OS EVENTOS FINAIS

Quando se encerrar a mensagem do terceiro anjo, a misericórdia não mais pleiteará em favor dos culpados habitantes da Terra. O povo de Deus terá cumprido a sua obra. Recebeu a “chuva serôdia”, o “refrigério pela presença do Senhor”, e acha-se preparado para a hora probante que diante dele está. No Céu, anjos apressam-se de um lado para o outro. 

Um anjo que volta da Terra anuncia que a sua obra está feita; o mundo foi submetido à prova final, e todos os que se mostraram fiéis aos preceitos divinos receberam “o selo do Deus vivo.” Cessa então Jesus de interceder no santuário celestial.. GC 613.2

Deixando Ele o santuário, as trevas cobrem os habitantes da Terra. Naquele tempo terrível os justos devem viver à vista de um Deus santo, sem intercessor. GC 614.1

Quando Cristo cessar de interceder no santuário, será derramada a ira que, sem mistura, se ameaçara fazer cair sobre os que adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal. GC 627.3

Satanás mergulhará então os habitantes da Terra em uma grande angústia final. Ao cessarem os anjos de Deus de conter os ventos impetuosos das paixões humanas, ficarão às soltas todos os elementos de contenda. O mundo inteiro se envolverá em ruína mais terrível do que a que sobreveio a Jerusalém na antiguidade.. GC 614.1

Estas pragas não são universais, ao contrário os habitantes da Terra seriam inteiramente exterminados. GC 628.2

As pragas que sobrevieram ao Egito quando Deus estava prestes a libertar Israel, eram de caráter  semelhante aos juízos mais terríveis e extensos que devem cair sobre o mundo precisamente antes do libertamento final do povo de Deus. GC 627.3

Os que honram a lei de Deus têm sido acusados de acarretar juízos sobre o mundo, e serão considerados como a causa das terríveis convulsões da Natureza, da contenda e carnificina entre os homens, coisas que estão enchendo a Terra de pavor. GC 614.3

Como o sábado se tornou o ponto especial de controvérsia por toda a cristandade, e as autoridades religiosas e seculares se combinaram para impor a observância do domingo, a recusa persistente de uma pequena minoria em ceder à exigência popular, fará com que esta minoria seja objeto de ódio universal. GC 615.2

Insistir-se-á em que os poucos que permanecem em oposição a uma instituição da igreja e lei do Estado, não devem ser tolerados; que é melhor que eles sofram do que nações inteiras sejam lançadas em confusão e ilegalidade. GC 615.2

O romanismo no Velho Mundo, e  o protestantismo apóstata no Novo, adotarão uma conduta idêntica para com aqueles que honram todos os preceitos divinos.. GC 615.2

O povo de Deus não estará livre de sofrimento; mas conquanto perseguidos e angustiados, conquanto suportem privações, e sofram pela falta de alimento, não serão abandonados a perecer. O Deus que cuidou de Elias, não desamparará nenhum de Seus abnegados filhos. GC 629.2

O povo de Deus será então imerso naquelas cenas de aflição e angústia descritas pelo profeta como o tempo de angústia de Jacó. GC 616.1

Assim como Satanás influenciou Esaú a marchar contra Jacó, instigará os ímpios a destruírem o povo de Deus no tempo de angústia. GC 618.2

Como ato culminante no grande drama do engano, o próprio Satanás personificará Cristo. GC 624.2

Cura as moléstias do povo, e então, em seu pretenso caráter de Cristo, alega ter mudado o sábado para o domingo, ordenando a todos que santifiquem o dia que ele abençoou. Declara que aqueles que persistem em santificar o sétimo dia estão blasfemando de Seu nome, pela recusa de ouvirem Seus anjos à eles enviados com a luz e a verdade. É este o poderoso engano, quase invencível. GC 624.2

Quando o decreto promulgado pelos vários governantes da cristandade contra os observadores dos mandamentos lhes retirar a proteção do governo, abandonando-os aos que lhes desejam a destruição, o povo de Deus fugirá das cidades e vilas e reunir-se-á em grupos, habitando nos lugares mais desertos e solitários. GC 626.1

Muitos, porém, de todas as nações, e de todas as classes, elevadas e humildes, ricos e pobres, negros e brancos, serão arrojados na escravidão mais injusta e cruel. Os amados de Deus passarão dias penosos, presos em correntes, retidos pelas barras da prisão, sentenciados à morte, deixados alguns aparentemente para morrer à fome nos escuros e nauseabundos calabouços. GC 626.1

Os juízos de Deus cairão sobre os que procuram oprimir e destruir Seu povo. GC 627.2

Aos olhos humanos parecerá, todavia, que o povo de Deus logo deverá selar seu testemunho com seu sangue, assim como fizeram os mártires antes deles. GC 630.1

Pudessem os homens ver com visão celestial e contemplariam grupos de anjos magníficos em poder, estacionados em redor daqueles que guardaram a palavra da paciência de Cristo. GC 630.2

O povo de Deus deve beber o cálice e  ser batizado com o batismo. A própria demora, para eles tão penosa, é a melhor resposta às suas petições. Esforçando-se por esperar confiantemente que o Senhor opere, são levados a exercitar a fé, esperança e paciência, que muito pouco foram exercitadas durante sua experiência religiosa. Contudo, por amor dos escolhidos, o tempo de angústia será abreviado.. GC 630.2

Devido a um decreto geral haja fixado um tempo em que os observadores dos mandamentos poderão ser mortos, seus inimigos nalguns casos se antecipam ao decreto e, antes do tempo especificado, se esforçam por tirar-lhes a vida. Mas ninguém pode passar através dos poderosos guardas estacionados em redor de toda alma fiel. GC 631.1

Alguns são assaltados ao fugirem das cidades e vilas; mas as espadas contra eles levantadas se quebram e caem tão impotentes como a palha. Outros são defendidos por anjos sob a forma de guerreiros. GC 631.1

Com ardente anseio, o povo de Deus aguarda os sinais de seu Rei vindouro. GC 632.2

Ao insistir o povo militante de Deus com suas súplicas perante o Senhor, o véu que os separa do invisível parece quase a retirar-se. Os. GC 632.3

O precioso Salvador enviará auxílio exatamente quando dele necessitarmos. GC 633.1

Quando a proteção das leis humanas for retirada dos que honram a lei de Deus, haverá, nos diferentes países, um movimento simultâneo com o fim de destruí-los. Aproximando-se o tempo indicado no decreto, o povo conspirará para desarraigar a odiada seita.. GC 635.1

O povo de Deus — alguns nas celas das prisões, outros escondidos nos retiros solitários das florestas e montanhas pleiteia ainda a proteção divina, enquanto por toda parte grupos de homens armados, instigados pelas hostes de anjos maus, se estão preparando para a obra de morte. GC 635.1-GC 635.2

Com brados de triunfo, zombaria e imprecação, multidões de homens maus estão prestes a cair sobre a presa, quando,  eis, um denso negror, mais intenso do que as trevas da noite, cai sobre a Terra. Então o arco-íris, resplandecendo com a glória do trono de Deus, atravessa os céus, e parece cercar cada um dos grupos em oração. GC 635.3

É ouvida pelo povo de Deus uma voz clara e melodiosa, dizendo: “Olhai para cima”; e, levantando os olhos para o céu, contemplam o arco da promessa. As nuvens negras, ameaçadoras, que cobriam o firmamento se fendem e, como Estêvão, olham fixamente para o céu, e vêem a glória de Deus, e o Filho do homem sentado sobre o Seu trono. GC 636.1

É à meia-noite que Deus manifesta o Seu poder para o livramento de Seu povo. O Sol aparece resplandecendo em sua força. Sinais e maravilhas se seguem em rápida sucessão. Os ímpios contemplam a cena com terror e espanto, enquanto os justos vêem com solene alegria os sinais de seu livramento. Tudo na Natureza parece desviado de seu curso. As correntes de água deixam de fluir. Nuvens negras e pesadas sobem e chocam-se umas nas outras. Em meio dos céus agitados, acha-se um espaço claro de glória indescritível, donde vem a voz de Deus como o som de muitas águas, dizendo: “Está feito.” Apocalipse 16:17. GC 636.2

As montanhas agitam-se como a cana ao vento, e anfractuosas rochas são espalhadas por todos os lados. Há um estrondo como de uma tempestade a sobrevir. O mar é açoitado com fúria. Ouve-se o sibilar do furacão, semelhante à voz de demônios na missão de destruir. A Terra inteira se levanta, dilatando-se como as ondas do mar. Sua superfície está a quebrar-se. Seu próprio fundamento parece ceder. Cadeias de montanhas estão a revolver-se. Desaparecem ilhas habitadas. Os portos marítimos que, pela iniqüidade, se tornaram como Sodoma, são tragados pelas águas enfurecidas. GC 636.3


A Ressurreição Especial - Todos os que morreram na fé da mensagem do terceiro anjo saem do túmulo glorificados para ouvirem o concerto de paz, estabelecido por Deus com os que guardaram a Sua lei. “Os mesmos que O traspassaram” (Apocalipse 1:7), os que zombaram e escarneceram da agonia de Cristo, e os mais acérrimos inimigos de Sua verdade e povo, ressuscitam para contemplá-Lo em Sua glória, e ver a honra conferida aos fiéis e obedientes. GC 637.1

Densas nuvens ainda cobrem o céu; contudo o Sol de quando em quando irrompe, aparecendo como o olhar vingador de  Jeová. Relâmpagos terríveis estalam dos céus, envolvendo a Terra num lençol de chamas. Por sobre o estrondo medonho do trovão, vozes misteriosas e terríveis declaram a sorte dos ímpios. As palavras proferidas não são compreendidas por todos; entendem-nas, porém, distintamente os falsos ensinadores. GC 637.2

Por uma fenda nas nuvens, fulgura uma estrela cujo brilho aumenta quadruplicadamente em contraste com as trevas. GC 638.2

Aparece então de encontro ao céu uma mão segurando duas tábuas de pedra dobradas uma sobre a outra. GC 639.1

A mão abre as tábuas, e vêem-se os preceitos do decálogo, como que traçados com pena de fogo. As palavras são tão claras que todos as podem ler. Desperta-se a memória, varrem-se de todas as mentes as trevas da superstição e heresia, e os dez preceitos divinos, breves, compreensivos e autorizados, apresentam-se à vista de todos os habitantes da Terra. GC 639.1

A voz de Deus é ouvida no Céu, declarando o dia e a hora da vinda de Jesus e estabelecendo concerto eterno com Seu povo. Semelhantes a estrondos do mais forte trovão, Suas palavras ecoam pela Terra inteira. O Israel de Deus fica a ouvir, com o olhar fixo no alto. Têm o semblante iluminado com a Sua glória, brilhante como o rosto de Moisés quando desceu do Sinai. Os ímpios não podem olhar para eles. E, quando se pronuncia a bênção sobre os que honraram a Deus, santificando o Seu sábado, há uma grande aclamação de vitória.. GC 640.1-2

Surge logo no Oriente uma pequena nuvem negra, aproximadamente da metade do tamanho da mão de um homem. É a nuvem que rodeia o Salvador, e que, a distância, parece estar envolta em trevas. O povo de Deus sabe ser esse o sinal do Filho do homem. Em solene silêncio fitam-na enquanto se aproxima  da Terra, mais e mais brilhante e gloriosa, até se tornar grande nuvem branca, mostrando na base uma glória semelhante ao fogo consumidor e encimada pelo arco-íris do concerto. Jesus, na nuvem, avança como poderoso vencedor. GC 640.3

Aproximando-se ainda mais a nuvem viva, todos os olhos contemplam o Príncipe da vida. Nenhuma coroa de espinhos agora desfigura a sagrada cabeça, mas um diadema de glória repousa sobre a santa fronte. O semblante divino irradia o fulgor deslumbrante do Sol meridiano. “E no vestido e na Sua coxa tem escrito este nome: Rei dos reis e Senhor dos senhores.” Apocalipse 19:16. . GC 640.3

O Rei dos reis desce sobre a nuvem, envolto em fogo chamejante. Os céus enrolam-se como um pergaminho, e a Terra treme diante dEle, e todas as montanhas e ilhas se movem de  seu lugar. GC 641.2

Por entre as vacilações da Terra, o clarão do relâmpago e o ribombo do trovão, a voz do Filho de Deus chama os santos que dormem. Ele olha para a sepultura dos justos e, levantando as mãos para o céu, brada: “Despertai, despertai, despertai, vós que dormis no pó, e surgi!” Por todo o comprimento e largura da Terra, os mortos ouvirão aquela voz, e os que ouvirem viverão. GC 644.2


A Primeira Ressurreição - Todos saem do túmulo com a mesma estatura que tinham quando ali entraram. Adão, que está em pé entre a multidão dos ressuscitados, é de grande altura e formas majestosas, de estatura pouco menor que o Filho de Deus. (…) Todos, porém, surgem com a louçania e vigor de eterna mocidade. No. GC 644.3

Os justos vivos são transformados “num momento, num abrir e fechar de olhos.” À voz de Deus foram eles glorificados; agora tornam-se imortais, e com os santos ressuscitados, são arrebatados para encontrar seu Senhor nos ares. GC 645.1

Os anjos “ajuntarão os Seus escolhidos desde os quatro ventos, de uma à outra extremidade dos céus.” Criancinhas são levadas pelos santos anjos aos braços de suas mães. Amigos há muito separados pela morte, reúnem-se, para nunca mais se separarem, e com cânticos de alegria ascendem juntamente para a cidade de Deus. GC 645.1

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O SECAMENTO DO RIO EUFRATES

Na Bíblia, rios frequentemente simbolizam nações, impérios ou povos, servindo como metáforas geopolíticas e proféticas. Essa linguagem aparece especialmente em textos poéticos e apocalípticos, onde águas, rios e mares, representam poder, influência e nações (Ap 17 v15). 

 O Significado do "Grande Rio Eufrates" 

O simbolismo histórico e profético. No Antigo Testamento, o Eufrates era a fronteira oriental de Israel e uma barreira natural (Gn 15:18; Dn 10:4). Babilônia, inimiga de Israel, estava situada junto ao Eufrates (Jr 51:13; Ap 17:1, 15).

No Apocalipse, o Eufrates representa o apoio político e religioso que esse sistema religioso opressor recebe “dos reis da terra” (17:12). 

 Rio e Nações

Os Principais Textos Bíblicos que associam rios à nações são variados. O Egito é associado ao Rio Nilo em Isaías 19:5–10. EM Ezequiel 29 o profeta diz – “Eis que eu estou contra ti, Faraó, rei do Egito, grande dragão... que diz: O Nilo é meu, e eu o fiz" (v3). O Egito é personificado como um monstro no Nilo, destacando sua arrogância. 

Já a Assíria é chamada pelo nome do Rio Tigre (Hiddequel). Em Gênesis 2:14, O Tigre é um dos rios do Éden, associado à fonte da civilização mesopotâmica.  Em Daniel 10:4  o profeta diz que "estava junto ao grande rio Tigre" – Local de revelações sobre impérios mundiais. 

Israel é representado pelo Rio Jordão. Em Josué 3:14–17, A travessia do Jordão simboliza entrada na Terra Prometida. Em 2 Reis 5:10–14, Naamã um sírio, se recusa a entrar no Jordão, dizendo que os rios da Síria, Abanae Farfar, eram melhores que o barrento Jordão. Há um nacionalismo nessa história, a partir dos rios.

A Pérsia era nomeada pelo Rio Ulai (em Ezequiel 8:2, Daniel 8:2, 16). Daniel tem uma visão  - "junto ao rio Ulai" – Visão do carneiro (Pérsia) e bode (Grécia).

Babilônia era nomeada pelo Rio Eufrates. O profeta Jeremias profetiza - "Ó tu que habitas sobre muitas águas, abundante em tesouros!" cap.51 v13. Babilônia é descrita como uma cidade "sobre águas" (Eufrates), simbolizando seu poder e riqueza.

 Babilônia e seu aporte

Em Apocalipse 17:1, 15, a Babilônia apocalíptica, a Igreja Romana e as igrejas apostadas, são descritas - "A grande prostituta que está assentada sobre muitas águas... As águas que viste são povos, multidões, nações e línguas." Aqui, o Eufrates (e outras "águas") representam os povos que sustentam Babilônia apocalíptica, a igreja romana. 

O Eufrates assim é um símbolo dos poderes seculares que sustentam Babilônia espiritual (Ap 17:15–18). Se refere ao poder militar e econômico que mantém o sistema opressor descrito em Apocalipse 13:15-18 – a besta da terra e a besta do mar, representados por EUA e Vaticano.

O Significado Teológico

Águas abundantes significam Domínio e recursos (Ez 29:3; Ap 17:15).  E a Secagem dos rios, indicam Queda de impérios (Is 19:5; Ap 16:12). 

 O Rio no Juízo Escatológico em Apocalipse 16 v12 (onde o Eufrates se seca) indica o Fim do apoio das nações a Babilônia. Jeremias 50 v38 profetiza sobre a (Secagem de Babilônia) como Juízo divino – “A espada virá sobre as suas águas, e estas secarão; porque é uma terra de imagens de escultura". Note que o secamento está relacionado com a idolatria das imagens, algo muito comum da igreja romana. 

Em Apocalipse 17:15 – As "águas" são nações sob influência de Babilônia. E o secamento das águas que a prostituta está assentada, seriam também o secamento do Rio Eufrates. 

A Bíblia usa rios como símbolos de nações, especialmente em contextos de: Poder e prosperidade; Juízo divino (secagem como queda da nação) e Fronteiras proféticas (terra prometida, e os impérios).  Essa linguagem atinge seu clímax em Apocalipse, onde o Eufrates seco anuncia o fim de Babilônia apocalíptica, o sistema religioso corrupto composto pela igreja romana e as igrejas protestantes apostatadas, e por fim a vitória de Deus. 

 O secamento

O significado Imediato do rio lembra os juízos sobre o Egito, onde Deus secou o Mar Vermelho, (Êxodo 14) para a destruição do exército de Faraó. A queda de Babilônia histórica no AT (Jr 50:38; 51:36) explica a queda da Babilônia apocalíptica; e o ‘secamento do rio’ remove a proteção de Babilônia apocalíptica, permitindo sua queda. 

Como entender o secamento do Rio Eufrates dentro do contexto político-religioso atual? O secamento do Eufrates representa o fim do apoio político e econômico ao sistema religioso corrupto (Ap 17:16).  A retirada da proteção dos “reis da terra”, levando Babilônia ao colapso. É um juízo divino sobre as nações que sustentam a apostasia. 

 Aplicação escatológica

Especialmente a igreja romana, possui muito apoio das nações européias e de todo o mundo. Embora seja a Besta da Terra, o EUA, que promove a formação da “Imagem da besta” que devolve o poder político-militar ao Vaticano, são os reis da terra que “recebem autoridade como reis, com a besta, durante uma hora. Estes têm um mesmo propósito e oferecem à besta o poder e a autoridade que possuem” Ap 17 vs12,13.

Essa uma hora profética, corresponde a duas semanas, 14 dias, que pode ser o período das sanções econômicas e decretos que a besta e os reis da terra, impõem sobre “os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz com que lhes seja dada certa marca na mão direita ou na testa, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome. ... e fizesse morrer todos os que não adorassem a imagem da besta” Ap 13:15-17

Será o “secamento” desse poder, vindo dos reis da terra, e dos EUA, que irão provocar a queda de Babilônia descrita em Apocalipse 18. Babilônia, a igreja romana e as igrejas apostatadas, irão perder sua influencia e poder, e cairão somo sistema religioso opressor. E é aqui que os reis vindo do Oriente entram em cena – “as águas do rio secaram, para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do Oriente” Ap 16:12up. Os reis do oriente aqui, representam o cortejo de Cristo em Seu aparecimento (Parousia) nas nuvens do céu.

 Contexto do secamento 

A perda do poder e influencia da Babilônia (Igreja romana e as igrejas apostatadas) é na sexta praga apocalíptica; (Ap 16:12–16) descreve: "O sexto anjo derramou a sua taça sobre o grande rio Eufrates; e a sua água secou para que se preparasse o caminho dos reis que vêm do Oriente." A linguagem é simbólica, e o Eufrates e o secamento de suas águas está dentro do quadro do juízo escatológico que castiga os “adoradores da besta” (16:2). 

 Conclusão

O Rio Eufrates na Bíblia representa Babilônia; na profecia está relacionada à Babilônia apocalíptica, que representa as igrejas apostadas – a igreja romana e as igrejas protestantes, que compartilham os mesmos pecados e falsas doutrinas. O ‘secamento do rio’ se refere a retirada de poder e influência que a ‘besta’, a igreja romana, irá receber dos reis da terra. Essa perda de poder e influência vai desencadear sua queda e destruição, narrada em Apocalipse 18. Esse será o juízo sobre a igreja romana e as igrejas apostadas, dentro das Sete Pragas apocalípticas.

EUA E A GUERRA CONTRA O IRÃ

Os eventos de guerra que estamos vivenciando (Junho/2025) dos EUA atacando o Irã, estão previstos na profecia?

As guerras especificamente são raramente descritas na profecia; nem a 1ª e 2ª guerras mundiais, que tiveram tão grande importância na história do século 20, não ganharam espaço nos livros proféticos.

Jesus disse sobre as guerras – “vocês ouvirão falar de guerras e rumores de guerras. Fiquem atentos e não se assustem, porque é necessário que isso aconteça, mas ainda não é o fim” Mateus 24:6. Ou seja, o mundo não vai acabar através de uma guerra. Elas não irão determinar o fim da humanidade.

Nem a guerra de Israel e Palestina, que poderíamos imaginar ter importância na agenda do Apocalipse, nem essas duas nações bíblicas, ganharam espaço ou valor.

TROMBETAS

A ligação dessas guerras com as profecias estão na profecia da 6ª Trombeta. A série de sete cenas proféticas das Trombetas (Apocalipse 8:6-9:21), mostra como Deus usa forças estrangeiras, ou nações para castigar, ou trazer juízos sobre os opressores da igreja de Cristo.

E na 6ª Trombeta (Apocalipse 9:13-21) surpreendentemente, os muçulmanos são o povo que Deus usa para seus propósitos em castigar, de forma especial, as quatro Bestas do Apocalipse (Vaticano, França, EUA, Europa).

Sendo assim, todos eventos de terrorismo que vimos no final do século 20 e nesse século 21, são ações da 6ª Trombeta protagonizadas pelas nações muçulmanas/islâmicas.

PROTAGONISTAS DA 6ª TROMBETA

É Deus que instiga as nações muçulmanas/islâmicas para atacar as “bestas” ou nações que agem para limitar o povo de Deus e o evangelho.

A estratégia de ataques terroristas por grupos extremistas islâmicos contra os EUA e a Europa tem suas raízes em conflitos geopolíticos, intervenções ocidentais no Oriente Médio e no surgimento de ideologias jihadistas modernas.

As origens são no Século 20 especialmente na década de 1980, com a Guerra AfegãSoviética e o Surgimento da AlQaeda. Durante a Guerra Fria, os EUA e o Paquistão apoiaram os mujahidins afegãos (incluindo Osama bin Laden) contra a invasão soviética (19791989).

Grupos jihadistas ganharam experiência militar e começaram a ver os EUA como um novo inimigo após a retirada soviética (especialmente com a presença militar americana na Arábia Saudita em 1990).

AÇÕES DA 6ª TROMBETA

O século XXI testemunhou vários atos terroristas significativos nos EUA e na Europa, muitos deles ligados a grupos extremistas como a AlQaeda e o Estado Islâmico (EI). Abaixo estão alguns dos principais ataques:

Estados Unidos (EUA) 

1. Atentados de 11 de Setembro de 2001

    Responsável: AlQaeda 

    Local: Nova York (Torres Gêmeas), Washington, D.C. (Pentágono) e Pensilvânia (Voo 93). 

    Mortes: Cerca de 3.000 pessoas. 

    Impacto: Levou à "Guerra ao Terror", incluindo as invasões do Afeganistão (2001) e do Iraque (2003). 

2. Ataque à Maratona de Boston (2013) 

    Responsáveis: Irmãos Tsarnaev (inspirados pelo extremismo islâmico). 

    Local: Boston, Massachusetts. 

    Mortes: 3 mortos e mais de 260 feridos. 

3. Atentado em Orlando (2016) 

    Responsável: Omar Mateen (afiliado ao EI). 

    Local: Boate Pulse, Flórida. 

    Mortes: 49 mortos e 53 feridos (maior massacre em solo americano até então). 

4. Ataque em Nova York (2017 – Atropelamento em ciclovia) 

    Responsável: Sayfullo Saipov (inspirado pelo EI). 

    Local: Manhattan, Nova York. 

    Mortes: 8 mortos e 11 feridos. 

 Europa 

1. Atentados de Madrid (2004) 

    Responsável: Célula da AlQaeda. 

    Local: Trens em Madrid, Espanha. 

    Mortes: 191 mortos e mais de 2.000 feridos. 

    Impacto: Influenciou as eleições espanholas e a retirada das tropas do Iraque. 

2. Atentados de Londres (2005) 

    Responsáveis: Célula local ligada à AlQaeda. 

    Local: Metrô e ônibus em Londres, Reino Unido. 

    Mortes: 52 mortos e mais de 700 feridos. 

3. Ataque em Paris (2015 – Bataclan e outros) 

    Responsável: Estado Islâmico (EI). 

    Locais: Bataclan, estádio nacional, cafés e restaurantes. 

    Mortes: 130 mortos e mais de 400 feridos (pior ataque na França desde a Segunda Guerra). 

4. Atentados de Bruxelas (2016) 

    Responsável: Estado Islâmico. 

    Locais: Aeroporto e metrô de Bruxelas, Bélgica. 

    Mortes: 32 mortos e mais de 300 feridos. 

5. Atentado em Nice (2016) 

    Responsável: Mohamed LahouaiejBouhlel (inspirado pelo EI). 

    Local: Atropelamento em massa no Dia da Bastilha, França. 

    Mortes: 86 mortos e mais de 400 feridos. 

6. Ataque em Manchester (2017) 

    Responsável: Salman Abedi (ligado ao EI). 

    Local: Arena de Manchester, Reino Unido (show de Ariana Grande). 

    Mortes: 22 mortos e mais de 100 feridos. 

7. Atentado em Barcelona (2017) 

    Responsável: Célula jihadista. 

    Local: Las Ramblas, Espanha. 

    Mortes: 13 mortos e mais de 130 feridos. 

8. Ataque em Viena (2020) 

    Responsável: Extremista islâmico. 

    Local: Viena, Áustria. 

    Mortes: 4 mortos e 23 feridos. 

 

 Tendências Observadas 

 Década de 2000: Predomínio da AlQaeda (11/9, Madrid, Londres). 

 Década de 2010: Ascensão do Estado Islâmico (Paris, Bruxelas, Nice, Manchester). 

 Métodos: Bombas, tiroteios, atropelamentos e ataques "lone wolf" (atores solitários). 

 Esses ataques tiveram um impacto profundo nas políticas de segurança, imigração e liberdades civis nos EUA e na Europa. E todos eles são eventos da 6ª Trombeta.

IRÃ E HEZBOLLAH

Embora os EUA esteja aparentemente obtendo vantagem sobre essas ações terroristas do Irã e do Hezbollah, isso deve ser lido como o avanço para o cumprimento de Apocalipse 13:11-18, onde as duas Bestas (EUA e Vaticano) agem de forma conjunta.

É natural que os EUA reajam a essas ações da 6ª Trombeta, mas elas vêm para enfraquecer a Besta da Terra (EUA) e limitar a Besta do Mar (Vaticano). Especialmente na união que essas duas bestas farão e agirão.

Imagine, os EUA e Vaticano impondo sanções econômicas e decreto de morte sobre os que não adotarem a “marca da besta” (adoração a Deus no primeiro dia da semana – domingo).                 O mundo muçulmano/islâmico tem o seu dia sagrado na sexta-feira. Como o mundo muçulmano vai reagir a essas imposições?

A QUEDA DE BABILÔNIA

Talvez a queda de Babilônia e as cenas de destruição de Apocalipse 18 sejam ações terroristas em retaliação ao excesso de poder que a união das duas bestas (EUA e Vaticano) irão exercer além dos limites.

Dentro desse quadro profético, ainda haverá a “contrafação” (Mateus 24:23,26) onde Satanás irá simular a volta de Jesus à Terra, e unir as religiões de todo o mundo. Talvez isso garanta a adesão do mundo muçulmano ao grande esquema de EUA e Vaticano. Mas a destruição de Babilônia indica que essa União não será bem sucedida.

CONCLUSÃO

As guerras protagonizadas pelos EUA contra as nações muçulmanas/islâmicas tem o objetivo de erguer o Vaticano sobre outras religiões. Embora Israel esteja no cenário do momento, é a igreja romana que alcançará o estabelecimento mundial. Israel apenas cederá a Terra Santa para o protagonismo do cristianismo romano, e o surgimento do Falso Cristo.

O cenário profético está se concluindo, e logo veremos o Verdeiro Cristo, mas vindo em glória!

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A Grande Farsa Satânica

PREVOST E TRUMP

 Quando a fumaça branca subiu na Capela Sistina, o mundo conheceu o novo papa: Robert Francis Prevost, americano, ex-prefeito do Dicastério para os Bispos, conhecido por sua sensibilidade pastoral, abertura ao diálogo e firmeza em temas sociais. Para muitos, a escolha foi mais que um simples movimento eclesiástico: foi um recado geopolítico.

 Hoje, Donald Trump, no comando dos EUA, representa uma das faces mais fortes do conservadorismo global. Ele não apenas brincou dizendo que gostaria de ser papa — inclusive postando uma montagem vestindo trajes papais — como também vem tentando, nos bastidores, exercer influência no Vaticano.

 Em um movimento calculado, Trump nomeou Brian Burch, chefe e cofundador da CatholicVote, grupo ultraconservador católico, como embaixador dos EUA no Vaticano, reforçando seu desejo de emplacar aliados e agendas alinhadas com a direita religiosa americana.

 Olhando para trás, a Igreja Católica sempre escolheu seus papas considerando os grandes desafios do momento. Nos anos 1980, o comunismo ateísta soviético era a ameaça, e veio João Paulo II, da Polônia comunista, símbolo de resistência espiritual. Nos anos 2010, o desafio eram as igrejas evangélicas crescendo na América Latina, e veio Francisco, da Argentina, para reconquistar o rebanho do sul global. No cenário atual, a pressão vem do norte, especialmente dos EUA e de uma nova onda ultraconservadora simbolizada por Trump.

 Diante disso, o Vaticano poderia ter seguido dois caminhos: escolher um papa ultraconservador para responder com dureza ou apostar em um nome que reafirmasse os valores progressistas de Francisco. A escolha por Prevost foi clara: uma resposta pastoral, não política. Ele foi eleito não apenas para manter um rumo, mas para construir pontes entre o conservadorismo e o progressismo, em um momento de intensas polarizações dentro e fora da Igreja.

 A escolha do nome Leão XIV remete ao Papa Leão XIII, conhecido por sua ênfase na justiça social e nos direitos dos trabalhadores, sinalizando uma possível continuidade nesse enfoque. Além disso, sua eleição pode ser interpretada como uma resposta estratégica do Vaticano às pressões geopolíticas, especialmente diante da influência conservadora crescente nos Estados Unidos.

 Com Prevost, a Igreja parece dizer ao mundo — e especialmente a Trump: não vamos ceder à pressão geopolítica nem deixar que agendas nacionais ditem o rumo da fé universal. A escolha de um americano progressista mostra que Roma não quer ser instrumentalizada como extensão da Casa Branca nem da nova direita católica.

 O novo Papa é visto como alguém que continuará a promover reformas na Igreja, ampliando a participação das mulheres, reforçando o combate à pobreza e defendendo migrantes — temas que frequentemente colidem com a agenda trumpista. Como primeiro papa americano, Leão XIV representa um ponto delicado de equilíbrio entre progressismo e conservadorismo: ele rejeita a “simpatia por crenças em desacordo com o evangelho”, mostrando firmeza moral, especialmente sobre casamento entre pessoas do mesmo sexo, mas também resiste à clericalização feminina, preferindo aprofundar o papel das mulheres sem mudar a natureza sacramental da Igreja. Sua linha pastoral deve seguir o caminho de Francisco, combatendo o clericalismo e aproximando decisões das bases locais.

 Mais do que nunca, o Vaticano sinaliza que compreende o momento atual: não basta apenas reagir ao cenário mundial, é preciso antecipar-se. A eleição de Prevost mostra que Roma quer construir pontes entre progressistas e conservadores, reafirmando que a fé católica não será instrumentalizada por pressões políticas ou geopolíticas, mas manterá sua voz independente no palco global.

 Fonte: SPDiário.com.br – reportagem na íntegra.

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A Igreja Católica e a Política dos EUA

A IGREJA CATÓLICA E A POLITICA DOS EUA

No livro “Catholicism in the United States” (2021), Massimo Faggioli, professor de teologia histórica, da Universidade Villanova, na Pensilvânia (Robert Prevost, foi aluno de Fagglioli) analisa a influência da política norte americana na igreja romana.

Ele analisa as complexas relações entre a Igreja Católica e a política nos Estados Unidos, destacando a posição singular de Joe Biden como o segundo presidente católico do país.

 1. O Triângulo Igreja–Casa Branca–Vaticano

Faggioli propõe que as relações entre a Casa Branca, o Vaticano e a Igreja Católica nos EUA formam um "triângulo" essencial para compreender as tensões políticas e religiosas contemporâneas. Ele observa que, enquanto o Papa Francisco promoveu uma visão pastoral e inclusiva, setores conservadores da Igreja americana frequentemente adotam posições mais rígidas, especialmente em questões como aborto e direitos LGBTQ+.

 2. Biden e a Identidade Católica Pública

Diferentemente de presidentes católicos anteriores, como John F. Kennedy, que procuraram minimizar sua fé na esfera pública, Biden integra abertamente sua identidade católica em sua vida política. Faggioli destaca que essa abordagem representa uma mudança significativa na maneira como a fé católica é percebida e vivida na política americana. [The New Yorker]

 3. Tensões com a Hierarquia Católica Americana

Faggioli relata as tensões entre Biden e a hierarquia católica dos EUA, especialmente em relação à sua posição sobre o aborto. Ele observa que, embora Biden mantivesse práticas religiosas pessoais, como frequentar missas regularmente, suas políticas pró-escolha geram críticas de bispos conservadores que questionam sua comunhão com os ensinamentos da Igreja. [Time]

 4. Polarização e o Papel da Igreja

Faggioli analisa como a polarização política nos EUA influencia a Igreja Católica, com grupos conservadores alinhando-se frequentemente com ideologias políticas de direita. Ele argumenta que essa politização pode comprometer a missão universal da Igreja e sua capacidade de ser um espaço de unidade e diálogo.

 5. O Desafio da Unidade na Diversidade

Faggioli mostra o desafio de manter a unidade da Igreja em meio à diversidade de opiniões políticas e sociais. Ele sugere que a liderança de Biden, foi influenciada por sua fé católica, pode oferecer uma oportunidade para promover uma visão mais inclusiva e compassiva, alinhada com os princípios do Concílio Vaticano II.

Massimo Faggioli, em seu livro analisa a profunda polarização que permeia a Igreja Católica nos Estados Unidos, especialmente no contexto do pontificado do Papa Francisco e da presidência de Joe Biden. Ele identifica três crises interligadas que afetam a Igreja:

1. Crise de ordem eclesial: Há uma perda de autoridade e legitimidade nas instituições da Igreja, tanto nas estruturas formais (como os bispos e o clero) quanto nas informais (como o sacerdócio e a teologia).

2. Crise de ordem política: A Igreja enfrenta desafios em sua relação com a democracia e os valores constitucionais dos EUA, evidenciados por eventos como o ataque ao Capitólio em 6 de janeiro de 2021.

3. Crise de ordem geopolítica: A posição do catolicismo americano no cenário global está em transformação, com um distanciamento do Vaticano e relações enfraquecidas com outras regiões do mundo.

Faggioli observa que a eleição de Biden, um católico praticante, não unificou a Igreja americana. Pelo contrário, evidenciou divisões internas, especialmente entre os bispos dos EUA e o Papa Francisco. Enquanto o Vaticano adotou uma postura de diálogo com a nova administração, a Conferência dos Bispos Católicos dos EUA (USCCB) demonstrou resistência, chegando a considerar a negação da comunhão a Biden devido às suas posições políticas sobre temas como aborto e direitos LGBTQ+. [Loyola Marymount University Newsroom]

O autor também destaca que a polarização na Igreja reflete a polarização política mais ampla nos EUA. Setores conservadores da Igreja alinham-se frequentemente com ideologias políticas de direita, enquanto outros grupos buscavam uma abordagem mais inclusiva e pastoral, em sintonia com o Papa Francisco.

Em resumo, Faggioli argumenta que a Igreja Católica nos EUA está em um momento crítico, enfrentando desafios internos e externos que exigem uma reflexão profunda sobre sua identidade, missão e relação com a sociedade. Ele sugere que a superação dessas crises requer um compromisso renovado com os princípios do Concílio Vaticano II e uma abertura ao diálogo e à diversidade dentro da própria Igreja.

Conclusão

O Estado do Vaticano possui uma política e se relaciona com os EUA e as demais nações com uma política internacional. Essa relação política com os "reis da terra" (Ap 18:3) e com os EUA (Ap 13:12-15) é chamada de "prostituição" (Ap 18:9).

O livro do teólogo Faggioli é uma evidência dessas relações políticas especialmente com os EUA.  Mais uma vez, a profecia apocalíptica está certa nas suas descrições sobre os governos atuais.

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Prevost e Trump

Trump e o Vaticano

EUA E VATICANO MAIS PRÓXIMOS DO QUE NUNCA

 A profecia de Apocalipse 13 vs12-15 descreve uma proximidade entre duas bestas (EUA e Vaticano) que agora com a nomeação de Robert Prevost, como primeiro Papa norte-americano, pode ser a peça que faltava para essa união que o Apocalipse prevê.

 “Apesar de ser americano, o novo papa é considerado um reformista e não um nome alinhado às prioridades de Trump ou dos conservadores da Igreja nos Estados Unidos”. [BBC]

 "Esta eleição papal é também uma resposta a Trump, mas uma resposta oblíqua e não frontal contra ele", disse o professor de teologia histórica Massimo Faggioli, da Universidade Villanova, na Pensilvânia, em uma postagem no X (antigo Twitter). "O caos global que foi criado, em grande parte pelos Estados Unidos, nestes últimos anos, tornou possível um papa americano", diz Faggioli. "E ele é um papa das Américas, não somente dos Estados Unidos. É uma resposta muito criativa (por parte do Vaticano)", avalia Faggioli. "A partir de hoje, não será Trump nem Vance quem falará com os católicos americanos". [BBC]

 O sociólogo Francisco Borba Ribeiro Neto, em mensagem à BBC News Brasil logo após a eleição do novo papa, disse: "Uma escolha com uma força política chocante, ainda que eu acredite que o problema não é política, esse é o gesto político mais chocante da Igreja em toda a minha vida: afirma que quer estar em continuidade com Francisco, próxima aos Estados Unidos, mas sem abrir mão do seu perfil." [BBC]

 Todas essas declarações nos ajudam a entender o quadro profético de aproximação do Vaticano, da mais poderosa nação do planeta, os EUA. O quadro da profecia é um grande quebra-cabeça, onde os eventos vão acontecendo, e cabe a nós, após presenciar esses eventos colocar cada peça em seu lugar. Mas o quadro já foi revelado.

 Um papa norte-americano talvez seja essa peça para vermos essa relação próxima entre a Besta do Mar (Vaticano) e a Besta da Terra (EUA) e as ações delas de forma mundial – sanções econômicas (Ap 13:17), união das religiões (Ap 13:15), imposição da guarda do domingo (marca da besta – Ap 13:16) e decretos de morte (Ap 13:15up).

 O papel principal dos EUA, de acordo com a profecia, é promover a religião católica romana – “Ela (a Besta da Terra – EUA) exerce toda a autoridade da primeira besta (Vaticano) na sua presença e faz com que a terra e os seus habitantes adorem a primeira besta, cuja ferida mortal havia sido curada” Ap 13:12. Embora Trump seja um protestante presbiteriano, seu vice-presidente, J.D. Vance é católico.

 Talvez, o que vejamos é uma aproximação, para depois haver uma aliança entre esses dois poderes apocalípticos.

 O livro O Grande Conflito afirma – “Os protestantes dos Estados Unidos serão os primeiros a estender as mãos através do abismo para apanhar a mão do espiritismo; estender-se-ão por sobre o abismo para dar mãos ao poder romano; e, sob a influência desta tríplice união, este país seguirá as pegadas de Roma, desprezando os direitos da consciência”. GC 588.1

 Os eventos políticos e religiosos assim, seguem o ‘script’ da profecia. Nós, que sabemos o fim desde o início, temos que com esperança aguardar o desdobramento de tudo. Porque o nosso foco não devem ser esses sinais, mas a Segunda Vinda de Jesus. É isso que esperamos!

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OS REIS DA TERRA E BABILÔNIA


 “A missa pelo falecido líder da Igreja Católica contou com a presença de dezenas de milhares de pessoas e mais de 100 delegações oficiais, incluindo chefes de Estado como o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy” [EuroNews].

Foram 165 representantes de países, 12 Monarcas e mais de mil membros das delegações e dignatários. “Com a presença de tantos líderes mundiais, o funeral do Papa Francisco tornou-se um dos mais importantes encontros internacionais do ano”. [EuroNews]

O Livro de Revelação mostra essa relação internacional dos papas como sendo algo negativo. Os “reis da terra” são mencionados 31x nas profecias do Apocalipse. E eles tem uma relação íntima com Babilônia, a Grande Prostituta – essa é a figura que o Apocalipse dá a ICAR, a igreja romana pagã – devido a sua relação política-religiosa com esses reis.

Essa relação do Vaticano com a política mumdial é chamada na profecia de ‘prostituição’. Apesar de ser um termo pejorativo, é uma expressão simbólica para as relações políticas-religiosas que essa instituição religiosa tem como marca em sua natureza. A união da igreja-estado é algo mau nas Escrituras.

O uso dessa imagística deveria ser um alerta em si mesmo para que fosse evitado e combatido.

 No clássico capítulo 18 do Apocalipse, onde ocorre “A Queda de Babilônia”, “os reis da terra” são protagonistas na cena que é retratada ali. “Os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em luxúria, vão chorar e se lamentar por causa dela, quando virem a fumaça do seu incêndio. E, conservando-se de longe, com medo do seu tormento, dizem: "Ai! Ai de você, grande cidade, Babilônia, cidade poderosa! Pois em uma só hora chegou o seu juízo." Apocalipse 18:9,10

 A profética “Queda de Babilônia” é um evento da profecia para a ‘queda’ da influência da igreja romana no mundo, e mais ainda, vai sofrer uma perda dos fiéis, uma saída massiva deles. A profecia parece indicar que a ICAR vai perder seu poder político-religioso e seu prestígio no cenário político mundial. O cenário final é catastrófico, de um “incêndio”, uma destruição de sua sede no Vaticano.

 As cenas são descritas assim:

- a queda de sua influencia mundial – “Caiu! Caiu a grande Babilônia! Ela se tornou morada de demônios, refúgio de toda espécie de espírito imundo e esconderijo de todo tipo de ave imunda e detestável” Ap 18:2. Note a acusação de demonismo, imundícies e reprovações detestáveis.

 - a saída massiva dos fiéis – “Saiam dela, povo meu, para que vocês não sejam cúmplices em seus pecados e para que os seus flagelos não caiam sobre vocês. Porque os pecados dela se acumularam até o céu, e Deus se lembrou das injustiças que ela praticou.” Ap 18:4,5. A ordem da saída da Babilônia, a igreja prostituída, vem do próprio Deus. E a razão disso é porque há pecados e injustiças em sua história.

 - perda da influência  política – “Os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em luxúria ... E, conservando-se de longe, com medo do seu tormento, dizem: "Ai! Ai de você, grande cidade, Babilônia, cidade poderosa! Pois em uma só hora chegou o seu juízo." Ap 18:9,10. A igreja romana pagã, irá ser castigada por Deus por seus excessos. O castigo parece ocorrer no contexto das 7 pragas do Apocalipse, na 5ª e na 6ª pragas (Ap 16:10-12).

 - a destruição e incêndio – “Os reis da terra... vão chorar e se lamentar por causa dela, quando virem a fumaça do seu incêndio”. Ap 18:9. “Então, vendo a fumaça do seu incêndio, gritavam: Que cidade se compara à grande cidade? Lançaram pó sobre a cabeça e, chorando e pranteando, gritavam: "Ai! Ai da grande cidade” Ap 18:18,19. A destruição do Vaticano pode ser um ataque terrorista, muito comum na Europa. E isso pode ocorrer através do Islamismo, que tem sido protagonista de atos terroristas naquele continente. O Islã é protagonista das profecias das 7 Trombetas (Apocalipse 9:1-21).

 Conclusão

A igreja romana pagã, a ICAR, ocupa o cenário nas profecias de Daniel e Apocalipse; é uma protagonista do mal nas imagísticas das Sagradas Escrituras. E o cenário atual dos “reis da terra” se relacionando com o Vaticano, prestando homenagens à essa igreja pagã, é um indicativo de que a profecia está se realizando diante dos nossos olhos.

 A recomendação de Jesus no Seu Sermão profético é – “¹Aquele, porém, que ficar firme até o fim, esse será salvo” Mateus 24:13. A firmeza e perseverança está em seu manter ao lado da Verdade das Escrituras. Se Babilônia prostituiu a Verdade, misturando com mentiras e tradição, a nossa atitude deve ser manter as Verdades fundamentais do Evangelho em nossas vidas.

Leia também:

Os Personagens da Profecia

Quem é a Grande Prostituta

O Islã e a 6a Trombeta

O Terrorismo e o Islã

O Incêndio de Notre Dame

A ENCÍCLICA DIES DOMINI

A carta apostólica Dies Domini, promulgada por João Paulo II em 1998, visava reafirmar a centralidade do domingo na vida cristã-romana. Esse documento papal pode ser considerado um protótipo do Decreto Dominical; as bases teológicas para um decreto futuro contra a liberdade de culto.

 O documento é estruturado em cinco capítulos, cada um explorando diferentes dimensões do "Dia do Senhor".

No primeiro capítulo, "Dies Domini", o domingo é apresentado como a celebração da obra do Criador. O Papa destaca que, desde os tempos apostólicos, o domingo substituiu o sábado judaico como o dia dedicado a Deus, marcando a nova criação iniciada com a ressurreição de Cristo.

Vojtyla destaca que, embora o domingo seja, para os cristãos, principalmente uma celebração pascal, essa característica está intimamente ligada à mensagem das Escrituras sobre o desígnio de Deus na criação do mundo. Ele enfatiza que o Verbo, que se fez carne na plenitude dos tempos, é também o princípio e o fim do universo, conforme afirmado em João 1:3 e Colossenses 1:16. Essa presença ativa do Filho na obra criadora de Deus se manifesta plenamente no mistério pascal, onde Cristo, ao ressuscitar como "primícias dos que morreram" (1 Coríntios 15:20), inaugura a nova criação.

João Paulo II também menciona que o "shabbat", o repouso jubiloso do Criador, é uma bênção e consagração do sétimo dia, conforme Gênesis 2:3. Ele argumenta que o domingo, ao celebrar a nova criação iniciada com a ressurreição de Cristo, assume o papel de recordar e santificar, cumprindo o mandamento de "recordar" para "santificar" o dia do Senhor.

Assim, o Papa propõe que o domingo seja compreendido não apenas como um dia de descanso, mas como uma celebração da criação original e da nova criação em Cristo, unindo a obra do Criador com a obra redentora do Salvador.

O segundo capítulo, "Dies Christi", enfatiza o domingo como o dia do Senhor ressuscitado e do dom do Espírito. Aqui, o domingo é visto como a "Páscoa semanal", celebrando a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte.

Em "Dies Ecclesiae", o terceiro capítulo, o foco recai sobre a assembleia eucarística como alma do domingo. A participação na Eucaristia dominical é apresentada como essencial para a vida cristã, fortalecendo a comunhão e a identidade da Igreja.

O quarto capítulo, "Dies Hominis", trata do domingo como o dia do homem. João Paulo II argumenta que o descanso dominical é um direito humano fundamental, permitindo que as pessoas se dediquem à família, à cultura e à espiritualidade.

Finalmente, "Dies Dierum" aborda o domingo como a festa primordial, reveladora do sentido do tempo. O Papa propõe que o domingo seja o centro do calendário litúrgico, orientando a vida dos fiéis para a eternidade.

Ao longo da carta, João Paulo II expressa preocupação com a crescente secularização do domingo, transformado em mero "fim de semana". Ele conclama os cristãos a redescobrirem o verdadeiro significado do domingo, integrando fé, descanso e solidariedade.

Dies Domini é, portanto, um apelo à renovação da vivência dominical, destacando sua importância teológica, eclesial e humana.

Conclusão

O documento é um ensaio do Vaticano para um futuro decreto. As bases teológicas estão estabelecidas, embora quando sejam lidas com uma crítica textual e exegética rigorosa, não vemos de onde veio a mudança do sábado para o domingo. O argumento é mais alegórico do que textual. A tradição é usada mais do que a autoridade das Sagradas Escrituras.

Assim, Carol Vojtyla já em 1998 já estabelecia as intenções da Igreja Romana sobre o dia sagrado dessa Igreja Romana. Esse tema irá retornar ao cenário mundial. Na ótica da Encíclica Laudato Sí, como justificativa social e ambiental.

Mas Apocalipse 13 nos ajuda a entender que o argumento será moral e financeiro, dentro da associação das duas nações – EUA e Vaticano, as bestas do mar e da terra (Ap 13:11-18).

 Os documentos bases para essa ação, o decreto dominical, já estão a décadas formalizados, mas falta a ação política para isso. E essa força política virá da Casa Branca.

 Quem tiver olhos que leia, entenda e veja.


OS SETE ÚLTIMOS PAPAS


A leitura dos sete últimos reis (Ap 17:9) no Apocalipse leva alguns leitores a interpretar como se fossem papas. Mas na realidade se referem as "sete cabeças" da Besta Escarlate (Ap 17:3) que são os sete últimos impérios da história humana.

Como foi a atuação dos Sete ùltimos Papas dentro do cenário político-teológico? 

Esse resumo nos ajuda a entender a evolução do Vaticano como poder dentro da Europa e do Mundo Ocidental:

1. Papa Francisco (2013–2025) 

-Nome de batismo: Jorge Mario Bergoglio (Argentina)

-Primeiro papa das Américas e jesuíta 

-A sua Enciclica Laudato Si foi um documento que dava razão social e científica para a guarda do domingo.

-Ênfase: justiça social, meio ambiente (Laudato Si’), Igreja mais inclusiva 

-A inclusão de membros divorciados, e de pessoas de outros gêneros sexuais aproxima a igreja romana do quadro da "Babilônia" e "Sodoma" espiritual.

 

2. Papa Bento XVI (2005–2013) 

-Nome de batismo: Joseph Ratzinger (Alemanha) 

- Teólogo conservador, renunciou ao papado

- Representa o reforço doutrinário da besta (Ap 13:5–6), falando “com soberba e blasfêmias”.

- Ênfase: liturgia, doutrina, diálogo com a razão

 

 3. Papa João Paulo II (1978–2005) 

-Nome de batismo: Karol Wojtyła (Polônia) 

- Primeiro papa não italiano em 455 anos

- Retomou o poder político internacional, mudando o curso da Europa, com a queda do comunismo. Pode ser considerado o papa que consolidou a cura da “ferida mortal”.

-Mentor da Encíclica Dies Domini, que pode ser considerada um protótipo do Decreto Domical. 

- Ênfase: combate ao comunismo, juventude, defesa da vida

 

 4. Papa João Paulo I (1978) 

- Nome de batismo: Albino Luciani (Itália) 

-  Pontificado mais curto do século: 33 dias. Morreu de um infarto fulminante.

- Essa foi uma transição, sem impacto direto profético, mas inserido em um momento de crescimento do prestígio papal.

 

5. Papa Paulo VI (1963–1978) 

- Nome de batismo: Giovanni Battista Montini (Itália) 

-  Concluiu o Concílio Vaticano II e reforçou o papel do papado na sociedade moderna.

- Ênfase: modernização e diálogo com o mundo

-  Fortaleceu a base do ecumenismo e da influência moral global, preparando o caminho para a besta “cuja ferida foi curada”.

- É com ele que a imagem do papado moderno começa a se consolidar com força nos assuntos globais.

 

6. Papa João XXIII (1958–1963) 

- Nome de batismo: Angelo Giuseppe Roncalli (Itália) 

- Convocou o Concílio Vaticano II (1962): abertura ao mundo moderno, ao ecumenismo e ao diálogo inter-religioso.

- Ênfase: abertura da Igreja ao mundo moderno

- Leitura profética: início da grande aproximação com outras igrejas (Babilônia e suas filhas – Ap 17:5).

- Reconstrução da imagem da besta: união entre igrejas com pretensões universais.

 

 7. Papa Pio XII (1939–1958) 

- Nome de batismo: Eugenio Pacelli (Itália) 

- Papa durante a Segunda Guerra Mundial 

- Controverso por sua postura durante o Holocausto

-  Leitura profética: Começo da “cura da ferida mortal” (Ap 13:3). Após a crise mundial, o papado começa a retomar relevância global.

- Relações políticas com regimes e nações marcam seu papel diplomático, típico da besta apocalíptica que “domina reis” (Ap 17:18).

 Leia também:

A Enciclica Papal sobre o Domingo

A Encíclica Laudato Si

OS TRÊS ÚLTIMOS PAPAS

Desde a “ferida mortal” (Apocalipse 13:3) que o papado sofreu em 1798 com a prisão do papa Pio VI, e o fim de um reinado de 1260 anos de poder político-religioso,  o papado e o Vaticano vem depois disto em uma crescente retomada de poder.

Os três últimos papas foram o ápice dessa retomada do cenário político internacional.

O Papa João Paulo II, ou Carol Vojtyla, que reinou no Vaticano de 1978–2005, foi um expoente nesse retorno ao cenário internacional com o poder que os papas medievais possuíam.

Suas principais ações políticas foram:

- Combate ao comunismo – Desempenhou papel crucial na queda do comunismo na Europa, especialmente na Polônia, apoiando o movimento Solidariedade. Carol Vojtyla era polonês e lutou pela liberdade do seu povo.

- Diálogo inter-religioso – Vojtyla promoveu o entendimento entre diferentes religiões, incluindo encontros históricos com líderes judaicos e muçulmanos. Proximidade com líderes mundiais: estabeleceu relações diplomáticas com mais de 170 países. Foi o primeiro papa a entrar numa sinagoga e numa mesquita.

- Defesa dos direitos humanos – Condenou o apartheid na África do Sul e criticou regimes opressores.

Suas principais ações teológicas foram:

- Encíclicas importantes: Publicou documentos como Redemptor Hominis, Evangelium Vitae, e Dies Domini, abordando temas como a dignidade humana, a defesa da vida e a guarda do domingo.

- A Encíclica Dies Domini foi um documento de 1998, sobre o domingo, destacando como dia sagrado, sua origem na criação e ressurreição de Jesus e um chamado à guarda desse dia. Foi um protótipo do Decreto Dominical.

- Valorização da família: Enfatizou a importância da família e do matrimônio na sociedade contemporânea.

- Jornada Mundial da Juventude: Instituiu este evento para aproximar os jovens da fé católica.

O penúltimo, Papa Bento XVI, ou Joseph Ratzinger, reinou de 2005–2013 no Vaticano:

Ações Políticas:

- Diálogo inter-religiosos: Apesar de controvérsias, buscou manter o diálogo com outras religiões, incluindo o Islã e o Judaísmo.

- Conservadorismo moral: Reforçou posições tradicionais da Igreja em temas como aborto e eutanásia.

Suas principais ações teológicas:

- Encíclicas teológicas: Escreveu Dies Caritas Est, Spe Salvi e Caritas in Veritate, abordando o amor, a esperança e a caridade na verdade.

- Ênfase na liturgia: Destacou a importância da liturgia e da Eucaristia na vida da Igreja.

- Renúncia história: Primeiro papa a renunciar em séculos, abrindo precedente para futuras lideranças.

O Papa Francisco, ou Mario Jorge Bergóglio, reinou de 2013–2025, como 1º papa sul americano da história da igreja Católica:

Suas principais ações políticas foram:

- Justiça social: Defensor dos pobres e marginalizados, criticou o consumismo e a desigualdade social.

- Meio ambiente: Publicou a encíclica Laudato Si, chamando atenção para a crise ecológica e dando ênfase no descanso dominical.

- Reformas na Igreja: Implementou mudanças na Cúria Romana e enfrentou casos de abusos sexuais com novas diretrizes.

Suas ações teológicas foram:

- Inclusividade: Promoveu uma Igreja mais acolhedora, especialmente para divorciados e a comunidade LGBTQ+.

- Encíclicas sociais: Além de Laudato Si, escreveu Fratelli Tutti, enfatizando a fraternidade e amizade social.

- Estilo pastoral: Adotou uma abordagem mais simples e próxima dos fiéis, enfatizando a misericórdia  o amor.

ANÁLISE

Vamos analisar essas ações politicas e teológicas, desses três últimos papas, contrastando com a profecia bíblica.

Carol Vojtyla (Papa João Paulo II) em suas ações políticas pode ser considerado um dos papas que curou a “ferida mortal” profética (Ap 13:3), restaurando o prestígio global do papado. Foi o papa que mais se aproximou do modelo do papado medieval em interferências políticas.

Os papas medievais que destituam reis e promoviam outros. Vojtyla destituiu o comunismo na Europa, e desencadeou um movimento para o enfraquecimento do mesmo comunismo na poderosa URSS.

Sua popularidade e influência em todas as religiões seriam vistos como preparação para uma falsa unidade espiritual mundial. Influenciou de forma especial o Islamismo, aproximando esses religiosos para o mundo ocidental. Hoje os islâmicos estão instalados nas principais capitais européias, mas se tornaram uma ameaça a fé católica romana e ao mundo livre. A aproximação com o Islã foi amistosa, da parte de Carol Vojtyla, mas os líderes Islâmicos viram uma brecha para minar o mundo ocidental. E hoje o Islã poderia causar conquistar facilmente cidades como Paris e Londres, usando a Jihad, ou guerra santa.

Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI)  foi visto como quem reafirma a autoridade do papado como a única via de salvação – sinal claro de um sistema que “se exalta acima de Deus” (2Ts 2:4). Suas afirmações exclusivistas sobre salvação na Igreja Romana são consideradas blasfêmias proféticas (Ap 13:5–6) uma marca distintiva da profecia de Daniel 7:25.

Foi um conservador em temas morais e doutrinários, e fortaleceu o papel do papado como “guia moral global”. Reafirmou que a Igreja Católica é a única verdadeira, causando reações entre outras confissões cristãs. Trabalhou para restaurar a tradição litúrgica, conectando o presente ao poder histórico da Igreja.

Jorge Mario Bergoglio (Papa Francisco) foi o que mais se aproximou do quadro profético-teológico que os papas poderiam o fazer. Forte em atuação em temas ambientais, sociais e econômicos escreveu a Encíclica Laudato Si’ que dava uma razão social e ambiental para a guarda do domingo.

Promoveu diálogo inter-religioso com judeus, muçulmanos, hindus, e até ateus. Reconhecido por líderes globais como figura moral central. Abriu assim espaço para debates sobre união entre igrejas (ecumenismo). Enfatizou a misericórdia acima da doutrina. Alguns veem isso como relativização de temas morais tradicionais (como homossexualidade e divórcio).

Considerado como o papa que mais aproxima Igreja e Estado, preparando terreno para a “imagem da besta” (Ap 13:14). Sua atuação em questões globais é vista como o renascimento final do poder papal, que levaria à imposição de leis religiosas globais (como o domingo obrigatório). Sua popularidade com não católicos reforça a ideia profética de que “toda a Terra se maravilhou após a besta”.

CONCLUSÃO

O cenário é de um poder crescente no Vaticano. Cada vez mais os líderes que são colocados ali, se aproximam na conclusão do quadro profético, onde o Apocalipse mostra que será concluído. 

No entanto, a profecia mostra que o Vaticano estará apoiado primeiro pelo EUA (Besta da Terra - Ap 13:11-18) e depois apoiado pela União Européia (Besta Escarlate - Ap 17:3).

O quadro do cquebra cabeça profético está se formando, e a última peça logo será colocada. E a ´ltima peça se chama "contrafação", a imitação da Segunda Vinda de Jesus por Satanás. 

Esteja pronto para as cenas finais. 

Leia também:

Enciclica Dies Domini

A Encíclica Laudato Si




O TRONO VAZIO

"Morreu nesta segunda-feira (21/04), aos 88 anos, o papa Francisco, primeiro papa sul-americano e jesuíta da história da Igreja Católica. O pontífice faleceu em sua residência no Vaticano, Casa Santa Marta. (...) "Às 7:35 desta manhã (hora local. 2:35h de Brasília), o Bispo de Roma, Francisco”.

"Aos 76 anos de idade, o cardeal Bergoglio da Argentina se tornou o primeiro pontífice das Américas e do hemisfério sul em 2013. Converteu-se também no primeiro papa jesuíta — ordem que, historicamente, era vista com desconfiança por Roma. Desde a morte de Gregório 3º, nascido na Síria em 741, todos os papas haviam sido europeus." (BBC Brasil)

A escatologia protestante dedica muita atenção e preocupação ao trono do Vaticano.

Porque a teologia protestante tem o seu foco no trono do Vaticano e naqueles que sobem ali para o assumir? A resposta é que a profecia apocalíptica oferece esse olhar sobre esse personagem da história religiosa.

A profecia de Daniel começa sua revelação apocalíptica no capitulo 02 desse livro deixando o fim das nações na Europa, como o berço das nações ocidentais. Naquela profecia, de uma estátua que representa a história politica das nações, a Europa é representada como os pés de barro e ferro (Daniel 2:41-44) que seria o berço do Vaticano e do surgimento do Papado.

Na visão seguinte, o profeta Daniel, já enxerga o Papado na cabeça de um “Animal Terrível e Espantoso” (Daniel 7:7) que simboliza uma nação, Roma, ou o império Romano. E na cabeça dessa nação, é representado como sendo um “chifre” (rei na própria interpretação das Escrituras – Daniel 7:24).

Desse “chifre” ou “rei” é dito – “esse chifre fazia guerra contra os santos e estava vencendo” Daniel 7:21. Essa descrição profética é muito importante, pois foi o papado que na idade média perseguiu, prendeu, torturou e matou os cristãos dissidentes que se opunham aos seus ensinos contrário às Escrituras.

O v24 é outra indicação histórica – “rei, que será diferente dos primeiros, e derrotará três reis” Daniel 7:24. Foi o papado, que surgiu dos “dez reinos” – as nações que originaram a Europa; e o mesmo papado que destruiu os três povos: os Hérulos – derrotados em 493 d.C.; os Vândalos – derrotados em 534 d.C.; e os Ostrogodos – derrotados em 538 d.C. Esses povos eram: uma tribo bárbara germânica, cristãos arianos (não criam na divindade completa de Cristo); e faziam oposição direta ao avanço da autoridade papal em Roma.

Por que isso é historicamente importante para a identificação do papado na profecia? Em 538 d.C., após a derrota dos ostrogodos, o bispo de Roma pôde exercer autoridade sem resistência sobre o Ocidente. Isso marca o início profético dos 1260 anos de domínio papal (538–1798), segundo a interpretação adventista de Daniel (12:7up) e Apocalipse.

Mas a mais clara e evidente identificação ocorre em Daniel 7:25 com a seguinte descrição profética – “Ele falará contra o Altíssimo, oprimirá os santos do Altíssimo e tentará mudar os tempos e a lei; e os santos serão entregues nas mãos dele por um tempo, tempos e metade de um tempo” Daniel 7:25.

1) “falará contra o Altíssimo” – essa é parte da descrição do poder do "chifre pequeno", que representa o papado medieval. Isso se refere a blasfêmias ou pretensões religiosas feitas pelo papado ao longo da história. Se refere a reivindicação de títulos divinos que o papa arroga para si mesmo: Vigário de Cristo (Vicarius Filii Dei)  ou substituto de Cristo. Isso é uma blasfêmia porque o substituto de Jesus na Terra foi o Espírito Santo (o Consolador – Ev. De João 14:16). Outro título que usa é “Pai dos reis, governador do mundo, substituto de Deus na Terra” (Enciclopedia Britânica).

É também uma referência a reivindicação do poder de perdoar pecados – Só Deus pode perdoar, mas a Igreja Católica ensinava que o sacerdote podia fazê-lo diretamente — em nome de Cristo, sim, mas a prática e o controle centralizados reforçavam o poder clerical.

Outra referência são as declarações de infalibilidade papal (séculos depois) – No Concílio Vaticano I (1870), o dogma da infalibilidade papal foi oficialmente estabelecido: Quando o papa fala "ex cathedra", suas palavras são consideradas sem erro em questões de fé e moral.

2. “Magoará os santos do Altíssimo” – se refere à perseguição aos crentes dissidentes da fé católica, que era punida com perseguição, prisão, tortura e morte. Especialmente no período dos 1260 anos proféticos (de 538 a 1798 d.C.)

Eventos históricos marcaram essa ação do papado – Inquisição, perseguições contra cristãos fiéis à Bíblia; mortes de grupos como valdenses, albigenses, e reformadores; e a imposição de doutrinas pela força. Os “Santos” em Daniel 7:25 são os crentes fiéis a Deus que resistiam ao domínio religioso-político do papado.

3. Cuidará em mudar os tempos e a lei – essa expressão em Daniel 7:25 indica a tentativa de alterar mandamentos divinos e o calendário sagrado. Se refere principalmente à mudança do sábado para o domingo. A Igreja Católica afirma ter transferido a santidade do sábado (7º dia) para o domingo (1º dia da semana). Isso foi uma mudança na lei moral de Deus (Êxodo 20:8–11) especialmente no 4º mandamento que é o dia que o próprio Deus estabeleceu para receber adoração.

A frase se refere também Mudanças litúrgicas e festas religiosas: Introdução de dias santos e festividades não bíblicas, substituindo os tempos estabelecidos por Deus. A expressão “cuidará” indica tentativa, não sucesso pleno — ou seja, Deus mantém sua autoridade apesar das alterações humanas.

 4. “Um tempo, tempos e metade de um tempo” – é interpretada como:  Tempo = o período de 1 ano; Tempos, o período de 2 anos; e Metade de um tempo = o período de meio ano. No total = 3 anos e meio proféticos = 1260 dias proféticos = 1260 anos literais. Se referindo historicamente ao período literal de 538–1798 d.C. (início da supremacia papal até sua queda temporária com o cativeiro de Pio VI por Napoleão).

Conclusão:

Assim, a preocupação protestante se mantém viva quanto à subida de outro papa no trono do Vaticano, devido ao foco que a profecia coloca nesse poder político-religioso. Os últimos papas – Carol Voytila (João Paulo II, Joseph Ratzinger (Bento 16) e Mario Jorge Bergólio (Francisco) fizeram importantes inserções na história para o avanço do poder do catolicismo, e cumprimento das profecias apocalípticas.

Daí a preocupação protestante reformista, que desse próximo papa, possa surgir o quadro escatológico previsto em Apocalipse 13, com a união das bestas do Mar e da Terra.

Aguardemos com uma “expectativa escatológica”.

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