A Bíblia não é um livro tolerante. Deus não é um Ser tolerante, pois não tolera o pecado; “Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas” 1Co 6:9. Essa declaração parece ser extremamente intolerante mas reflete a intolerância Divina ao ideal perdido para suas criaturas.
Deus também não tolera o sincretismo religioso. Quando encontramos Paulo, o erudito mais requisitado do Novo Testamento, em contato com as religiões pagãs do mundo grego suas declarações são exclusivistas – “Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado” 1Co 2:2.
As Sagradas escrituras cristãs são explícitas no exclusivismo de Jesus para salvar a humanidade – “E em nenhum outro há salvação; porque debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, em que devamos ser salvos” Atos 4:12.
Ou seja, o próprio Deus que inspirou os autores deste documento cristão, não admite que Buda, Shiva ou Alá sejam nomes que atribuam salvação ou virtude espiritual. Não outro ser que garanta satisfação espiritual, a não ser Jesus Cristo.
Há muito esforço da parte de alguns muçulmanos por fazer do Alcorão um livro tolerante, mas isso não faz os muçulmanos serem assim.
As vezes também alguns cristãos citam vários textos para afirmar o amor como fundamento do cristianismo; mas o principal fundamento do cristianismo – o amor – não elimina a exclusividade dessa mensagem.
Seria o Deus dos cristãos a mesma divindade dos muçulmanos, hindus, chineses, japoneses etc?
A mensagem de cada um destes segmentos religiosos pode responder a essa pergunta. A mensagem cristã é muito diferente das outras religiões.
Quando olhamos para a história, principalmente no Antigo Testamento que narra situações específicas da espiritualidade humana, percebemos que foi o sincretismo do antigo Israel que levou a reina daquela nação.
Era o envolvimento com outras crenças e deuses que era constantemente condenado pelos profetas no Antigo Testamento – “Aqueles que escolhem a outros deuses terão as suas dores multiplicadas” Salmos 16:4. “E pronunciarei contra eles os meus juizos, por causa de toda a sua malícia; pois me deixaram a mim, e queimaram incenso a deuses estranhos, e adoraram as obras das suas mãos” Jeremias 1:16.
Todas essas declarações são exclusivistas e extremas. Deus é um Deus exclusivista – “ Lembrai-vos das coisas passadas desde a antigüidade; que eu sou Deus, e não há outro; eu sou Deus, e não há outro semelhante a mim” Isaias 46:9.
O exclusivismo, a intolerância e o extremismo são defeitos quando presentes no espírito humano; mas quando isso é a expressão de um Deus absoluto, representam a perfeição da Divindade.
Nossos maiores equívocos com a Divindade surgem em transferir aspectos e qualidades humanas a Deus. Mas a Divindade não pode ser descrita com nossas palavras limitadas.
O que para nós são declarações exclusivistas e intolerantes, representam aspectos absolutos de Deus.
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