Ratzinger vai fazer o lançamento do seu livro aqui no Brasil. “O livro, segundo analistas, deve abrir uma nova frente de debates envolvendo história, religião e fé em torno da figura de Jesus.
"O livro do papa quer demonstrar que Jesus histórico não está em contraposição ao Jesus da fé", disse em entrevista à BBC Brasil o professor de história do cristianismo da Universidade de Roma Gian Maria Vian. Ele diz que pesquisas de nomes respeitados como o teólogo Rudolf Bultmann, um dos mais influentes do século XX, ajudaram a aumentar a distância que separa o "Cristo da fé" do "Jesus da história". Essa distância tem sido tema de várias polêmicas no mundo cristão e na mídia graças principalmente ao sucesso de publicações recentes como os livros Código da Vinci e Inquérito sobre Jesus, que questionaram ou reinterpretaram vários apectos da vida de Cristo - pelo menos a vida como tem sido apresentada pela igreja”. [BBC]
Como já declaramos em um artigo anterior, o mundo está “com grande admiração” (Apoc. 17:6 up) vendo o movimento católico sobre questões fundamentais para a moralização da sociedade mundial – aborto, casamento, família, Aids, juventude etc. E agora a figura de Jesus é defendida por Ratzinger em seu livro. Jesus está sobre feroz ataque na mídia; dezenas de livros, filmes e até comerciais depreciam e vulgarizam a figura Messiânica de Cristo. E Ratzinger sai em defesa do Jesus dos evangelhos, refutando o Jesus histórico da teologia liberal ou da alta crítica.
Vale lembrar que Ratzinger não é o primeiro a fazer isto. Ele está atrasado mais de um século. Os teólogos protestantes já escreveram dezenas de livros em favor do Jesus dos evangelhos em resposta a figura do Jesus histórico de Bultmann. Vou citar apenas um: Otto Borchert – “O Jesus Histórico”; Sociedade Religiosa Edições Nova Vida, São Paulo, 1990 – um livro de quase 20 anos atrás e que trata da questão histórica de Jesus. É apenas um de dezenas de livros protestantes, que cito, por estar em minha biblioteca particular.
Rudolf Bultmann foi um teólogo foi influenciado pela falsa ciência e criou critérios científicos para analisar a veracidade da história de Jesus. Criticou os evangelhos e negou a veracidade dos elementos sobrenaturais na vida de Cristo. “O vaticanista Sandro Magister diz que eles retratam Jesus Cristo "reduzido a simples homem do seu tempo, contradizendo a verdade central do cristianismo". Para Magister, os dois livros (Código da Vinci e Inquérito sobre Jesus) são os mais representativos (atuais) de um "ataque ao Jesus da fé", que estaria em curso.” [BBC]
Mas o Catolicismo é tão culpado quanto os teólogos liberais ou Dan Brown (de “Código da Vinci). O catolicismo muito antes de Bultmann e Brown, anulou a figura de Jesus. Embora onstente a Jesus no centro de sua religião, a figura é de um Jesus morto, enaltecendo a intercessores falsos – Maria, e os demais santos – estes sim que estão mortos e não estão no céu para interceder por ninguém.
O catolicismo de Ratzinger anulou o ministério de Jesus em interceder pelo homem. Faz isto a milênios, desde que os “papas” assumiram a prerrogativa de perdoar pecados.
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