta 

-A sua Enciclica Laudato Si foi um documento que dava razão social e científica para a guarda do domingo.

-Ênfase: justiça social, meio ambiente (Laudato Si’), Igreja mais inclusiva 

-A inclusão de membros divorciados, e de pessoas de outros gêneros sexuais aproxima a igreja romana do quadro da "Babilônia" e "Sodoma" espiritual.

 

2. Papa Bento XVI (2005–2013) 

-Nome de batismo: Joseph Ratzinger (Alemanha) 

- Teólogo conservador, renunciou ao papado

- Representa o reforço doutrinário da besta (Ap 13:5–6), falando “com soberba e blasfêmias”.

- Ênfase: liturgia, doutrina, diálogo com a razão

 

 3. Papa João Paulo II (1978–2005) 

-Nome de batismo: Karol Wojtyła (Polônia) 

- Primeiro papa não italiano em 455 anos

- Retomou o poder político internacional, mudando o curso da Europa, com a queda do comunismo. Pode ser considerado o papa que consolidou a cura da “ferida mortal”.

-Mentor da Encíclica Dies Domini, que pode ser considerada um protótipo do Decreto Domical. 

- Ênfase: combate ao comunismo, juventude, defesa da vida

 

 4. Papa João Paulo I (1978) 

- Nome de batismo: Albino Luciani (Itália) 

-  Pontificado mais curto do século: 33 dias. Morreu de um infarto fulminante.

- Essa foi uma transição, sem impacto direto profético, mas inserido em um momento de crescimento do prestígio papal.

 

5. Papa Paulo VI (1963–1978) 

- Nome de batismo: Giovanni Battista Montini (Itália) 

-  Concluiu o Concílio Vaticano II e reforçou o papel do papado na sociedade moderna.

- Ênfase: modernização e diálogo com o mundo

-  Fortaleceu a base do ecumenismo e da influência moral global, preparando o caminho para a besta “cuja ferida foi curada”.

- É com ele que a imagem do papado moderno começa a se consolidar com força nos assuntos globais.

 

6. Papa João XXIII (1958–1963) 

- Nome de batismo: Angelo Giuseppe Roncalli (Itália) 

- Convocou o Concílio Vaticano II (1962): abertura ao mundo moderno, ao ecumenismo e ao diálogo inter-religioso.

- Ênfase: abertura da Igreja ao mundo moderno

- Leitura profética: início da grande aproximação com outras igrejas (Babilônia e suas filhas – Ap 17:5).

- Reconstrução da imagem da besta: união entre igrejas com pretensões universais.

 

 7. Papa Pio XII (1939–1958) 

- Nome de batismo: Eugenio Pacelli (Itália) 

- Papa durante a Segunda Guerra Mundial 

- Controverso por sua postura durante o Holocausto

-  Leitura profética: Começo da “cura da ferida mortal” (Ap 13:3). Após a crise mundial, o papado começa a retomar relevância global.

- Relações políticas com regimes e nações marcam seu papel diplomático, típico da besta apocalíptica que “domina reis” (Ap 17:18).

 Leia também:

A Enciclica Papal sobre o Domingo

A Encíclica Laudato Si

OS TRÊS ÚLTIMOS PAPAS

Desde a “ferida mortal” (Apocalipse 13:3) que o papado sofreu em 1798 com a prisão do papa Pio VI, e o fim de um reinado de 1260 anos de poder político-religioso,  o papado e o Vaticano vem depois disto em uma crescente retomada de poder.

Os três últimos papas foram o ápice dessa retomada do cenário político internacional.

O Papa João Paulo II, ou Carol Vojtyla, que reinou no Vaticano de 1978–2005, foi um expoente nesse retorno ao cenário internacional com o poder que os papas medievais possuíam.

Suas principais ações políticas foram:

- Combate ao comunismo – Desempenhou papel crucial na queda do comunismo na Europa, especialmente na Polônia, apoiando o movimento Solidariedade. Carol Vojtyla era polonês e lutou pela liberdade do seu povo.

- Diálogo inter-religioso – Vojtyla promoveu o entendimento entre diferentes religiões, incluindo encontros históricos com líderes judaicos e muçulmanos. Proximidade com líderes mundiais: estabeleceu relações diplomáticas com mais de 170 países. Foi o primeiro papa a entrar numa sinagoga e numa mesquita.

- Defesa dos direitos humanos – Condenou o apartheid na África do Sul e criticou regimes opressores.

Suas principais ações teológicas foram:

- Encíclicas importantes: Publicou documentos como Redemptor Hominis, Evangelium Vitae, e Dies Domini, abordando temas como a dignidade humana, a defesa da vida e a guarda do domingo.

- A Encíclica Dies Domini foi um documento de 1998, sobre o domingo, destacando como dia sagrado, sua origem na criação e ressurreição de Jesus e um chamado à guarda desse dia. Foi um protótipo do Decreto Dominical.

- Valorização da família: Enfatizou a importância da família e do matrimônio na sociedade contemporânea.

- Jornada Mundial da Juventude: Instituiu este evento para aproximar os jovens da fé católica.

O penúltimo, Papa Bento XVI, ou Joseph Ratzinger, reinou de 2005–2013 no Vaticano:

Ações Políticas:

- Diálogo inter-religiosos: Apesar de controvérsias, buscou manter o diálogo com outras religiões, incluindo o Islã e o Judaísmo.

- Conservadorismo moral: Reforçou posições tradicionais da Igreja em temas como aborto e eutanásia.

Suas principais ações teológicas:

- Encíclicas teológicas: Escreveu Dies Caritas Est, Spe Salvi e Caritas in Veritate, abordando o amor, a esperança e a caridade na verdade.

- Ênfase na liturgia: Destacou a importância da liturgia e da Eucaristia na vida da Igreja.

- Renúncia história: Primeiro papa a renunciar em séculos, abrindo precedente para futuras lideranças.

O Papa Francisco, ou Mario Jorge Bergóglio, reinou de 2013–2025, como 1º papa sul americano da história da igreja Católica:

Suas principais ações políticas foram:

- Justiça social: Defensor dos pobres e marginalizados, criticou o consumismo e a desigualdade social.

- Meio ambiente: Publicou a encíclica Laudato Si, chamando atenção para a crise ecológica e dando ênfase no descanso dominical.

- Reformas na Igreja: Implementou mudanças na Cúria Romana e enfrentou casos de abusos sexuais com novas diretrizes.

Suas ações teológicas foram:

- Inclusividade: Promoveu uma Igreja mais acolhedora, especialmente para divorciados e a comunidade LGBTQ+.

- Encíclicas sociais: Além de Laudato Si, escreveu Fratelli Tutti, enfatizando a fraternidade e amizade social.

- Estilo pastoral: Adotou uma abordagem mais simples e próxima dos fiéis, enfatizando a misericórdia  o amor.

ANÁLISE

Vamos analisar essas ações politicas e teológicas, desses três últimos papas, contrastando com a profecia bíblica.

Carol Vojtyla (Papa João Paulo II) em suas ações políticas pode ser considerado um dos papas que curou a “ferida mortal” profética (Ap 13:3), restaurando o prestígio global do papado. Foi o papa que mais se aproximou do modelo do papado medieval em interferências políticas.

Os papas medievais que destituam reis e promoviam outros. Vojtyla destituiu o comunismo na Europa, e desencadeou um movimento para o enfraquecimento do mesmo comunismo na poderosa URSS.

Sua popularidade e influência em todas as religiões seriam vistos como preparação para uma falsa unidade espiritual mundial. Influenciou de forma especial o Islamismo, aproximando esses religiosos para o mundo ocidental. Hoje os islâmicos estão instalados nas principais capitais européias, mas se tornaram uma ameaça a fé católica romana e ao mundo livre. A aproximação com o Islã foi amistosa, da parte de Carol Vojtyla, mas os líderes Islâmicos viram uma brecha para minar o mundo ocidental. E hoje o Islã poderia causar conquistar facilmente cidades como Paris e Londres, usando a Jihad, ou guerra santa.

Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI)  foi visto como quem reafirma a autoridade do papado como a única via de salvação – sinal claro de um sistema que “se exalta acima de Deus” (2Ts 2:4). Suas afirmações exclusivistas sobre salvação na Igreja Romana são consideradas blasfêmias proféticas (Ap 13:5–6) uma marca distintiva da profecia de Daniel 7:25.

Foi um conservador em temas morais e doutrinários, e fortaleceu o papel do papado como “guia moral global”. Reafirmou que a Igreja Católica é a única verdadeira, causando reações entre outras confissões cristãs. Trabalhou para restaurar a tradição litúrgica, conectando o presente ao poder histórico da Igreja.

Jorge Mario Bergoglio (Papa Francisco) foi o que mais se aproximou do quadro profético-teológico que os papas poderiam o fazer. Forte em atuação em temas ambientais, sociais e econômicos escreveu a Encíclica Laudato Si’ que dava uma razão social e ambiental para a guarda do domingo.

Promoveu diálogo inter-religioso com judeus, muçulmanos, hindus, e até ateus. Reconhecido por líderes globais como figura moral central. Abriu assim espaço para debates sobre união entre igrejas (ecumenismo). Enfatizou a misericórdia acima da doutrina. Alguns veem isso como relativização de temas morais tradicionais (como homossexualidade e divórcio).

Considerado como o papa que mais aproxima Igreja e Estado, preparando terreno para a “imagem da besta” (Ap 13:14). Sua atuação em questões globais é vista como o renascimento final do poder papal, que levaria à imposição de leis religiosas globais (como o domingo obrigatório). Sua popularidade com não católicos reforça a ideia profética de que “toda a Terra se maravilhou após a besta”.

CONCLUSÃO

O cenário é de um poder crescente no Vaticano. Cada vez mais os líderes que são colocados ali, se aproximam na conclusão do quadro profético, onde o Apocalipse mostra que será concluído. 

No entanto, a profecia mostra que o Vaticano estará apoiado primeiro pelo EUA (Besta da Terra - Ap 13:11-18) e depois apoiado pela União Européia (Besta Escarlate - Ap 17:3).

O quadro do cquebra cabeça profético está se formando, e a última peça logo será colocada. E a ´ltima peça se chama "contrafação", a imitação da Segunda Vinda de Jesus por Satanás. 

Esteja pronto para as cenas finais. 

Leia também:

Enciclica Dies Domini

A Encíclica Laudato Si




O TRONO VAZIO

"Morreu nesta segunda-feira (21/04), aos 88 anos, o papa Francisco, primeiro papa sul-americano e jesuíta da história da Igreja Católica. O pontífice faleceu em sua residência no Vaticano, Casa Santa Marta. (...) "Às 7:35 desta manhã (hora local. 2:35h de Brasília), o Bispo de Roma, Francisco”.

"Aos 76 anos de idade, o cardeal Bergoglio da Argentina se tornou o primeiro pontífice das Américas e do hemisfério sul em 2013. Converteu-se também no primeiro papa jesuíta — ordem que, historicamente, era vista com desconfiança por Roma. Desde a morte de Gregório 3º, nascido na Síria em 741, todos os papas haviam sido europeus." (BBC Brasil)

A escatologia protestante dedica muita atenção e preocupação ao trono do Vaticano.

Porque a teologia protestante tem o seu foco no trono do Vaticano e naqueles que sobem ali para o assumir? A resposta é que a profecia apocalíptica oferece esse olhar sobre esse personagem da história religiosa.

A profecia de Daniel começa sua revelação apocalíptica no capitulo 02 desse livro deixando o fim das nações na Europa, como o berço das nações ocidentais. Naquela profecia, de uma estátua que representa a história politica das nações, a Europa é representada como os pés de barro e ferro (Daniel 2:41-44) que seria o berço do Vaticano e do surgimento do Papado.

Na visão seguinte, o profeta Daniel, já enxerga o Papado na cabeça de um “Animal Terrível e Espantoso” (Daniel 7:7) que simboliza uma nação, Roma, ou o império Romano. E na cabeça dessa nação, é representado como sendo um “chifre” (rei na própria interpretação das Escrituras – Daniel 7:24).

Desse “chifre” ou “rei” é dito – “esse chifre fazia guerra contra os santos e estava vencendo” Daniel 7:21. Essa descrição profética é muito importante, pois foi o papado que na idade média perseguiu, prendeu, torturou e matou os cristãos dissidentes que se opunham aos seus ensinos contrário às Escrituras.

O v24 é outra indicação histórica – “rei, que será diferente dos primeiros, e derrotará três reis” Daniel 7:24. Foi o papado, que surgiu dos “dez reinos” – as nações que originaram a Europa; e o mesmo papado que destruiu os três povos: os Hérulos – derrotados em 493 d.C.; os Vândalos – derrotados em 534 d.C.; e os Ostrogodos – derrotados em 538 d.C. Esses povos eram: uma tribo bárbara germânica, cristãos arianos (não criam na divindade completa de Cristo); e faziam oposição direta ao avanço da autoridade papal em Roma.

Por que isso é historicamente importante para a identificação do papado na profecia? Em 538 d.C., após a derrota dos ostrogodos, o bispo de Roma pôde exercer autoridade sem resistência sobre o Ocidente. Isso marca o início profético dos 1260 anos de domínio papal (538–1798), segundo a interpretação adventista de Daniel (12:7up) e Apocalipse.

Mas a mais clara e evidente identificação ocorre em Daniel 7:25 com a seguinte descrição profética – “Ele falará contra o Altíssimo, oprimirá os santos do Altíssimo e tentará mudar os tempos e a lei; e os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e metade de um tempo” Daniel 7:25.

1) “falará contra o Altíssimo” – essa é parte da descrição do poder do "chifre pequeno", que representa o papado medieval. Isso se refere a blasfêmias ou pretensões religiosas feitas pelo papado ao longo da história. Se refere a reivindicação de títulos divinos que o papa arroga para si mesmo: Vigário de Cristo (Vicarius Filii Dei)  ou substituto de Cristo. Isso é uma blasfêmia porque o substituto de Jesus na Terra foi o Espírito Santo (o Consolador – Ev. De João 14:16). Outro título que usa é “Pai dos reis, governador do mundo, substituto de Deus na Terra” (Enciclopedia Britânica).

É também uma referência a reivindicação do poder de perdoar pecados – Só Deus pode perdoar, mas a Igreja Católica ensinava que o sacerdote podia fazê-lo diretamente — em nome de Cristo, sim, mas a prática e o controle centralizados reforçavam o poder clerical.

Outra referência são as declarações de infalibilidade papal (séculos depois) – No Concílio Vaticano I (1870), o dogma da infalibilidade papal foi oficialmente estabelecido: Quando o papa fala "ex cathedra", suas palavras são consideradas sem erro em questões de fé e moral.

2. “Magoará os santos do Altíssimo” – se refere à perseguição aos crentes dissidentes da fé católica, que era punida com perseguição, prisão, tortura e morte. Especialmente no período dos 1260 anos proféticos (de 538 a 1798 d.C.)

Eventos históricos marcaram essa ação do papado – Inquisição, perseguições contra cristãos fiéis à Bíblia; mortes de grupos como valdenses, albigenses, e reformadores; e a imposição de doutrinas pela força. Os “Santos” em Daniel 7:25 são os crentes fiéis a Deus que resistiam ao domínio religioso-político do papado.

3. Cuidará em mudar os tempos e a lei – essa expressão em Daniel 7:25 indica a tentativa de alterar mandamentos divinos e o calendário sagrado. Se refere principalmente à mudança do sábado para o domingo. A Igreja Católica afirma ter transferido a santidade do sábado (7º dia) para o domingo (1º dia da semana). Isso foi uma mudança na lei moral de Deus (Êxodo 20:8–11) especialmente no 4º mandamento que é o dia que o próprio Deus estabeleceu para receber adoração.

A frase se refere também Mudanças litúrgicas e festas religiosas: Introdução de dias santos e festividades não bíblicas, substituindo os tempos estabelecidos por Deus. A expressão “cuidará” indica tentativa, não sucesso pleno — ou seja, Deus mantém sua autoridade apesar das alterações humanas.

 4. “Um tempo, tempos e metade de um tempo” – é interpretada como:  Tempo = o período de 1 ano; Tempos, o período de 2 anos; e Metade de um tempo = o período de meio ano. No total = 3 anos e meio proféticos = 1260 dias proféticos = 1260 anos literais. Se referindo historicamente ao período literal de 538–1798 d.C. (início da supremacia papal até sua queda temporária com o cativeiro de Pio VI por Napoleão).

Conclusão:

Assim, a preocupação protestante se mantém viva quanto à subida de outro papa no trono do Vaticano, devido ao foco que a profecia coloca nesse poder político-religioso. Os últimos papas – Carol Voytila (João Paulo II, Joseph Ratzinger (Bento 16) e Mario Jorge Bergólio (Francisco) fizeram importantes inserções na história para o avanço do poder do catolicismo, e cumprimento das profecias apocalípticas.

Daí a preocupação protestante reformista, que desse próximo papa, possa surgir o quadro escatológico previsto em Apocalipse 13, com a união das bestas do Mar e da Terra.

Aguardemos com uma “expectativa escatológica”.

Leia também:

Os três ùltimos Papas

Os Sete Últimos Papas

A POSSE ESCATOLÓGICA DE TRUMP

 

A posse de Donald Trump foi marcada por situações que cumprem as profecias. 

Trump, Melania, o vice-presidente J.D. Vance e sua esposa Usha participaram de uma cerimônia religiosa na Igreja Episcopal de St. John, antes da cerimônia oficial dentro do Capitólio. Depois disso seguiram para o local da cerimônia de posse.

A cerimônia de posse teve uma forte inclinação espiritual. Foram 9 participações de líderes religiosos, com orações, bençãos e pronunciamentos. Havia um bispo católico, um rabino e diversos pastores. Donald Trump convocou uma escalação maior e mais diversa de clérigos do que o normal para orar por sua posse. Isso indica o tom ecumenista dessa cerimônia.

O grupo de líderes religiosos — maior do que qualquer presidente desde Ronald Reagan — reflete sua política, pragmatismo e personalidade. Inclui os líderes evangélicos Franklin Graham e Samuel Rodriguez, bem como a conselheira espiritual Paula White, a televangelista da Flórida creditada por sua suposta conversão cristã recente, e um pregador da prosperidade de Detroit, Wayne T. Jackson. "Juntos, [Graham e White] incorporaram a adoção de Trump das ideologias gêmeas do nacionalismo cristão e do cristianismo capitalista", disse Kevin Kruse, professor de história na Universidade de Princeton. (Christianity Today)

O arcebispo católico de Nova York, dom Timothy cardeal Dolan, fez a oração de abertura, repetindo sua participação da posse de 2017.  Embora seja protestante, vemos aqui a aproximação e privilégio que a igreja católica tem com Trump.

O evangelista Franklin Graham, batista, filho do grande evangelista Billy Graham, também esteve presente, destacando a importância da fé e afirmando que "a América não pode jamais ser grandiosa novamente se virar suas costas ao Senhor". O reverendo Lorenzo Sewell, um líder não denominacional de Michigan, conduziu a bênção inaugural, fazendo referência ao discurso "Eu Tenho um Sonho" de Martin Luther King Jr. e enfatizando liberdade e unidade em sua oração. Esses líderes religiosos desempenharam papéis significativos na cerimônia, refletindo a diversidade de tradições religiosas presentes nos Estados Unidos. (BBC)

Foi uma cerimônia marcada por menções a Deus. No seu discurso Trump disse – “A Bíblia nos diz "quão bom e agradável é quando o povo de Deus vive junto em unidade". (...) Quando a América está unida, a América é totalmente invencível. Não deve haver medo - estamos protegidos e sempre estaremos protegidos. Seremos protegidos pelos grandes homens e mulheres de nossas forças armadas e da aplicação da lei. E mais importante, sempre seremos protegidos por Deus”.

Trump em seu juramento usou a mesma Bíblia que Abraham Lincoln utilizou na posse de 1861, além de uma Bíblia pessoal. Todas esses elementos religiosos e espirituais, apontam para uma administração religiosa, não laica. Esse é o quadro que Apocalipse revela ser a administração no tempo em que o capítulo 13 se cumpre, onde a política e a religião estão unidas novamente.

União das Igrejas

Trump unificou as denominações e religiões em sua posse. Seguiu a projeção profética de que as religiões e denominações cristãs seguem para uma unificação, ou união de todas as religiões. Especialmente as denominações cristãs, se unificarão. Uma citação de Ellen White sobre a união das igrejas pode ser encontrada no livro O Grande Conflito – "Quando as principais igrejas dos Estados Unidos, unindo-se sobre pontos de doutrina que lhes são comuns, influenciarem o Estado para que imponha os seus decretos e os sustente por meio de instituições, protestantes e católicos darão um passo rumo à formação de uma imagem da besta." (O Grande Conflito, capítulo 35, "Ameaças à Liberdade", edição padrão).

Vaticano e Donald Trump

Embora Trump privilegiasse a igreja católica em sua posse, Bergólio (Papa Francisco) afirmou que os planos de Donald Trump para deportar migrantes ilegais dos EUA seriam uma "vergonha" se se concretizassem. Em entrevista a um programa de TV italiano, transmitido de sua residência no Vaticano, Bergólio disse que, caso os planos avançassem, Trump faria "miseráveis que não têm nada pagarem a conta". "Isso não está certo. Não é assim que se resolvem os problemas", afirmou.

Em uma mensagem a Trump, compartilhada na segunda-feira, Bergólio ofereceu-lhe "saudações cordiais" e o incentivou a liderar uma sociedade com "não há espaço para ódio, discriminação ou exclusão", promovendo "paz e reconciliação entre os povos". Bergólio é conhecido por considerar a questão dos migrantes de grande importância. Durante uma audiência pública em agosto, ele disse que "trabalhar sistematicamente por todos os meios para afastar migrantes" é "um grave pecado". (BBC)

Trump e Bergólio não parecem estar em sintonia em muitas pautas. Mas a relação de Casa Branca e Vaticano é histórica, e não necessariamente depende apenas de Trump. A Casa Branca, ou o governo americano representado pelo senado e os reprentantes dos estados, é que determinam essa ligação histórica-profética.

Trump e as Profecias

Os EUA e não Donald Trump são protagonistas das profecias de Apocalipse 13. A hermenêutica apocalíptica atribui aos Estados Unidos a identidade da terceira besta, ou a Besta da Terra (Ap 13:11-18).

O v11 de Apocalipse 13 descreve assim o poder político representado por essa “besta” ou nação – “Vi ainda outra besta emergir da terra. Tinha dois chifres, parecendo cordeiro, mas falava como dragão”. Os "dois chifres como cordeiro" se aplicam historicamente aos valores de liberdade religiosa e civil que os EUA representam, e a "voz de dragão" ao potencial de opressão futura, e a apostasia dessa nação aos valores mundanos, do reino das trevas.

Outro aspecto importante dessa descrição dos vs11-18 é a sociedade que é descrita com a segunda besta (Besta do Mar) identificada como o Vaticano, o estado religioso governado pelos Papas. Essa parceria entre as ‘duas bestas’ ou duas nações é amplamante descrita em Apocalipse 13:

-v12 “exerce toda a autoridade da primeira besta” (autoridade religiosa)

-v12 “faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta” (adoração direcionada – quebra do princípio de liberdade religiosa)

-v14 sinais que lhe foi permitido realizar diante da besta (sinais pentecostais)

-v14 façam uma imagem à besta (réplica do governo tirano do papado na idade média)

-v15 foi concedido poder para dar vida à imagem da besta (o papado medieval revivido)

- v15 a imagem da besta falasse (poder político devolvido ao Vaticano)

-v15 fizesse morrer todos os que não adorassem a imagem da besta (decreto de morte)

-16 com que lhes seja dada certa marca na mão direita ou na testa (marca da besta)

-v17 ninguém possa comprar ou vender (sanções econômicas)

- v17 a marca, o nome da besta ou o número do seu nome (adoração no domingo)

A relação entre Casa Branca e Vaticano não é muito evidente e direta no governo Trump, como as profecias indicam. Mas a forte ênfase na união das denominações cristãs e das religiões é uma marca do governo Trump, e da filosofia política de direita.

Presidentes norte-americanos católicos talvez preenchessem melhor esse vínculo entre Casa Branca e Vaticano. Mas só o decorrer da história pode nos trazer a intepretação das profecias para o Apocalipse. A hermenêutica bíblico-histórica é fundamental para a compreensão das profecias de Daniel e Apocalipse.

Trump e seu governo Imperialista

Os vs11-18 de Apocalipse descrevem uma “Besta da Terra” ou nação imperialista. Essa nação escatológica impõem decretos, sanções e “faz morrer todos (decreto de morte) os que não adorassem a imagem da besta (adoração imposta a força). A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos (imperailismo) faz com que lhes seja dada certa marca na mão direita ou na testa (decreto religioso) para que ninguém possa comprar ou vender (sanções econômicas), senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome” vs15up-17.

O governo Trump segue a tendência da Rússia e China em dominar as outras nações. A profecia diz que os EUA serão bem sucedidos nesse imperialismo mundial, mas com a ajuda do Vaticano. As ‘propostas’ ou imposições de Trump já esboçam esse quadro:

- tomada da Groelândia

-tomada do Canal do Panamá

-intervenção na fronteira com o México

-renomeação do Golfo do México, para Golfo das Américas

-Colonização de Marte (uma nova ‘corrida espacial’)

O Trump ‘messiânico’


No seu discurso, Trump elaborou a expressão 'Dia da libertação'. Ele lembrou a tentativa de assassinato que sofreu na campanha, quando foi atingido de raspão na orelha.

"Acredito que minha vida foi salva por um motivo. Fui salvo por Deus para tornar a América grande novamente", disse.

O presidente continuou: "Vamos agir com propósito e rapidez para trazer de volta a esperança, a prosperidade, a segurança e a paz para cidadãos de todas as raças, religiões, cores e credos. Para os cidadãos americanos, 20 de janeiro de 2025 é o dia da libertação".

Essa expressão é usada normalmente para se referir a países que estavam sob ocupação de forças estrangeiras. Mas também reflete a filosofia de um governo messiânico, espiritualizado encarnando a figura apocalíptica, “parecendo cordeiro, mas falando como dragão” Ap 13:1up.

O Cordeiro no Apocalipse, se refere a Jesus “o cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (João 1:29); que essa nação, os EUA, pretendem representar como professos cristãos, mas que na prática “falam como o Dragão” e tratam dos assuntos do “grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo” Ap 12:9.

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A RELAÇÃO DE TRUMP COM O PAPA FRANCISCO

A relação entre Donald Trump e o Papa Francisco durante o mandato de Trump foi marcada por momentos de aproximação e respeito mútuo, mas também por várias tensões devido a diferenças em questões sociais e políticas, especialmente em temas de imigração e meio ambiente. Ambos representam segmentos distintos de liderança – Trump como presidente dos Estados Unidos com uma base de apoio conservadora, e o Papa Francisco como líder espiritual da Igreja Católica com uma visão socialmente progressista em temas como pobreza, acolhimento de refugiados e cuidado ambiental.

1. Encontro Pessoal e Diplomacia (2017)

   - Trump e o Papa Francisco se encontraram pessoalmente em maio de 2017 no Vaticano. Esse encontro foi respeitoso e diplomático, e ambos trocaram presentes simbólicos. Trump deu ao Papa livros de Martin Luther King Jr., enquanto o Papa presenteou Trump com uma cópia de sua encíclica Laudato Si', que trata sobre o cuidado com o meio ambiente e as mudanças climáticas.

   - A reunião durou cerca de 30 minutos e abordou questões de interesse comum, como a liberdade religiosa e a proteção dos cristãos no Oriente Médio. Porém, o presente da encíclica foi visto por muitos como um gesto sutil do Papa para expressar sua preocupação com a posição de Trump sobre o meio ambiente.

2. Tensões sobre Imigração

   - Uma das principais áreas de divergência entre Trump e o Papa Francisco foi a questão da imigração. O Papa, defensor dos direitos dos migrantes e refugiados, criticou abertamente políticas restritivas de imigração, incluindo o projeto do muro na fronteira dos EUA com o México, uma proposta central da campanha de Trump.

   - Em 2016, antes mesmo de Trump assumir a presidência, o Papa Francisco comentou sobre a construção de muros para impedir a entrada de migrantes, dizendo que "uma pessoa que pensa apenas em construir muros, onde quer que estejam, e não em construir pontes, não é cristã". Trump respondeu que era "vergonhoso" um líder religioso questionar a fé de outra pessoa, aumentando a tensão entre os dois.

3. Mudanças Climáticas e Meio Ambiente

   - Outro ponto de tensão foi a posição de Trump em relação às mudanças climáticas. Em contraste com o Papa Francisco, que considera a crise ambiental uma questão moral e defende ações urgentes para cuidar da “casa comum”, Trump retirou os EUA do Acordo de Paris em 2017 e minimizou a importância das mudanças climáticas.

   - O Papa reiterou várias vezes a necessidade de todos os países agirem juntos para proteger o meio ambiente, e sua encíclica *Laudato Si'* sublinha essa questão. A atitude de Trump foi, portanto, um ponto de discordância claro com as posições defendidas pelo Vaticano.

4. Convergências: Defesa da Vida e Liberdade Religiosa

   - Apesar das diferenças, houve também áreas de convergência. A defesa da vida foi uma delas. Trump adotou uma postura fortemente antiaborto durante seu mandato, uma posição que ressoava com a posição pró-vida do Vaticano. As políticas de Trump que restringiam o financiamento de organizações que promoviam o aborto foram vistas com bons olhos por muitos católicos conservadores.

   - Outro ponto comum foi o apoio à liberdade religiosa, especialmente em relação à proteção de cristãos perseguidos no Oriente Médio. Trump promoveu políticas para apoiar minorias religiosas em zonas de conflito, alinhando-se com os esforços do Vaticano nessa área.

5. Relação Complexa e Distante

   - Em geral, a relação entre Trump e o Papa Francisco foi distante e caracterizada por respeito formal, mas com discordâncias marcantes em questões sociais e políticas. Trump tentou manter uma diplomacia cuidadosa com o Papa e o Vaticano, enquanto o Papa Francisco continuou a fazer declarações sobre temas globais que contrastavam com as políticas de Trump.

Em resumo, Trump e o Papa Francisco tiveram uma relação complexa: Trump via no Papa uma figura de respeito, mas eles discordavam em várias questões de políticas públicas e sociais. Essa relação reflete, em muitos aspectos, as divisões ideológicas e culturais mais amplas entre setores conservadores e progressistas no cenário global.

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Trump e o Vaticano

Trump e a religião

TRUMP E O VATICANO

Durante seu primeiro mandato, Donald Trump teve uma relação de aproximação moderada com o Vaticano, apesar de algumas tensões, especialmente em temas de imigração e meio ambiente. Sua administração buscou, principalmente, pontos de cooperação em questões de liberdade religiosa, direitos dos cristãos em zonas de conflito e oposição ao aborto, temas nos quais o Vaticano e o governo Trump tinham alinhamento.

Aqui estão algumas das ações e eventos de Trump em relação ao Vaticano:

1. Encontro com o Papa Francisco (2017)

   - Trump encontrou-se com o Papa Francisco em maio de 2017, numa audiência no Vaticano durante sua primeira viagem internacional. Esse encontro buscou estabelecer um diálogo e encontrar pontos comuns entre a administração dos EUA e o Vaticano.

   - Apesar de suas diferenças em várias questões, como imigração e mudanças climáticas, Trump e o Papa Francisco discutiram a promoção da paz, liberdade religiosa e a proteção das comunidades cristãs perseguidas no Oriente Médio, áreas de interesse comum.

2. Diálogo sobre Liberdade Religiosa

   - A administração de Trump tinha como uma de suas prioridades globais a promoção da liberdade religiosa, e isso foi amplamente apoiado pelo Vaticano. Trump demonstrou ao Vaticano seu compromisso com a proteção dos cristãos perseguidos no Oriente Médio, especialmente em países onde esses grupos enfrentavam severa opressão e violência.

   - Em diversos eventos internacionais, o governo Trump destacou a liberdade religiosa como um direito humano fundamental, alinhando-se com o Vaticano nesse aspecto.

3. Acordo de Paz e Apoio a Minorias Religiosas

   - Durante o mandato de Trump, os EUA participaram de negociações de paz no Oriente Médio e promoveram os chamados Acordos de Abraão, que normalizaram as relações entre Israel e alguns países árabes. Embora o Vaticano não tenha comentado diretamente, ele vê com bons olhos acordos que busquem paz e estabilidade na região, especialmente aqueles que podem proteger minorias cristãs.

   - Trump também ampliou a ajuda financeira a organizações religiosas que trabalhavam em zonas de conflito para apoiar minorias perseguidas, algo que o Vaticano observou positivamente.

4. Alinhamento em Questões de Aborto

   - Trump adotou uma postura fortemente antiaborto, especialmente através de suas nomeações para a Suprema Corte e de políticas internas e externas que limitavam o financiamento para organizações que promoviam o aborto. Esse alinhamento em uma causa moral significativa foi visto positivamente pelo Vaticano.

   - O governo de Trump também apoiou a Declaração de Genebra, que reafirma o valor da vida desde a concepção e nega o aborto como direito humano fundamental. O Vaticano, que é firmemente contra o aborto, viu isso como um ponto de convergência com os EUA.

5. Relação com Embaixador dos EUA no Vaticano

   - Trump nomeou Callista Gingrich como embaixadora dos EUA no Vaticano em 2017. Gingrich é católica e, junto com seu marido, o ex-presidente da Câmara Newt Gingrich, compartilha valores conservadores. Sua nomeação foi bem recebida por muitos no Vaticano e representou um canal de diálogo entre os dois estados, enfatizando os pontos de convergência entre a administração de Trump e a Igreja.

6. Apoio a Valores Conservadores

   - Em várias ocasiões, Trump destacou a importância dos valores cristãos na sociedade americana, buscando reforçar a moralidade conservadora e o papel das igrejas. Esses valores, como a defesa da vida e da liberdade religiosa, têm relevância para o Vaticano e ajudaram a fortalecer os laços em meio às diferenças.

Tópicos de Divergência

   - Imigração: O Papa Francisco, ao longo de seu pontificado, fez várias críticas a políticas restritivas de imigração. A postura de Trump de restringir a imigração e de separar famílias na fronteira foi uma área de atrito.

   - Meio Ambiente: O Vaticano, especialmente o Papa Francisco, defende a urgência de agir contra as mudanças climáticas, enquanto Trump retirou os EUA do Acordo de Paris e minimizou a questão ambiental. Essa divergência foi significativa, uma vez que o Vaticano considera a crise ambiental uma questão moral.

Em resumo, a aproximação entre Trump e o Vaticano focou-se principalmente em temas de liberdade religiosa e proteção de valores cristãos. Enquanto existiam áreas de convergência, como a defesa da vida e a liberdade religiosa, havia também diferenças marcantes em imigração e meio ambiente.

TRUMP E A RELIGIÃO

Durante seu primeiro mandato (2017-2021), Donald Trump tomou diversas ações que agradaram a grupos religiosos, especialmente os evangélicos e católicos conservadores, que formam uma grande parte de sua base de apoio. Suas ações tinham como foco principal questões de liberdade religiosa, proteção de valores conservadores e apoio a Israel. Abaixo estão algumas das principais ações religiosas de Trump nesse período:

 1. Nomeações para a Suprema Corte

   - Trump indicou três juízes conservadores à Suprema Corte dos Estados Unidos: **Neil Gorsuch**, Brett Kavanaugh e Amy Coney Barrett. Essas nomeações visavam reforçar a presença de juízes favoráveis a causas conservadoras, como restrições ao aborto e defesa da liberdade religiosa.

   - Com essas nomeações, a Suprema Corte passou a ter uma maioria conservadora (6-3), influenciando decisões sobre liberdade religiosa e outros temas importantes para a comunidade religiosa conservadora.

2. Liberdade Religiosa

   - Trump assinou várias ordens executivas para promover a liberdade religiosa. Em 2017, ele assinou a Ordem Executiva de Liberdade Religiosa, que buscava garantir que o governo não interferisse nas práticas religiosas.

   - Ele também criou a Iniciativa de Fé e Oportunidade (Faith and Opportunity Initiative) para facilitar o trabalho de organizações religiosas junto ao governo.

   - Sob seu governo, o Departamento de Justiça emitiu diretrizes reforçando a proteção de práticas e crenças religiosas, e houve uma série de medidas para permitir que indivíduos e organizações religiosas não fossem obrigados a atuar em desacordo com suas crenças, especialmente em questões como aborto e casamento entre pessoas do mesmo sexo.

3. Apoio a Israel

   - Trump tomou ações que tiveram grande impacto para os cristãos sionistas e judeus conservadores, entre elas:

     - Reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel em 2017 e transferência da embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém em 2018.

     - Reconhecimento das Colinas de Golã como território israelense, algo visto por muitos evangélicos como um cumprimento profético.

   - Esses atos fortaleceram os laços entre os EUA e Israel e foram aplaudidos por muitos grupos religiosos, especialmente evangélicos, que veem a aliança com Israel como parte de sua fé.

4. Restrição ao Aborto

   - Trump tomou medidas para limitar o aborto em nível federal e estadual. Ele restabeleceu e expandiu a Política da Cidade do México (também chamada de "Global Gag Rule"), que proíbe o uso de fundos federais para organizações que promovem o aborto no exterior.

   - Seu governo apoiou o direito de estados a imporem restrições mais rígidas ao aborto e defendeu organizações religiosas que se opõem ao aborto. Ele também participou de eventos antiaborto, como a Marcha pela Vida em 2020, tornando-se o primeiro presidente dos EUA a fazer isso pessoalmente.

5. Direitos LGBTQ+ e Religião

   - Trump tomou medidas que, segundo ele, defendiam a liberdade religiosa, mas que também impactaram os direitos LGBTQ+. Sob sua administração, instituições religiosas receberam mais liberdade para recusar serviços ou benefícios a pessoas LGBTQ+ com base em crenças religiosas, o que gerou controvérsia e críticas de grupos de direitos civis.

   - Por exemplo, o governo emitiu uma regulamentação permitindo que agências de adoção e abrigos de emergência que recebiam fundos federais recusassem atendimento a casais do mesmo sexo, citando motivos religiosos.

6. Política de Refugiados e Imigração

   - A política de imigração de Trump, incluindo restrições a refugiados, dividiu opiniões na comunidade religiosa. Muitas organizações cristãs e católicas apoiavam a acolhida de refugiados, mas a administração Trump reduziu drasticamente o número de refugiados permitidos nos EUA, o que afetou também grupos religiosos perseguidos em outros países.

7. Atos Simbólicos

   - Trump fez gestos públicos que agradaram grupos religiosos, como a foto com uma Bíblia em frente à igreja de St. John em Washington, D.C., após protestos em 2020. Ele também promoveu eventos de oração na Casa Branca e tinha conselheiros religiosos influentes, especialmente do meio evangélico.

Essas ações de Trump em favor de causas religiosas e de liberdade religiosa solidificaram seu apoio entre eleitores religiosos conservadores. Suas decisões moldaram questões importantes para esses grupos e influenciaram políticas dos EUA no cenário interno e internacional.

ELEIÇÕES NORTE AMERICANAS

Os EUA tem um protagonismo nas profecias do Apocalipse, pois são representados pela ‘Besta da Terra’ (Ap 13:11). Na imagística bíblica uma ‘besta’ ou ‘animal’ significa ‘reino’ (Dn 7:17, 23) ou nação.

A interpretação protestante é na sua maioria indicativa de que os EUA é a terceira besta descrita na seção escatológica do Apocalipse e tem uma importância crucial pois se associa a segunda besta (Ap 13:1), representada pelo Vaticano, para determinar sanções econômicas (13:16,17) e decreto de morte (13:15up).

Como há uma associação dos EUA com o Vaticano, as eleições americanas são importantes pois o presidente deste país, tem de ter vínculos com a religião romana.

Os EUA são historicamente uma nação protestante, o que determina que assuma também no Apocalipse a figura do ‘Falso Profeta’ (Ap 16:13, 19:20, 20:10). E os vínculos do protestantismo norte americano com o Vaticano tem acontecido na maioria das administrações presidenciais daquele país.

Mas qual dos atuais candidatos – Harris ou Trump – tem os vínculos mais próximos que poderiam cumprir a profecia de Apocalipse 13:12 – “Ela exerce toda a autoridade da primeira besta na sua presença e faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta”. Note que é um vínculo religioso, pois envolve “adoração” ou promoção da religião romanista pagã, através dos papas e seus dogmas.

Kamala Harris e o catolicismo

Kamala Harris, vice-presidente dos EUA, possui uma relação complexa com o catolicismo, marcada por sua base de apoio, experiência jurídica, e políticas públicas. Embora ela mesma se identifique como batista, Harris cresceu em uma casa com uma forte influência do hinduísmo por parte de sua mãe e valores cristãos de seu pai jamaicano.

Politicamente, Harris tem um histórico de respeito à liberdade religiosa, incluindo o catolicismo, mas também defende políticas progressistas, algumas das quais têm sido criticadas por líderes católicos. Por exemplo:

1. Questões de Aborto: Harris apoia o direito ao aborto, uma posição que diverge das doutrinas oficiais da Igreja Católica. Como senadora, ela trabalhou para expandir o acesso ao aborto e se posicionou contra projetos de lei que limitariam o procedimento, o que gerou críticas de alguns grupos católicos e conservadores.

2. Reforma do Sistema de Justiça Criminal: Durante seu mandato como procuradora da Califórnia, Harris trabalhou em áreas que incluíam a proteção das vítimas e a reforma do sistema de justiça criminal, algo alinhado com a tradição católica de dignidade e direitos humanos. Muitos católicos viram com bons olhos suas políticas de justiça, que enfatizam a reabilitação e a dignidade humana.

3. Direitos LGBTQ+ e Liberdade Religiosa: Harris apoia o casamento entre pessoas do mesmo sexo e os direitos LGBTQ+, o que é um ponto de atrito com a doutrina católica tradicional. Em casos específicos, como a exigência de que organizações de adoção religiosas trabalhem com famílias LGBTQ+, sua posição é a favor da inclusão, mesmo em situações onde haja conflito com valores católicos.

4. Questões de Imigração: Harris também defende uma política de imigração mais inclusiva, algo que a Igreja Católica, especialmente nos EUA, também apoia fortemente. Ela frequentemente cita o Papa Francisco como uma inspiração para uma abordagem mais compassiva em relação aos imigrantes e refugiados.

Assim, enquanto suas políticas refletem um respeito pela diversidade religiosa, sua postura em temas sociais e de direitos civis coloca-a em desacordo com algumas doutrinas católicas, mas também em harmonia com aspectos sociais da justiça defendidos por muitos líderes da Igreja.

Donald Trump e o catolicismo romano

Donald Trump tem uma relação politicamente pragmática com o catolicismo, buscando apoio católico em pontos que se alinham com a agenda conservadora de seu partido, mas sem seguir integralmente as doutrinas católicas. Abaixo estão algumas maneiras como Trump se posicionou em relação ao catolicismo:

1. Aborto: Trump tomou uma posição fortemente pró-vida, que se alinha com a doutrina católica sobre o aborto. Como presidente, ele indicou juízes conservadores para a Suprema Corte, o que culminou na decisão de derrubar o caso Roe v. Wade, que estabelecia o direito constitucional ao aborto nos EUA. Essa postura lhe rendeu apoio de muitos eleitores católicos conservadores e de líderes pró-vida dentro da Igreja Católica.

2. Liberdade Religiosa: Trump foi um defensor da liberdade religiosa em sua administração, adotando políticas para proteger instituições religiosas de terem que fornecer seguro saúde com cobertura para contraceptivos, algo que a Igreja Católica tradicionalmente rejeita. Ele também reforçou leis para permitir que organizações religiosas recebessem financiamento federal sem comprometer sua autonomia doutrinária.

3. Direitos LGBTQ+: Trump adotou posições mistas quanto aos direitos LGBTQ+. Embora seu governo tenha revogado algumas proteções para pessoas transgênero, como no uso de banheiros e no serviço militar, ele evitou confrontar diretamente o casamento entre pessoas do mesmo sexo, tema sensível para a Igreja Católica. Essa postura ambivalente trouxe críticas, mas também um certo apoio por líderes católicos que defendem visões conservadoras.

4. Imigração: A política de imigração de Trump gerou uma reação dividida entre os católicos. A Igreja Católica nos EUA tem uma postura pró-imigrante, influenciada pela doutrina que defende a dignidade humana e os direitos dos refugiados e imigrantes. No entanto, as políticas rigorosas de Trump, incluindo a separação de famílias e restrições de entrada, foram criticadas por muitos bispos e líderes católicos, embora tenham encontrado apoio em católicos conservadores que desejam uma política de fronteiras mais rigorosa.

5. Apoio ao Catolicismo Conservador: Durante seu mandato, Trump procurou apoiar e angariar apoio dos católicos conservadores, nomeando juízes que compartilham pontos de vista alinhados com doutrinas tradicionais e defendendo temas pró-vida e pró-família. Ele recebeu apoio significativo de grupos católicos que valorizam sua postura em temas morais e culturais, mesmo quando suas ações ou retórica não refletiam os princípios sociais da Igreja.

Assim, embora Trump não seja católico (ele se identifica como presbiteriano), ele estabeleceu uma relação estratégica com a Igreja Católica nos EUA, procurando alinhar-se com a ala conservadora e enfatizando temas que fortalecem seu apoio político entre católicos conservadores, mesmo que suas políticas imigratórias e seu estilo pessoal sejam criticados por outros setores da Igreja.

Conclusão

Trump por ser presbiteriano e de política direita, com forte tendência religiosa talvez tenha um perfil mais propenso a cumprir essa relação estreitada com a igreja romana. Harris apesar de se declarar batista, e por ser de política de esquerda, tem a tendência de procurar uma gestão de um estado laico, sem interferência religiosa.

O Apocalipse projeta um cenário em que o perfil de uma gestão de direita ou extrema direita, com tendências religiosas, e um estado com ligações religiosas; sendo assim o quadro descrito na profecia.

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IREMOS REVER AS PESSOAS QUE MORRERAM

   
A Bíblia diz que poderemos rever as pessoas que perdemos para a morte; e ainda mais, retomaremos a vida com elas. E essa vida que iremos viVer com as pessoas novamente, será uma vida eterna, e em um contexto de perfeição, sem as interferências do pecado – dor, doenças, velhice ou morte.

Certamente é uma boa notícia tudo isso, não é mesmo!

E essa certeza, é Jesus que nos dá em Seu evangelho. Sobre os mortos Ele disse – “Não fiquem maravilhados com isso, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a voz dele e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo” João 5:28,29.

Note que Jesus coloca os mortos como estando na sepultura, ou no pó da terra. As pessoas que morreram, estão em um estado de inconsciência, pois não mais existem. O seu corpo se transformou em pó da terra, e como o “fôlego de vida” saiu delas, elas deixaram de existir. A Bíblia diz sobre esse estado de inconsciência e inexistência – “os vivos sabem que vão morrer, mas os mortos não sabem nada e não têm nenhuma recompensa a receber, porque a memória deles jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já não existem mais; eles estão afastados para sempre de tudo o que se faz debaixo do sol” Eclesiastes 9:5,6. Ou seja, “os mortos não sabem coisa nenhuma” porque deixaram de existir.

Jesus chama esse estado de “sono”; é como se estivessem dormindo mas Jesus tem o poder de acordar cada um deles. Quando um amigo de Jesus morreu, o Mestre disse – “Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo” João 11:11.  Jesus se referia à ressurreição, que é o processo de trazer a vida novamente as pessoas que morreram. A ressurreição é a recomposição das pessoas a partir do pó da terra.

Jesus disse sobre a ressurreição de Lázaro – “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá. E todo o que vive e crê em mim não morrerá eternamente. Você crê nisto?” João 11:25,26. Precisamos crer assim, porque Jesus disse que assim seria.

Marta, a irmã de Lázaro sabia que haveria um dia para a ressurreição dos mortos; ela disse – “Eu sei que ele há de ressurgir na ressurreição, no último dia” v24. Esse último dia é quando Jesus irá voltar e colocar um fim a essa existência de pecado, e inaugurar uma nova realidade – a vida eterna. Nessa nova realidade é dito que Jesus “enxugará dos olhos toda lágrima. E já não existirá mais morte, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” Apocalipse 21:4.

Essa nova realidade, da vida eterna, começará quando Jesus voltar. A Bíblia diz que a volta de Jesus será assim – “o Senhor mesmo, descerá dos céus, e dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo e ressoada a trombeta de Deus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro com o Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor” 1Tessalonicensses 4:16,17.

É assim que a Bíblia descreve – “os mortos em Cristo ressuscitarão” e “nós os vivos seremos

arrebatados juntamente com eles”. Ou seja, na segunda vinda, nos reuniremos com as pessoas que perdemos, e retomaremos as nossas vidas.

A morte não é o fim; é uma pausa.

Essa pausa não foi programada por Deus, mas Deus dará continuidade em nossas vidas. Deus irá restaurar todas as coisas, incluindo restaurar nossas vidas com as pessoas que perdemos. Creia nisso!

Quer saber mais sobre esse assunto? Leia aqui o capítulo 33, na página 226 do livo O Grande Conflito   é só clicar que você será direcionado para a leitura on-line ou você poderá baixar o livro em PDF.

ONDE JESUS ESTÁ HOJE?


 A Bíblia é explícita em declarar – “Ora, o essencial das coisas que estamos dizendo é que temos tal sumo sacerdote, que se assentou à direita do trono da Majestade nos céus, como ministro do santuário e do verdadeiro tabernáculo que o Senhor erigiu, e não o homem” Hebreus 8:1,2.

As Sagradas Escrituras declaram que Jesus está no Santuário Celestial, como Sumo Sacerdote. Essa verdade está relacionada com o sacerdócio e o tabernáculo do Antigo Testamento. Ali no tabernáculo terrestre os sacerdotes ministravam o sangue dos animais para cancelamento dos pecados dos crentes em Yahweh.

Paulo desenvolve essa teologia mas no sangue de Jesus, o Cordeiro de Deus – “Isso é uma parábola para a época presente, na qual se oferecem dons e sacrifícios ... Quando, porém, Cristo veio como sumo sacerdote dos bens já realizados, mediante o maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos humanas, quer dizer, não desta criação, e não pelo sangue de bodes e de bezerros, mas pelo seu próprio sangue, ele entrou no Santuário, uma vez por todas, e obteve uma eterna redenção” Hebreus 9:9pp,11,12.

Ou seja, Jesus está no Santuário do céu, fazendo o trabalho de um sacerdote celestial com seu próprio sangue, para cancelar os pecados e purificar os crentes. Essa é a verdade bíblica que o apóstolo João também ensinava – “Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Mas, se alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados — e não somente pelos nossos próprios, mas também pelos do mundo inteiro” 1João 2:1,2.

Essa verdade é o ponto alto de todo o evangelho. O fato de Jesus estar em um Santuário Celestial agindo nos méritos do Seu sangue, para perdoar e purificar o Seu povo, é a grande esperança que antecede a Parousia (o reaparecimento de Jesus). É justamente essa obra celestial de Jesus que preparará os crentes para a Segunda Vinda.

A Bíblia ainda afirma – “Porque Cristo não entrou em santuário feito por mãos humanas, figura do verdadeiro Santuário, porém no próprio céu, para comparecer, agora, por nós, diante de Deus” Hebreus 9:24. Sim, Cristo entrou em um santuário no céu, para como sacerdote interceder por nós, perdoando, justificando, santificando os crentes.

E esse trabalho celestial de Jesus está relacionado com as fraquezas humanas, para que nós sejamos reerguidos – “Tendo Jesus, o Filho de Deus, como grande sumo sacerdote que adentrou os céus, conservemos firmes a nossa confissão. Porque não temos sumo sacerdote que não possa se compadecer das nossas fraquezas; pelo contrário, ele foi tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado. Portanto, aproximemo-nos do trono da graça com confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça para ajuda em momento oportuno” Hebreus 4:14-16.

Não nos esqueçamos, Jesus pode se compadecer de nossas fraquezas. Ele mesmo passou por situações semelhantes e pode nos socorrer como sacerdote que é. Aquele que está no santuário celestial, ao lado do Pai, pode nos socorrer e nos salvar.

E ainda, Jesus advogando em nosso favor no céu é a garantia da vitória dos crentes aqui na terra. Ele, Jesus, defende nossa causa diante do acusador e nos dá a vitória – “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou melhor, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será a tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo ou a espada? ... Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá nos separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” Romanos 8:33-39.

Essa é a grande verdade sobre o trabalho de Jesus no santuário do céu, como sacerdote diante do Pai. Não há assunto mais importante do que esse que os crentes possam deter sua fé hoje.             O apóstolo Paulo diz ser isso essencial à vida do crente (Hb 8:1). Creia nisso!

PARIS – AS OLIMPÍADAS CONTRA A RELIGIÃO


 As Olímpiadas da França, a 33ª edição dos Jogos Olímpicos, tem sido marcada pelas restrições religiosas. A polêmica se tornou pública na abertura do evento com um dos quadros na transmissão de TV.

O cerimonialista e diretor criativo Thomas Jolly negou que tenha feito uma paródia da Última Ceia na cerimônia de abertura dos Jogos de Paris, após grupos religiosos criticarem o evento por considerá-lo uma "zombaria ao Cristianismo". Na cena, dançarinos, drag queens e pessoas em fantasias coloridas ficaram em poses que lembravam representações da Última Ceia, a última refeição de Jesus com seus apóstolos - evento também chamado por alguns como Santa Ceia. Alguns grupos católicos e bispos franceses condenaram o que viram como "cenas de escárnio e zombarias ao Cristianismo".

Nas telas de milhões de pessoas ao redor do globo, a apresentação mostrou uma cena envolvendo o cantor e ator francês Philippe Katerine como o deus Dionísio, seminu e pintado de azul, em uma mesa de banquete. "A ideia era fazer uma grande festa pagã ligada aos deuses do Olimpo", disse Jolly em uma entrevista ao canal francês BFM no último domingo (28/7). 

As três cenas comparadas - a Festa dos deuses; a cena da olímpiada; e a o quadro da Santa Ceia

"Você nunca encontrará em meu trabalho qualquer desejo de zombar ou difamar. Eu queria uma cerimônia que unisse as pessoas, que as reconciliasse, mas também uma cerimônia que afirmasse nossos valores de liberdade, igualdade e fraternidade." Jolly também defende que achou que suas intenções estavam claras. "Dionísio aparece nessa mesa. Ele está presente porque é o deus da festa, do vinho, e pai de Sequana, deusa relacionada ao rio Sena." Suas declarações foram apoiadas por internautas que viram na sua encenação elementos do quadro a "Festa dos Deuses". Fonte:BBC

Mas essa não foi a única dificuldade que os atletas cristãos enfrentaram. Eles estão proibidos de fazer qualquer manifestação religiosa, sejam referências ou testemunhos públicos.

A França desde o século 18 é uma nação anti-cristã. A história da Revolução Francesa foi fundamentada em um movimento contra a dominação religiosa que havia na Europa e naquela nação.

Na profecia do Apocalipse essa cidade é chamada de “grande cidade que, espiritualmente, se chama Sodoma e Egito, onde também o seu Senhor foi crucificado” (11:8).

Segundo as palavras do profeta, um pouco antes do ano 1798, algum poder de origem e caráter satânico se levantaria para fazer guerra à Escritura Sagrada. E na terra em que o testemunho das duas testemunhas de Deus deveria assim ser silenciado, manifestar-se-ia o ateísmo de Faraó e a licenciosidade de Sodoma.

Esta profecia teve exatíssimo e preciso cumprimento na história da França. Durante a Revolução, em 1793, "o mundo pela primeira vez ouviu uma assembléia de homens, nascidos e educados na civilização, e assumindo o direito de governar uma das maiores nações européias, levantar a voz em coro para negar a mais solene verdade que a alma do homem recebe, e renunciar unanimemente à crença na Divindade e culto à mesma". - Vida de Napoleão Bonaparte, de Sir Walter Scott. "A França é a única nação do mundo relativamente à qual se conserva registro autêntico de que, como nação, se levantou em aberta rebelião contra o Autor do Universo. Profusão de blasfemos, profusão de incrédulos, tem havido e ainda continua a haver, na Inglaterra, Alemanha, Espanha e em outras terras; mas a França fica à parte, na história universal, como o único Estado que, por decreto da Assembléia Legislativa, declarou não haver Deus, e em cuja capital a população inteira, e vasta maioria em toda parte, mulheres assim como homens, dançaram e cantaram com alegria ao ouvirem a declaração." - Blackwood"s Magazine, de novembro de 1870.

O Apocalipse chama Paris de a "grande cidade" em cujas ruas as testemunhas foram mortas, e onde seus corpos mortos estiveram, é "espiritualmente" o Egito. De todas as nações apresentadas na história bíblica, o Egito, de maneira mais ousada, negou a existência do Deus vivo e resistiu aos Seus preceitos. Nenhum monarca já se aventurou a rebelião mais aberta e arrogante contra a autoridade do Céu do que o fez o rei do Egito. Quando, em nome do Senhor, a mensagem lhe fora levada por Moisés, Faraó orgulhosamente, respondeu: "Quem é o Senhor cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, nem tão pouco deixarei ir Israel." Êxo. 5:2. Isto é ateísmo; e a nação representada pelo Egito daria expressão a uma negação idêntica às reivindicações do Deus vivo, e manifestaria idêntico espírito de incredulidade e desafio. A "grande cidade" é também comparada "espiritualmente" com Sodoma. A corrupção de Sodoma na violação da lei de Deus, manifestou-se especialmente na licenciosidade. E este pecado também deveria ser característico preeminente da nação que cumpriria as especificações deste texto.

A França também apresentou as características que mais distinguiram Sodoma. Durante o período revolucionário mostrou-se um estado de rebaixamento moral e corrupção semelhante ao que trouxera destruição às cidades da planície. E o historiador apresenta juntamente o ateísmo e a licenciosidade da França, conforme os dá a profecia: "Ligada intimamente a estas leis que afetam a religião, estava a que reduzia a união pelo casamento - o mais sagrado ajuste que seres humanos podem formar, cuja indissolubilidade contribui da maneira mais eficaz para a consolidação da sociedade - à condição de mero contrato civil de caráter transitório, em que quaisquer duas pessoas poderiam empenhar-se e que, à vontade, poderiam desfazer. ...

Se os demônios se houvessem disposto a trabalhar para descobrir o modo mais eficaz de destruir o que quer que seja venerável, belo ou perdurável na vida doméstica, e de obter ao mesmo tempo certeza de que o mal que era seu objetivo criar se perpetuaria de uma geração a outra, não poderiam ter inventado plano mais eficiente do que a degradação do casamento. ... Sofia Arnoult, atriz famosa pelos ditos espirituosos que proferia, descreveu o casamento republicano como sendo "o sacramento do adultério"." - Scott.

O Apocalipse diz – "Onde o seu Senhor também foi crucificado." Esta especificação da profecia também foi cumprida pela França. Em nenhum país fora o espírito de inimizade contra Cristo ostentado mais surpreendentemente. Em nenhum país encontrara a verdade mais atroz e cruel oposição. Na perseguição que a França infligiu aos que professavam o evangelho, crucificou a Cristo na pessoa de Seus discípulos.

Século após século o sangue dos santos fora derramado. Enquanto os valdenses, "pela palavra de Deus e pelo testemunho de Jesus Cristo", depunham a vida nas montanhas do Piemonte, idêntico testemunho da verdade era dado por seus irmãos, os albigenses da França. Nos dias da Reforma seus discípulos foram mortos com horríveis torturas. Rei e nobres, senhoras de alto nascimento e delicadas moças, o orgulho e a nobreza da nação, haviam recreado os olhos com as agonias dos mártires de Jesus. Os bravos huguenotes, batendo-se pelos direitos que o coração humano preza como os mais sagrados, tinham derramado seu sangue em muitos campos de rudes combates. Os protestantes eram tidos na conta de proscritos, punha-se a preço a sua cabeça e eram perseguidos como animais selvagens.

Centenas de homens idosos, indefesas mulheres e inocentes crianças eram deixados mortos sobre a terra em seu lugar de reunião. Atravessando-se a encosta das montanhas ou a floresta, onde estavam acostumados a reunir-se, não era raro encontrarem-se "a cada passo corpos mortos, pontilhando a relva, e cadáveres a balançar suspensos das árvores". Seu território, devastado pela espada, pelo machado, pela fogueira, "converteu-se em vasto e triste deserto". "Estas atrocidades não eram ordenadas ... em qualquer época obscura, mas na era brilhante de Luís XIV. Cultivavam-se então as ciências, as letras floresciam, os teólogos da corte e da capital eram homens doutos e eloqüentes, aparentando perfeitamente as graças da humildade e caridade." - Wylie.

O episódio mais escuro da história da França, e do catálogo de crimes, a mais horrível entre as ações diabólicas de todos os hediondos séculos, foi o massacre de São Bartolomeu. O mundo ainda recorda com estremecimento de horror as cenas daquele assalto covardíssimo e cruel. O rei da França, com quem sacerdotes e prelados romanos insistiram, sancionou a hedionda obra. Um sino badalando à noite dobres fúnebres, foi o sinal para o morticínio. Milhares de protestantes que dormiam tranqüilamente em suas casas, confiando na honra empenhada de seu rei, eram arrastados para fora sem aviso prévio e assassinados a sangue frio.

Como Cristo fora o chefe invisível de Seu povo ao ser tirado do cativeiro egípcio, assim foi Satanás o chefe invisível de seus súditos na horrível obra de multiplicar os mártires. Durante sete dias perdurou o massacre em Paris, sendo os primeiros três com inconcebível fúria. E não se limitou unicamente à cidade, mas por ordem especial do rei estendeu-se a todas as províncias e cidades onde se encontravam protestantes. Não se respeitava nem idade nem sexo. Não se poupava nem a inocente criancinha, nem o homem de cabelos brancos. Nobres e camponeses, velhos e jovens, mães e filhos, eram juntamente abatidos. Por toda a França a carnificina durou dois meses. Pereceram setenta mil da legítima flor da nação.

"Quando as notícias do massacre chegaram a Roma, a exultação entre o clero não teve limites. O cardeal de Lorena recompensou o mensageiro com mil coroas; o canhão de Santo Ângelo reboou em alegre salva; os sinos tangeram em todos os campanários; fogueiras festivas tornaram a noite em dia; e Gregório XIII, acompanhado dos cardeais e outros dignitários eclesiásticos, foi, em longa procissão, à igreja de São Luís, onde o cardeal de Lorena cantou o Te Deum. ... Uma medalha foi cunhada para comemorar o massacre, e no Vaticano ainda se podem ver três quadros de Vasari descrevendo o ataque ao almirante, o rei em conselho urdindo a matança, e o próprio morticínio. Gregório enviou a Carlos a Rosa de Ouro; e quatro meses depois da carnificina, ... ouviu complacentemente ao sermão de um padre francês, ... que falou daquele "dia tão cheio de felicidade e regozijo, em que o santíssimo padre recebeu a notícia, e foi em aparato solene dar graças a Deus e a São Luís"." - O Massacre de São Bartolomeu, de Henry White.

O mesmo espírito sobrenatural que instigou o massacre de São Bartolomeu, dirigiu também as cenas da Revolução Francesa. Foi declarado ser Jesus Cristo um impostor e o grito de zombaria dos incrédulos franceses era: "Esmagai o Miserável!" querendo dizer Cristo. Blasfêmia que desafiava o Céu e abominável impiedade iam de mãos dadas, e os mais vis dentre os homens, os mais execráveis monstros de crueldade e vício, eram elevados aos mais altos postos. Em tudo isto, prestava-se suprema homenagem a Satanás, enquanto Cristo, em Seus característicos de verdade, pureza e amor abnegado, era crucificado.

O Apocalipse chama essa nação de "A besta que sobe do abismo" (11:7). O poder ateísta que governou na França durante a Revolução e reinado do terror, desencadeou contra Deus e Sua santa Palavra uma guerra como jamais o testemunhara o mundo. O culto à Divindade fora abolido pela Assembléia Nacional. Bíblias eram recolhidas e publicamente queimadas com toda a manifestação de escárnio possível. A lei de Deus era calcada a pés. As instituições das Escrituras Sagradas, abolidas. O dia de repouso semanal foi posto de lado, e em seu lugar cada décimo dia era dedicado à orgia e blasfêmia. O batismo e a comunhão foram proibidos. E anúncios afixados visivelmente nos cemitérios, declaravam ser a morte um sono eterno.

"Uma das cerimônias deste tempo de loucuras permanece sem rival pelo absurdo combinado com a impiedade. As portas da convenção foram abertas de par em par a uma banda de música, seguida dos membros da corporação municipal, que entraram em solene procissão, cantando um hino de louvor à liberdade e escoltando, como o objeto de seu futuro culto, uma mulher coberta com um véu, a quem denominavam a deusa da Razão. Levada à tribuna, tirou-se-lhe o véu com grande pompa, e foi colocada à direita do presidente, sendo por todos reconhecida como dançarina de ópera. ... A essa pessoa, como mais apropriada representante da razão a que adoravam, a Convenção Nacional da França prestou homenagem pública. "Essa momice, ímpia e ridícula, entrou em voga; e o instituir a deusa da Razão foi repetido e imitado, por todo o país, nos lugares em que os habitantes desejavam mostrar-se à altura da Revolução." - Scott.

 Disse o orador que apresentou o culto da Razão: "Legisladores! O fanatismo foi substituído pela razão. Seus turvos olhos não poderiam suportar o brilho da luz. Neste dia, imenso público se congregou sob aquelas abóbadas góticas que, pela primeira vez, fizeram ecoar a verdade. Ali, os franceses celebraram o único culto verdadeiro - o da Liberdade, o da Razão. Ali formulamos votos de prosperidade às armas da República. Ali abandonamos ídolos inanimados para seguir a Razão, esta imagem animada, a obra-prima da Natureza." - História da Revolução Francesa, de Thiers, vol. 2, págs. 370 e 371.

Ao ser a deusa apresentada à Convenção, o orador tomou-a pela mão e, voltando-se à assembléia, disse: "Mortais, cessai de tremer perante os trovões impotentes de um Deus que vossos temores criaram. Não reconheçais, doravante, outra divindade senão a Razão. Ofereço-vos sua mais nobre e pura imagem; se haveis de ter ídolos, sacrificai apenas aos que sejam como este. ... Caí perante o augusto Senado da Liberdade, ó Véu da Razão! ..."A deusa, depois de ser abraçada pelo presidente, foi elevada a um carro suntuoso e conduzida, por entre vasta multidão, à catedral de Notre Dame para tomar o lugar da Divindade. Ali foi ela erguida ao altar-mor e recebeu a adoração de todos os presentes." - Alison.

Não muito depois, seguiu-se a queima pública da Escritura Sagrada. Em uma ocasião, "a Sociedade Popular do Museu" entrou no salão da municipalidade, exclamando: "Vive La Raison!" e carregando na extremidade de um mastro os restos meio queimados de vários livros, entre os quais breviários, missais, e o Antigo e Novo Testamentos, livros que "expiavam em grande fogo", disse o presidente, "todas as loucuras que tinham feito a raça humana cometer". - Journal de Paris, 14 de novembro de 1793 (nº 318).

O espírito de liberdade acompanhava a Bíblia. Onde quer que o evangelho era recebido, despertava-se o povo. Começavam os homens a romper as algemas que os haviam conservado escravos da ignorância, vício e superstição. Começavam a pensar e agir como homens. Os monarcas, ao verem isto, temeram pelo seu despotismo.

Roma não foi tardia em inflamar seus ciosos temores. Disse o papa ao regente da França em 1525: "Esta mania [o protestantismo], não somente confundirá e destruirá a religião, mas todos os principados, nobreza, leis, ordens e classes juntamente." - História dos Protestantes da França, G. de Félice. Poucos anos mais tarde um núncio papal advertiu ao rei: "Majestade, não vos enganeis. Os protestantes subverterão toda a ordem civil e religiosa. ... O trono está em tão grande perigo como o altar. ... A introdução de uma nova religião deve necessariamente introduzir novo governo." - História da Reforma no Tempo de Calvino, D"Aubigné. E os teólogos apelavam para os preconceitos do povo, declarando que a doutrina protestante "instiga os homens à novidade e loucura; despoja o rei da dedicada afeição de seus súditos e devasta tanto a Igreja como o Estado". Assim Roma conseguiu predispor a França contra a Reforma. "Foi para manter o trono, preservar os nobres e conservar as leis, que pela primeira vez se desembainhou na França a espada da perseguição." - Wylie.

Mal imaginavam os governantes do país os resultados daquela política fatal. O ensino da Escritura Sagrada teria implantado no espírito e no coração do povo os princípios de justiça, temperança, verdade, eqüidade e benevolência, que são a própria pedra basilar da prosperidade da nação. "A justiça exalta as nações." Donde, "com justiça se estabelece o trono". Prov. 14:34; 16:12. "O efeito da justiça será paz, e a operação da justiça repouso e segurança, para sempre." Isa. 32:17. O que obedece à lei divina é o que melhor respeitará e obedecerá às leis de seu país. O que teme a Deus honrará ao rei no exercício de toda a autoridade justa e legítima. Mas a desditosa França proibiu a Bíblia e condenou seus discípulos. Século após século, homens de princípios e integridade, homens de agudeza intelectual e força moral, que tinham coragem de confessar suas convicções e fé para sofrer pela verdade, sim, durante séculos esses homens labutaram como escravos nas galeras, pereceram na fogueira, ou apodreceram nas celas das masmorras. Milhares e milhares encontraram segurança na fuga; e isto continuou por duzentos e cinqüenta anos depois do início da Reforma.

"Quase não houve geração de franceses, durante esse longo período, que não testemunhasse os discípulos do evangelho fugindo diante da fúria insana do perseguidor, levando consigo a inteligência, as artes, a indústria, a ordem, nas quais, em regra, grandemente se distinguiam, para o enriquecimento das terras em que encontravam asilo. E à medida que enchiam outros países com esses valiosos dons, privavam deles o seu próprio país. Se tudo que então foi repelido se houvesse conservado na França; se, durante esses trezentos anos, a habilidade industrial dos exilados tivesse estado a cultivar seu solo; se durante esses trezentos anos, seu pendor artístico tivesse estado a aperfeiçoar suas indústrias; se durante esses três séculos, seu gênio inventivo e poder analítico tivessem estado a enriquecer sua literatura e a cultivar sua ciência; se a sabedoria deles estivesse a guiar seus conselhos, a bravura a pelejar em suas batalhas e a eqüidade a formular suas leis, e estivesse a religião da Bíblia a fortalecer o intelecto e a governar a consciência de seu povo, que glória não circundaria hoje a França! Que país grandioso, próspero e feliz - modelo das nações não teria ela sido!

"Mas o fanatismo cego baniu de seu solo todo ensinador da virtude, todo campeão da ordem, todo defensor honesto do trono, dizendo aos homens que teriam dado ao país "renome e glória" na Terra: Escolhei o que quereis: a fogueira ou o exílio. "Finalmente a ruína do Estado foi completa; não mais restavam consciências para serem proscritas; não mais religião para arrastar-se à fogueira; não mais patriotismo para ser desterrado." - Wylie. E a Revolução, com todos os seus horrores, foi o tremendo resultado.

"Com a fuga dos huguenotes, um declínio geral baixou sobre a França. Florescentes cidades manufatureiras caíram em decadência; férteis distritos voltaram a sua natural rusticidade; embotamento intelectual e decadência moral sucederam-se a um período de desusado progresso. Paris tornou-se um vasto asilo de mendicidade, e calcula-se que, ao romper a Revolução, duzentos mil pobres reclamavam caridade das mãos do rei. Somente os jesuítas floresciam na nação decadente, e governavam com terrível tirania sobre escolas e igrejas, prisões e galés."

O evangelho teria proporcionado à França a solução dos problemas políticos e sociais que frustravam a habilidade de seu clero, seu rei e seus legisladores, e que finalmente mergulharam a nação na anarquia e ruína. Sob o domínio de Roma, porém, o povo tinha perdido as benditas lições do Salvador acerca do sacrifício e amor abnegado. Tinham sido afastados da prática da abnegação em favor dos outros. Os ricos não haviam recebido repreensão alguma por sua opressão aos pobres; estes, nenhum auxílio pela sua servidão e degradação. O egoísmo dos abastados e poderosos se tornou mais é mais visível e opressivo. A cobiça e a dissolução dos nobres, durante séculos, tiveram como resultado a esmagadora extorsão para com os camponeses. Os ricos lesavam os pobres, e estes odiavam aqueles.

Em muitas províncias as propriedades eram conservadas pelos nobres, sendo as classes trabalhadoras apenas arrendatárias; achavam-se à mercê dos proprietários e obrigados a sujeitar-se às suas exigências escorchantes. O encargo de sustentar tanto a Igreja como o Estado recaía sobre as classes média e baixa, pesadamente oneradas pelas autoridades civis e pelo clero. "O capricho dos nobres arvorava-se em lei suprema; os lavradores e camponeses podiam perecer de fome sem que isso comovesse os opressores. ... O povo era obrigado a consultar sempre o interesse exclusivo do proprietário. A vida dos trabalhadores agrícolas era de labuta incessante e miséria sem alívio; suas queixas, se é que ousavam queixar-se, eram tratadas com insolente desprezo. Os tribunais de justiça ouviam sempre ao nobre de preferência ao camponês; os juízes aceitavam abertamente o suborno, e o mais simples capricho da aristocracia tinha força de lei, em virtude deste sistema de corrupção universal. Dos impostos extorquidos do povo comum, pelos magnatas seculares de um lado e pelo clero do outro, nem a metade sequer tinha acesso ao tesouro real ou episcopal; o resto era desbaratado em condescendências imorais. E os mesmos homens que assim empobreciam seus compatriotas, estavam isentos de impostos, e, pela lei e costumes, com direitos a todos os cargos do Estado. Os membros das classes privilegiadas orçavam por uns cento e cinqüenta mil, e para a satisfação delas, milhões estavam condenados a levar uma vida de degradação irremediável."

A corte achava-se entregue ao luxo e à libertinagem. Pouca confiança existia entre o povo e os governantes. Prendia-se a todos os atos do governo a suspeita de serem mal-interpretados e egoístas. Durante mais de meio século antes do tempo da Revolução, o trono foi ocupado por Luís XV que, mesmo naqueles maus tempos, se distinguiu como monarca indolente, frívolo e sensual. Com uma aristocracia depravada e cruel, uma classe inferior empobrecida e ignorante, achando-se o Estado em embaraços financeiros, e o povo exasperado, não se necessitava do olhar de profeta para prever uma iminente e terrível erupção. Às advertências de seus conselheiros estava o rei acostumado a responder: "Procurai fazer com que as coisas continuem tanto tempo quanto eu provavelmente possa viver; depois de minha morte, seja como for." Era em vão que se insistia sobre a necessidade de reforma. Ele via os males, mas não tinha nem a coragem nem a força para enfrentá-los. Sua resposta indolente e egoísta sintetizava, com verdade, a sorte que aguardava a França: "Depois de mim, o dilúvio!"

Valendo-se dos ciúmes dos reis e das classes governantes, Roma os influenciara a conservar o povo na escravidão, bem sabendo que o Estado assim se enfraqueceria, tendo por este meio o propósito de firmar em seu cativeiro tanto príncipes como o povo. Com política muito previdente, percebeu que, para escravizar os homens de modo eficaz, deveria algemar-lhes a alma; que a maneira mais certa de impedi-los de escapar de seu cativeiro era torná-los incapazes de libertar-se. Mil vezes mais terrível do que o sofrimento físico que resultava de sua política, era a degradação moral. Despojado da Escritura Sagrada, e abandonado ao ensino do fanatismo e egoísmo, o povo estava envolto em ignorância e superstição, submerso no vício, achando-se, assim, completamente inapto para o governo de si próprio.

Mas a conseqüência de tudo isto foi grandemente diversa do que Roma tivera em mira. Em vez de manter as massas populares em submissão cega aos seus dogmas, sua obra teve como resultado torná-las incrédulas e revolucionárias. Desprezavam o romanismo como uma artimanha do clero. Consideravam-no como um partido que as oprimia. O único deus que conheciam era o deus de Roma; seu ensino era a única réligião que professavam. Consideravam sua avidez e crueldade como os legítimos frutos da Bíblia, da qual nada queriam saber.

Roma tinha representado falsamente o caráter de Deus e pervertido Seus mandamentos, e agora os homens rejeitavam tanto a Escritura Sagrada como seu Autor. Exigira fé cega nos seus dogmas, sob o pretenso apoio das Escrituras. Na reação, Voltaire e seus companheiros puseram inteiramente de lado a Palavra de Deus, disseminando por toda parte o veneno da incredulidade. Roma calcara o povo sob seu tacão de ferro; agora as massas, degradadas e embrutecidas, ao revoltarem-se contra a tirania, arrojaram de si toda a restrição. Enraivecidos com o disfarçado embuste a que durante tanto tempo haviam prestado homenagem, rejeitaram a um tempo a verdade e a falsidade; e erroneamente tomando a libertinagem pela liberdade, os escravos do vício exultaram em sua liberdade imaginária.

No início da Revolução foi, por concessão do rei, outorgada ao povo uma representação mais numerosa do que a dos nobres e do clero reunidos. Assim a balança do poder estava em suas mãos; mas não se achavam preparados para fazer uso deste poder com sabedoria e moderação. Ávidos de reparar os males que tinham sofrido, decidiram-se a empreender a reconstrução da sociedade. Uma turba ultrajada, cujo espírito estava de há muito repleto de dolorosas lembranças, resolveu sublevar-se contra aquele estado de miséria que se tornara insuportável, vingando-se dos que considerava como responsáveis por seus sofrimentos. Os oprimidos puseram em prática a lição que tinham aprendido sob a tirania, e tornaram-se os opressores dos que os haviam oprimido.

 A cruel França ceifou em sangue a colheita do que semeara. Terríveis foram os resultados de sua submissão ao poder subjugador de Roma. Onde a França, sob a influência do romanismo, acendera a primeira fogueira ao começar a Reforma, erigiu a Revolução a sua primeira guilhotina. No local em que os primeiros mártires da fé protestante foram queimados no século XVI, as primeiras vítimas foram guilhotinadas no século XVIII. Rejeitando o evangelho que lhe teria trazido cura, a França abrira a porta à incredulidade e ruína. Quando as restrições da lei de Deus foram postas de lado, verificou-se que as leis dos homens eram impotentes para sustar a avassalante onda da paixão humana; e a nação descambou para a revolta e anarquia. A guerra contra a Bíblia inaugurou uma era que se conserva na História Universal como "o reinado do terror". A paz e a felicidade foram banidas dos lares e do coração dos homens. Ninguém se achava seguro. O que hoje triunfava era alvo de suspeitas e condenado amanhã. A violência e a cobiça exerciam incontestável domínio.

Rei, clero e nobreza foram obrigados a submeter-se às atrocidades do povo excitado e enlouquecido, cuja sede de vingança subiu de ponto com a execução do rei; e os que haviam decretado sua morte logo o seguiram no cadafalso. Foi ordenado um morticínio geral de todos os que eram suspeitos de hostilizar a Revolução. As prisões estavam repletas, contendo em certa ocasião mais de duzentos mil prisioneiros. Multiplicavam-se nas cidades do reino as cenas de horror. Um partido dos revolucionários era contra outro, e a França tornou-se um vasto campo de massas contendoras, dominadas pela fúria das paixões. "Em Paris, tumulto sucedia a tumulto, e os cidadãos estavam divididos numa mistura de facções, que não pareciam visar coisa alguma a não ser a exterminação mútua." E para aumentar a miséria geral, a nação envolveu-se em prolongada e devastadora guerra com as grandes potências da Europa. "O país estava quase falido, o exército a clamar pelos pagamentos em atraso, os parisienses passando fome, as províncias assoladas pelos ladrões, e a civilização quase extinta em anarquia e licenciosidade."

Muito bem havia o povo aprendido as lições de crueldade e tortura que Roma tão diligentemente ensinara. Chegara finalmente o dia da retribuição. Não eram mais os discípulos de Jesus que se arrojavam nas masmorras e arrastavam à tortura. Havia muito tempo que esses tinham perecido, ou sido expulsos para o exílio. Roma, sentia agora o poder mortífero daqueles a quem havia ensinado a deleitar-se nas práticas sanguinárias. "O exemplo de perseguição que o clero da França por tantos séculos dera abertamente, achava-se agora revertido contra ele mesmo com assinalado vigor. Os cadafalsos estavam tintos do sangue dos sacerdotes. As galés e prisões, que em outro tempo se povoaram de huguenotes, estavam agora repletas de seus perseguidores. Acorrentados ao banco ou labutando com os remos, o clero católico romano experimentou todas as desgraças que sua igreja tão livremente infligira aos benignos hereges."

"Vieram então os dias em que o mais bárbaro dos códigos foi posto em vigor pelo mais bárbaro dos tribunais; em que ninguém poderia saudar os vizinhos ou fazer orações ... sem perigo de cometer um crime capital; em que espias se emboscavam de todos os lados; em que todas as manhãs a guilhotina funcionava em trabalho rápido e prolongado; em que as cadeias estavam tão cheias como um porão de navio de escravos; em que, nas sarjetas, o sangue corria espumante para o Sena. ... Enquanto diariamente carradas de vítimas eram levadas ao seu destino através das ruas de Paris, os procônsules, a quem a comissão soberana enviara aos departamentos, recreavam-se extravagantemente com crueldade desconhecida mesmo na capital. O cutelo da máquina mortífera levantava-se demasiado vagarosamente para a obra de morticínio. Longas fileiras de prisioneiros eram ceifadas a metralha. Faziam-se rombos no fundo dos barcos repletos. Lyon se tornou um deserto. Em Arras, mesmo a cruel misericórdia de uma morte rápida era negada aos prisioneiros. Por toda a extensão do Loire de Saumur até à desembocadura no oceano, grandes bandos de corvos e milhanos banqueteavam-se nos cadáveres nus, juntamente irmanados em hediondos abraços. Não se mostrava misericórdia a sexo ou idade. O número de moços e moças de dezessete anos que foram assassinados por aquele governo execrável, deve ser computado às centenas. Criancinhas arrancadas dos seios eram arrojadas, de chuço em chuço, ao longo das fileiras jacobinas."

 No curto espaço de dez anos, pereceram multidões de criaturas humanas. Tudo isto foi como Satanás queria. Durante séculos se empenhara por consegui-lo. Sua política é o engano desde o princípio até ao fim, e seu propósito fixo é acarretar a desgraça e a miséria aos homens, desfigurar e aviltar a obra de Deus, desvirtuar os propósitos divinos de benevolência e amor, ocasionando assim o pesar no Céu. Então, por suas artes ilusórias, cega o espírito dos homens, induzindo-os a responsabilizar a Deus pelos males de sua obra, como se toda essa miséria fosse resultado do plano do Criador. De igual modo, quando os que foram degradados e embrutecidos pelo seu poder cruel alcançam a liberdade, ele os compele a excessos e atrocidades. Então este quadro de desenfreada licenciosidade é apontado pelos tiranos e opressores como ilustração dos resultados da liberdade.

 Quando é descoberto o erro sob um aspecto, Satanás apenas o mascara sob disfarce diverso, e as multidões o recebem tão avidamente como a princípio. Quando o povo descobriu ser o romanismo um engano, e Satanás não pôde por este agente levá-lo à transgressão da lei de Deus, compeliu-o a considerar todas as religiões como fraude e a Escritura Sagrada como fábula; e, pondo de lado os estatutos divinos, entregaram-se a desenfreada iniqüidade.

O erro fatal que trouxe semelhante desgraça aos habitantes da França, foi a ignorância desta única e grande verdade: que a genuína liberdade reside dentro das prescrições da lei de Deus. "Ah! se tivesses dado ouvidos aos Meus mandamentos! Então seria a tua paz como o rio, e a tua justiça como as ondas do mar." "Os ímpios não têm paz, disse o Senhor." "Mas o que Me der ouvidos habitará seguramente, e estará descansado do temor do mal." Isa. 48:18 e 22; Prov. 1:33.

Ateus, incrédulos e apóstatas opunham-se à lei de Deus e acusavam-na; mas os resultados de sua influência provam que o bem-estar do homem se prende à obediência aos estatutos divinos. Os que não leram esta lição no Livro de Deus, são convidados a lê-la na história das nações. Fonte: Livro O Grande Conflito, pags. 270-285.

Essa é a França que estamos vendo nas mídias sociais e na TV. Uma nação ateísta, que despreza o cristianismo e quer ajustar os cristãos aos seus moldes culturais e políticos.

O que estamos vendo de ações anti-religiosas são apenas a ponta do iceberg. Há muitas outras ações, políticas e doutrinações sociais que pretendem acabar com os fundamentos dos países cristãos e da própria religião cristã.